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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A LEI E OS PROFETAS



A lei e os profetas


Os opositores da lei citam Lucas 16 :16 como prova de que estamos desobrigados de guardar os Dez Mandamentos. Como convencê-los de que estão equivocados? A.Z.P.


Uma boa explicação encontra-se às páginas 85 e 86 do livro Answers to Objections, de Francis D. Nichol. A referi­da obra, já traduzida para o português, tem 895 páginas, e a Casa está estudando a possibilidade de publicá-la.
A seguir, a resposta de Nichol:
Lucas 16:16 diz o seguinte: “A lei e os profetas vigora­ram até João; desde esse tempo. vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.” Ponha ao lado desta a passagem paralela de Mateus 11:13: “Porque todos os profetas e a lei profetiza­ram até João.”
A palavra “vigoraram” em Lucas 16:16 é um termo supri­do. Lucas simplesmente escreveu: “A lei e os profetas, até João.” Se os tradutores tivessem comparado suas palavras com as de Mateus, teriam visto que Lucas não quis dizer que a lei e os profetas terminaram nos dias de João, mas que “pro­fetizaram” até aqueles dias. A diferença é muito grande e pro­vê a chave para o significado da passagem em discussão.
A frase “os profetas e a lei’ ou mais comumente, “a lei e os profetas’; é usada com freqüência na Bíblia para descre­ver os escritos de Moisés mais os escritos de outros profetas do Antigo Testamento. Os escritos de Moisés eram tão dis­tingüidos pelos códigos de leis ali registrados que eram, ob­viamente e com freqüência, descritos como “a lei’; em con­traste com os escritos de outros profetas. Este fato em si des­considera a objeção acima, porque nem Lucas nem Mateus estão realmente discutindo a lei dos Dez Mandamentos.
Mas o que queriam dizer esses dois escritores do evan­gelho? O contexto dá a resposta, O ceticismo quanto à mis­são e o caráter, tanto de Cristo como de João, era a marca de muitos judeus. Eles insistiam em que criam em Moisés e em todos os profetas. Cristo procurou repetidamente es­clarecer-lhes que Ele era Aquele predito pelos profetas, e igualmente Seu precursor, João Batista, fora predito, e que agora o reino de Deus lhes estava sendo pregado.
Ao iniciar Seu ministério público, Cristo declarou: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Marcos 1:15. Os profetas tinham predito a vinda do Mes­sias. Cristo anunciou que aquelas profecias estavam então cumpridas.
Para os céticos judeus, que deixaram de ver em Cristo o cumprimento dessas profecias, Ele declarou: “Não pen­seis que Eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança.” Por­que, se de fato crêsseis em Moisés, também crerieis em Mim; porquanto ele escreveu a Meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas Minhas pa­lavras?” João 5:45-47.
Quando Filipe encontrou a Natanael e procurou levar-lhe  a emocionante notícia de que o Messias prometido ti­nha chegado, disse: “Achamos Aquele de quem Moisés es­creveu na lei, e a quem se referiam os profetas: Jesus, o Na­zareno.” João 1:45.
Quando Cristo ressurgiu dos mortos, Ele Se dirigiu naquele mesmo dia aos perplexos e desnorteados discípu­los e perguntou: “Por que estais perturbados? E por que so­bem dúvidas ao vosso coração?” Lucas 24:38, Então lem­brou-lhes que o que Lhe havia acontecido naquele fatidico fim de semana foi o que os profetas tinham predito — “im­portava se cumprisse tudo o que de Mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’ Verso 44.
Paulo declarou que sua missão na vida era dar “teste­munho, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acon­tecer’~ Atos 26:22.
De sorte que o profetizar de Moisés e de outros profe­tas era uma das principais provas oferecidas por Cristo e os apóstolos em apoio da afirmação de que o Messias tinha vindo. Os profetas profetizam até o tempo em que suas profecias se cumprem. Depois disso, a profecia se torna história. Deste modo, nosso Senhor, ao declarar que “os profetas e a lei profetizaram até João’ estava simplesmente anunciando que “o tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo’ Ele não estava sugerindo que Moisés ou os profetas estavam agora abolidos, muito menos que a lei dos Dez Mandamentos tivesse chegado ao fim.



Revista Adventista        Setembro/2003

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