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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

HAVERÁ NATAL PARA O ZÉ?

1o Cena
Narrador: Zé um dia, ouviu falar no Natal... Não entendeu muito  bem o que era... Seu magro corpo, marcado pela fome, não ajudava a cabeça pensar. Zé não poderia saber o que era Natal, pois morava num barraco, era analfabeto. Zé hoje deseja descobrir o que é Natal.
(Zé caminha e ouve)                 
Camelô: (Gritando de sua banca) Vende-se bonecas que choram e dão sorriso. Cantam, chupam bico e caminham.  Tem também rádio que pisca e até dá faísca. Tem flores cheirosas, só não mais cheirosas por falta de perfume.
Criança: Mãe, eu quero aquela boneca.
Mãe: Não dá minha filha.
Criança: Mas eu quero mãe!
Mãe: Eu não tenho dinheiro, minha filha!
Criança: Eu quero, porque quero (bate o pé e começa chorar)
Mãe: Tá bom. Vou gastar o resto que eu tenho em mais um presente para você, prá você ter de chega de uma vez.
Criança: Obrigado, mãe. Eu sabia que você ia comprar. (Se retiram)
Jovem: Natal deve ser brinquedo, que criança gosta e leva para casa. Eu não tenho brinquedo, então não tenho Natal.   ( E segue andando).
Narrador: Coitado do Zé. Não sabe o que é Natal. Mas ainda está à procura do que é Natal. Quem sabe ele consegue descobrir agora.

2o Cena
Homem bem arrumado: Ó meu amigo! Me digas: existe alguém mais arrumado do que eu nesta localidade?
Amigo: Podes crer que não! Mas onde vais elegante deste jeito?
Homem: Vou comemorar o Natal tomando champanhe e tudo o que tenho direito.
Amigo: Então feliz Natal e boas festas. ( E se retiram).
: Ha, ha! Agora entendi: Natal é canha e festa, ou será que não? (Pensativo). Eu não tenho festa ou bebida, não tenho Natal! ( E segue andando) 
 
3o Cena
1o doceira: Fiz tantos doces essa semana que o barulho era grande. Fiz cuca, bolo merengue, bolachinha e você o que fez?
2o doceira: Fiz rocambole, pão-de-ló, cuca da vovó, doce chinês, doce-de-leite. Fiz tanta coisa que quase o fogão explodiu.
1o doceira: Assim é bom fazer de tudo um bocado para comemorar o Natal.
2o doceira: Eu concordo, mas amanhã ainda vou fazer aquele churrasco. Até mais! Falta mais um docinho que tenho que deixar pronto. Tchau!         
1o doceira: Tchau.
: Agora eu sei, sem dúvida, que Natal deve ser bolo, cuca, doces, enfim, muita comida. Eu não tenho boa comida, então eu não tenho Natal! Acho que vou embora, senão vou ficar caduco. ( Segue andando)
Narrador: Zé ainda não descobriu o sentido de Natal e acha que vai ficar louco. Já se sente mal com tanta confusão. Zé já ia embora quando viu uma outra cena que lhe chamou atenção.

4o Cena
(Um homem e uma mulher arrumando o pinheirinho - da Igreja)
Homem: Vou colocar essa bola, nem que tenho que me espinhar todo. (Faz de conta que se espinha e grita) Ai, dói mesmo!
Mulher: Isso mesmo. É vida ou morte!
Homem: Nem posso imaginar Natal sem pinheirinho.
Mulher: No dia que não tiver pinheirinho na nossa casa não vou festejar Natal. Daí vou para lavoura capinar feijão.
: Vou ligar as coisas. Tem pessoa fazendo compras de Natal, outras se arrumando, outras no doce e agora o pinheirinho. Mas isso tudo vai onde, como e quando?
Narrador: Pobre do Zé... ainda não conseguiu descobrir o que é Natal. Ele não recebe presente, não vai à festa, não tem boa comida, e jamais verá um pinheirinho no seu barraco. Está triste e desanimado. Será que ele vai ficar triste neste Natal?

5o Cena
       (Em cena entra uma turma brincando de roda e cantando)
Amiga: Vamos brincar, turma. Vamos nos alegrar. Hoje é Natal.
Menino: Olha lá turma, um menino está triste. (Amiga e Menino vão ao seu encontro). Por que você está chorando?
: Não tenho alegrias, não tenho nada de Natal, não tenho amigos,...
Amiga: Mas eu posso ser sua amiga e podes passar o Natal comigo.
: O Natal... Mas o que é Natal?
Amiga: Natal é nascimento de Cristo.
: Mas os presentes, doces, festas, pinheirinhos ...
Amiga:  Na minha casa também há bolo, pinheirinho, presente,... por ser tradição. Mas o mais importante é não se esquecer que tudo isto existe por causa de Cristo. Natal de verdade é deixar Cristo nascer e crescer dentro de nós. Você disse que não tinha ninguém, mas lhe digo que perante Cristo somos todos irmãos. E isto precisamos viver. Quem vive isto tem verdadeira alegria. Vem se alegrar conosco, vamos ter um Feliz Natal juntos! (Se abraçam, brincam e cantam).

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