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domingo, 1 de dezembro de 2013

FORMAÇÃO DE IGREJA - SEMINÁRIO COMPREENDENDO A APOSTASIA NA IGREJA 3ª AULA





3a. AULA

I.    RAZÕES QUE PROMOVEM APOSTASIA. I Tm. 4:1,2

      Existem muitos fatores que levam um membro da igreja a apostasia da fé embora já tenha amadurecido e alcançado muitos anos nas fileiras dos fiéis; e estes fatores constituem razões suficientes para que um membro seja enredado pelo desânimo; sejam eles de caráter que envolve a decepção do membro em relação ao corpo de crentes ou a igreja em si, seja por motivo de inanição espiritual devido não haver aplicado seus talentos ou os mesmos não foram aproveitados, ou por motivo de acepção quando em algumas comunidades, há o efeito grupo fechado que descarta os menos favorecidos ou pouco influentes. Mas, queremos destacar as razões que fundamentam o afastamento definitivo do seio da igreja.
1.   Razões atribuídas à igreja.
Seria demais apontar a igreja como uma das causadoras de apostasia? Não! Na verdade, a igreja carrega sobre si a maior parte da responsabilidade pelo alto índice de apostasia. Alguns especialistas chegam a atribuir a igreja o principal motivo pelo qual um irmão na fé deixa a comunidade. Que motivos são esses?
a)  Em caso de conferência ou campanha evangelística:
- Falta de suficiente doutrinamento antes do batismo, com pouco tempo para o devido preparo.
- Batismo de menores sem a real conscientização da dimensão do compromisso, ou sem pais convertidos.
- Excessiva ênfase e promoção em torno do grande batismo levando o interessado a tomar decisões dentro de um clima caracterizado pela emoção.
- Pressão dos obreiros sobre o interessado para aproveitar a grande oportunidade de uma festa sem igual.
- Muito se destaca o número de batismos sem considerar o número de apostasias.
- Pressão sobre o evangelista a respeito do alvo estabelecido, provocando assim, batismos prematuros.
b)  Falta de um plano para continuidade dos estudos após os batismos da série de conferência.
c)  Choque entre o clima festivo do programa da conferência e a realidade dos programas da igreja, geralmente monótonos e rotineiros.
d)  Método usado para ganhar almas, onde se destaca mais um corpo de doutrinas a ser observadas e menos a pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
e)  Falta de treinamento constante à igreja para a devida conservação.
f)   Falta de investimento financeiro e humano no trabalho da conservação.
g)  Falta de engajamento do novo converso no trabalho de ganhar outras almas.
h)  Sobrecarga e falta de assistência pastoral para o membro.
i)   Falta de recreação positiva e saudável.
j)   Falta de novos amigos e sociabilidade.
2.   Razões atribuídas ao indivíduo.
 Muitas vezes a igreja procede de forma a prover ao novo converso todo um ambiente favorável para o seu crescimento espiritual, moral, social e intelectual, mas o problema reside na personalidade e temperamento do próprio converso. Por exemplo:
a)  Falta de verdadeira conversão.
b)  Influência mundana.
c)  Jugo desigual.
d)  Mudança de convicção.
e)  Desânimo natural e fraqueza na fé.
f)   Negligência da vida espiritual.
g)  Falta de viver de acordo com os ensinamentos cristãos.
h)  Falha no estudo da Bíblia e do Espírito de Profecia.
i)   Disposição em se envolver em más conversações, controvérsias, etc.
j)   Ter espírito disposto a crítica.
3.   Razões de cunho Econômico.
Um dos fortes fatores que tem levado os novos conversos a deixarem a igreja é a situação econômico-financeira do membro. Muitos ao unirem-se a igreja já encontram-se em situação delicada ou passam a contrair tal dificuldade. Os dois principais motivos são:
a)  Desânimo por causa de problemas financeiros, como dívida ou falta de controle no orçamento da família.
b)  Dificuldades em empregos por causa da guarda do sábado, seja por perda ou em busca de trabalho.
4.   Razões de caráter educacional.
Em alguns casos acontece um determinado choque cultural ou educacional do membro em relação à igreja quando este ingressa na comunidade. E isto as vezes não tem sido fácil de ser  superado. Especialmente quando o novo membro é de um nível sócio-econômico inferior. Os principais fatores são:
a)  Falha de obter corretos princípios de educação doméstica.
b)  Falta em aprimorar uma educação com vista em desenvolvimento cultural.
c)  Dificuldade em se adaptar socialmente ao grupo levando em consideração a disparidade no nível econômico e de meio-ambiente formados.

II.  SUGESTÕES PARA SE PREVENIR DA APOSTASIA APÓS UMA CONFERÊNCIA. I Co. 12:24-26

1.   No Âmbito Administrativo.
a)  Programar dentro do orçamento financeiro da conferência a suficiente provisão para o trabalho de continuidade e confirmação, mantendo assim, os obreiros, equipamentos e materiais, a fim de continuar uma programação atraente e dinâmica por considerável tempo.
2.   No Âmbito Evangelístico.
a)  Deve-se realizar  um sólido e intenso trabalho prévio, com preparo do campo através de obreiros e voluntários, dando estudos e visitando os lares.
b)  Os estudos bíblicos devem ser programados de tal forma que venham primeiramente apresentar a pessoa de Jesus Cristo como Salvador. Assim, quando forem apresentadas as doutrinas, o interessado não terá dificuldade em aceitá-las, porque sua fé já está fundamentada em Cristo como seu Senhor e amigo.
c)  Os novos conversos necessitam familiarizar-se com o programa regular da igreja. Aconselha-se transferir os programas do auditório para a igreja antes mesmo de terminar a série de conferências. Isto auxilia na conservação e ajuda os novos a se ambientarem no novo círculo e criar raízes.
d)  Prover farta literatura denominacional e incentivá-los à leitura.
3.   No Âmbito Pastoral.
a)  Não deve o evangelista deixar o campo de trabalho, de uma vez por todas no final da campanha, mas, deve ser uma retirada gradual afim de não chocar os novos com a sua partida.
b)  O constante treinamento de líderes é uma real necessidade, afim de a nova igreja não sofrer por falta de liderança.
c)  Deve ser elaborado um substancioso programa de continuidade com cursos mais avançados sobre os mesmo temas doutrinários antes estudados (Profecias escatológicas, Santuário, Daniel, Apocalipse).
d)  Os novos membros devem receber especial atenção da parte do pastor, devendo este, visitá-los em casa pelo menos uma vez a cada semana, nas primeiras semanas, animando-os a assistirem regularmente as reuniões da igreja e tirando as suas muitas dúvidas.
e)  Mostrar o valor da comunhão entre os irmãos e a força espiritual que podem adquirir desta experiência.
f)   Criar encontros sociais bem dirigidos para que os recém-conversos possam sentir-se bem recebidos na família da igreja.
g)  Descobrir seus talentos e dotes que podem ser aproveitados nas tarefas da igreja afim de que possam se sentir úteis.
h)  Procurar engajá-los nas diversas atividades internas e externas, como missionárias ou assistenciais
i)   Devem ser animados a se alimentarem diariamente através do Estudo da Bíblia, lição, Espírito de Profecia; Ler revistas denominacionais, assim como a realização do culto diário em família.
j)   Estabelecer um plano de visitação total que permita a distribuição das famílias entre os anciãos, diáconos e professores da escola sabatina.
“Nossas igrejas devem ter dois bons porteiros: Um bom evangelista que mantenha sempre a porta da frente aberta e um bom pastor cuidadoso e fiel que mantenha a porta dos fundos fechada.”
4.   No Âmbito da Igreja.
      A igreja precisa ser:
- Atuante, alegre, sadia, forte.
- Afetiva, unida, ativa.
- Uma sociedade cristã visitadora.
- Membros que vivam uma verdadeira experiência cristã.
- Participativa em trabalhos de ganhar e conservar novos membros.
- O membro que chega deve se sentir aceito e querido de forma natural.
- Igreja sem facções, desentendimentos, discórdias.

III. CLASSIFICAÇÃO DE MEMBROS APOSTATADOS. I Ts. 2:3

      Existe uma diversidade de pessoas que um dia fizeram parte do rol de membros da igreja, participaram de atividades e foram contados entre aqueles que se preparam para o maior evento da humanidade: A volta de Jesus. Entretanto, estas pessoas fazem parte de uma estatística pouco lembrada ou considerada: a relação dos apostatados.
      Em busca de um diagnóstico mais preciso, podemos classificar estas pessoas em três classes, especificando O PROBLEMA enfrentado por este ex-membro, a sua REAÇÃO dentro da situação, e O QUE FAZER para reintegrá-lo no padrão da comunidade.
1.   OVELHA - Lc. 15:3-7
a)  O PROBLEMA: - Sabe que está perdida;
                               - Sente vontade de voltar;
                               - Mas não acha o caminho.
b)  A REAÇÃO: - Pede socorro.
c)  O QUE FAZER: - Ir em busca dela, encontrá-la;
                               - Envolvê-la nos braços da igreja.
2.   FILHO - Lc. 15:11-32
a)  O PROBLEMA: - Perdeu-se porque quis;
                                - Está consciente;
                                - Sabe que está perdido;
                                - Sente vontade de voltar.
b)  A REAÇÃO: - Decide voltar;
                          - Volta como está.
c)  O QUE FAZER: - Recebê-lo com braços abertos;
                                - Não lembrar de seu erro;
                                - Não proferir acusações.
3.   MOEDA - Lc. 15:8-10
a)  O PROBLEMA: -  Não sabe que está perdida;
                                - Não sente vontade de voltar;
                                - Não sabe pedir socorro;
                                - Não sabe o caminho de volta.
b)  A REAÇÃO: - Nenhuma;
                          - Está inconsciente de sua situação.
c)  O QUE FAZER: - Ir em busca;
                               - Despertá-la;
                               - Ensinar o caminho de volta.
                               - Ajudá-la para voltar;
                               - Dar todo apoio.

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