3a.
AULA
I.
RAZÕES QUE PROMOVEM
APOSTASIA. I Tm. 4:1,2
Existem
muitos fatores que levam um membro da igreja a apostasia da fé embora já tenha
amadurecido e alcançado muitos anos nas fileiras dos fiéis; e estes fatores
constituem razões suficientes para que um membro seja enredado pelo desânimo;
sejam eles de caráter que envolve a decepção do membro em relação ao corpo de
crentes ou a igreja em si, seja por motivo de inanição espiritual devido não
haver aplicado seus talentos ou os mesmos não foram aproveitados, ou por motivo
de acepção quando em algumas comunidades, há o efeito grupo fechado que
descarta os menos favorecidos ou pouco influentes. Mas, queremos destacar as
razões que fundamentam o afastamento definitivo do seio da igreja.
1. Razões atribuídas à
igreja.
Seria demais apontar a igreja como uma
das causadoras de apostasia? Não! Na verdade, a igreja carrega sobre si a maior
parte da responsabilidade pelo alto índice de apostasia. Alguns especialistas
chegam a atribuir a igreja o principal motivo pelo qual um irmão na fé deixa a
comunidade. Que motivos são esses?
a) Em
caso de conferência ou campanha evangelística:
- Falta de suficiente doutrinamento
antes do batismo, com pouco tempo para o devido preparo.
- Batismo de
menores sem a real conscientização da dimensão do compromisso, ou sem pais
convertidos.
- Excessiva ênfase
e promoção em torno do grande batismo levando o interessado a tomar decisões
dentro de um clima caracterizado pela emoção.
- Pressão dos
obreiros sobre o interessado para aproveitar a grande oportunidade de uma festa
sem igual.
- Muito se destaca o número de
batismos sem considerar o número de apostasias.
- Pressão sobre o
evangelista a respeito do alvo estabelecido, provocando assim, batismos
prematuros.
b) Falta
de um plano para continuidade dos estudos após os batismos da série de
conferência.
c) Choque
entre o clima festivo do programa da conferência e a realidade dos programas da
igreja, geralmente monótonos e rotineiros.
d) Método
usado para ganhar almas, onde se destaca mais um corpo de doutrinas a ser
observadas e menos a pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
e) Falta
de treinamento constante à igreja para a devida conservação.
f) Falta
de investimento financeiro e humano no trabalho da conservação.
g) Falta
de engajamento do novo converso no trabalho de ganhar outras almas.
h) Sobrecarga
e falta de assistência pastoral para o membro.
i) Falta
de recreação positiva e saudável.
j) Falta
de novos amigos e sociabilidade.
2. Razões atribuídas ao
indivíduo.
Muitas vezes a igreja procede de forma a
prover ao novo converso todo um ambiente favorável para o seu crescimento
espiritual, moral, social e intelectual, mas o problema reside na personalidade
e temperamento do próprio converso. Por exemplo:
a) Falta
de verdadeira conversão.
b) Influência
mundana.
c) Jugo
desigual.
d) Mudança
de convicção.
e) Desânimo
natural e fraqueza na fé.
f) Negligência
da vida espiritual.
g) Falta
de viver de acordo com os ensinamentos cristãos.
h) Falha
no estudo da Bíblia e do Espírito de Profecia.
i) Disposição
em se envolver em más conversações, controvérsias, etc.
j) Ter
espírito disposto a crítica.
3. Razões de cunho Econômico.
Um dos fortes fatores que tem levado
os novos conversos a deixarem a igreja é a situação econômico-financeira do
membro. Muitos ao unirem-se a igreja já encontram-se em situação delicada ou
passam a contrair tal dificuldade. Os dois principais motivos são:
a) Desânimo
por causa de problemas financeiros, como dívida ou falta de controle no
orçamento da família.
b) Dificuldades
em empregos por causa da guarda do sábado, seja por perda ou em busca de
trabalho.
4. Razões de caráter
educacional.
Em alguns casos acontece um
determinado choque cultural ou educacional do membro em relação à igreja quando
este ingressa na comunidade. E isto as vezes não tem sido fácil de ser superado. Especialmente quando o novo membro
é de um nível sócio-econômico inferior. Os principais fatores são:
a) Falha
de obter corretos princípios de educação doméstica.
b) Falta
em aprimorar uma educação com vista em desenvolvimento cultural.
c) Dificuldade
em se adaptar socialmente ao grupo levando em consideração a disparidade no
nível econômico e de meio-ambiente formados.
II. SUGESTÕES
PARA SE PREVENIR DA APOSTASIA APÓS UMA CONFERÊNCIA. I
Co. 12:24-26
1. No Âmbito Administrativo.
a) Programar
dentro do orçamento financeiro da conferência a suficiente provisão para o
trabalho de continuidade e confirmação, mantendo assim, os obreiros,
equipamentos e materiais, a fim de continuar uma programação atraente e
dinâmica por considerável tempo.
2. No Âmbito Evangelístico.
a) Deve-se
realizar um sólido e intenso trabalho
prévio, com preparo do campo através de obreiros e voluntários, dando estudos e
visitando os lares.
b) Os
estudos bíblicos devem ser programados de tal forma que venham primeiramente
apresentar a pessoa de Jesus Cristo como Salvador. Assim, quando forem
apresentadas as doutrinas, o interessado não terá dificuldade em aceitá-las,
porque sua fé já está fundamentada em Cristo como seu Senhor e amigo.
c) Os
novos conversos necessitam familiarizar-se com o programa regular da igreja.
Aconselha-se transferir os programas do auditório para a igreja antes mesmo de
terminar a série de conferências. Isto auxilia na conservação e ajuda os novos
a se ambientarem no novo círculo e criar raízes.
d) Prover
farta literatura denominacional e incentivá-los à leitura.
3. No Âmbito Pastoral.
a) Não
deve o evangelista deixar o campo de trabalho, de uma vez por todas no final da
campanha, mas, deve ser uma retirada gradual afim de não chocar os novos com a
sua partida.
b) O
constante treinamento de líderes é uma real necessidade, afim de a nova igreja
não sofrer por falta de liderança.
c) Deve
ser elaborado um substancioso programa de continuidade com cursos mais
avançados sobre os mesmo temas doutrinários antes estudados (Profecias
escatológicas, Santuário, Daniel, Apocalipse).
d) Os
novos membros devem receber especial atenção da parte do pastor, devendo este,
visitá-los em casa pelo menos uma vez a cada semana, nas primeiras semanas,
animando-os a assistirem regularmente as reuniões da igreja e tirando as suas
muitas dúvidas.
e) Mostrar
o valor da comunhão entre os irmãos e a força espiritual que podem adquirir
desta experiência.
f) Criar
encontros sociais bem dirigidos para que os recém-conversos possam sentir-se
bem recebidos na família da igreja.
g) Descobrir
seus talentos e dotes que podem ser aproveitados nas tarefas da igreja afim de
que possam se sentir úteis.
h) Procurar
engajá-los nas diversas atividades internas e externas, como missionárias ou
assistenciais
i) Devem
ser animados a se alimentarem diariamente através do Estudo da Bíblia, lição,
Espírito de Profecia; Ler revistas denominacionais, assim como a realização do
culto diário em família.
j) Estabelecer
um plano de visitação total que permita a distribuição das famílias
entre os anciãos, diáconos e professores da escola sabatina.
“Nossas igrejas devem ter dois bons
porteiros: Um bom evangelista que mantenha sempre a porta da frente aberta e um
bom pastor cuidadoso e fiel que mantenha a porta dos fundos fechada.”
4. No Âmbito da Igreja.
A igreja
precisa ser:
- Atuante, alegre, sadia, forte.
- Afetiva, unida, ativa.
- Uma sociedade cristã visitadora.
- Membros que vivam uma verdadeira experiência cristã.
- Participativa em trabalhos de ganhar e conservar
novos membros.
- O membro que chega deve se sentir aceito e querido de
forma natural.
- Igreja sem facções, desentendimentos, discórdias.
III. CLASSIFICAÇÃO
DE MEMBROS APOSTATADOS. I Ts. 2:3
Existe uma
diversidade de pessoas que um dia fizeram parte do rol de membros da igreja,
participaram de atividades e foram contados entre aqueles que se preparam para
o maior evento da humanidade: A volta de Jesus. Entretanto, estas pessoas fazem
parte de uma estatística pouco lembrada ou considerada: a relação dos
apostatados.
Em busca de
um diagnóstico mais preciso, podemos classificar estas pessoas em três classes,
especificando O PROBLEMA enfrentado por este ex-membro, a sua REAÇÃO
dentro da situação, e O QUE FAZER para reintegrá-lo no padrão da
comunidade.
1. OVELHA
- Lc. 15:3-7
a) O
PROBLEMA: - Sabe que está perdida;
- Sente vontade
de voltar;
- Mas não acha o
caminho.
b) A
REAÇÃO: - Pede socorro.
c) O
QUE FAZER: - Ir em busca dela, encontrá-la;
- Envolvê-la nos
braços da igreja.
2. FILHO
- Lc. 15:11-32
a) O
PROBLEMA: - Perdeu-se porque quis;
- Está
consciente;
- Sabe que está
perdido;
- Sente vontade
de voltar.
b) A
REAÇÃO: - Decide voltar;
- Volta como está.
c) O
QUE FAZER: - Recebê-lo com braços abertos;
- Não lembrar
de seu erro;
- Não proferir
acusações.
3. MOEDA
- Lc. 15:8-10
a) O
PROBLEMA: -
Não sabe que está perdida;
- Não sente
vontade de voltar;
- Não sabe
pedir socorro;
- Não sabe o
caminho de volta.
b) A
REAÇÃO: - Nenhuma;
- Está inconsciente
de sua situação.
c) O
QUE FAZER: - Ir em busca;
- Despertá-la;
- Ensinar o
caminho de volta.
- Ajudá-la para
voltar;
- Dar todo
apoio.
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