4a.
AULA
I.
COMO RESGATAR O MEMBRO
APOSTATADO. Ez. 33:1-20
O resgate de
um membro é um processo lento e doloroso e que envolve uma vasta estratégia de
trabalho até reintegrá-lo novamente à igreja. Esse processo deve seguir uma
série de passos que são determinantes para se obter bom resultado. Assim, não é
um trabalho de um membro isoladamente, mas de toda a comunidade dos crentes, em
busca de um único objetivo: resgatar a ovelha perdida.
Entretanto,
deve a igreja trabalhar, mas ser consciente de uma realidade: a de que, por
maior que sejam os esforços engendrados, muitas das pessoas trabalhadas não
reagem positivamente e como resultado, não voltam ao redil.
Assim, o
plano traçado a seguir, é sugestivo a alterações e adaptações, dependendo de
cada igreja e cada caso.
1. O preparo.
a) Sermão
de sábado direcionado para a conscientização da igreja quanto a
responsabilidade de resgatar o membro que se afastou do convívio dos irmãos.
b) Reunião
com a liderança para traçar o PLANO DE AÇÃO determinando alvos e OBJETIVOS.
2. Plano de
ação.
a) De
posse do livro de Rol de membros, fazer levantamento para determinar as
condições espirituais de cada ex-membro.
b) Diagnosticar
as causas que o levaram ao afastamento.
c) Identificar
o endereço de cada pessoa.
d) Mapear
o território da igreja de tal forma que os afastados fiquem ao alcance dos
membros, (local onde estes membros vão trabalhar no resgate)
e) Formar
grupos de irmãos e determinar o seu campo de ação.
f) Estes
grupos devem ser formados de maneira geográfica que facilite ou aproxime-os dos
afastados.
g) Cada
grupo deverá receber as fichas de cada membro afastado com todos os seus dados
e perfil para acompanhar o desenvolvimento do trabalho (FICHA EM ANEXO).
h) Certificar-se
se o ex-membro já fora visitado pelos líderes da igreja e pelo pastor.
i) Estabelecer
um calendário que inclua dias e horas de treinamento e habilitação para o
trabalho. Não mais que dois sábados a tarde.
j) Durante
os dias de treinamento devem ser incluídas atividades práticas no campo,
limitadas apenas aos primeiros contatos amistosos com o ex-membro, afim de
estabelecer um relacionamento de amizade.
II. PROGRAMA DE TREINAMENTO. Cl. 1:28,29
O programa
de treinamento deve ser direcionado para a habilitação do membro da igreja,
capacitando-o a realizar o trabalho com bastante eficácia. Consta o programa da
seguinte seqüência:
1. Técnica de abordagem.
a) Ensinar
como o membro deve se aproximar do afastado, procurando cativar de forma bem
natural a sua amizade e simpatia.
b) Não dar a impressão que a pessoa faz parte de
um programa de resgate.
c) Falar
das suas preferências.
d) Não
deixar a impressão que se foi diretamente lá para abordar, mas ao mesmo tempo
demonstrar interesse por ela.
2. Levantamento de dados
extra-ficha.
a) Não
procurar de forma muito técnica ou formal a extração de dados que chegue a dar
a impressão de uma pesquisa ou investigação.
b) Não
preencher ficha ou questionário na frente da pessoa.
c) Desenvolver
um diálogo natural com a pessoa ao ponto da mesma responder as suas perguntas
sem que elas sejam feitas diretamente.
3. O que evitar.
a) Não
ter pressa em conquistar sua amizade.
b) Não
parecer excessivamente interessado.
c) Não
transparecer anciosidade diante da
possibilidade de resgatá-lo.
d) Não
forçar envolvimento. Deixar acontecer.
e) Não
falar demais. Dê mais oportunidade a pessoa.
f) Não
perguntar de forma seca e direta se a pessoa pretende voltar à igreja.
4. Quando envolver a igreja.
Certamente
que no meio do diálogo e no desenvolvimento da relação, surgirão perguntas
referente a pessoas da igreja ou a respeito da própria igreja. Eis então a
oportunidade de estimular a pessoa a falar do seu passado em relação a
comunidade a qual pertencia. Assim, de forma muito natural, proceder com as
seguintes perguntas sugestivas:
a) Como
você está em relação a igreja?
b) Sente
saudades dos irmãos?
c) Do
que você mais gostava?
d) Qual
foi o pastor que lhe batizou?
e) Você
gostava dele?
f) Lembra
da data do seu batismo?
g) Qual
foi a sensação que sentiu naquele momento?
h) Porque
você se afastou da igreja?
i) Tem
planos de voltar?
j) Gostaria
que eu lhe ajudasse para voltar?
k) Você
ainda tem o seu certificado de batismo? Traga aqui para nós vermos.
l) Ainda
tem a sua Bíblia? Você comprou ou ganhou por ocasião do seu batismo? Não leve
sua Bíblia, mas apenas a revista “Paz na Tempestade”.
m) Você
gostaria que eu viesse aqui na sua casa para nós estudarmos juntos, a lição da
escola sabatina? -(Marcar pelo menos uma vez por semana. Especialmente no
sábado).
5. Procedimentos.
Naturalmente
que estas perguntas quando feitas de forma simples e natural suscitarão queixas
e desabafos, mas o membro da igreja deverá estar muito atento para os seguintes
procedimentos:
a) Procurar
ser o mais ético possível, principalmente quando envolver nomes de pessoas.
b) Evitar
comentário que estimule a pessoa a falar mais agressivamente de fatos ou
pessoas, especialmente membros da igreja.
c) Manter-se
calado ou desviar de forma bem sutil as acusações, mesmo que você reconheça que
ele está com razão.
d) Não
procurar justificar ou desculpar alguém envolvido no comentário, mas, proceder
conforme letra C.
e) Procurar
estimular na pessoa o sentimento de perdão.
f) Mostrar
que às vezes as pessoas procedem de maneira precipitada e depois se arrependem.
g) Não
tentar, em hipótese alguma, tirar a sua razão embora você as vezes reconheça
que não a tem.
h) Mostrar
que você descobriu algo muito interessante na Bíblia e que tem certeza que ele
também vai gostar.
i) Ler
a passagem, não muito grande e explicar para ele, pedindo a sua opinião.
Incentive a confiança no Amor de Deus.
j) Não
demorar demais na visita. Levar no máximo 1 hora.
k) Demonstrar
o seu contentamento de tê-la visitado.
l) Diga
que gostaria de fazer uma oração com ela. Pergunte se ela não se importa?
(Oração breve e direcionada para os problemas dela e de sua família).
m) Pergunte
se ela gostaria que você pedisse oração por ela ou por alguém de sua família,
lá na igreja.
n) Despeça-se
reafirmando o dia e hora em que você vai voltar para conversarem novamente.
6. Continuidade.
Na semana
seguinte a visita deve manter o mesmo caráter ético, pontual e sempre
direcionado para a amizade. Entretanto
deve haver um crescimento gradual, onde o
diálogo, embora amigável e natural, deve tomar um rumo em direção as suas
particularidades, especialmente sobre as suas necessidades físicas, materiais e
espirituais. Assim, ao serem estas identificadas, os diversos setores da igreja
são imediatamente acionados para suprir as suas necessidades mais urgentes. Por
exemplo:
a) O
Pastor - Visita pessoal e estímulo para o regresso.
b) Assistência
Social (Dorcas) - Ajuda humanitária com roupas, alimentos e remédios.
c) Jovens
- Realizar uma serenata em grupo na sua casa, especialmente em caso de
aniversário ou motivo especial.
d) Amigos
- Envolver outros membros que lhe foram mais achegados para aumentar seu
círculo de amigos e lhe provê companheirismo.
e) Programas
- Convidar e envolver em todas as programações da igreja, sejam social,
cultural ou espiritual.
f) Preferências
- Descobrir as coisas que ele mais gosta, como hobby, literatura, presente,
esporte favorito.
g) Contatos
- Se tiver telefone, ligar de vez em quando para trocar algumas idéias, desejar
feliz sábado, convidar para programas, visita para alguém, etc.
CONCLUSÃO
O programa
de resgate de membros afastados alcança toda a igreja dentro de um envolvimento
contínuo. E embora faça cobertura dos principais aspectos da vida da pessoa
afastada tudo deve ser feito a contento e de forma bem equilibrada para não
provocar uma falsa impressão. Não deve ser subentendido como: Pressão, excesso
de interesse apenas para ganhá-la de volta ou bajulação com segundas intenções.
Cada sábado
os grupos se reúnem na igreja com o líder do programa, de preferência o pastor,
para avaliar o desenvolvimento do programa:
- Avaliar
cada caso separadamente.
-
Testemunhar.
-
Acompanhamento do gráfico na ficha.
- Oração por
todos.
“Não os
devemos oprimir com desnecessárias censuras, mas deixar que o amor de Cristo
nos constranja a ser deveras compassivos e brandos, de modo a chorarmos sobre o
errante e os que se desviaram de Deus. A alma é de infinito valor. Esse valor
só pode ser estimado pelo preço pago afim de redimi-la.” I TS. 323
Ficha de Membros
Nome:________________________________________________________________________
Endereço:
_____________________________________________________________________
Igreja:________________________________________________________________________
EstadoCivil:______________________________
Filhos:_______________________________
Data de Nascimento:______________________ Data
de Batismo:_____________________
Situação: Desanimado (
) Apostatado (
) Afastado (
)
Causas:_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Possibilidade:
____________%
Direcionamento:________________________________________________________________
Gráfico
semana
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1
|
2
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3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
8
|
9
|
10
|
11
|
12
|
100
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75
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50
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25
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-25
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-50
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-75
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-100
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Nome do
Entrevistador:_________________________________________________________________
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