1a.
AULA
INTRODUÇÃO
A
problemática da apostasia na igreja hoje deixou de figurar apenas nas
estatísticas dos relatórios de líderes e administradores, e alcançou uma
dimensão mais ampla dentro de estudos e seminários que buscam uma solução para
a questão. Entretanto, nota-se que tem havido uma preocupação pouco relevante e
resoluções paliativas em torno de um fato tão agravante. Assim, soluções tem
sido trabalhadas apenas na superfície ou no problema direto, quando, na
verdade, a causa base encontra-se na raiz de todo um sistema voltado para a
constante conversão de novos membros e tem-se negligenciado a importância da
conservação e a necessidade de se manter um programa permanente de recuperação
de membros afastados.
Abordaremos
neste breve seminário os três aspectos da vida do membro da igreja, buscando
encontrar razões que o trazem para a igreja, que o mantém na igreja e que o
leva para fora da igreja. A partir destes dados e considerações,
estabeleceremos alguns meios de recuperá-lo, assim como, mantê-lo firme e ativo
no seio da comunidade.
I.
O QUE TRÁS ALGUÉM PARA A
IGREJA? - Jo. 14:6
Entre as
inúmeras razões que permitem com que as pessoas venham para a igreja, quatro
fatores tem se destacado como meios para atrair novos membros:
1. O inconformismo.
Longe vai o tempo em que o berço de uma igreja, as tradições de uma família ou
as raízes de uma doutrina mantinha um crente em sua igreja. Quando começa um
membro a sentir necessidade de algo mais ou uma experiência maior com Cristo e
a sua comunidade não provê, o crente procura um caminho mais excelente que o
leve a encontrar a plena verdade na Palavra de Deus.
2. Atratividade.
Se uma determinada igreja atrai o visitante pela sua reverência, o testemunho
dos seus membros a estrutura das suas programações e até mesmo o seu aspecto
físico, a pessoa interessada não encontra dificuldades ou obstáculos para se
unir a ela.
3. Amizade.
Se o envolvimento amigo e a cortesia são traços marcantes em nossa
personalidade cristã, todos querem estar unidos a um grupo que vive a amizade
cristã na pureza de sua experiência com Deus.
4. Vazio Existencial.
“Existe um vazio no coração do homem que somente Deus pode preencher” - EGW.
Assim, quando isto acontece, o homem busca preencher este vazio entre pessoas
que partilham de uma fé que satisfaz a necessidade primaz do ser humano: a vida
com Deus.
II. COMPOSIÇÃO
DA IGREJA. I Co. 12:27
Basicamente,
existem hoje na igreja três classes de pessoas:
1. Os comprometidos.
São aqueles que após a sua experiência de conversão, a consideram como uma
escada de crescimento na vida cristã que o levam a partilhar sua fé em toda
dimensão do trabalho da igreja e na busca de constante crescimento da vida
espiritual.
2. Os constantes.
São todos aqueles que procuram desenvolver dentro da igreja a sua postura de
regularidade nos eventos, mas que não buscam crescimento espiritual com
eficiência, nem envolvem-se comprometidamente com o desenvolvimento da causa.
Mas são tidos como bons cristãos.
3. Os Instáveis.
São os que tiveram uma experiência de conversão sem grande expressão, mantém-se
na igreja como um membro regular, mas que não desperta nos líderes um grande
interesse em dedicar-lhe vultuosa responsabilidade. Tem dificuldades para dizer
sim ou não, assim como possui uma tendência
natural para afastar-se do convívio cristão e é socialmente alienado.
III. O
QUE MANTÉM O MEMBRO NA IGREJA. Rm. 8:1
A manutenção
de um membro na igreja em caráter ativo, envolve uma série de fatores que varia
de pessoa para pessoa, de acordo com o grau de sua experiência cristã de
conversão, ou pelo nível de envolvimento que este adquire no convívio com a
comunidade, e entre os principais destacam-se:
1. Envolvimento Total.
Este fator leva em consideração principalmente seu relacionamento social,
cultural e espiritual com os membros da igreja. Quando isto acontece, há uma
contribuição mais efetiva no seu processo de estabilidade como membro.
2. Regularidade.
Quando a igreja mantém um programa que desperta o interesse e supre a
necessidade espiritual do membro, este procura manter uma perfeita sintonia com
todo o desenrolar de eventos, a fim de buscar neles a substância necessária
para seu crescimento na vida cristã.
3. Trabalho.
Para que o membro da igreja não desfaleça, deve a liderança prover trabalho
missionário suficiente, através de incentivos e planos bem definidos,
explorando seus talentos e aptidões, não tomando os membros da igreja por uma
regra geral, nem massificando o trabalho, como se todos possuíssem os mesmos
talentos e aptidões para os mesmos
trabalhos. Há necessidade de diversificações.
4. Reconhecimento Pessoal.
Um dos mais importantes agentes propulsores de sobrevivência psicológica do ser
humano é reconhecidamente o valor
pessoal. E isto é evidente mais ainda na dedicação ao trabalho cristão, quando
o dedicado obreiro é assumidamente voluntário. Este fator deve ser estimulado e
desenvolvido pela igreja no relacionamento de amizade e no âmbito da cortesia
cristã.
Sem comentários:
Enviar um comentário