O que Jesus quis dizer em Lucas 16:9 (“Granjeai amigos com as riquezas da
injustiça...”)?
Em Lucas 16:1-8, aparece o relato da parábola de um homem rico que possuía um administrador infiel. Ameaçado de ser demitido de sua posição, esse administrador chama “cada um dos devedores do seu senhor” e lhes diminui indevidamente as respectivas dívidas. Por este meio ele procurou conquistar a amizade dos devedores, para que no futuro, ao ser ele efetivamente demitido, estes o recebessem “em suas casas” (verso 4).
Em Lucas 16:1-8, aparece o relato da parábola de um homem rico que possuía um administrador infiel. Ameaçado de ser demitido de sua posição, esse administrador chama “cada um dos devedores do seu senhor” e lhes diminui indevidamente as respectivas dívidas. Por este meio ele procurou conquistar a amizade dos devedores, para que no futuro, ao ser ele efetivamente demitido, estes o recebessem “em suas casas” (verso 4).
Iniciando a aplicação da parábola, Cristo afirmou: “E eu vos
recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas
vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos” (verso 9).
Uma análise do contexto desta passagem esclarece o fato de
que Cristo não está estimulando aqui o suborno ou a aplicação indevida dos
recursos financeiros, pois logo no verso 11 Ele mesmo
incentiva a fidelidade “na aplicação das riquezas de origem injusta”. As
“riquezas” são consideradas como de “origem iníqua” ou “injusta” devido ao seu
acúmulo ocorrer quase sempre em detrimento dos menos favorecidos (ver Tg 5:1-6). O fazer “amigos” com essas riquezas
significa desprender-se delas, com o propósito de usá-las em benefício dos
pobres (ver Lc 12:3334). Um claro contraste é feito
entre a transitoriedade do acúmulo de riquezas terrestres, que perderão
finalmente seu valor, e a perpetuidade que resulta de sua devida
aplicação.
A generosidade para com os necessitados é considerada não
como um mérito à salvação, mas apenas como “um teste de caráter” (Jamieson,
Fausset e Brawn). Ajudando aos necessitados, estaremos rompendo com nossos
próprios interesses egoístas, para acumular “tesouros no Céu” (Mt 6:19-21; Lc 12:33-34). O maior tesouro é, sem dúvida, a
salvação eterna, pela graça de Cristo (Ef 2:8-10),
daqueles que são levados a glorificar a Deus por nossas boas obras de
generosidade (ver Mt 5:16). Estes tesouros vivos são
vistos metaforicamente, no texto sob consideração, como estendendo as futuras
boas-vindas aos “tabernáculos eternos” àqueles que foram generosos para com eles
nesta vida (ver Mt
25:31-46).
Uma vez que Lucas 16:9 é parte da
aplicação da parábola do administrador infiel (versos
1-8), a mensagem básica do texto pode ser bem sumarizada na seguinte
paráfrase de Jack Blanco: “Vocês deveriam estar tão determinados a assegurar o
seu futuro no Céu como esse administrador esteve em assegurar o seu futuro na
Terra” (The Clear Word).
FIM
SE TIVER ALGUMA DÚVIDA SOBRE ESTE ASSUNTO, BASTA DEIXAR UM COMENTÁRIO
Sem comentários:
Enviar um comentário