Qual o
significado dos “sábados” mencionados em Colossenses 2:16-17?
Em Colossenses 2:14-17,
Paulo está falando das “ordenanças” cerimoniais do Antigo Testamento que
cessaram com a morte de Cristo na cruz (verso 14). O verso 17 descreve essas
ordenanças como “sombras” de um “corpo” que é Cristo, e Hebreus 8:5 fala do
próprio sacerdócio que as oficiava como “figura e sombra das coisas
celestiais”. Qualificando esses “sábados” como sombras “das coisas que haviam
de vir” (versos 16-17), Paulo os distingue do sábado semanal, que é um memorial
da criação (ver Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; 31:16-17; Hb 4:4, 9-11), para
identificá-los com os sábados anuais de Israel (ver Lv 23:4-44), que
prefiguravam a redenção em Cristo.
A declaração “ninguém,
pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou
sábados” (Cl 2:16) é semelhante à de Oséias 2:11: “Farei cessar todo o seu
gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.”
As expressões “seus sábados” e “vossos sábados” (em contraste com “Meus
sábados” e o “sábado do Senhor”) referem-se nas Escrituras geralmente ao ano
sabático de descanso da terra (Lv 25:1-7; 26:34-35; 43; II Cr 36:21) ou às
santas convocações anuais dos israelitas, também denominadas de sábados (Lv
23:27 e 32). Esses sábados cerimoniais cessaram com a morte de Cristo (Cl
2:14-17), enquanto o sábado semanal continua vigente durante a “nova aliança”
(Jr 31:31-33; Is 56:1-7; Hb 4:9-11).
Cremos,
portanto, que os autores batistas Jamieson, Fausset e Brown estão corretos ao
interpretarem Colossenses 2:16 nos seguintes termos: “SÁBADOS (não “os
sábados”) do Dia da Expiação e da Festa dos Tabernáculos chegaram ao fim com os
serviços judaicos aos quais pertenciam (Lv 23:32, 37-39). O sábado semanal
repousa sobre um fundamento mais permanente, havendo sido instituído no Paraíso
para comemorar o término da criação em seis dias. Levíticos
23:38 distingue claramente
‘o sábado do Senhor’ dos demais sábados.”
FIM
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Fonte: Sinais dos Tempos,
novembro/dezembro de 2001. p. 30
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