Quem são os “filhos de Deus” em Gênesis
6:2?
Os comentaristas bíblicos têm proposto pelo menos três interpretações diferentes para as expressões “filhos de Deus” e “filhas dos homens” em Gênesis 6:2. Alguns identificam, com base em uma antiga tradição rabínica, os “filhos de Deus” como anjos, e as “filhas dos homens” como mulheres em geral. Embora as Escrituras se refiram algumas vezes aos seres celestiais como “filhos de Deus” (Jó 1:6; 2:1; 38:7), isso não significa que este seja o caso em Gênesis 6:2, pois no mesmo contexto é dito também que as “filhas dos homens” tiveram filhos através de relações sexuais com esses “filhos de Deus” (Gn 6:4). Seria irónico admitir que anjos mantiveram relações sexuais com mulheres, uma vez que o próprio Cristo declarou que eles não “casam, nem se dão em casamento” (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:34-36).
Os comentaristas bíblicos têm proposto pelo menos três interpretações diferentes para as expressões “filhos de Deus” e “filhas dos homens” em Gênesis 6:2. Alguns identificam, com base em uma antiga tradição rabínica, os “filhos de Deus” como anjos, e as “filhas dos homens” como mulheres em geral. Embora as Escrituras se refiram algumas vezes aos seres celestiais como “filhos de Deus” (Jó 1:6; 2:1; 38:7), isso não significa que este seja o caso em Gênesis 6:2, pois no mesmo contexto é dito também que as “filhas dos homens” tiveram filhos através de relações sexuais com esses “filhos de Deus” (Gn 6:4). Seria irónico admitir que anjos mantiveram relações sexuais com mulheres, uma vez que o próprio Cristo declarou que eles não “casam, nem se dão em casamento” (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:34-36).
Outros comentaristas procuram evitar as dificuldades da
teoria anterior interpretando a expressão “filhos de Deus” como uma referência a
filhos de príncipes, e a expressão “filhas dos homens” como uma alusão a
mulheres das classes sociais inferiores. Mesmo que o rei Davi (II Sm 7:14) e os juízes do povo de Deus (Sl 82:6) sejam reconhecidos como filhos de Deus, não
existe qualquer base bíblica para alegar que as expressões de Gênesis 6:2 surgiram uma distinção de castas sociais entre
nobres e plebeus.
Uma terceira interpretação, bem mais coerente com o consenso
das Escrituras, reconhece como “filhos de Deus”, em Gênesis
6, os descendentes de Sete, que eram homens tementes a Deus (Gn 4:25; 5:32); e como “filhas dos homens”, as mulheres
incrédulas da linhagem de Caim (Gn 4:1-24). Tal união
de crentes com descrentes é considerada, nesse contexto, como uma evidência de
apostasia do povo de Deus (Gn 6:1-7). Esse mesmo tipo
de união continuou sendo desaprovado tanto no Velho Testamento (ver Êx 34:15 e 16; Dt 7:1-4) como no Novo Testamento (ver II Co 6:14 e 15). Concordamos, portanto, com os
comentaristas que vêem os “filhos de Deus” em Gênesis
6:2 como meros seres humanos tementes a Deus
(contrastar com Gl 3:26; Ef 2:19; I Jo
3:1).
FIM
SE
TIVER ALGUMA DÚVIDA SOBRE ESTE TEMA, BASTA DEIXAR UM COMENTÁRIO
Fonte: Sinais dos Tempos, junho de 1998, p.
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