O que significa pecar contra o Espírito
Santo? (Mt 12:31 e 32)
A questão do pecado contra o Espírito Santo é mencionada por
Cristo no contexto da cura de um endemoninhado cego e mudo (Mt 12:22-32; Mc 3:20-30). Essa cura levou “toda a
multidão” que seguia a Jesus a indagar se não seria Ele, “porventura, o Filho de
Davi”. Mas os fariseus, invejosos da popularidade de Jesus, contestaram: “Este
não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mt 12:23 e 24). É evidente que os fariseus atribuíam a
Satanás a obra que o Espírito de Deus realizava através de
Cristo.
Para entender melhor o assunto, é preciso lembrar que uma das
obras mais importantes do Espírito Santo é levar os seres humanos ao
arrependimento dos seus pecados e à aceitação de Cristo como Salvador e Senhor.
Mas essa obra acaba sendo neutralizada na vida daqueles que resistem
persistentemente aos apelos do Espírito Santo. Assim, entristecem o Espírito
Santo (Ef 4:30) e apagam a Sua influência sobre a
consciência individual (I Ts 5:19). Com o coração
endurecido pelo orgulho (Hb 3:7-15), perdem a
sensibilidade espiritual e as percepções morais, e acabam formando uma escala de
valores distorcida, na qual a obra do Espírito Santo é muitas vezes atribuída a
Satanás e a de Satanás, ao Espírito Santo.
Nas Escrituras encontramos vários casos de pessoas que
pecaram contra o Espírito Santo. Por exemplo, Faraó, diante do qual Moisés e
Arão realizaram grandes sinais e maravilhas, endureceu o seu coração a ponto de
o Espírito de Deus não mais ter acesso a ele (Êx 5 a
12). Judas Iscariotes não permitiu, a despeito das advertências de Cristo
(Mt 26:21-25), que o Espírito Santo o dissuadisse de
trair
o Mestre. Já Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e foram punidos por isso (At 5:1-11). Sem dúvida, essas pessoas se perderam porque não permitiram que o Espírito Santo as levasse ao arrependimento.
Por outro lado, a Bíblia menciona também alguns indivíduos que se afastaram de Deus e acabaram se arrependendo. Sansão, a respeito do qual é dito que “ele não sabia ainda que já o Senhor Se tinha retirado dele” (Jz 16:20), clamou depois e a sua oração foi atendida (Jz 16:28-30). Seu nome aparece entre os heróis da fé (Hb 11:32). Manassés foi talvez o pior rei hebreu, mas, após ser levado em cativeiro pelo exército assírio, ele se humilhou perante Deus e empreendeu uma significativa reforma religiosa em Judá (II Rs 21:1-18; II Cr 33:1-20). Esses exemplos revelam que mesmo casos aparentemente sem esperança podem ser revertidos, se a pessoa se humilhar perante Deus e clamar por socorro.
o Mestre. Já Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e foram punidos por isso (At 5:1-11). Sem dúvida, essas pessoas se perderam porque não permitiram que o Espírito Santo as levasse ao arrependimento.
Por outro lado, a Bíblia menciona também alguns indivíduos que se afastaram de Deus e acabaram se arrependendo. Sansão, a respeito do qual é dito que “ele não sabia ainda que já o Senhor Se tinha retirado dele” (Jz 16:20), clamou depois e a sua oração foi atendida (Jz 16:28-30). Seu nome aparece entre os heróis da fé (Hb 11:32). Manassés foi talvez o pior rei hebreu, mas, após ser levado em cativeiro pelo exército assírio, ele se humilhou perante Deus e empreendeu uma significativa reforma religiosa em Judá (II Rs 21:1-18; II Cr 33:1-20). Esses exemplos revelam que mesmo casos aparentemente sem esperança podem ser revertidos, se a pessoa se humilhar perante Deus e clamar por socorro.
O problema dos fariseus é que o orgulho e a auto-suficiência
os haviam endurecido a ponto de não mais perceberem os milagres de Cristo como
sinais operados “pelo Espírito de Deus” para evidenciar a chegada do “reino de
Deus” (Mt 12:28). Como o arrependimento é a condição
para o perdão dos pecados (At 2:38), eles jamais
seriam perdoados enquanto continuassem atribuindo a Satanás a própria obra do
Espírito Santo efetuada para levá-los ao arrependimento.
Diante disso, podemos concluir que o
pecado contra o Espírito Santo é jamais reconhecer os próprios erros.
Enquanto a pessoa reconhece que está errada e que deve mudar, ela pode ter
certeza de que não foi longe demais. Aqueles que indagam se por acaso não
cometeram o pecado imperdoável demonstram por essa atitude que sua consciência
não perdeu completamente a sensibilidade. Quando a pessoa não mais reconhece
seus próprios erros, ela se encontra no caminho perigoso. Mesmo assim, não
podemos perder a esperança. Experiências como as de Sansão e Manassés revelam
que mesmo pessoas totalmente degeneradas podem voltar a Deus, se derem ao
Espírito Santo a oportunidade de realizar a Sua obra
regeneradora.
FIM
SE TIVER ALGUMA DÚVIDA SOBRE ESTE ASSUNTO, BASTA DEIXAR UM COMENTÁRIO
Fonte: Sinais dos Tempos, novembro/dezembro de 2003, p. 30
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