Não seriam as ilustrações que aparecem em
publicações religiosas uma transgressão do mandamento que ordena “Não farás para
ti imagem de escultura...”? (Êx
20:4)
O segundo mandamento do Decálogo ordena: “Não farás para ti
imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás
culto...” (Êx 20:4 e 5). Algumas pessoas crêem que
esse mandamento proíbe o uso de quaisquer esculturas e pinturas religiosas. Mas
tal interpretação é inaceitável, pois acaba entrar em
conflito com outros textos bíblicos.
O livro do Êxodo menciona que Deus, depois de haver enunciado
o Decálogo, ordenou a Moisés que dois querubins “de ouro
batido” fossem colocados sobre a arca que guardaria as tábuas de pedra
contendo a transcrição do próprio mandamento acima mencionado (ver Êx 25:17-22). Deus instruiu também que vários
querubins fossem bordados nas cortinas e no véu do tabernáculo em que essa arca
seria depositada (ver Êx 26:1 e 31). Assim, se
interpretássemos o segundo mandamento como proibindo a elaboração de quaisquer
ilustrações religiosas, teríamos que admitir também que o próprio Deus induziu
Moisés a transgredir esse mandamento, o que é completamente
inadmissível.
Ilustrações de personagens bíblicos (incluindo Jesus e os
seres angelicais), já contemplados por seres humanos, são aceitáveis quando não
destinadas à veneração e quando não desvirtuam o caráter do respectivo
personagem. Mas Deus o Pai, “que habita em luz inacessível, a quem homem algum
jamais viu, nem é capaz de ver” (1 Tm 6:16), jamais
deveria ser reproduzido pela imaginação humana, quer em esculturas ou em
pinturas. João 4:24 diz que “Deus
é espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em
verdade”.
Cremos, por conseguinte, que o segundo mandamento do Decálogo
proíbe a elaboração, não de simples ilustrações religiosas, mas de qualquer
objeto que desvirtue de alguma forma a adoração devida exclusivamente a
Deus.
FIM
SE
TIVER ALGUMA DÚVIDA SOBRE ESTE TEMA, BASTA DEIXAR UM COMENTÁRIO
Fonte: Sinais dos Tempos, julho/agosto de 2001.
p. 30
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