Uma vez que Jesus afirmou ser “senhor do
sábado” (Mt 12:8), por que continuar guardando esse
dia?
Algumas pessoas acham que o fato de Jesus haver declarado ser
Ele “senhor do sábado” (Mt 12:8; Mc 2:28; Lc 6:5)
implica na anulação do sábado como dia de repouso. Mas uma análise mais
detida do assunto não sustenta tal posicionamento. Declarando-Se “senhor do
sábado”, Cristo estava simplesmente reivindicando Sua legítima soberania sobre o
sábado, em face das tentativas dos fariseus de ensinar a Cristo e como observar
esse dia (Mt 12:1-2).
A soberania de Cristo sobre o sábado deriva especialmente do
fato de ser Ele tanto o Criador quanto o Legislador do sábado. Se o sábado foi
instituído na semana da criação (ver Gn 2:1-3; Êx 20:8-11;
Hb 4:4 e 10) e “todas as coisas foram feitas por intermédio” de Cristo,
“e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3),
então o sábado é parte das grandes atividades criadoras de
Cristo.
Mas a Bíblia apresenta a Cristo também como o Legislador do
sábado. Em Atos 7:38 é dito que os oráculos sagrados
foram dados a Moisés “no monte Sinai” pelo “anjo” do Senhor, identificado
anteriormente como o próprio Senhor, ou seja, Cristo (At
7:30-32; ver também Is 63:9; I Co 10:4). Se o
Decálogo (ver Êx 20:3-17), que inclui o mandamento do
sábado (ver Êx 20:8-11), foi proclamado no Sinai por
Cristo, então o próprio Cristo é o verdadeiro Legislador do
sábado.
A controvérsia entre Cristo e os fariseus, registrada em
Mateus 12, não diz respeito a qualquer tentativa da
parte de Cristo de substituir a observância do sábado pelo domingo. O assunto em
discussão é meramente a maneira como o sábado deveria ser observado. De um lado
estavam os fariseus, tentando impor a Cristo e aos discípulos suas próprias
tradições legalísticas sobre o sábado (Mt 12:2); e,
do outro, Cristo, procurando desobstruir o sábado dessas tradições humanas, para
restaurar o seu propósito original descrito nas Escrituras (Mt 12:3-8; ver também Is 58:13 e
14). Como “senhor do sábado”, Cristo possuía autoridade superior à dos
fariseus em definir como o “deleitoso e santo dia do Senhor” (Is 58:13) devia ser observado.
FIM
SE TIVER ALGUMA DÚVIDA SOBRE ESTE ASSUNTO, BASTA DEIXAR UM COMENTÁRIO
Fonte: Sinais dos Tempos, novembro de 1998, p. 29
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