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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O RICO E LÁZARO 2


Ler Lucas 16:19-31.
O que é uma parábola? “É uma narração alegórica que encerra algum preceito moral, ou verdade importante.”
Alguns princípios, que nos ajudam a compreender uma parábola:
- A quem é dirigida. – É importante perceber a quem ou qual o grupo visado pela parábola, quando Jesus conta esta parábola, Ele tem o intuito de falar aos fariseus. No versículo 11 diz: Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam.

- Não podemos basear uma doutrina, numa parábola.– Visto que uma parábola por vezes visa somente um determinado grupo de pessoas, seria incoerente fazermos dela uma doutrina.  

- Uma parábola nãe é obrigatoriamente uma verdade em si mesma. – Não podemos dizer que todas as parábolas que Jesus contou são verdadeiras, ou seja, Jesus ao conta-las quis ensinar verdades, mas por vezes as parábolas não eram histórias verdadeiras. Exemplo. O grão de mostarda, ou o grande banquete, ou ainda a ovelha perdida. Podemos também inserir neste principio a parábola do rico e do Lázaro.
Introdução:
A parábola do rico e do Lázaro era uma história popular que era conhecida na época de Jesus, mas que era contada de forma diferente, havia dois personagens mas os acontecimentos ocorriam inversamente daquilo que Jesus contou. Ao trocar os destinos dos personagens, Jesus tencionava demonstrar princípios que tinham sido subvertidos e por isso mal interpretados e ensinados pelos dirigentes judaicos.     
Lucas 16:19-21
19 Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
 20 Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
 21 e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.

1-    Jesus dá nome ao pobre (Lázaro) e omite o do rico, algo impensável para o pensamento judaico, visto que a pobreza era castigo do céu, e a riqueza sinónimo de bênçãos divinas.
2-    O rico teve hipótese de ajudar aquele necessitado mas não o fez.
3-    Os cães, representavam para os Judeus os ímpios, isto mostra que aquilo que devia ser a função do povo de Deus, estava a ser feita pelos ímpios.(aliviar as dores dos outros)
Lucas 16:22-23
22 Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
 23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.

1 – Jesus não ensina recompensa depois da morte, basta lermos Mateus 16:27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.Segundo Jesus a recompensa será dada na sua segunda vinda a esta terra. Nesta parábola Jesus limita-se a recontar a história já conhecida pelos seus ouvintes, mas colocando o pobre (Lázaro) no seio de Abraão e o rico no inferno.
2 – Para um Judeu na época de Jesus o seio de Abraão era o lugar para onde os justos iriam depois de morrer, uma espécie de paraíso. Será que o anfitrião Abraão tinha o poder de salvar os justos? E se tinha, o que tinha acontecido com aqueles justos que viveram antes de Abraão?
3 – A que distancia se encontra o céu do inferno? Será que os residentes de um lugar podem ver os residentes de outro lugar?

Lucas 16:24-26
24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
 25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
 26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.

1 – Um espírito tem sede? E se for esse o caso, será que um dedo molhado saciaria tamanha sede? Por outro lado como explicamos o dialogo entre céu e inferno?
2- Segundo os Judeus quem fosse rico mereceria o céu, visto que era abençoado por Deus, contudo Jesus quis mostrar que a condição de rico não era garantia do céu, ou seja não determina o nosso destino.
3 – O abismo representa a diferença dos caracteres.

Lucas 16:27-31
 27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
 28 Porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
 29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
 30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
 31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.
   
1 – Depois de morrermos não há mais nada a fazer, tudo aquilo que deveríamos fazer só se o pode fazer enquanto o fôlego da vida estiver em nós. Nem mesmo comunicar com os vivos.
2- É importante darmos crédito ao que as escrituras dizem, não existe mais nada que possa substituir este guia na nossa vida. Nem mesmo que alguém fosse mandado do céu o do inferno para nos fazer ver outra coisa. Se temos a palavra de Deus ouçamo-la.
3 – Não são os sinais sobrenaturais que nos ajudarão a acreditar na verdade, ex: quando Jesus ressuscitou Lázaro o seu amigo, levantou-se uma oposição ainda maior contra Jesus.

Três verdades a aprender com esta parábola. 
1 – Ricos não têm vantagem quanto à vida eterna.
2 – Somos responsáveis pelo bem que sabemos, mas que não fazemos.
3 – Sinais não são determinantes para a nossa escolha

FIM

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