Ler Lucas
16:19-31.
O que é
uma parábola? “É uma narração
alegórica que encerra algum preceito moral, ou verdade
importante.”
Alguns princípios, que nos
ajudam a compreender uma parábola:
- A quem é dirigida. – É
importante perceber a quem ou qual o grupo visado pela parábola, quando Jesus
conta esta parábola, Ele tem o intuito de falar aos fariseus. No versículo 11
diz: “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e
o ridiculizavam.”
- Não podemos
basear uma doutrina, numa parábola.– Visto que uma parábola
por vezes visa somente um determinado grupo de pessoas, seria incoerente
fazermos dela uma doutrina.
- Uma
parábola nãe é obrigatoriamente uma verdade em si mesma. – Não
podemos dizer que todas as parábolas que Jesus contou são verdadeiras, ou seja,
Jesus ao conta-las quis ensinar verdades, mas por vezes as parábolas não eram
histórias verdadeiras. Exemplo. O grão de mostarda, ou o grande banquete, ou
ainda a ovelha perdida. Podemos também inserir neste principio a parábola do
rico e do Lázaro.
Introdução:
A parábola do rico e do
Lázaro era uma história popular que era conhecida na época de Jesus, mas que era
contada de forma diferente, havia dois personagens mas os acontecimentos
ocorriam inversamente daquilo que Jesus contou. Ao trocar os destinos dos
personagens, Jesus tencionava demonstrar princípios que tinham sido subvertidos
e por isso mal interpretados e ensinados pelos dirigentes judaicos.
Lucas
16:19-21
“19 Ora, havia certo homem rico que se vestia de
púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava
esplendidamente.
20 Havia
também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta
daquele;
21 e
desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães
vinham lamber-lhe as úlceras.”
1-
Jesus dá nome ao pobre
(Lázaro) e omite o do rico, algo impensável para o pensamento judaico, visto que
a pobreza era castigo do céu, e a riqueza sinónimo de bênçãos
divinas.
2-
O rico teve hipótese de ajudar
aquele necessitado mas não o fez.
3-
Os cães, representavam para os
Judeus os ímpios, isto mostra que aquilo que devia ser a função do povo de Deus,
estava a ser feita pelos ímpios.(aliviar as dores dos
outros)
Lucas
16:22-23
22 Aconteceu
morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o
rico e foi sepultado.
23 No
inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e
Lázaro no seu seio.
1 – Jesus não ensina recompensa depois da morte, basta lermos
Mateus 16:27 “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu
Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas
obras.” Segundo Jesus a recompensa será dada
na sua segunda vinda a esta terra. Nesta parábola Jesus limita-se a recontar a
história já conhecida pelos seus ouvintes, mas colocando o pobre (Lázaro) no
seio de Abraão e o rico no inferno.
2 – Para um Judeu na época de Jesus o seio de Abraão era o
lugar para onde os justos iriam depois de morrer, uma espécie de paraíso. Será
que o anfitrião Abraão tinha o poder de salvar os justos? E se tinha, o que
tinha acontecido com aqueles justos que viveram antes de
Abraão?
3 – A que distancia se encontra o céu do inferno? Será que os
residentes de um lugar podem ver os residentes de outro
lugar?
Lucas
16:24-26
24 Então,
clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe
em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta
chama.
25 Disse,
porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e
Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em
tormentos.
26 E, além
de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem
passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para
nós.
1 – Um espírito tem sede? E
se for esse o caso, será que um dedo molhado saciaria tamanha sede? Por outro
lado como explicamos o dialogo entre céu e inferno?
2- Segundo os Judeus quem
fosse rico mereceria o céu, visto que era abençoado por Deus, contudo Jesus quis
mostrar que a condição de rico não era garantia do céu, ou seja não determina o
nosso destino.
3 – O abismo representa a
diferença dos caracteres.
Lucas
16:27-31
27 Então,
replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa
paterna,
28 Porque
tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para
este lugar de tormento.
29 Respondeu
Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 Mas ele
insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles,
arrepender-se-ão.
31 Abraão,
porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os
mortos.
1 – Depois de morrermos não
há mais nada a fazer, tudo aquilo que deveríamos fazer só se o pode fazer
enquanto o fôlego da vida estiver em nós. Nem mesmo comunicar com os
vivos.
2- É importante darmos
crédito ao que as escrituras dizem, não existe mais nada que possa substituir
este guia na nossa vida. Nem mesmo que alguém fosse mandado do céu o do inferno
para nos fazer ver outra coisa. Se temos a palavra de Deus
ouçamo-la.
3 – Não são os sinais
sobrenaturais que nos ajudarão a acreditar na verdade, ex: quando Jesus
ressuscitou Lázaro o seu amigo, levantou-se uma oposição ainda maior contra
Jesus.
Três
verdades a aprender com esta parábola.
1 – Ricos não têm vantagem
quanto à vida eterna.
2 – Somos responsáveis pelo
bem que sabemos, mas que não fazemos.
3 – Sinais não são
determinantes para a nossa escolha
FIM
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