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terça-feira, 13 de maio de 2014

CRIAÇÃO DO UNIVERSO, EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS E O PENSAMENTO RELIGIOSO


 

Warwick Estevam Kerr


Universidade Federal de Uberlândia - 38400-902 – Uberlândia – MG

Para aqueles que professam uma religião cristã há três maneiras de interpretar os primeiros capítulos do Gênesis.

A primeira, que chamaremos LITERAL,  é crer que, realmente o universo e todos os seres vivos foram criados separadamente, por atos independentes, miraculosos, em seis dias ou, mesmo, seis períodos. Tal modo  de pensar sofre forte antagonismo por parte da grande maioria dos biólogos, que crê  na teoria da evolução e que tem grande número de  experimentos demonstrativos (Mayr 1942, Dobzhanky 1973). Esta crença joga o aluno contra a religião ou contra a ciência.

 A segunda,  MODERNISTA, é aceita por aqueles cristãos que não consideram a Bíblia como SENDO a palavra de Deus, mas como a CONTENDO. Para este grupo a única idéia realmente importante dos primeiros capítulos de  Gênesis é aquela contida no primeiro versículo. “E no começo criou Deus os céus e a terra”. Argumentam assim: “quem criou todo o Universo? Deus”. Como criou?. Procuram aplicar a ciência moderna no estudo da natureza a fim de descobrir “como”. Para o cristão modernista, o estudo da história da criação é o estudo da maneira com que Deus criou o Universo, e a vida. Não pode haver discrepância entre a ciência e a religião, já que Deus é o maior Cientista, o Criador de todo o Universo a partir do Big-Bang, que aconteceu a 13 bilhões de anos atrás. Antes do Big-Bang não havia Tempo nem Universo (“era sem forma e vazio” Gen. 1:1). 
A terceira maneira é chamada ALEGÓRICA, em que tentamos acoplar sobre o texto bíblico  uma interpretação baseada nos achados científicos. Os partidários da maneira LITERAL e os da maneira ALEGÓRICA podem ser chamados de ortodoxos, isto é, pessoas que aceitam a Bíblia como SENDO a Palavra de Deus. Como a maneira alegórica é mais complexa e, também, a que pode ser aceita pelos cristãos ortodoxos com cultura biológica sólida, vamos expô-la aqui com detalhe. Gostaria, entretanto que ficasse claro que eu aceito a 2ª. maneira, modernista, não obstante ter o máximo respeito por aqueles que preferem a maneira alegórica.

           
A INTERPRETAÇÃO ALEGÓRICA



(1) Dediquei este estudo  ao meu filho Hélio Augusto no dia em que ele completou 7 anos. Hoje ele tem  42  anos e não gosta mais destas historinhas. Por  isso dedico-a aos meus netos Flávia (14 anos), Warwick-Neto (11 anos) e Tiago (10 anos) (Abril 2005).
             É comum, tanto no Velho como no Novo Testamento, o ensino de lições por meio de linguagem figurada ou de histórias que chamamos parábolas. A Bíblia começa e termina usando linguagem figurada. As três parábolas iniciais são: a história da Criação, a história do Dilúvio e a história da Torre de Babel. O principal objetivo da história da criação é ensinar a todos às crianças e a todos os homens que o Universo foi criado por Deus e, por isso, começa com aquela frase cheia de fé. “No começo criou Deus os céus e a terra” (Gen. 1.l). Apesar de não ter sido intenção do Gênesis ensinar ciência, a parábola da criação pode ser interpretada, face aos dados científicos que conhecemos hoje, de uma maneira alegórica, em que  atribuímos a cada trecho do livro de Gênesis uma correspondência ao que ocorreu na evolução do nosso Universo segundo a Ciência moderna. O Dr. George Abell, astrônomo da Universidade da Califórnia (Los  Angeles) calculou a idade do universo pelo método usual, comparando a velocidade da recessão de grupos gigantes de galáxias, com as  distâncias entre eles, e a distância dos grupos é estimada medindo-se a luz emitida da sua galáxia mais brilhante. Há 13 anos essa distância foi estimada em 10 bilhões de anos-luz, mas a amostragem era muito pequena. O Dr. Abell observou centenas de galáxias em 8 grupos, alargando a amostra inicial consideravelmente e concluiu que a idade do Universo é ao redor de 13 a 15 bilhões de anos. É o dado existente que mais reforça a idéia da eternidade de Deus. Para iniciar, vamos dividir os 13 bilhões de anos, a idade do Universo, em 7 períodos.


1º PERÍODO –  “E disse Deus: Haja luz. E houve luz.” (Gen. 1:3)


Há mais ou menos 13 bilhões  de anos, Deus disse: “Haja luz” e houve o big-bang uma fantástica criação de radiação, quentíssima, luminosíssima, concentradíssima,menor que a gema de um ovo de galinha, que explodiu com grande violência; cerca de um centésimo de segundo após o Big-Bang a temperatura teria sido de 100 bilhões de graus (Stephen Hawking 2002).  Nos primeiros 300.000 anos  dessa fantástica explosão, a massa do Universo consistia quase que somente de radiação, e havia grande interação entre radiação e a matéria em formação. Esse período é chamado pelo cientistas (por exemplo: Oort, 1970) de “estágio bola de fogo”. Ao redor dessa época a matéria e a radiação foram separadas. A matéria formada continuou como uma bomba em explosão,, voando para todos os lados. Muitos desses “pedaços” do Universo inicial transformaram-se em galáxias, astros, sóis, nuvens cósmicas, asteróides, etc..

            Em 1974, o Dr. Allan Sandage  (do Observatório Astronômico de Hale) e o Dr. James Gunn (do Instituto de Tecnologia da Califórnia), dois astrônomos americanos, chegaram, independentemente, à conclusão de que o nosso Universo, que a 13 bilhões de anos atrás iniciou-se com uma tremenda explosão (o big-bang), continuará expandindo-se para sempre. Isso  quer dizer que eles demonstraram (após 14 anos de  observações e cálculos) que o nosso Universo é aberto, não tem fronteiras e não está refluindo, ou seja, esta expandindo-se para o infinito. Davii não sabia quão profundo foi o seu salmo 19:1 (Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos).

“...e fez Deus separação entre a luz e as trevas” (Gen.1:4).

            Passados 4 bilhões de anos, numa das galáxias, que hoje chamamos de Via Láctea, de um dos seus sóis (o nosso sol), houve formação de muitos planetas dentre os quais um deles é no nosso sistema solar, que contém a nossa Terra, o mesmo “planeta azul” dos modernos astronautas. Assim que entrou em órbita, a terra girava como um pião ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento de rotação fazia a “separação entre a luz do sol (dia) e as trevas (noite). A Terra girava mais rapidamente do que hoje.


2º PERÍODO “... e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão” (Gen. 1:7).

       
            A Terra era muito quente e assim toda a água estava sob a forma de vapor. Conforme se foram passando os anos, a terra foi se esfriando, até que num belo dia começou a chover.


3º PERÍODO “... E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar, e  apareça a porção seca. E chamou à porção  seca  terra,  que  nos chamamos Pangea. E ao ajuntamento de águas chamou mares”  (Gen.1.9).


            A Terra, esfriando-se mais, começou a separar-se a enrugar-se e a dar formação a Laurásia e a Gonduana, cada uma com suas montanhas,  planícies, e  as águas drenavam-se pelos riachos, igarapés, rios e acumulavam-se nas lagoas, mares e oceanos. Assim, houve separação entre água e terra e a gradual formação dos atuais continentes (Edward Irving 2005). Até hoje a África distancia-se do Brasil na base de 5 cm por ano.

            Violentos raios produziram  novos compostos numa atmosfera pobre em oxigênio. Esses compostos formados se juntavam na águas e muitas vezes originavam compostos mais complicados.  Não havia bactéria para destruir  os compostos orgânicos e, assim, eles permaneciam em solução nas águas. Num certo dia, a primeira molécula de RNA foi formada com a propriedade de auto reprodução e catálise: estava criada a vida. Forma-se a seguir o DNA. Mutações e seleção natural passam a promover a evolução dos pequenos mini-seres vivos.


E disse Deus: Produza a terra erva verde” (Gen l:10).

            Passaram-se os anos e, a três bilhões  de anos atrás, as primeiras bactérias, as primeiras algas verdes, as samambaias são formadas.


“... ervas que dêem sementes...” (Gen 1:ll)

            Evoluem constantemente até chegar à condição de plantas que dão sementes”, como o nosso Pinheiro do Paraná e o Cedro do Líbano.


“Árvore frutífera que dê fruto ...”(Gen 1:ll)

            Evoluem ainda mais e chegam ao nível das plantas superiores que dão frutos (jaboticaba, jaca, cupuaçu, banana, biribá, goiaba, pequi, laranja, caju, etc).


4º PERÍODO“ E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus... para iluminar a  terra...para governar o dia... e a noite (Gen l:14-18).

       
            Até este período o céu era todo nublado. Porém, um dia, de tanto chover, de tanto cair água das nuvens, apareceram buracos de céu azul. Naqueles dias os raios do sol, das estrelas, o clarão da lua e dos planetas tocaram a terra.


5º PERÍODO “E disse Deus: Produzam as águas abundantemente” (Gen 1:20).

                    A Evolução dos microorganismos, que de um lado produziu as algas, os fungos, liquens e as plantas, segue também uma outra direção. Nas águas do mar os primeiros animais começam a aparecer. Seguindo o mesmo sistema de evolução, vão aparecendo os vermes, os anfioxos, os peixes  tipo tubarão (sem ossos) até peixes superiores como o dourado, a  traira, o tambaqui, o piracuru (que respira), o peixe espada, as sardinhas, etc... Os peixes de um dos grupos, chamado Pulmonados, por sucessivas mutações, e seleção passaram a andar sobre a terra e alimentavam-se de insetos animais e  plantas. Aqueles cuja bexiga natatória mutou e passou a formar um pequeno pulmãozinho tiveram grande vantagem. Mais alguns milhares de anos aparecem as salamandras, os sapos, as rãs, os  artrópodos, os anfíbios, enfim. Até hoje os sapos no início de suas vidas (os girinos) se parecem com peixinhos, e só mais tarde viram sapos adultos e vivem fora d´ água.


 “... répteis...” (Gen. 1:20)

            Daí a aparecer os répteis foi um passo. Evoluíram os jacarés , os cágados, as tartarugas, as cobras, e alguns répteis voadores como o Pterodactylus. Em 1974 Douglas Lawson descobriu um desses animais, que viveu há 60 milhões de anos,  tinha 17 metros de envergadura. Nessa mesma época viveram os Aepyornis dos quais descendem às emas e avestruzes que foram considerados, em 1971, pelo Dr. James Jensen, como répteis voadores”.


  “...e toda ave de asa...” (Gen. 1:21)

            Primeiro apareceram as aves primitivas Archaeopterix e Archaeornis. Algumas aves razoavelmente primitivas ainda habitam o Brasil, como o inhambu, a perdiz, a codorna (a nossa codorna do mato – não é a codorna doméstica). As aves primitivas continuavam sua evolução pelo processo adotado pelo Criador:  a seleção natural, a mutação, a migração e a deriva genética, todos os conhecidos fatores modificadores da freqüência dos genes e que com o isolamento geográfico e reprodutivo, provoca a origem de boas espécies. São, pois, produzidas as aves superiores como os papagaios, araras, curiós, pintassilgos, uirapuru, aves do Paraíso, etc...


6º PERÍODO   - “E disse Deus: Produza a terra... as bestas feras da terra...” (Gen. 1:24-25).

            Dos répteis evoluem, de um lado as aves, e de outro os primeiros monotremos, dos quais ainda temos, na Austrália e Nova Guine, os ornitorrincos e echidnas que ainda botam ovos.  Depois evoluem os marsupiais como o gambá,  a mucura, os cangurus, alguns  com a interessante característica de carregarem seus  filhinhos numa bolsa, chamada marsúpia. Os outros, como as cuícas já perderam a bolsa (os filhotes ficam pendurados nas tetas).  Finalmente aparecem, com útero perfeito, os mamíferos do tipo dos cachorros, da anta, da capivara, dos cavalos, das vacas, dos macacos. Os macacos se originaram de um grupinho de animais chamados Insectivora, animais mamíferos que, sendo noturnos, não tinham o sentido da cor. Alguns macacos brasileiros  enxergam o azul, o verde, o branco e o amarelo. Porém, os macacos superiores como os orangotangos, os chimpanzés, os gorilas e o homem já enxergam o mundo em tecnicolor, isto é, vêm as cores vermelho, amarelo e azul, e suas combinações.

            Assim, praticamente, a maior parte dos animais estava “pronta”.


“E disse Deus: façamos o homem...” (Gen 1:26)


            Há mais ou menos dois milhões de anos atrás, um grupo de macacos africanos começou a evoluir mais do que os outros, pois usava cada vez mais o cérebro e as mãos para resolver seus problemas. Algumas espécies começaram a andar de pé liberando as mãos para outras habilidades. Um belo dia um desses macacos (Homo africanus) descobriu o fogo. Mais tarde, evoluindo ainda mais em sua mente (Homo erectus) descobriu que para agüentar o frio podia muito bem faze-lo matando um animal e usando sua pele. Evoluindo ainda mais (Homo sapiens neanderthalensis) descobriu que podia aumentar sua comida usando arco e flecha, paus, armadilhas, plantação de  roças. Com a invenção e a aprendizagem o homem adicionou uma nova maneira de conquistar nichos ecológicos, completamente diferente da mutação e seleção natural.


“...à nossa imagem e semelhança.”  (Gen 1:26)


            Um dia, um homem dessa espécie já de uma subespécie mais evoluída (Homo sapiens sapiens) pensou pela primeira vez que ele tinha um Criador e adorou a Deus.


7º PERÍODO“Meu pai trabalha até agora.” (João 5:16-18)


            Os homens sentem agora, dentro de si, que um ato é certo e outro é errado. Em cada vida, na primeira vez que cada homem deliberadamente desobedece a Deus peca pela primeira vez, é o pecado original, que ocorre na vida de cada um de nós.

            Diz Gênesis,  que após haver criado o homem, Deus descansou (Gênesis 2:2-5). Esta frase é um antropomorfismo, já que Deus não se desgasta, não se cansa. Jesus reafirmou isso ao falar “meu pai trabalha até agora” (João 5:16-18). Portanto, dizemos que a evolução é contínua: a explosão de 13 bilhões de anos atrás continua ainda fazendo com que os pedaços do Universo voem para todos os lados. Somos um Universo em contínua expansão para o infinito. Também, no campo, novas espécies e raças são formadas e outras desaparecem (mamute, tigre dente de sabre, etc). Vejamos, por  exemplo, a formação da raça branca.

            Loomis explica a formação das raças branca, parda e amarela, na espécie humana como um produto da seleção natural em que o agente seletivo seria a vitamina D.  A vitamina D interfere na absorção do cálcio pelo intestino e na deposição de substâncias inorgânicas nos ossos em crescimento.

            A vitamina D é produzida na pele por transformação do dehidrocolesterol pelos raios ultravioleta de comprimento de onda de  290 a 320 milimicron. Quantidades de vitaminas D inferiores a 400 unidades internacionais (U.I.) levam as pessoas ao raquitismo e quantidades superiores a 100.000 U.I. (uma  U.I. = 0,25 microgramas de vitamina D) produzem hipervitaminose D (calcificação múltipla dos tecidos, pedra nos rins, morte). Loomis diz que a taxa de vitamina D no estrato granuloso da pele é regulada pelo processo de pigmentação e queratinização do extrato córneo, que permite somente a quantidade adequada de ultravioleta solar penetrar a camada externa da pele e alcançar a região onde a vitamina D é sintetizada. Assim, as peles negra (pigmentadas), amarela (queratinizada), parda (razoavelmente queratinizada e pigmentada)  representam adaptações do extrato granuloso que facilitam ou bloqueiam  a penetração na pele de raios ultravioletas nas latitudes Norte e a dificultam na região equatorial de maneira a manter a vitamina D dentro dos seus limites fisiológicos na espécie humana. Um preto tendo 22,50 centímetros quadrados de pele, durante um dia tropical sintetizaria 40.000 a 90.000 U.I. de vitamina D. Por sua vez, somente a carinha de uma criança norueguesa bem loira é suficiente para sintetizar 400 U.I.em menos de 3 horas de sol.

            Tendo o Homo evoluído nos trópicos, suas espécies mais primitivas deveriam ser negras e peludas (talvez a adequada pigmentação permitiu a perda dos pelos). Conforme migraram para o norte, tanto os mais claros como os menos peludos teriam vantagens adaptativas. Ainda, mais para o norte, as crianças mais negras sofreriam mais de anormalidades ósseas, tornando-as incapazes de  procurar seu próprio alimento. F.C. Murray (1934) diz: “Conforme o homem primitivo caminhou para o norte para região menos ensolaradas, uma doença – o raquitismo – acarretou a extinção dos elementos da população que fossem mais negros, mais pigmentados, fazendo que se reproduzissem apenas os indivíduos mais brancos (ou menos pigmentados)que iriam produzir mais pessoas claras e, por seleção progressiva pelos tempos pré-históricos, desenvolveu-se e estabeleceu-se a raça branca nas regiões mais ao norte da Europa como a vemos hoje; os tipos mais loiros são os do norte da Escandinávia.”.

            Os achados paleontológicos mostram que não há instrumentos de pedra na Mongólia e Manchúria, como os encontrados na mesma  latitude na Inglaterra e França.A ocupação da Escandinávia e Círculo Ártico ocorreu no Paleolítico Superior, quando possivelmente já havia sido selecionada uma raça loira, despigmentada, capaz de sintetizar vitamina D a 5º do pólo Norte.

            A única excepção  à correlação entre latitude e cor da pele é a raça Esquimó. Não obstante sua pele escura, não tem raquitismo. Murray atribui isso  à dieta rica em óleo de peixe, pele de mamíferos, e carne, que são alimentos ricos em vitamina D, tornando desnecessária a seleção de pele clara. A pele negra absorve mais calor que a branca.A pele negra de um Yoroba reflete 24% da luz incidente, enquanto num europeu 64%. Assim, não fora o forte fator seletivo da vitamina D, seria de se esperar pretos na Escandinávia e brancos nos trópicos. As pessoas de pele branca são muito mais susceptíveis ao câncer da pele (Blum 1955) e a doenças de pele, como psoríase e acne. Portanto, somente um fator muito importante (raquitismo) é que causaria uma seleção a favor  da pele branca que, na ausência dele seria definitivamente inferior. A coloração da pele é pois parte da obra da criação e jamais deveria ser usada para demonstração de ódio ou segregação (Tiago 2:9). Mirian ficou leprosa devido a protestar contra Moysés por se ter casado com uma negra  (Números 12:1, 12:10-11). A segregação racial é condenada tanto no Velho como no Novo Testamento (Prov. 14:31; Atos 10:34; Tiago 2:8-9. Apocalipse 7:9-17).

             O homem deixou de evoluir somente por mutação. Passou a  conquistar nichos ecológicos por invenção: Mayr (1963), Dobzhansky (1973).  Aprendeu cada vez melhor, a cultivar a terra, porém esqueceu-se de “guardá-la” (Gen..2:15) e por isso está perdendo ou destruindo gradualmente a terra e toda a criação de Deus, derrubando as florestas e campos cerrados, matando os animais, poluindo a natureza elevando a temperatura da Terra. Há 2014 anos atrás um acontecimento tão importante quanto o ato inicial da criação marcou intensamente este 7º  Período: o nascimento, a vida, os ensinamentos, a morte e a ressurreição de Cristo (I Cor 15:15 e 19).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DOBZHANSKY, TH – 1973 – Genética do Processo Evolutivo. Tradução de Celso Abade Mourão. Polígno/EDUSP. SÃO PAULO

DUARTE, PAULO – 1967 – Introdução à pré-história geral. Anhembi, 64:77-95, 64:293-315, 64:502-546.

IRVING, EDWARD – 2005 – The role of latitude in mobilism debates. PNAS 102 (6): 1821-1828.

KERR, WARWICK E., MARIA NEYSA SILVA,  - 1962 – Evolução do Homem. Anhembi. Ano XII nº 148, Vol. XLVII, p.3-11.

LOOMIS, W. FERNSWORTH – 1967 – Skin-pigment-regulation of vitamina D. Biosynthesis in Man. Science: 157 (3788): 501-506.

MAYR, ERNST – 1963 – Animal species and evolution. Harvard, Belknap Press, Cambridge.

MURRAY, F.G. – 1934 – Amer. Anthropology 36:438 e  seguintes.

MUSSOLINI, GIOCONDA – 1969 – Evolução, raça e cultura. Editora da Universidade de São Paulo.

NOTICIARISTA – The Sciences 11(9):26-27;. The Sciences 12(1):16,1972.

ORDT, J. H. – 1970 – Galaxies and the Universe. Science 170(3965):1363 – 1372.


“A Igreja do mundo moderno somente vai subsistir dependendo da atitude, científica ou não científica, que adotar em suas ações. Por mais que a  Igreja da idade média juntamente com os poderes da época tenham forçado Galileu a negar que a terra se movia em torno do sol, não puderam mudar a verdade científica: que a Terra gira em torno do sol.” (Sérgio de Mello Schneider, 1971).

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