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quinta-feira, 15 de maio de 2014

REINO CELESTIALA NOVA TERRA



Reino indescritível
O programa divino prevê que a Terra passe por um período de caos e então volte a ser um paraíso
 
 “Num ambiente de felicidade total, a vida humana avançará pelos séculos intermináveis de eternidade”
 
José Carlos Ramos, D. Min., é professor de Daniel e Apocalipse no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia, em Engenheiro Coelho, SP.
 
implantação do Reino de Deus na Terra fará, com que os remos deste mundo passem e que Jesus Cristo assuma o controle total do planeta (ver a edição de janeiro/fevereiro). Quais as implicações disso?
Jesus voltará em glória e majestade, e àque­les que rejeitaram Sua graça não su­portarão a Sua presença.  Eles se­rão destruidos e seus corpos “se estenderão de uma a ou­tra extremidade da Terra”, não sendo “pranteados, nem recolhidos, nem sepultados” (ler. 25:33). Os ímpios serão “castigados depois de muitos dias” (Isa. 24:22).
Não serão pranteados, nem sepultados, porque nenhum ser humano continuará vivo aqui após a volta de Jesus. Os jus­tos, os únicos que sobrevive­rão à vinda de Jesus, serão le­vados para o Céu, conforme a promessa de João 14:1-3. Mas não ficarão lá para sempre, pois, como frisei em um artigo anterior, a Terra é o habitat natural do ser hu­mano. Eles retornarão, segundo o Apocalipse, depois de mil anos, exatamente os “muitos dias” no fim dos quais, como diz Isaias, os im­pios serão castigados.
Assim, todos os remidos estarão com Jesus no Céu durante esses mil anos; ali reinarão com Ele, e participarão do julgamento dos an­jos e seres humanos perdidos (Apoc. 20: 4 e 6; 1a Cor. 6:2 e 3). A idéia de que o reino mile­nar de Jesus será aqui na Terra não tem apoio bíblico. Paulo diz que, quando Ele voltar, to­dos os salvos, os que não morrerem e os que ressuscitarem, “serão arrebatados, entre nu­vens, para o encontro do Senhor nos ares” (2o.Tess. 4:17). Só então ocorrerá o arrebatamen­to da Igreja. Esse evento será visível e público, e não secreto, como muitos imaginam.
As palavras de Paulo não teriam sentido se Jesus regressasse para ficar aqui. E como se cumpriria a previsão de que os ímpios mortos não serão sepultados? Além disso, outra pro­fecia descreve o estado do planeta após a vol­ta de Jesus. “Olheí para a Terra,” diz o profe­ta, “e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinham luz... Olhei, e eis que não ha­via homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido. Olhei ainda, e eis que... todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor” (Jer. 4:23). Essa descrição indica as conse­qüências de algo inédito, fora do comum, a ocorrer no planeta. Este “algo” não pode ser outra coisa senão o retorno de Jesus.
O quadro da Terra em tre­vas, “sem forma e vazia”, apa­rece também em Gênesis 1:2 na descrição do estado dela antes da semana da criação. Ali a Terra é chamada de “abismo”, o mesmo termo usado no Apocalipse para
identificar o lugar onde Sata­nás estará preso durante os mil anos (20:2 e 3). Em outras palavras, nosso pla­neta, após a volta de Jesus, estará reduzido a uma forma caótica paralela à sua condição pri­mitiva, e será a prisão do grande enganador. Isaias 24:22 fala de um cárcere onde estarão re­tidas as hostes celestes, isto é, os anjos que no princípio se rebelaram contra Deus e se trans­formaram em demônios (incluindo, é claro, o maior deles, Satanás), para serem “castigados depois de muitos dias”. Tudo se harmoniza com o que o Apocalipse diz.
Na edição de novembro-dezembro de 2000, vimos que é a volta de Jesus que dará Inicio aos mil anos, resultando em cinco eventos sucessivos: (1) os justos mortos ressuscitarão imortais, (2) os justos vivos serão transformados “num abrir e fechar de olhos” (1o. Cor. 15:52), (3) os ímpios serão mortos, (4) os salvos iniciarão sua viagem para o Céu, e (5) Satanás e seus demônios serão “aprisionados”, isto é, retidos em meio aos escombros deste velho mundo, sem terem ninguém a quem tentar e iludir.
No fim dos mil anos, Jesus e os salvos retornarão com a Nova Jerusa­1em, a capital do Reino, e se estabele­cerão no local onde hoje está o Mon­te das Oliveiras, em Israel (Zac. 14:4). Nesse ínterim, os ímpios de todas as épocas e lugares ressuscita­rão (Apoc. 20:5). Satanás e seus an­jos serão soltos de sua prisão (verso ~ já que agora têm com quem tra­balhar, e induzirão esses ímpios, in­contáveis “como a areia do mar (verso 8), a atacar a Nova Jerusalém. Descerá, então, fogo do céu sobre to­dos eles, fazendo-os sofrer tanto quanto merecem, segundo a infalível justiça divina Satanás, obviamente, é quem mais será castigado. Finalmen­te, desaparecerão para sempre, e com eles, a maldade do mundo.
Deus, então, recriará o planeta, tornando-o uma Nova Terra, bela, imaculada, própria para morada dos salvos. E, o mais importante, Deus morará aqui também (Apoc. 21:1-3).
O pecado e suas conseqüências serão coisas de um passado que jamais re­tornará. Num ambiente de felicidade total, a vida humana avançará pelos séculos intermináveis da eternidade.
 
Maravilhas A descrição que a Bíblia faz da Nova Terra e de sua capital, a Nova Jerusalém, é simplesmente ma­ravilhosa.
Os habitantes da Nova Terra des­frutarão uma vida plenamente feliz. Nada de “sofrimento, pranto, dor, morte”, porque tudo isso desapareceu como fogo pós-milenar (Apoc. 21:4). Ninguém ficará doente (Isa. 33:24), e a tristeza e o gemido inexistirão (Isa. 35:10). Ninguém será deficiente físi­co, porque todos terão um corpo igual ao de Jesus (Fil. 3:20 e 21).
Um perfeito equilíbrio ecológico garantirá a harmonia entre todos os elementos da natureza. Não haverá efeito estufa, camada de ozônio ameaçada, secas, enchentes, furacões, terremotos, maremotos e coisas desse tipo; nem variações bruscas da temperatura, pois o clima será sempre ameno e agradável. Sem áreas deser­tas, o solo de todo o planeta será fér­til para o cultivo de toda boa planta (Isa. 35:6 e 7). Os remidos o cultiva­rão para recreação e prazer. “Edifica­rão casas e nelas habitarão” (lsa. 65:21-23). Os animais serão mansos, dóceis. Nenhum será carnívoro: “o lobo habitará com o cordeiro, e o leo­pardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal ceva­do andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarao juntas, e as suas crias juntas se deita­rão; o leão comerá palha como o boi” (Lsa. 11:6 e 7).
Os remidos adorarão a Deus e aJe­sus face a face (Apoc. 22:3 e 4), e “ve­rão o Rei em Sua formosura” (lsa. 33:17). O culto será celebrado na Nova Jerusalém aos sábados (lsa. 66:22 e 23), não no domingo ou em outro dia da semana. Além desse en­contro semanal, eles irão mensalmen­te à Santa cidade, sempre às luas no­vas, para comer da árvore da vida (Apoc. 22:2), cujo fruto, negado ao ser humano no principio face à entrada do pecado (Gên. 3:22-24), proporcio­nará longevidade plena.
Também chamada Jerusalém celes­tial (Heb. 12:22), a cidade santa tem a Deus como arquiteto (Heb. 11:10). De ouro puro e adornada com toda a espécie de pedra preciosa, é guarneci­da com 12 portais, de fato 12 pérolas (Apoc. 21:18-21); e não precisa da luz solar ou lunar, porque Deus e Je­sus a iluminarão (verso 23). É qua­drangular, com um perímetro de “12 mil estádios” (verso 16). Cada lado equivalendo a cerca de 550 quilôme­tros, a Nova Jerusalém ocupará uma área maior que a do Estado de São Paulo. Fantástico!
Tudo isso e infinitamente mais é o Reino de Deus. Isso é o que Da­niel 2:44 e 45 anuncia como o pro­pósito divino para este planeta. Se o leitor ficou empolgado com a descrição acima, imagine o que será ver, sentir e desfrutar toda essa maravilha. Seremos moradores des­se reino encantado se formos fiéis seguidores de Jesus.
 
Sinais dos Tempos      Março-Abril/2002

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