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terça-feira, 13 de maio de 2014

CRIACIONISMO SOB ATAQUE



A resposta para o elo perdido" jamais será encontrada, nem na genética nem na paleontologia nem na antropologia
 

Defensor da causa criacionista, o Dr. Ruy Vieira está sempre pronto para des­mascarar as teorias evolucionistas, tão propaladas pela mídia em nossos dias. Por isso, aceitou o desafio de falar sobre alguns conceitos do biólogo inglês Richard Dawkins, a quem a revista Veja, recente­mente, chamou de "devoto de Darwin':

E não lhe falta autoridade. Enge­nheiro mecânico e eletricista, formado pela Escola PolitécnIca da USP, o Dr. Vieira desenvolveu profícua carreira do­cente no Instituto Tecnológico de Aero­náutica e na Escola de Engenharia de São Carlos, SP, onde fundou o interna­cionalmente reconhecido Centro de Re­cursos Hídricos e Ecologia Aplicada, ten­do sido orientador de numerosos mestra­dos e doutorados na área da Mecânica dos Fluidos e suas aplicações. É autor do Atlas de Mecânica dos Fluidos, premia­do como melhor livro didático do ano de 1971 pela Câmara Brasileira do Livro. Foi Presidente da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia, Conselheiro do Conselho Federal de Educação e do Con­selho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Diretor Científico da FA­PESP e representante do MEC na Agên­cia Espacial Brasileira. Desenvolveu suas atividades profissionais em projetos de interesse do Metrô de São Paulo (ventila­ção dos túneis e estações) e da Compa­nhia Metropolitana de Águas de São Paulo (adução no túnel do Sistema Can­tareira e dissipação de energia na estação de tratamento do Guaraú).

Membro da Igreja Central de Brasí­lia e fundador da Sociedade Criacionis­ta Brasileira, o Dr. Ruy Vieira concedeu a seguinte entrevista a Rubens Lessa:

Richard Dawkins, conhecido como um dos maiores defensores da teoria da evolução, disse à revista Veja, na edição de 12 de junho, que ''postular a existência de um Deus que criou a vida é o tipo de idéia que só complica as coisas': Será que complica?
Dr. Ruy Vieira: A afirmação de Dawkins merece algumas considerações específi­cas preliminares. Postulados constituem fundamentos que se aceitam como pressupostos para, a partir deles, desen­volver um raciocínio lógico que levará a conclusões que evidentemente se limi­tarão ao âmbito da estrutura conceitual dentro da qual eles foram formulados. É o que aconteceu, por exemplo, no caso da formulação dos postulados da Geo­metria Euclidiana, nos tempos áureos da Grécia antiga. Ninguém questiona a validade de todo o arcabouço lógico de­senvolvido a partir dos postulados de Euclides, mas, modernamente, outras Geometrias "Não Euclidianas" foram também desenvolvidas a partir de dife­rentes postulados, e têm sua validade no âmbito de seus diferentes pressupostos.

Assim, a afirmação de Dawkins referente à postulação da existência de um Deus Criador deve ser considera­da par~lelamente à possibilidade lógi­ca de se elaborar toda uma estrutura para o que poderíamos denominar de Biologia "Não Evolucionista", baseada em pressupostos distintos daqueles da Biologia Evolucionista aceita por ele. Dentre essas possíveis Biologias "Não Evolucionistas" desponta, evidente­mente, a Biologia Criacionista, modernamente apresentada, di"ulgada e defendida racional e logicamente por numerosos destacados cientistas de renome, como Michael Denton, Mi­chael Behe, Reinhard Junker, Siegfried Scherer e Joachim ScheYen com os quais Dawkins se recusa sequer a dis­cutir o âmbito da validade de seus pressupostos) .

Os postulados que constituem os fundamentos aceitos como pressupos­tos para o desenvolvimento dessa Bio­logia Criacionista, longe de complicar,
efetivamente simplificam “as coisas", a partir de uma estrutura conceitual  em que o Universo é considerado algo criado com propósito e desígnio. A complicação"das coisas" reside fundamental­mente nos pressupostos evolucionistas de um universo surgido por acaso, e paradoxalmente evoluindo em um sentido pré-determinado, do simples  para o complexo! Torna-se evidente que a afirmação de Dawkins  subliminarmente decorre do fato de que as teses criacionistas complicam tão somente “as coisas” defendidas pelos evolucionistas.
RA: Dawkins não gosta de debater com ­criacionistas, alegando que estes não merecem estar “no mesmo palanque ocupado por um cientista de verdade”.
Há, no entanto, muitos cientistas de verdade entre os criacionistas, não é?
Dr. Ruy Vieira: Dawkins foge do deba­te por motivos estratégicos óbvios: tan­to denegrir liminarmente os oponen­tes, como impedir que as incoerências e inconsistências do evolucionismo se­jam expostas publicamente em uma discussão de nível científico, e não só­mente em nível jornalístico, como feito unilateralmente na sua entrevista em questão. Como justificar a recusa dele em debater em alto nível as teses do "design" inteligente e da complexidade irredutível, com Denton e Behe?!

A propósito, ainda, o que seria um "cientista de verdade" na concepção de Dawkins? Qual é a "verdade" científica encontrada nas teses evolucionistas? O termo "verdade" traz inevitavelmente à tona concepções religiosas, e nesse sen­tido podemos destacar que são incon­táveis os "cientistas da verdade': não só os que no passado lançaram os funda­mentos do método científico e da ver­dadeira ciência moderna, como tam­bém os que até hoje se dedicam com afinco à obtenção do conhecimento utilizando o próprio método científico. Aliás, a insuficiência epistêmica do evolucionismo resulta fundamental­mente da impossibilidade da demons­tração experimental de suas teses, hi­póteses, postulados e formulações teó­ricas, o que seria exigido pelo método científico para a sua validação.
 
RA: O senhor concorda com a afirmação de que a sobrevivência da religião é pos­ta em xeque quando se permitem "deba­tes racionais e pensamento inteligente"?
Dr. Ruy Vieira: Ao falarem da sobrevi­vência da religião nesses termos, certa­mente os evolucionistas estão proje­tando sua preocupação, dentro do contexto da tese darwinista da "sobre­vivência do mais forte': e sugerindo que a religião não é nem racional nem inteligente. Entretanto, a verdadeira religião é fundamentada em um culto racional (Rom. 12:1) que reconhece a inteligência dAquele que estabeleceu os próprios céus (Prov. 3:19), motivo pelo qual "debates racionais" (dos quais Dawkins declaradamente se es­quiva) e "pensamento inteligente" (in­cluído na tese do design inteligente, também rechaçada por Dawkins), se levados a efeito, apenas confirmarão a verdadeira razão pela qual Dawkins se exime de se expor em debates com os criacionistas - a certeza de que seus ar­gumentos não resistirão.
RA: Sydney Brenner, geneticista sul­africano, acha que um dia se poderá, a partir do genoma do homem e do chim­panzé, fazer uma retrospectiva até nos­sos antepassados. A média entre os dois genomas, segundo essa hipótese, revela­ria o elo perdido. Mera ilusão científica?

Dr. Ruy Vieira: Embora eu não seja gene­ticista, creio que a resposta para a questão desse "elo perdido" não será encontrada nunca, nem na genética nem na paleon­tologia nem na antropologia, pela sim­ples razão de não existirem elos de espé­cie nenhuma, nem "elos achados" nem "elos perdidos': De fato, o grande desafio da teoria da evolução das espécies está si­tuado exatamente na ausência total de elos entre elas no registro fóssil, o que impossibilita a concepção de uma "árvo­re genealógica" das espécies com base em fatos. Mais uma vez se caracteriza, assim, a total pertinência do relato bíblico da re­produção dos seres vivos "de conformi­dade com a sua espécie"!

Evidentemente, deve ser ressalta­do o problema semântico do que vem a ser na linguagem bíblica uma "espé­cie". A comparação da taxonomia bio­lógica atual (iniciada por Lineu háquase três séculos) com a taxonomia bíblica indica que, no relato bíblico, "espécie" pode ter a conotação de gê­nero ou até família na taxonomia atual. Daí os criacionistas aceitarem a microevolução dentro das "espécies bíblicas': e rejeitarem, por absoluta fal­ta de provas, a macroevolução no nível de categorias superiores a famílias (as­sim consideradas na taxonomia atual).

A partir dos estudos modernos sobre o genoma do ser humano e dos chimpanzés, complementado:!, com técnicas a serem desenvolvidas para possibilitar operações experimentais em laboratório que pudesse levar a uma manipulação genética, talvez até se possa produzir um ser intermediá­rio entre homem e chimpanzé. Mas deveremos atentar para o fato de que tal resultado jamais estaria compro­vando a existência de ancestrais co­muns a seres humanos e símios.
 
RA: A biologia atual não considera o homem "o pináculo da evolução': Como o criacionismo refuta esse conceito?
Dr. Ruy Vieira: O criacionismo refuta a tese da biologia atual, de não consi­derar o homem o "pináculo da evolu­ção" (sugerindo que o ser humano poderá ainda evoluir transformando­se em uma espécie superior), mera­mente porque o criacionismo não tem como aceitar a tese geral da evolução das espécies. Por essa razão, na reali­dade, o criacionismo considera o ser humano "a coroa. da criação", criado para honra e glória de seu Criador.
RA: O biólogo inglês diz que a ciência pode satisfazer a demanda por reverên­cia e espanto diante da vida e do Univer­so, mas confessa que não pode satisfazer a demanda por conforto diante da mor­te. Qual é a vantagem do criacionista?
Dr. Ruy Vieira: Creio que, ao respon­der a esta pergunta, devemos cuidar para que o termo "vantagem" não as­suma conotação evolucionista, pois ele tem sido usado insistentemente no contexto da explicação teórica da evo­lução pela seleção natural: os seres vi­vos ter-se-iam modificado no decor­rer do tempo, e modificações vantajo­sas teriam permanecido (de tal modo que o acúmulo de tais modificações teria levado à caracterização de uma nova espécie, no decorrer do tempo).
A vantagem do criacionista, a meu ver, é poder interpretar o mundo ao seu redor de maneira consistente com a existência de planejamento, de­sígnio e propósito, sem os quais não seria possível sequer estudar de ma­neira verdadeiramente científica os fe­nômenos observados na natureza. A própria ciência e o método científico não teriam como existir se o mundo ao nosso redor fosse caótico, sem rela­ção de causa e efeito, sem leis atuando constantemente e de igual maneira.
Em resumo, somente o criacionis­ta, olhando para o passado e para o futuro com base na revelação dada na Bíblia, encontra respostas satisfatórias para as perguntas "de onde viemos" e "para onde vamos".                            

 
Revista Advenlista, julho 2005

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