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quinta-feira, 9 de junho de 2016

QUEM AMA CONHECE



Quem ama conhece
Dedicar tempo ao conhecimento mútuo fortalece a relação afetiva

É pouco provável que amemos uma pessoa sem conhecê-la. O conheci­mento é fundamental em uma relação cujo vinculo maior é o amor. Dentro de um processo dinâmico, quanto mais conhe­cemos o outro e os seus mistérios, tanto mais podemos compreender as suas necessidades, qualidades, limitações, desejos e carências.
Portanto, amar é a arte de conhecer aquilo que o outro possui de mais precioso. Implica em tomar ciência de suas alegrias e tristezas, de seus medos e sua coragem, de seu bom humor e mau humor. De todas as manifestações daquilo que possui de maus vital.
Mas, para que isso aconteça, é necessário que exista uma disponibilidade para o conhecimento recíproco. E disponibilidade é a capa­cidade de dedicar tempo. Significa atribuir im­portância ao outro.
Ao criar o ser humano à Sua imagem e semelhança, Deus desenvolveu um ser essen­cialmente relacional, motivo pelo qual esta­mos ligados uns aos outros e ao Criador. Essa teia de relacionamentos não pode ser rompida sem prejuízos para o individuo. Precisamos uns dos outros, e do Criador, para desenvol­ver um caráter saudável.
Em Seu ato de amor para com o ser humano, Deus não negligenciou a necessidade de dedicar tempo exclusivo à Sua criação. Ele tinha disponi­bilidade inegociável para com o casal recém-cria­do, O relato bíblico (Gên. 3:8) deixa claro que Deus visitava o casal todos os dias, na hora em que soprava o vento suave da tarde. Não era uma visita mensal, semanal ou só quando sobrava tempo. Mesmo sendo o Rei do Universo, não Se esquecia de Adão e Eva. Por mais importante que fosse a reu­nião no Céu, Deus não deixava de ir ao encontro marcado.
Assim, o casal  ia se desenvolvendo com a certeza do amor de Deus. Uma cer­teza prática, e não teórica, pois o próprio Cria­dor lhes mostrava o quanto eram importantes, a cada fim de tarde. Deus tinha tempo para eles.

Envolvimento Que bom quando os pais têm tempo para os filhos, e o esposo, para a esposa! Quantos se lembram do prazer de brincar de cavalinho nas costas do pai, ou da alegria de sair com ele para empinar papagaio? Hoje, porque as pessoas não têm tempo, ou estão cansadas, a vivência familiar acontece cada vez menos.
Quantos pais preferem gastar o seu tempo com o trabalho, lendo jornal, jogando futebol, ou simplesmente diante da TV! Quantos pais aparentam não estar disponíveis e se aborrecem se um filho se aproxima com uma necessidade especial na hora do jornal, da conversa com os amigos ou simplesmente no seu momento de li­car à-toa! Cria-se, assim, uma distância emocio­nal que coloca empecilhos na relação afetiva.
Para não cair nessa armadilha emocional, os pais podem ter momentos ricos e produtivos, em termos de relacionamento, simplesmente brincando com os filhos. Para estabelecer um relacio­namento familiar não são necessários muitos re­cursos e tempo. O que importa não é a quantidade, mas a qualidade.
A importância quase absoluta da infância está no relacionamento afetivo com os pais. Esses anos de formação da vida são muito importantes do ponto de vista psicológico, porque são aqueles sobre os quais são lançadas as bases do caráter. Um amor sincero, uma
aceitação real e um relacionamento pessoal irão conferir à crian­ça um sentimento do próprio valor que dificilmente será desfeito.
Por isso, não devemos esquecer que a criança pre­cisa sentir que alguém acredita, confia, luta, se importa e gasta tempo com ela. Esse é o amor que cresce e se mantém.


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