O sábado através dos séculos
SÉCULO I
“Quase todas as igrejas
no mundo celebram os sagrados mistérios [da Ceia do Senhor] no sábado de cada
semana.” Socrates Scholasticus, Eccl. History
“Então a semente
espiritual de Abraão [os cristãos] fugiram para Pela, do outro lado do rio
Jordão, onde encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir a
seu Mestre e guardar o Seu sábado.” Eusebius’s Ecclesiastical History
Filo, filósofo e
historiador, afirma que o sábado correspondia ao sétimo dia da semana.
SÉCULO II
“Os cristãos primitivos
tinham grande veneração pelo sábado, e dedicavam o dia para devoção e sermões.
... Eles receberam essa prática dos apóstolos, conforme vários escritos para
esse fim.” D. T. H. Morer (Church of England), Dialogues on the Lord’s Day,
Londres, 1701
SÉCULOS II, III, IV
“Desde o tempo dos
apóstolos até o Concílio de Laodicéia [364 d.C.), a sagrada observância do
sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, não
obstante o voto contrário do concílio.” John Ley, Sunday A Sabbath, Londres,
1640
SÉCULO III
“Pelo ano 225 d.C.,
havia várias dioceses ou associações da Igreja Oriental, que guardavam o
sábado, desde a Palestina até a Índia.” Mingana Early Spread of Christianity
SÉCULO IV
“Na igreja de Milão
(Itália), o sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente
ou qualquer outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao
judaísmo, mas elas se reuniam no sábado para adorar a Jesus, o Senhor do
sábado.” Dr. Peter Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1636
“Por mais de 17 séculos
a Igreja da Abissínia continuou a santificar o sábado como o dia sagrado do
quarto mandamento.” Ambrósio de Morbius
“Ambrósio, famoso bispo
de Milão, disse que quando ele estava em Milão, guardou o sábado, mas quando
passou a morar em Roma, observou o domingo. Isso deu origem ao provérbio:
‘Quando você está em Roma, faça como Roma faz.’” Heylyn, History of the Sabbath
Pérsia 335-375 d.C. Eles
[os cristãos] desprezam nosso deus do Sol.
“Eles [os cristãos]
desprezam nosso deus do Sol. Zoroastro, o venerado fundador de nossas crenças
divinas, não instituiu o domingo mil anos antes em honra ao Sol cancelando o
sábado do Antigo Testamento? Os cristãos, contudo, realizam suas cerimônias
religiosas no sábado.” O’Leary, The Syriac Church and Fathers
SÉCULO V
“Agostinho [cujo
testemunho é mais incisivo pelo fato de ter sido um devotado observador do
domingo] mostra... que o sábado era observado em seus dias ‘na maior parte do
mundo cristão’.” Nicene and Post-Nicene Fathers, série 1, vol. 1, págs. 353 e
354
“No quinto século a
observância do sábado judaico persistia na igreja cristã.” Lyman Coleman,
Ancient Christianity Exemplified, pág. 526
SÉCULO VI
“Neste último exemplo,
eles [a Igreja da Escócia] parecem ter seguido o costume do qual encontramos
vestígios na primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o
sábado era o sétimo dia no qual descansavam de todas as atividades.” W. T.
Skene, Adamnan’s Life of St. Columba, 1874, pág. 96
Sobre Columba de Iona:
“Tendo trabalhado na Escócia por trinta e quatro anos, ele predisse clara e
abertamente sua morte, e no dia 9 de junho, um sábado, disse a seu discípulo
Diermit: ‘Este é o dia chamado sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal será
para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores’.” Butler’s Lives of the
Saints, artigo sobre “St. Columba”
SÉCULO VII
“Parece que, nas igrejas
célticas primitivas, era costume, tanto na Irlanda quanto na Escócia, guardar o
sábado... como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto
mandamento no sétimo dia da semana.” Jas. C. Moffatt, The Church in Scotland
Disse Gregório I, Papa
de Roma (590-604): “Cidadãos romanos: Chegou a meu conhecimento que certos
homens de espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e
contrárias à fé cristã, proibindo que nada seja feito no dia de sábado. Como eu
deveria chamá-los senão de pregadores do anticristo?”
SÉCULO VIII
Índia, China, Pérsia,
etc. “Abrangente e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da
Igreja Oriental e dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram
ligados a Roma. O mesmo costume foi mantido entre as congregações que se
separaram de Roma após o Concílio de Calcedônia, como por exemplo, os abissínios,
jacobitas, marionitas e armênios.” New Achaff-Herzog Encyclopedia of Religious
Knowledge, artigo intitulado “Nestorians”
SÉCULO IX
“O papa Nicolau I, no
nono século, enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento
dizendo que se devia cessar o trabalho no domingo, mas não no sábado. O líder
da Igreja Grega, ofendido pela interferência do papado, declarou o papa
excomungado.” B. G. Wilkinson, Ph.D., The Truth Triumphant, pág. 232
SÉCULO X
“Os seguidores de Nestor
não comem porco e guardam o sábado. Não crêem em confissão auricular nem no
purgatório.” New Schaff-Herzog Encyclopedia, artigo “Nestorians”
SÉCULO XI
“Margaret da Escócia, em
1060, tentou arruinar os descendentes espirituais de Columba, opondo-se aos que
observavam o sábado do sétimo dia em vez de o domingo.” Relatado por T. R.
Barnett, Margaret of Scotland, Queen and Saint, pág. 97
SÉCULO XII
“Há vestígios de
observadores do sábado no século doze, na Lombárdia.” Strong’s Encyclopedia
Sobre os valdenses, em
1120: “A observância do sábado... é uma fonte de alegria.” Blair, History of
the Waldenses, vol.1, pág. 220
França: “Por vinte anos
Pedro de Bruys agitou o sul da França. Ele enfatizava especialmente um dia de
adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas,
entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o sábado do quarto
mandamento.” Coltheart, pág. 18
SÉCULO XIII
“Contra os observadores
do sábado, Concílio de Toulouse, 1229: Canon 3: Os senhores dos diversos
distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir
os lugares que servem de refúgio. Canon 4: Aos leigos não é permitido adquirir
os livros tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos.” Hefele
SÉCULO XIV
“Em 1310, duzentos anos
antes das teses de Lutero, os irmãos boêmios constituíam um quarto da população
da Boêmia, e estavam em contato com os valdenses, que havia em grande número na
Áustria, Lombárdia, Boêmia, norte da Alemanha, Turíngia, Brandenburgo e
Morávia. Erasmo enfatizava que os valdenses da Boêmia guardavam o sétimo dia
(sábado) de uma maneira estrita.” Robert Cox, The Literature of the Sabbath
Question, vol. 2, págs. 201 e 202
SÉCULO XV
“Erasmo dá testemunho de
que por volta do ano 1500 os boêmios não apenas guardavam estritamente o sábado,
mas eram também chamados de sabatistas.” R. Cox, op. cit.
Concílio Católico
realizado em Bergen, Noruega, em 1435: “Estamos cientes de que algumas pessoas
em diferentes partes de nosso reino adotam e observam o sábado. A todos é
terminantemente proibido – no cânon da santa igreja – observar dias santos,
exceto os que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do sábado não
deve ser permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, além do que
o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na
Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a
observância do sábado; e os demais proibimos sob pena de severo castigo da
igreja por guardarem o sábado como dia santo.” Dip. Norveg., 7, 397
SÉCULO XVI
Noruega, 1544: “Alguns
de vocês, em oposição à advertência, guardam o sábado. Vocês devem ser
severamente punidos. Quem for visto guardando o sábado, pagará uma multa de dez
marcos.” Krag e Stephanius, History of King Christian III
Liechtenstein: “Os
sabatistas ensinam que o dia de repouso, o sábado, ainda deve ser guardado.
Dizem que o domingo [como dia semanal de descanso] é uma invenção do papa.”
Wolfgang Capito, Refutation of the Sabbath, c. de 1590
Índia: “Francisco
Xavier, famoso jesuíta, chamado para a inquisição que foi preparada em Goa,
Índia, em 1560, para verificar ‘a maldade judaica, a observância do sábado’.”
Adeney, The Greek and Eastern Churches, págs. 527 e 528
Abissínia: “Não é pela
imitação dos judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que
observamos este dia [o sábado].” De um legado abissínio na corte de Lisboa,
1534, citado na História da Igreja da Etiópia, de Geddes, págs. 87 e 88
SÉCULO XVII
“Cerca de 100 igrejas
guardadoras do sábado, a maioria independentes, prosperaram na Inglaterra nos
séculos dezessete e dezoito.” Dr. Brian W. Ball, The Seventh-Day Men,
Sabbatarians and Sabbatarianism in England and Wales, 1600-1800, Clarendon
Press, Oxford University, 1994
SÉCULO XVIII
Alemanha: “Tennhardt de
Nuremberg adere estritamente à doutrina do sábado, por ser um dos dez
mandamentos.” J. A. Bengel, Leben und Wirken, pág. 579
“Antes que Zinzendorf e
os morávios de Belém [Pensilvânia] iniciassem a observância do sábado e
prosperassem, havia um pequeno grupo de alemães observadores do sábado na
Pensilvânia.” Rupp, History of the Religious Denominations in the United States
“Os abissínios e muitos
do continente europeu, especialmente na Romênia, Boêmia, Morávia, Holanda e
Alemanha, continuaram a guardar o sábado. Onde quer que a igreja de Roma
predominasse, esses sabatistas eram penalizados com o confisco de suas
propriedades, multas, encarceramento e execução.” Coltheart, pág. 26
SÉCULO XIX
China: “Os taiping,
quando interrogados sobre a observância do sábado, responderam que, em primeiro
lugar, porque a Bíblia o ensina, e, em segundo, porque seus ancestrais o
guardavam como dia de culto.” A Critical History of Sabbath and Sunday
SÉCULO XX
[Nota do editor: Há
milhões de observadores do sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações
e centenas de congregações independentes, observadoras do sábado.]
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