Como Derrotar Um Inimigo
E tudo isto provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação. (II Coríntios 5:18).
A
vida de Abraão Lincoln já foi retratada em cerca de 5.000 livros. Um episódio
insistentemente lembrado em alguns desse livros é o do relacionamento entre
Lincoln e um certo Stanton.
Edward
M. Stanton era inimigo declarado de Abraão Lincoln. Stanton desprezava a
Lincoln chamando-o, entre outras coisas de "palhaço velhaco do mais baixo
nível" e pôs nele o apelido de "pai dos gorilas".
Nessa
época, havia um cientista chamado Du Chaillu que fazia pesquisas na África a
respeito dos gorilas. Stanton dizia que esse cientista era um tolo e estava
perdendo o seu tempo tentando capturar gorilas na África; era só procurar em
Springfield mesmo, que ele encontraria facilmente um. (Springfield, cidade do
estado de Illinois, era onde Lincoln morava.). A tantas e tamanhas ofensas,
Lincoln respondia apenas com silêncio.
Toda difamação
de Stanton não deu resultado pois, a 6 de Novembro de 1860, Lincoln foi eleito
o décimo sexto presidente dos Estados Unidos.
Chegou
o momento de Lincoln, como presidente, escolher os seus ministros. Para
desespero de alguns, e surpresa de todos, Lincoln convidou Stanton para
integrar o ministério. Stanton aceitou o convite, tomando-se assim Ministro da
Guerra. Vários assessores de Lincoln argumentaram que Stanton poderia ser um
estorvo para a administração, que provavelmente tentasse sabotar o desempenho
do governo. Lincoln respondia que, tendo procurado em todo o país um homem
qualificado para o cargo, encontrou em Stanton esse homem, que era o mais preparado
para o posto.
Durante toda a
administração, Lincoln tratava o seu ministro com respeito e cortesia, como se
nada antes houvera acontecido.
O
tempo passou. Em 14 de abril de 1865, Lincoln foi covardemente assassinado no
Teatro Ford, em Washington. O país ficou chocado. O corpo de Lincoln ficou em
exposição numa pequena sala. A seu lado, de pé, um Stanton diferente,
completamente transformado, dizia com sincera comoção: "Aí jaz o maior governante que o mundo já
viu! Agora ele pertence a história ".
Era
a vitória do amor sobre o ódio. Mais uma evidência de que o perdão tem força
irresistível.
O
perdão não é atitude natural. É uma dádiva da graça. Nossa história de vida
mostra que nascemos com a incapacidade de perdoar. Comportamo-nos como rivais
uns dos outros desde o início da nossa existência. Temos pouca sensibilidade
para com a sensibilidade alheia. Ofendemos e não admitimos ser ofendidos.
O Espírito
Santo concede a todos os Seus dons. O perdão também é dom de Deus. Uns têm mais
facilidade para perdoar e outros menos. Mas, correto é dizer que o perdão é um
atributo divino que Deus quer dividir conosco. É preciso pois, perdoar o meu
irmão de todo o coração.
O
perdão leva consigo uma força intrínseca: é capaz de transformar as pessoas.
Quando condenamos, condicionamos. Quer dizer, o nosso julgamento determina à
pessoa que não mude. Mas quando perdoamos, liberamos. Damos à pessoa a
confiança para que, pela graça divina, troque o que deve ser transformado.
O
perdão, no entanto, não faz bem apenas a quem o recebe. Perdoar é libertarse.
Aquele que agride é sempre alguém a um passo do desequilíbrio. Aquele que
persegue nem pode imaginar o quanto se encontra enfermo. Sem dúvida, a felicidade
pertence sempre àquele que a pode oferecer, que a possui para dar.
Nosso
maior exemplo é Jesus. Poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e
amar, por saber que aqueles que O afligiam eram almas cativas, atormentadas em
si mesmas. E, por essa razão, dignas de perdão.
Errar
é humano. Perdoar é divino. Se você tiver ainda muita dificuldade para perdoar,
pense que tudo passa. Passam as coisas ruins, passam as pessoas que as
provocam. Só o bem permanece para sempre!
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