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segunda-feira, 6 de junho de 2016

COMO DERROTAR UM INIMIGO



Como Derrotar Um Inimigo

E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. (II Coríntios 5:18).

A vida de Abraão Lincoln já foi retratada em cerca de 5.000 livros. Um episó­dio insistentemente lembrado em alguns desse livros é o do relacionamento entre Lincoln e um certo Stanton.
Edward M. Stanton era inimigo declarado de Abraão Lincoln. Stanton des­prezava a Lincoln chamando-o, entre outras coisas de "palhaço velhaco do mais baixo nível" e pôs nele o apelido de "pai dos gorilas".
Nessa época, havia um cientista chamado Du Chaillu que fazia pesquisas na África a respeito dos gorilas. Stanton dizia que esse cientista era um tolo e estava perdendo o seu tempo tentando capturar gorilas na África; era só procurar em Springfield mesmo, que ele encontraria facilmente um. (Springfield, cidade do estado de Illinois, era onde Lincoln morava.). A tantas e tamanhas ofensas, Lincoln respondia apenas com silêncio.
Toda difamação de Stanton não deu resultado pois, a 6 de Novembro de 1860, Lincoln foi eleito o décimo sexto presidente dos Estados Unidos.
Chegou o momento de Lincoln, como presidente, escolher os seus ministros. Para desespero de alguns, e surpresa de todos, Lincoln convidou Stanton para integrar o ministério. Stanton aceitou o convite, tomando-se assim Ministro da Guerra. Vários assessores de Lincoln argumentaram que Stanton poderia ser um estorvo para a administração, que provavelmente tentasse sabotar o desempenho do governo. Lincoln respondia que, tendo procurado em todo o país um homem qualificado para o cargo, encontrou em Stanton esse homem, que era o mais pre­parado para o posto.
Durante toda a administração, Lincoln tratava o seu ministro com respeito e cortesia, como se nada antes houvera acontecido.
O tempo passou. Em 14 de abril de 1865, Lincoln foi covardemente assassi­nado no Teatro Ford, em Washington. O país ficou chocado. O corpo de Lincoln ficou em exposição numa pequena sala. A seu lado, de pé, um Stanton diferente, completamente transformado, dizia com sincera comoção: "Aí jaz o maior governante que o mundo já viu! Agora ele pertence a história ".
Era a vitória do amor sobre o ódio. Mais uma evidência de que o perdão tem força irresistível.
O perdão não é atitude natural. É uma dádiva da graça. Nossa história de vida mostra que nascemos com a incapacidade de perdoar. Comportamo-nos como rivais uns dos outros desde o início da nossa existência. Temos pouca sensibilidade para com a sensibilidade alheia. Ofendemos e não admitimos ser ofendidos.
O Espírito Santo concede a todos os Seus dons. O perdão também é dom de Deus. Uns têm mais facilidade para perdoar e outros menos. Mas, correto é dizer que o perdão é um atributo divino que Deus quer dividir conosco. É preciso pois, perdoar o meu irmão de todo o coração.
O perdão leva consigo uma força intrínseca: é capaz de transformar as pesso­as. Quando condenamos, condicionamos. Quer dizer, o nosso julgamento deter­mina à pessoa que não mude. Mas quando perdoamos, liberamos. Damos à pes­soa a confiança para que, pela graça divina, troque o que deve ser transformado.
O perdão, no entanto, não faz bem apenas a quem o recebe. Perdoar é libertar­se. Aquele que agride é sempre alguém a um passo do desequilíbrio. Aquele que persegue nem pode imaginar o quanto se encontra enfermo. Sem dúvida, a felici­dade pertence sempre àquele que a pode oferecer, que a possui para dar.
Nosso maior exemplo é Jesus. Poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que O afligiam eram almas cativas, ator­mentadas em si mesmas. E, por essa razão, dignas de perdão.
Errar é humano. Perdoar é divino. Se você tiver ainda muita dificuldade para perdoar, pense que tudo passa. Passam as coisas ruins, passam as pessoas que as provocam. Só o bem permanece para sempre!




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