Youtube

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O SÁBADO NA BÍBLIA - O SÁBADO E O SELO DE DEUS



O sábado e o selo de Deus

Como devo entender a questão do selo de Deus’ Sempre ouvi dizer que ele é o sábado, mas alguns dizem que é o nome de Deus. Outros acham que é uma vida santificada na verdade, em obediência aos man­damentos de Deus no processo do aperfeiçoamento do caráter. Afinal, no que devo crer? N. C.

Admito que cada uma das coisas referidas na pergunta está relacionada com o selo de Deus. Eu diria que o selo é a confirmação divina no crente de sua santificação e total dedicação a Deus. Ora, o sábado é o mandamento divino que requer que sejamos san­tos: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Exo. 20:8; ênfase supri­da) Ninguém dá do que não tem. Não posso  santificar alguma coisa se eu mesmo não for santo. Todavia, ser santo é algo que está além da mi­nha capacidade; é obra de Deus na minha vida e devo permitir que Ele assim opere: Nesse sentido, o sábado se torna, para mim, um sinal de que Deus me santifica, como Ele mesmo disse: “Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ezeq. 20:12; ênfase suprida). O nome de Deus não é questão de mera nomenclatura, como querem as chamadas testemu­nhas de Jeová, mas equivale a Seu caráter. Nosso Deus é um Deus santo, e Ele espera que nós também sejamos santos (1 Ped. 1:16). E assim, o assunto é ainda santificação.
Agora, o crescimento na santificação requer nossa obe­diência aos mandamentos de Deus, nossa fidelidade cada vez mais expressiva, conforme os dias transcorrem. Então, quan­do chegar o último dia, a humanidade estará dividida em dois grupos bem distintos: o remanescente, isto é, aqueles que es­tarão plenamente santificados; e Babilônia, isto é, o mundo perdido, composto por aqueles que estarão plenamente dege­nerados. Os primeiros exibirão o caráter de Cristo, estarão as­sinalados com o selo de Deus (Apoc. 7:1-4) e terão na fronte o nome dEle (14:1). Os segundos exibirão o caráter de Satanás, e estarão assinalados com o sinal da besta (13:16-17), o que envolve o nome dela (v. 17). Nesse contexto, a guarda do sá­bado será a evidência externa de uma santificação plena in­terna, em contraste com a guarda do domingo, que será a evi­dência externa de uma degeneração plena interna.
Daí eu afirmar que tudo o que é mencionado na per­gunta está vinculado ao tema do “selo de Deus’~ O erro, a meu ver, está em limitarmos tão vasto assunto, vasto a ponto de envolver todo o meu ser e todo o período de mi­nha existência, a um desses tópicos apenas, como quando dizemos que o selo de Deus é exclusivamente a guarda do sábado, etc.
Pés da estátua
Tenho uma duvida sobre Daniel 2 Essa idéia de que os pés da estátua representam as nações atuais da Europa é a mais correta? Não seria me­lhor afirmar que representam o mundo todo? No sonho de Nabucodono­sor, a pedra, que simboliza a volta de Jesus, cai sobre os pés. Pergunto:

Este grande evento ocorrerá apenas na Europa? Foram os impérios babi­lônico, medo-persa, grego e romano essencialmente europeus? P. H. A.

Dos quatro, os dois únicos impérios “essencialmente” europeus foram o greco/macedônico e o romano. Os
dois primeiros foram impérios orientais.
       Naturalmente a volta de Jesus atetará o mundo todo. Mas não podemos esquecer que a Interpretação dada pelo profeta a Nabuco­donosor tinha a ver com o reino deste e os rei-nos que vieram após. Este é o contexto de Daniel 2. Por exemplo, é afirmado nos versos 35 e 45 que a pedra destruirá o ferro, o bronze, a prata e o ouro, representativos de impérios que ficaram no passado, mas que, segundo a interpretação, são destruídos na volta de Jesus (que ainda está no futuro).
As divisões do quarto reino são, de fato, as divisões do império romano que ocorreram especialmente na Eu­ropa Ocidental, já que em outras regiões os povos antes conquistados meramente lograram independência. Foi particularmente a área hoje identificada por Europa Oci­dental que as tribos bárbaras invadiram para firmar o do­mínio. As nações européias que se originaram dessas tri­bos acabaram por exercer, direta ou indiretamente, decisi­va influência nas nações atuais, não exclusivamente, mas especialmente nas Américas e na Oceania. Vale lembrar que os próprios romanos, na implantação de seu domínio (o quarto império foi o mais mundial dos quatro), avança­ram até regiões longínquas, mesmo para o Extremo Oriente, e deixaram ali a sua marca.
Em resumo, a “pedra” que vem e, partindo do pés, destrói toda a estátua é o ponto culminante de uma pro­fecia que, conforme se desenvolve, revela um crescendo de mundialidade. De impérios que dominaram apenas no Oriente, o segundo dos quais numa extensão territorial mais extensa, o relato avança para impérios ocidentais cujo domínio incluiu também o Oriente, o segundo igual­mente numa extensão territorial mais ampla. Em outras palavras, a profecia alude inicialmente a um ponto espe­cífico no mundo, a Mesopotâmia e regiões adjacentes do sul e do norte conquistadas pelos babilônicos; em seguida a uma área oriental mais ampla (que chegava até a Índia, segundo Ester 1:1); daí a uma grande extensão de domí­nio reunindo Oriente e Ocidente, para, finalmente, no tempo do lançamento da “pedra”, envolver o mundo todo, compreendido na expressão “todos estes remos” do verso 44. Por José Carlos Ramos, diretor do programa de pós-graduação do SALT Unasp, Campus 2, Engenheiro Coe­lho, SP.


Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...