A invenção do alfabeto ajudou a difundir a
Palavra de Deus
As primeiras evidências históricas da escrita aparecem na Mesopotâmia e no Egito, no final do quarto milênio a.C. Em ambas as regiões se desenvolveu um sistema de escrita baseado em ideogramas, ou seja, um sinal gráfico representando uma idéia. Por exemplo, para representar a idéia de “dormir”, desenhava-se uma pessoa deitada. A fim representar as mais diferentes idéias e situações, centenas e até milhares de sinais foram utilizados. Posteriormente, esses sinais passaram a representar sons e sílabas e foram utilizados para descrever outras idéias e palavras que tinham os mesmos sons.
Na Mesopotâmia surgiu a escrita “cuneiforme”. Tratava-se de uma série de sinais feitos com a ponta de uma varinha sobre a supefície mole de um tablete de barro. Depois, o tablete era secado ao sol ou queimado em um forno para que endurecesse e pudesse ser preservado por um bom tempo (duram até hoje).
No Egito se desenvolveu o “hieróglifo”, usado para grafar textos na pedra e em monumentos, e encontrado hoje nas pirâmides e paredes dos grandes monumentos egípcios. Lá surgiu também o “hierático” (sistema simplificado de sinais, de forma mais cursiva), usado para escrever textos sagrados em papiros (tipo de folha semelhante ao nosso papel, feita com a parte interior da cana de junco). Além disso, os egípcios desenvolveram o “demótico” (sistema simplificado de escrita cursiva), utilizado para o registro de textos não religiosos, também em papiros.
Como os sistemas de escrita mesopotâmico e egípcio utilizavam, no mínimo, centenas de sinais, só um número relativamente pequeno de pessoas sabiam ler e escrever nessas sociedades antigas. Uma das maiores revoluções da história da humanidade ocorreu com a invenção do alfabeto, ou seja, um sistema de escrita simplificado que representa o conjunto básico de vinte e poucos sons que podem ser produzidos pelo aparelho fonador humano.
O sistema alfabético permitiu a difusão da cultura
e da educação através da “alfabetização”. As primeiras evidencias de um sistema
alfabético aparecem por volta do século 16 a.C. e foram encontradas nas cidades
de Siquém, Gezer e Laquish, em Canaã (atual Israel e Palestina), e em Serabit
el-Khadem, na região do Sinai. Por isso, esse sistema é chamado de
“Proto-Sinaítico”.
A data do “Proto-Sinaítico”, cerca de 1500 a.C.,
corresponde à mesma época em que, segundo a Bíblia, Moisés estava vivendo na
região do Sinai, cuidando dos rebanhos de Jetro, o midianita. Foi nessa época
que Moisés começou a registrar a história do início do mundo e de Israel, nos
livros de Gênesis a Deuteronômio.
Sem a escrita alfabética, a tarefa de registrar a
história bíblica teria sido muito mais complexa, e essa história estaria
disponível somente a um pequeníssimo grupo de pessoas letradas em complicados
sistemas de escrita como o hieróglifo e o cuneiforme. O alfabeto popularizou
a capacidade de ler e escrever. Logo após a morte de Moisés, seus escritos já
estavam disponíveis a todos.
É também graças a esse sistema que hoje podemos
ler e escrever, visto que nosso alfabeto se desenvolveu a partir do antigo
sistema alfabético oriundo dessa região do mundo da Bíblia, O mesmo sistema
alfabético utilizado pelo antigo Israel foi utilizado pelos fenícios, os quais
o transmitiram aos gregos e estes aos romanos. Assim, por exemplo, a primeira
letra do alfabeto semítico (da época da Bíblia), o Álef, se transformou no Alfa
grego e no nosso “A”, enquanto a segunda letra, o Bet, virou o Beta grego e o
nosso “B”, e assim por diante. Não seria o alfabeto uma providência divina a
fim de que todas as pessoas pudessem um dia conhecer a Sua Palavra?
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