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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

SEMANA SANTA - O CÂNTICO AO CORDEIRO DE DEUS



2ª PALESTRA


I – Introdução:

Jesus é o Cordeiro de Deus e por Seu sacrifício, todos os remidos O louvarão.
O Céu vive um clima de música e louvor. Esta é uma das características do Paraíso de Deus. O louvor está sempre presente na ordem do dia.
Embora por toda a eternidade passada, presente e futura, o Céu viva o clima do louvor, haverá um momento especial na história do Universo quando os redimidos vão cantar um cântico de vitória.

Será um hino de louvor ao nosso Deus e ao Cordeiro.
Será o cântico da vitória sobre o pecado, sobre este mundo e sobre Satanás. Será também um cântico de vitória sobre a morte, pois a vida florescerá para os remidos de uma maneira interminável. Começa para os remidos a vida eterna que é conferida aos vencedores. Jesus afirmou: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus”. Apocalipse 2:7. “Ao vencedor dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu também venci e me sentei com meu pai no seu trono”. Apocalipse 3:21.

Comer da árvore da vida significa viver eternamente com o Senhor e assentar no trono com Ele significa reinar com Jesus para sempre.
Vamos ler sobre o Cântico do Cordeiro no livro de Apocalipse 15:2-4. (Ler o texto).
Se compararmos este texto que retrata o Cântico do Cordeiro, com o que está escrito em Apocalipse 7:9-14, vamos ter uma visão mais ampla dos que estarão no mar de vidro cantando o Cântico do Cordeiro.

I I – Cântico dos Vencedores:

Quem vai cantar o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro?
Na visão que João teve dos glorificados, ele viu uma grande multidão, tão grande que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Uma representação fiel dos habitantes do Planeta. Uma seleção composta de pessoas de todos os lugares do mundo.

Os redimidos ou remidos, estavam vestidos de vestiduras brancas, símbolo de pureza; e com palmas nas mãos, símbolo de vitória.
João diz também que estavam numa praça semelhante a um mar de vidro, mesclado com fogo. Esta foi a melhor maneira de definir a beleza da praça onde ele viu os redimidos.
João os chama de vencedores. Venceram pelo sangue do Cordeiro e estavam de pé tinham nas mãos as harpas de Deus.
Estavam de pé porque venceram.
Venceram a besta e sua imagem quer dizer que venceram as provações e perseguições impostas aos filhos de Deus pelos poderes do mal.
No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, a receberem o sinal da besta, o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro.

Em Êxodo 15, está o cântico de Moisés. Cântico de louvor a Deus após a passagem pelo Mar Vermelho. É um cântico comemorando a vitória de Deus ao tirar Seu povo do Egito.
Quando rompeu a manhã, esta revelou às multidões de Israel tudo que restava do seu poderoso adversário: os corpos, vestidos de malha, arremessados à praia. Do mais terrível perigo restara um completo livramento. Aquela vasta e indefesa multidão - escravos não acostumados à batalha, mulheres, crianças e gado, com o mar diante de si, e os poderosos exércitos do Egito fazendo pressão na retaguarda - vira seu caminho aberto através das águas e os inimigos submersos no momento do esperado triunfo. Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para Ele volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de ações de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas.

Este cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam.
Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que "saíram vitoriosos", em pé sobre o "mar de vidro misturado com fogo", tendo as "harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2 e 3.

O Cântico do Cordeiro será o cântico dos remidos após vencerem este mundo de pecado, quando estivem do outro lado da eternidade.
O Cântico retrata o poder de um Deus que ama Seus filhos. Fala das admiráveis obras de Deus, o Senhor Todo-Poderoso. Fala de Sua justiça e de Seu reino. E por Sua santidade todos O adorarão.
É um cântico com sabor de liberdade e amor, gratidão e reconhecimento, louvor e adoração.
O desejo de Deus é que você e eu façamos parte daquela multidão que cantará o Cântico do Cordeiro lá no Mar de Vidro.

I I I – Jesus é o Cordeiro do Cântico:

João viu a misericórdia, a compaixão e o amor de Deus de mistura com Sua santidade, justiça e poder. Viu encontrarem os pecadores um Pai nAquele a quem eles, por pecadores que eram, foram levados a temer. E olhando para além da conclusão do grande conflito, contemplou Sião e também os que saíram vitoriosos, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro. Apocalipse 15:2-3.
O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá”, e de um “Cordeiro, como havendo sido morto”. Apocalipse 5:5-6. Esses símbolos representam a união do onipotente poder e do amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis.

Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, lembrar-nos-emos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançar-Lhe-emos aos pés nossas coroas, erguendo o cântico: “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor. Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra e glória e o domínio pelos séculos dos séculos”. Apocalipse 5:12-13.

Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação.
A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins se deleitavam em adorar - humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele arrostou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário.
O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue.

I V – O Cordeiro é nosso Resgatador:

O Antigo Testamento fala do resgatador como uma pessoa ligada à família, isto é: um parente. Quando alguém do povo de Deus no Antigo Testamento ficava endividado e suas terras tinham que ser vendidas, de acordo com a lei, a terra e também os familiares podiam ser resgatados por um parente próximo. (Para compreender isto, ler o livro de Rute).
Nosso planeta e nós mesmos, vivíamos uma situação idêntica. A terra e seus moradores foram entregues a Lúcifer com a queda de Adão e Eva.
Alguém deveria nos resgatar e Jesus tornou-se nosso irmão para ser o nosso resgatador.
O Cordeiro é digno de louvor porque como nosso parente chegado Ele abriu os selos, isto é: Ele nos resgatou. Em Apocalipse 5:9 está escrito: Com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniqüidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão.
Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança da ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.

Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, digno é o Cordeiro que foi morto e reviveu. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.

Esta reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura a todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor. O próprio Jesus vendo os frutos de seu trabalho, exulta também.
O mistério da cruz explica todos os outros mistérios.
Ver-se-á que Aquele que é infinito em sabedoria não poderia idear plano algum para nos redimir, a não ser o sacrifício de Seu Filho. A compensação desse sacrifício inunda o coração dos remidos de alegria. E majestosa é também a alegria de Deus ao povoar a Terra com seres resgatados, santos, felizes e imortais. O resultado do conflito entre o Salvador e os poderes das trevas é alegria para os remidos, redundando para a glória de Deus por toda a eternidade. E tal é o valor de cada alma que o Pai está satisfeito com o preço pago; e o próprio Cristo, contemplando os frutos de Seu grande sacrifício, exulta e fica satisfeito.


V – Conclusão:

Nunca em toda a história se viu ou se ouviu algo semelhante. O Universo inteiro rejubilará com o Cântico que será prestado ao Cordeiro.
Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele é digno de louvor.

Pela graça de Deus você e eu estaremos lá, louvando a Jesus o Cordeiro de Deus.

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