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terça-feira, 16 de outubro de 2018

EM QUE NOME DEVEMOS SER BATIZADOS?





Em nome da Trindade

“Segundo o Novo Testamento, os conversos ao cristianismo devem ser batizados em nome da Trindade ou apenas em nome de Cristo?” S.RS.L, Timóteo, MG.

Na grande comissão evangélica de Mateus 28:18-20, Cris­to ordenou que o Evangelho fosse pregado a todas as nações e que os conversos dessas nações fossem batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (verso 19). No entanto, eventos registrados no livro de Atos falam de conversos que fo­ram batizados em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38, 8:16; 10:48; 19:5). Diante disso surge a indagação: Esses batismos “em nome de Jesus” invalidam a ordem de ministrar-se o batismo em no­me da Trindade?
Várias teorias têm sido propostas para explicar essa aparente tensão entre a ordem de Cristo e a prática da igre­ja apostólica. A mais convincente delas parece ser a de que as referências ao batismo “em nome de Jesus Cristo” não es­tejam sugerindo urna nova fórmula batismal mas apenas en­fatizando a condição básica para esse rito ser ministrado Em outras palavras, um judeu étnico ou prosélito, que já cria no verdadeiro Deus, só poderia ser batizado na comunidade cristã se ele cresse também em Jesus de Nazaré co mo o prometido Messias.
O mesmo Cristo que declarou, em Mateus 28:19. que o ri to do batismo deve ser ministrado “em nome do Pai, e do Ei lho, e do Espírito Santo”, também afirmou, em Marcos 16 16 que a submissão a esse rito deve ser precedida pela fé que se centraliza no próprio Cristo (João 3:16; Hebreus 12:2). Por ocasião do Pentecostes, aqueles que, em resposta ao discurso de Pedro, aceitaram a Jesus de Nazaré como o Messias, foram batizados em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38) como demonstração pública dessa aceitação.
Mas é importante notar que mesmo os textos que fa­lam do batismo em nome de Jesus Cristo” estão impregna­dos pelo conceito da Trindade. Analisando-se o conteúdo desses textos, percebe-se, em primeiro lugar, que aqueles que foram então batizados em nome de Jesus Cristo’ eram pessoas que já criam previamente em Deus o Pai. Além dis­so, em todas essas ocasiões o batismo “em nome de Jesus Cristo” foi acompanhado pelo recebimento prévio, simultâ­neo ou posterior do “dom do Espírito Santo’ (Atos 2:38; 8:11-17; 10:44-48; 19:1-6).
Procurando invalidar a fórmula batismal em nome da Trindade, alguns indivíduos alegam que o texto de Mateus
28:19 não aparece no original grego do Novo Testamento. Essa alegação é totalmente infundada, pois não existem quaisquer evidências textuais que a comprovem. Embora ha­jam discussões significativas a respeito do conteúdo original de Marcos 16:9-20 (ver Bruce M. Metzger, A Textual Commentary on lhe Greek New Testament, ed. corr. [Londres: United Bible Societies, 1975], págs. 122-128), o mesmo não ocorre com Mateus 28:18-20.
Cremos, portanto, que a ministração do batismo “em no­me do Pai, e do Filho, e do Espírito” é parte dos ensinos de Cris­to que devem ser observados por Sua igreja “até à consumação do século” (Mateus 28:20).

consultor: Alberto R. Tímm, doutor em Teologia


Sinais dos Tempos  Agosto/99

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