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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - A GLÓRIA DE CRISTO, UMA PROVA DA SUA DIVINDADE SÃO JOÃO 17:5



         

   

Na tradução de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil, se encontra:
"E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo".
Antes do estudo exegético dos problemas im­plicados com esta passagem é útil o estudo da palavra glória no original grego.
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Glória ­ - doxa

Em geral representa o termo hebraico Kabodh, que tem por raiz a de "peso" ou "dignidade".
O termo hebraico passou a significar estima,honra, admiração, brilho. Como em português, Ka­bodh pode designar os atributos ou caracterís­ticas que produzem estima, admiração. É usado no Velho Testamento a respeito de homens, para descrever a sua riqueza, esplendor ou reputação.
A glória de Israel não consistia em seus e­xércitos, mas sim em Yahweh (Jer. 2:11).
A Septuaginta traduz o hebraico kabodh pelo termo grego doxa, que no grego clássico sig­nificava "opinião" ou "reputação". A primeira dessas idéias desapareceu totalmente tanto na LXX como no Novo Testamento.
Achada já em Homero e Heródoto, esta pala­vra tem fora do grego bíblico uma significação básica que reflete sua ligação com dokew - dokéo, isto é, o que alguém pensa, opinião. Ela toma duas formas:
1º.} Eu penso - a opinião que eu tenho.
2º.) Eu cálculo - a opinião que os outros têm de mim.
 
Thomas Whitelaw em The Gospel of St. John comentando a palavra doxa, afirma: "parece ser diferente do hebraico kabodh que aponta para a impressão produzida pela majestade de Deus, en­quanto doxa descreve o inefável esplendor ou be­leza da natureza divina".
Em várias passagens a palavra significa es­plendor que irradia de um ser celestial (Lucas. 9:32; Atos 22:11); fama e honra (João 7:18; 8: 50; II Cor. 6:8; beleza, excelência, grandeza ­(Mat.4:8)
Seu emprego principal serve para descrever a revelação do caráter e da presença de Deus na Pessoa e na obra de Jesus Cristo. Este é o res­plendor da glória divina. Heb. 1:3.
Cristo refletia a glória divina, mas nenhum tabernáculo precisava ser erigido, visto que a palavra de Deus havia armado tenda na carne hu­mana de Jesus (s.João 1:14) e sua glória será mais plenamente revelada por ocasião da sua pa­rousia (aparecimento).
    A glória de Deus, refletida em Jesus Cristo, também deve ser vista e refletida pela Igreja ­(II Cor. 4:3-6). O objetivo da Igreja é fazer o que está ao seu alcance para que o mundo reco­nheça a glória que pertence a Deus (Rom. 15:9), a qual é exibida em seus feitos (Atos 4:21), em seus discípulos (I Cor. 6:20) e, acima de tudo, em seu filho, o Senhor da glória (Rom. 16:27).

Esta palavra é difícil de ser traduzida por­que ela pode designar todos os atributos da di­vindade.
Não há em português nenhuma palavra que lhe corresponda.
A melhor explicação para o real significado deste verso foi feita por Walter R. Martin, ao analisar os desmandos doutrinários da seita.
Cristo ora ao Pai, pedindo-lhe para retor­nar, à glória que tivera anteriormente. Foi es­ta oração atendida? Sim. Paulo em Filipenses 2: 9 nos cientifica da resposta positiva a esta o­ração - "Pelo que também Deus o exaltou sobre­maneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" .
Esta passagem da Escritura colocada ao lado de Isaías 42:8 e 48:11 prova quem é Cristo,dan­do-nos um testemunho inequívoco da Sua divinda­de. Em Isa. 42:8 e 48:11 Deus declara perempto­riamente que a Sua glória, que é inerente à Sua pessoa, não poderia ser dada a nenhuma outra pessoa que não fosse divina. Não existem argu­mentos entre as Testemunhas de Jeová, que pos­sam combater a verdade revelada nestas passa­gens da Bíblia.
A declaração de Cristo em João 17:5 revela que ele seria glorificado com a glória do Pai e que esta glória não lhe era nova, deste que a­firma que ele a possuía com (grego Eará) o Pai.
As Escrituras apresentam, pelo menos quatro exemplos onde Cristo manifestou Sua glória, re­velando Seu poder e divindade.
1º.) No Monte da Transfiguração - Mat. 17:2
2º.) No Getsêmani ao Identificar-se com o "Eu Sou" de Exo. 3:14 - João 18:6;
    3º.) Em sua oração sacerdotal - João 17:22;
    4º.) Na execução de muitos trabalhos do Seu ministério terrestre - João 1:14.



Cristo nunca deixou de ser Deus durante Sua encarnação.
Um membro deste movimento, ao ser entrevis­tado, numa tentativa para escapar das evidentes declarações da divindade de Cristo, reveladas neste texto, voltou ao surrado chavão da Socie­dade, isto é, torcer o texto bíblico, e afirmou que a palavra "com" (grego pará) em João 17:5, realmente significa "através", e portanto esta glória não é uma prova da divindade de Cristo, porque ela pertence a Jeová e está meramente brilhando através do filho.
Esta afirmação é totalmente descabida dian­te da gramática grega.
As preposições gregas regem ou determinam os casos em que devem estar as palavras que se lhe seguem. Elas podem reger um, dois ou três casos. A preposição "pará" está entre as que re­gem três casos, isto é, genitivo, dativo e acu­sativo, tendo um significado diferente em cada um dos casos. Em João 17:5 ela está regendo o dativo e o dicionário de Arndt and Gingrich, a­presenta nestas circunstâncias os seguintes sig­nificados: Com, junto de, ao lado de, perto. Ou­tros dicionários e gramáticas confirmam estas acepções.
Se João quisesse dar a idéia de através, ele teria usado a preposição grega dia - "diá" e não para - "pará".

Esta glória era uma eterna herança do Filho, portanto, João quando pelo Espírito Santo, de­liberadamente escolheu a preposição "paráh = com, de preferência a "diá" -  através, ele apresen­tou um argumento que não pode ser contestado pe­los mais astutos jeovistas. Graças a Deus pela exegese correta, feita por pessoas competentes,que jamais se confunde com a deturpada, empre­endida por incipientes e insipientes conhecedo­res dos princípios hermenêuticos e da Gramática Grega.
Jesus reclamou a mesma glória do Pai e desde que Jeová afirma que a Sua glória (Isa.42:8)não seria dada a um outro, a unidade de subs­tância entre Ele e Cristo é inegável. Eles são um em todas as suas maravilhosas implicações e embora não possamos entender totalmente este mistério, alegremente o aceitamos, e assim fa­zendo permaneceremos fiéis à Palavra de Deus.
Este versículo poderia ser explanado assim:
"Pai, tendo eu terminado a minha obra aqui na terra, peço-te que me restituas ao gozo daquela gl6ria inefável, que eu, corno membro da Trinda­de, tinha contigo, antes da criação.”




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