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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRINDADE


CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRINDADE

Arnaldo B. Cristianini , 
Radiografia do Jeovismo – Cap. 15 – 3a. Edição - CASA

Ao crermos que Jesus é Deus, fazemos pro­fissão de fé trinitária. E a doutrina da Trindade é verda­deira, não porque possamos entendê-la, mas porque é um fato da Revelação. E isto, para nós, os que cremos, liqüida o assunto. Não conseguimos entender a origem do mal, o fato de Lúcifer ter-se tornado Satanás, a miraculosa operação do Espírito Santo e tantos outros fatos. Mas constituem matéria de Revelação divina, e basta!
E’ infantilidade rejeitar a doutrina da Trindade sob a alegação de não existir este termo nas Escrituras. No li­vro divino também não se encontram palavras como Bí­blia, Milênio, Teocracia e outras que igualmente não re­pudiamos, porque o que se busca nas Escrituras são fa­tos e não nomenclatura. Outro contra-senso é rejeitar a doutrina, averbando-a de mistério. Deus é mistério (Isa. 45:15). Com Trindade ou sem ela, Deus é mistério. Cris­to é mistério (Col. 1:26). Aceitemos com humildade a revelação das Escrituras sem precisarmos negar e distor­cer as declarações límpidas e inequívocas da Bíblia relacionadas com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Tolice é estabelecer diferença entre “segredo” e “mistério”, considerando o primeiro como algo ainda não conheci­do e o último como coisa que não pode ser entendida. Um dos mais famosos dicionaristas do mundo, T. Bar­nhart, assim define: “Mistério: segredo, alguma coisa oculta ou desconhecida.” E também: “Segredo: alguma coisa secreta ou oculta; mistério.

A Divindade Se constitui EM três pessoas, Todas eternas, Todas iguais, Todas divinas, permanecendo UMA em essência, em propósito, em funcionalidade. Melhor dito, a Trindade é o organismo da Divindade, é o meio pelo qual Ela Se manifesta e existe em relação ao homem.

A negação da Trindade advém primeiramente de um grande erro: conceituar pessoas divinas como se concei­tuam pessoas humanas.

“Em Teologia, como em qualquer outra ciência, há necessidade absoluta de alguns termos técnicos. Quando dizemos que há três pes­soas distintas na Divindade, não queremos, com isso, dizer que cada uma delas é tão separada da outra, como um ser humano está separa­do de todos os demais. Embora se diga que Se amam, Se ouçam, orem uns aos outros, enviem uns aos outros, testifiquem uns dos Outros, não são, no entanto, independentes entre si; porque, como já disse­mos, auto-existência e independência são propriedades, não das pes­soas individuais, mas do Deus Triüno.” — L. Boettner, The Trinity, pág. 59.

Em segundo lugar, a negação da Trindade, vem da exploração dos textos que falam da subordinação do Fi­lho ao Pai. Contudo Cristo — que é Deus — foi homem também. Daí o dizer-se que Sua natureza é teantrópica (divina e humana). Esta subordinação não é de essência, mas de ordem e operação. Cada uma das Pessoas divi­nas tem a Sua esfera de atividade, “como se fora uma sociedade bem organizada”.

Outro fator da negação da doutrina é a pretensa ig­norância, mas na verdade deliberada má fé de certos es­critores arianos, supondo que cremos em três deuses. Por exemplo, no livro Seja Deus Verdadeiro, página 97 lemos o seguinte sobre a doutrina da Trindade:

“Em resumo, a doutrina consiste em dizer-se que há três deuses em um”.

Esta é, quando muito, uma conclusão que os jeovis­tas querem extrair; nunca, porém, a crença cristã. Nun­ca isto foi escrito ou admitido por um cristão. Em tem­po algum. E inteiramente gratuita a acusação de triteís­mo que nos é feita, ao passo que nós podemos acusar os senhores jeovistas de biteísmo. Ao afirmarem que Jeová é Deus Todo-poderoso e Cristo um deus poderoso, estão crendo em dois deuses! Um Deus maior gerando um deus menor: portanto dois deuses, não importa a cate­goria que procuram dar-lhes.

Na Divindade encontramos, por assim dizer, uma forma de Personalidade sui generis, sem termos de com­paração, totalmente diferente da que se encontra no ho­mem. A revelação nos assegura que cada uma das Pes­soas da Trindade possui in toto, numericamente, a mes­ma substância. Eis os textos: Col. 2:9: “Porque nEle ha­bita corporalmente TODA A PLENITUDE da Divinda­de”; 5. João 14:11: “Crede-Me que Eu estou no Pai, E o Pai EM MIM”; 5. João 10:30: “Eu e o Pai SOMOS UM.” Mesmo estando na Terra, encarnado, Jesus esta­va como Deus na Terra e como Deus também no Céu. 5. João 1:18: “O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.” Jesus falava a Nicodemos, e em­prega o tempo presente do verbo. Há traduções que con­signam 5. João 3:13: “Ninguém subiu ao Céu, senão
Aquele que desceu do Céu, o Filho do homem que está no Céu.” (Matos Soares, Figueiredo, Almeida Antiga e outras).

É verdade que pela razão jamais chegaremos à com­preensão integral da Trindade, mas os que “andam por fé e não por visão” aceitam o que a Revelação apresenta.
Jesus Cristo é Deus porque as Escrituras expressa-mente O designam como Deus. Enumeremos os princi­pais textos:

a) S. João 1:1 — “No principio era o Verbo (...) e o Verbo era DEUS.”
b) S. Mat. 1:23 — “Ele será chamado Emanuel (que quer dizer DEUS conosco.)”
c) Isa. 9:6 — “O Seu nome será (...) DEUS forte, PAI DA ETER­NIDADE.”
d) Rom. 9:5 — “Cristo (...) o qual é sobre todos DEUS bendito para todo o sempre. Amém.”
e) S. Luc. 23:40 — “Nem ao menos temes a DEUS, estando sob igual sentença?”
f)  S. João 20:28 — “Respondeu-Lhe Tomé: Senhor meu e DEUS meu.”
g) Tito 2:13 — “(...) a manifestação da glória do nosso grande DEUS e Salvador Cristo Jesus.”
h) Heb. 1:8 — “Acercado Filho diz: o Teu trono, ó DEUS, é para todo o sempre.”
i)  I S. João 5:20 — “Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro DEUS e a vida eterna.”
j)  II S. Ped. 1:1 — “(...) na justiça do nosso DEUS e Salvador Jesus Cristo.”
k) S. João 1:18— “(...)o DEUS unigênito que está no seio do Pai é quem O revelou.”
1) Tito 1:3 ú.p — “(...) a pregação que me foi confiada por man­dato de DEUS, nosso Salvador.”
m)S. João 10:33 — “(...) sendo Tu homem, Te fazes DEUS a Ti mesmo.”


A Fórmula Batismal


O mais citado texto trinitário é, sem dúvida, S. Ma­teus 28:19: “Ide, pois, fazei discípulos de todas as na­ções, batizando-os em NOME do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Há a menção clara das três Pessoas da Divindade, porém a palavra “nome” na forma singular. Não diz: “batizando-os nos nomes do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Tampouco diz: “no nome do Pai, e no nome do Filho, e no nome do Espírito Santo”, para destacá-los como três Seres separados. Nada disso. Ao contrário, reúne os três dentro de um Nome único. Para os discípulos que ouviram a Grande Comissão, o único sentido que apreenderam foi o de que, dali por diante, Jeová passaria a ser conhecido pelo novo Nome: do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.

                                  Uma Saudação Paulina


Em II Coríntios 13:13 temos o registro da bênção apostólica para uso litúrgico nas igrejas, assim redigida:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo, SEJA com todos vós!” Não diz: “A graça, o amor, e a comunhão de Deus seja com todos vós.” As três Pessoas de Deus são reunidas e a elas se atribuem bênçãos redentoras.

Outros Apóstolos Mencionam a Trindade


Lemos em 1 5. Ped. 1:2: “Eleitos segundo a pres­ciência de Deus Pai, em santificação do Espfrito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo.” As três Pessoas surgem juntas em expressões de esperança cristã, porém a referência é a um só Deus.
Em Judas 20 e 21 lemos: “Orando no Espírito San­to, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, espe­rando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.”

Texto Impugnado


Há versões que em 1 Tim. 3:16 consignam “Deus foi manifestado em carne”. Uma nota à margem no “The Emphatic Diaglott” esclarece: “Quase todos os antigos manuscritos, e todas as Versões dizem ‘Aquele’ que foi manifestado, em lugar de ‘Deus’ neste versículo, isto tem sido aprovado.”
Não é exato. Embora traduções e revisões recentes tenham aceitado a versão “Aquele que”, não se segue que quase todos os antigos manuscritos e todas as Ver­sões” a registrem. A palavra “Deus” neste texto encon­tra-se em quatro dos poucos manuscritos unciais ainda existentes. Encontra-se em 260 dos manuscritos cursi­vos, e há 262 deles. Encontra-se em 30 exemplares dos apóstolos, nas Versões Harcleana, Georgiana e Slavôni­ca, e nos seguintes dos Santos Padres: No III século, Dionisio de Alexandria. No IV século: em Dídimo, Gre­gório Nazianzeno, Diodoro de Tarso, Gregório de Nissa (22 vezes), Crisóstomo (3 vezes). No V século: em Cirilo de Alexandria (2 vezes), Teodureto de Chipre (4 vezes), Eutálio, e Macedônio. No VI século em Severo de An­tioquia. No VIII século: em João Damasceno, Epifâneo de Catana, Teodoro Studita, Osmênio, Teofilacto, e Eutímio. Estes dados foram extraídos do “The Revision Revised” do erudito Burgon, que escreveu exaustivo trabalho sobre o assunto.
E temerário dogmatizar sobre textos discutíveis.

                                  O           “Plural de Majestade”


Os que se recusam a admitir uma união das três Pes­soas na Trindade apelam para uma fórmula cômoda de­nominada “plural de majestade”, diante do fato de o nome divino Elohim ser plural, e de passagens bíblicas em que Deus fala no plural, como “Façamos o homem”, “desçamos”, “vejamos”, “Eis que o homem é como um de nós”, “quem irá por nós?” Ora isto é invenção humana, pois as Escrituras jamais autorizaram a inven­
ção deste modus loquendi a que denominam “plural de majestade”. Atribui-se esta invenção a Gesênio que de uma feita apresentou esta idéia de que o plural era ape­nas a maneira de Deus Se apresentar em Sua majestade senhoril, à moda dos monarcas antigos. Descobriu-se, no entanto, que a tese de Gesênio era falsa, porquanto ficou provado que nenhum monarca se utilizou desse sistema. Faraó, nenhum monarca persa, e de nenhum outro reino antigo jamais falaram em nome seu e dos outros. Mas os jeovistas aceitam esta lenda. Em Gên. 41:44, por exemplo, diz Faraó: “EU SOU Faraó (...)“ “tu estarás sobre MINHA casa.” Nada de plural de ma­jestade. A verdade é que quando a Bíblia usa o plural da primeira pessoa, quando devíamos esperar o singular, éque alguma realidade está em jogo. O plural envolve pluralidade de Pessoas na Divindade. O próprio Cristo empregou o plural. Em 5. João 3:11: “Nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o NOSSO testemunho.” Ainda em S. Mat. 3:15, no batismo: “Assim NOS convém cumprir toda a justiça.” E nos versos seguintes ouve-se a voz do Pai, e se vê o Espírito Santo em forma de pomba. As três pes­soas Se manifestam. Se, como querem os jeovistas, se trata de plural de majestade, então Cristo é o mesmo Jeová, ou o Elohim, porque Eles também usaram o plu­ral de majestade! Mais um exemplo: “A que assemelha­remos o reino de Deus? ou com que parábola o apresen­taremos?” 5. Mar. 4:30. Quando o apóstolo 5. Paulo escreve: “(..) a tribulação que NOS sobreveio na Àsia, acima das NOSSAS forças” (II Cor. 1:8), ou “quisemos ir até vós (...) contudo Satanás NOS barrou o caminho” (1 Tess. 2:18), estava associando consigo os companhei­ros de viagem, de tribulação e de trabalho. Por isso em­prega o pronome “nós”. Não há por onde justificar o uso na antigüidade do pluralis majestatis, uso que, na verdade NÃO EXISTIA. O que há de fato, é pluralidade de Pessoas.
   

      E isto prova a existência da Trindade!

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