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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - A DIVINDADE DE CRISTO AO LONGO DO TEMPO





Apostila de Pedro Apolinário - 
Instituto Adventista de Ensino-
Outubro de 1986 – Quarta Edição

A Igreja desde os seus primérdios conside­rava Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

Com a propagação do evangelho para o mundo grego surgiram problemas para harmonizar a hu- manidade com a divindade de Crísto.

Idéias heréticas negando a divindade ou a humanidade de Crísto surgiram rapidamente, al­gumas se iniciando no primeiro século.

Duas Escolas Principais da Época com

Idéias Diferentes

a)    Escola de Antioquia enfatizando a natu­reza humana de Jesus.

b)    Escola de Alexandria com énfase na natu­reza. divina de Jesus.

I.     Ênfase na Humanidade

1. Os Ebionitas

Eram cristaos de origem judaica, e sendo os judeus essencialmente monoteístas era lhes difícil aceitar que Cristo pudesse ser Deus.
Os ebionitas tinham dificuldade em com­preender as duas naturezas de Cristo.
Aceitavam a idéia de que Jesus sofreu e inclusive experimentou a morte, mas que neste caso nao podia tratar-se de um ser divino.

O    termo ebionitas em hebraico significa pobres, porque aplicavam a si mesmos a expressão de Cristo “pobres de espírito”. Eusébio nos informa que receberam este nome como indicação de sua pobreza intelectual. Outros concluem que foram assim chamados por terem como chefe Ebiom, um grande herege do período apostólico.

Eles apareceram no ano 107 da nossa era ne­gando a realidade da natureza divina de Cristo. SEgundo seus ensinos Cristo foi um homem extra­ordinario que manteve uma relaçao muito, íntima com Deus, especialmente apõs Seu batismo Jesus foi um grande profeta, mas nao era Deus. Acei­tavam que Jesus tinha uma espécie de Divindade.

2.    Alogóis

O    nome denota a descrença no Logos de João. Para eles Jesus foi simplesmente o filho de Maria e José.

3.    Adocionistas

Jesus foi adotado como o Messias por o­casião do batismo por ser uma pessoa muito boa.

4.    Paulo Samosata. Bispo cristão faleci­do em 275.

Para ele Jesus era simplesmente filho de Maria e José, mas por ocasião do batismo a razão impessoal (Logos) veio sobre Ele e por isso é chamado de Deus.

O    Logos de João não é uma influência, mas uma pessoa.

5.    O arianismo

Nome derivado do fundador da doutrina —  Ario - presbítero de Alexandria. Pensava ter a solução para o problema da natureza de Cristo. Por ser um sacerdote muito influente, suas idéias foram aceitas sem serem questionadas. Oitenta por cento do mundo cristão em alguns mo­mentos eram arianos.

O Verbo que se fez carne, segundo o Evange­lho de João, não era Deus, senão um dos seres mais altos do Criador. Jesus não era como Deus porque houve um tempo em que Ele não era. Os a­nianos apresentavam a Cristo como a primeira criatura do Pai, e o Espírito Santo como a pri­meira criatura do Filho.

Suas idéias foram sumariamente condenadas no Concílio de Nicéia em 325 A.D., especialmen­te, por Atanásio.

Os credos de Nicéia e de Atanásio defendem os ensinamentos do Novo Testamento, isto é, Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente ho­mem.

II. Ênfase na Divindade

1.    Docetistas

Este nome origina-se no verbo grego   “donew” =  parecer, aparentar.  Jesus tinha apenas a aparencia do corpo humano. Era um corpo fantasmagórico. Os docetistas negavam a humani­dade de Cristo, afirmando o seguinte: a matéria é má, tudo o que é material é pecaminoso. Se Cristo não teve pecado, neste caso não poderia ter corpo material. Se não tinha corpo material não poderia ter morrido.

Os docetistas apareceram no ano 70 da era cristã, e existiram, aproximadamente, até o ano 170.

Esta doutrina não era nada mais do que o gnosticismo que se introduzira na igreja cristã primitiva.

2.       Teoria de Apolinánio

Esta teoria apareceu no ano 381 da era cristã, negando a integridade da natureza humana do Cristo. Segundo seus ensinos Cristo não tinha mente humana. O que Ele tinha de humano era o corpo e o espírito. Tinha uma visao tri­cotômica do homem,

                                                                         corpo
                                              homem               alma
                                                                         espírito  mente

Para ele Cristo se revestiu simplesmente de um corpo humano, tomando o lugar da alma des­se corpo.

Concluimos que suas ideias são difíceis de serem captadas.

Os ensinamentos deste herege foram con­denados no Concílio de Constantinopla, no ano
381 A.D.

3. Nestorianismo

“Esta teoria apareceu no ano 431. Nesto­rio, seu fundador, negava a união verdadeira en­tre as duas naturezas de Cristo. Ele atribuía a Cristo duas partes ou divisões, uma humana, ou­tra divina. Quando Jesus estava dormindo, por e­xemplo, era a parte humana que dormia. Mas quan­do acordava e repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação. Assim explicava Nes­tório a Pessoa de Jesus. Esta idéia, logo se ve, é muito erronea. Jesus não se divide em duas partes. Ele não opera parceladamente. Não é que Ele agisse, ora por meio da natureza humana, ora por meio da natureza divina... Quando agia, fazia
 em toda a Sua personalidade e não só com a natureza divina, ou com a humana.”

H.B. Langston, Esboço de Teologia Siste­matica, p. 222

4 . Teoria de Eutico

Pensava ter a So1ução para o problema da Humanidade e divindade de Cristo.

Deu a Seguinte explicação:   Jesus tinha as duas naturezas, mas a natureza divina foi absorvendo a natureza humana. As duas naturezas foram se fundeido de tal modo que formaram uma terceira natureza, que não era nem devina nem humana.

Sua doutrina foi condenada no Concílio de Calcedônia em 451.

5.  O Monofisismo


 O vocábulo, com seus elementos constitu­tivos (monos = só e fisis = natureza) , indica logo a crença de que Cristo possuia uma só na­tureza. Esta. heresia era antagônica ao nestori­anismo que dizia haver em Cristo duas pessoas -  uma divina e outra humana. Afirmava ter Cristo uma só natureza, desde que a divindade absorveu a humanidade.

O ensino bíblico é que Cristo possui du­as naturezas em uma só pessoa, mas estas natu­rezas não são mutiladas, nem absorvidas. Em ou­tras palavras:

Segundo a Bíblia, em Crísto, só há uma personalidade, mas duas naturezas: a humana e a divina, cada qual perfeita. Um estudo acurado da Cristologia em o Novo Testamento nos revela­rá com mediana clareza que Jesus era uma unidade. Havia dualidade quanto a  Sua natureza, porem, quanto à personalidade  havia perfeita unidade.

A Cristologia não pode basear-se em conceitos dos homens, mas nos infalíveis conceitos divinos encontrados nas Escrituras.

Embora a igreja se houvesse afastado em alguns aspectos das doutrinas bíblicas é ínega­vel que quanto a pessoa de Cristo ela se mante­ve fiel.

O Iluminísmo e Sua Influêncía na

Interpretação da Bíblia

Um bom dicionárío definira íluminismo mais ou menos nos seguintes termos:

É o esforço consciente de valorização da razão e abandono de preconceitos tradicionais, objetivando, na prática, a crença no progresso dos múltiplos setores da atividade humana, mor­mente no que diz respeito á liberdade de pen­sar.”   Enciclopédia Barsa.

É a crença na capacidade do homem de saber dirigir-se independentemente.

O iluminismo trouxe uma nova maneira de in­terpretar a Bíblia. No iluminismo a razão tornou-se o critério para interpretar a Bíblia. De­claravam que era indigno o homem aceitar com ba­se na autoridade da Bíblia, o que na realidade é contrário à razão humana. Ensinar que Cristo é homem e Deus isso não é racional.

A razão deixaria de ser serva da Igreja pa­ra tornar-se o critério no julgamento de pro­blemas teológicos.

O ilumínismo trouxe como consequência descrédito para a Bíblia e perda de autoridade da igreja. As Escrituras Sagradas passam a ser con­sideradas uma co1eção de lendas.

Com o evoluir das décadas surgem outros te­ólogos tentando harmonizar a humanidade com a divindade de Cristo. Um dos mais notaveis, foi o teólogo luterano Shleiermacher que declarou o seguinte sobre Cristo: Ele não é Deus, mas possui tal dependência de Deus que merece ser cha­mado de Deus.

Ritschl

Jesus salvou a humanidade graças ao seu grande amor. Deve ser chamado de Deus, porque E­le é o climax do amor. Cristo foi um homem que teve o valor de um Deus.

Nossas considerações poderiam estender-se comentando as idéias de Barth, Brunner e Bult­mann, mas seria ir além do escopo deste traba­lho.

Fique apenas esta frase: a tendência teoló­gica dos últimos cinqüenta anos é despojar a Cristo de sua verdadeira divindade, reduzindo-O puramente a dimensões humanas.

O    Ensino das Testemunhas de Jeová

Sobre a Humanidade e a Divindade de Crísto

“Entre os principais erros do resselismo há o ensino que rejeita o Cristo da Bíblia, subs­tituindo-O por um Salvador humano.

O salvador dos resselistas é salvador huma­no, completamente humano. O sacrifício feito no Calvário, pelos pecados do mundo, segundo os russelitas foi única e exclusivamente um sacri­fício humano. A expiação dos pecados, segundo o resselísmo, é expiação puramente humana, efetu­ada por um homem.

Este ensino do resselismo, que moderniza e nega a divindade de Jesus Cristo, ocorre no pri­meiro volume dos “Estudos das Escrituras”, sob o título, “O Divino Plano dos Séculos”, no capitulo: “As naturezas Espiritual e Natural São Separadas e Distintas”, a começar na página 173.

Somos ai informados de que antes de Cristo vir a este mundo para Se tornar um resgate pelos homens, era Ele um “ser espiritual” possuindo  natureza espiritual, não sendo, porém na acep­ção mais elevada, um ser divino.

Esta natureza espiritual mudou-se quando E­le apareceu no mundo, transformando-se em perfeita “natureza humana”, (pág. 178).

E Note-se que não se fala aí em uma união das naturezas “espiritual” e humana, mas em uma natureza única e exclusivamente “humana”.

Segundo o resselismo, só depois da crucifixão de Jesus Cristo foi que Ele mudou a nature­za “humana”, trocando-a pela “divina”. Ele não possuia ambas as naturezas simultaneamente, mas experimentou duas vezes uma completa mudança de natureza: primeiro da “espiritual” para a “humana”  e depois desta para a “divina”.

Ele era completamente “espiritual” antes de vir a este mundo. Aqui, era inteiramente “huma­no”, n’Ele não havendo nunca uma união do “es­piritual” com o “humano” ou do “divino” com o “humano”. Ele agora é completamente “divino”; não possui coisa alguma de “humano”.

Disto ressalta que, quando Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade, Ele não era, segundo aquele falso Sistema de ensinos de modo algum um Ser divino, mas um simp1es homem a sacrificar pelos outros homens a sua  natureza humana.

E não se pense que seja esta explicação um desvirtuamento das palavras de Russell, dando-lhe uma significação que ele não lhe quisesse dar. Absolutamente. O próprio Russell acentua repetidamente este ponto de que Cristo, ao mor­rer, era apenas homem. Ele nega peremptoriamente que Cristo fosse uma união das duas nature­zas, humana e divina.

Eis suas próprias palavras:

‘Nem foi Cristo uma combinação das duas na­turezas - humana e espiritual. A união de duas naturezas não produz nem esta nem aquela, mas sim uma coisa imperfeita, híbrida, prejudicial a todo o ajuste. Quando Jesus estava na carne era Ele um perfeito ser humano; antes disso era um perfeito ser espiritual; e desde Sua ressur­reição é um perfeito ser espiritual, pertencen­te a ordem mais elevada, ou divina’. Estudos das Escrituras, vol. 1, p. 179.


Não há aqui engano algum. O Cristo do rus­selismo não é o Cristo das Santas Escrituras. O salvador do resselismo não é o divino Filho de Deus, mas um salvador completamente humano. A expiação dos pecados, conforme compreendem eles, não é a ensinada pelas Escrituras. O sacrifício pelo pecado, tal como o pregam, unicamente sa­crifício humano, é completamente inadequado pa­ra fazer a expiação. O advogado dos resselitas, perante o Pai não é o “Jesus Cristo homem”, mas um ser muito afastado da humanidade, O mediador dos russelitas, entre Deus e o homem, não é o Mediador da Bíblia, que era tanto Deus como ho­mem.”

Transcrito de um artigo de Carlyle B. Hay­nes, publicado na Revista Adventista, maio de 1950, pags. 6-7.


Os russelitas, como todos sabem, não negam a preexistencia de Cristo mas a sua eternidade e divindade.

Deve Ser Cristo Adorado?

Sendo Deus deve ser adorado.

Como se sentem as Testemunhas de Jeová di­ante das passagens bíblicas que falam da adora­ção de Cristo?

Diante do problema, o método mais empregado é a traduçãio tendenciosa de passagens bíblicas.
Por exemplo quando traduzem a palavra grega adorar referindo-se a Deus, dão-lhe o sentido do
original, mas quando a mesma palavra se refere a Cristo traduzem-na por prestar homenagem.

Seria esta distinção defensável pelos dicionários gregos? De modo nenhum.

As duas palavras gregas mais usadas na Bí­blia para adorar são  “ l a t r e u v  -  latréo  e p r o s k u n e w  —        prosquinéo.

l a t r e u v   é  adorar no íntimo, adorar para servir e pode ser exemplificada com Mat. 4:10 ; Atos 7:7; Heb. 9:14 e Apoc. 22:3.
p r o s k u n e w      é um verbo muito mais usado, sig­nificando ajoelhar-se ou protestar-se em reve­rência. É usado para Deus em Mat. 4:10; Luc. 4: 8; Joao 4:21; 1 Cor. 14:25 e em muitos outros textos.

É digno de nota que o mesmo verbo é usado para Cristo porque Ele também deve ser adorado como Deus.

Mat. 2:2 -  porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo.

Mat. 14:33 ... E os que estavam no barco o adoraram...

Mat. 28:9 . -. E elas, aproximando-Ser abra­çaram-lhe os pés, e o adoraram.

Luc. 24:52 . Então eles, adorando-o, volta­ram para Jerusalóm, tomados de grande júbilo.

Provas Bíblicas para a Divindade de Cristo

1.    Quando de Sua estada na Terra reconheceu ser o Filho de Deus e aceitou esta expressão com
a qual era comumente designado. João 10:36; 17: 1; Mat. 16:16; João 19:7.

2.    Nomes e Títulos que se restringem a Di­vindade são aplicados a Cristo.

a)    Deus - João 1:1
b)    Pai da eternidade - Isa. 9:6
e)    Alfa e Omega - Apoc. 22:13
d)    Senhor da glória 1 Cor. 2:8
e)    Emanuel - Mat. 1:23
f)    Rei dos reis e Senhor dos senhores -  A­pocalípse 19:16.

3.    Atribuição a Cristo de atributos que per­tencem exclusivamente à Divindade.
           a)    Onipotência                - Mat.    28:18
          b)    Onisciência                
- Mat.    9:4
           c)    Onipresença               
- Mat.    18:20
          d)    Imutabilidade
-                                           Heb.   13:8
           e)    Eternidade                 
- Heb.    1:8

4.    Irnputação a Cristo de Funções e Prerro­gativas possuidas e exercidas unicamente pela Divindade -

a)    Originador da vida - João 11:25; 14:6
b)    Criação do universo -  João 1:3
c)    Preservação do universo —   Heb. 1:3
d)      Direito  e poder de perdoar pecados —   Mar. 2:5-12;
e)    Autoridade e poder para ressuscitar mor­tos —   João 5:28 e 29:
f)    Autoridade para conferir a imortalidade. 1 Cor. 15:52 e 53.

5.    A aplicaçao do “Eu Sou” do Velho Testa­mento a Jesus Cristo no Novo Testamento.

Quando Jesus disse aos judeus: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58), Ele es­tava reclamando divindade, Seus ouvintes reco­nheceram as implicações de Suas palavras, pois apanharam ‘pedras para atirar nEle’ —    castigo judaico para grandes blasfêmias. Certamente Ele empregara as palavras de Deus no Velho Testa­mento: ‘Eu Sou o que Sou’ (Exo. 3:14), há muito reconhecidas como símbolo da divindade, apli­cando a Si mesmO o atributo de existência pró­pria.

6.    Identifieação do Jeová do Velho Testa­mento com Jesus no Novo Testamento.

Há vários textos do Velho Testamento que contem o nome de Jeová, e que foram aplicados a Jesus Cristo. pelos escritores do Novo Testamen­to. A palavra ‘Senhor’ (Javé do Salmo 102:22), e os versículos correlatos 25-28, são aplicados a Jesus em Heb. 1:10-12. O mesmo nome divino (Javé) aparece em Habacuque 2:2 e 3, e é aplicado a Cristo em Heb. 10:37.

7.    Culto Divino e Orações Jesus, os quais são devidos únicamente a Deus.
          
Há  uma porção de passagens em que Jesus Cristo, como Deus e Criador, sem hesitação, aceitou culto que os próprios anjos e homens piedosos, como criaturas, Lhe prestaram com temor e reverência (Apoc. 19:10; Atos 10:25 e 26). A prerrogativa de divindade foi sustentada e afirmada através de toda a vida de Jesus no Novo Testamento, uma porção de vêzes (Mat.14:33: 28: 9 e 17)

Provas da Divindade de Crísto no

Velho Testamento

Dentre os versos do Velho Testamento que a­presentam a divindade de Cristo, os três que mais se destacam por sua clareza incontestável são os seguintes:

              1º.)               Miquéias           5:2
              2º.)                    Isaías           7:14
              3º.)                    Isaias           9:6

1º. Miquéias 5:2. Falando do Messias, Miqueias declara —   de cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

Sempre procurando fugir da realidade do o­riginal a Tradução Novo Mundo em lugar de —    des­de os dias da eternidade, apresenta: desde os dias do tempo indefinido.

A declaração de Miquéias “cujas origens são desde os dias da eternidade” tem que se referir aquele que existe eterriamente,isto é Deus.

2º. Isaias 7:14 apresenta o nome pelo qual Cristo seria chamado - Emanuel que, traduzido literalmente, significa :  Deus conosco.

3º. Em Isaias 9:6 encontramos a declaração de que o profeta vê a Cristo sendo chamado de Deus forte. Esta afirmativa do profeta Isaias é o ar­gumento mais valioso de todo o Velho Testamento sobre a divindade de Cristã.

As Testemunhas de Jeová fogem desta decla­ração contundente afirmando que, em hebraico, diante da expressão “Deus forte” nao há artigo. Cristo é chamado um “Deus forte”, mas não o Deus todo poderoso, que é Jeová. Este argumento é frágil, logo inaceitável por afirmar que há dois Deuses poderosos, e isto é antibiiblico. Isaías 45:22. A citação de apenas duas passagens é su­ficiente para provar a fragilidade da sua declaração:

Isaias 10:21. Os restantes se converterão ao Deus forte... 
“Deus forte” é Jeová, mas em hebraico está sem artigo.

Jeremias 32:18 ...    tu és o grande, o pode­roso Deus cujo nome é o Senhor dos Exércitos.

Nesta passagem encontra-se o artigo no ori­ginal antes de poderoso Deus.

Provas da Divindade de Cristo no Novo Tes­tamento.

As passagens mais significativas seriam es­tas:

la) João 1:1
2a) João 3:13
3a) João 5:21,26
4a) João 8:58
5a) João 10:30
6a) João 10:33
7a) João 17:5
8a) 1 João 5:20
9a) Romanos 9:5
10a) Hebreus 1:8
11a) Tito 2:13
12a) Col. 2:9
           13a) II Ped. 1:1

Phyllís Bailey apresentou nove provas da di­vindade de Cristo:

 la) João 14:29 —    Ele conseguia ler o cora­ção humano.
2a) João 14:29 -  Era capaz de predizer o futuro.
3a) João 6:1-33 - Tinha poder criador.
4a) Joao 5:21; 11:43-45 Tinha poder para dar vida.
5a) Joao 8:46 -  Era infalível em suas de­clarações. Jamais cometeu um erro.
6a) Mateus 9:5 Tinha autoridade para per­doar pecados.
7a) Mateus 14:33 - Inspirava adoração.
8a) João 9:25-26 -  Tinha vida inerente em si mesmo.
9a) João 1:12 - Tinha poder para transfor­mar corações.

                    Os Adventistas e a Divindade de Cristo

Os adventistas do sétimo dia baseiam sua crença na divindade, nas declarações das Sagra­das Escrituras que afirmam: “Cristo é aquele que era, que é e que há de vir”. Apoc.1:18.

Dentre as “Crenças Fundamentais dos Adven­tistas do Sétimo Dia” constam:

1º.) Que Cristo é um com o Eterno Pai -  um em natureza, igual em poder e autoridade, Deus no mais alto sentido, eterno e existente por Si mesmo,. com vida original, não emprestada, não derivada.

2º.) Que Cristo existiu desde toda a eterni­dade, distinto do Pai, mas unido a Ele, possu­indo a mesma glória e todos os atributos divi­nos.

3º.)  Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Di­vindade, o eterno Filho de Deus, o único Salva­dor do pecado; e a salvação do homem é pela gra­ça por meio da fé nele.

R.M. Champlim, em “O Novo Testamento Inter­pretado Versiculo por Versiculo”, vol. 5, págs. 478 e 479, apresenta doze argumentos em favor da divindade de Cristo. Embora muitos cita­dos apresenta-los-emos devido a sua oportunida­de:

1.    Há varias declarações diretas sobre isso nas Escrituras, que cremos serem revelações de
Deus (Ver Isa. 9:6; João 1:1; 10:30; Rom. 9:5; Col. 2:9). Notar a confissão de Tomé, em João 20:28.

2.    As teofanías, no A.T., sugerem a possi­bilidade do aparecimento de Deus sob forma hu­mana, assim afirmando que isso poderia ser pos­silvei no caso de Cristo e de sua encarnação (Ver Gên. 16:7-13; 18:2-23, especialmente overso 17; e Gén. 32:28, em comparaçao com Osé. 12: 3-5 e Ëxo. 3:2.14).

3.    O messias é chamado Filho de Deus, evi­dentemente em sentido especial (ver Sal. 2:2-9)
e também é chamado “Deus” (ver Sal. 45:6,7, com Heb. 1:8,9; Sal. 110:1 com Mat. 22:44; Atos 2:
34 com Heb. 1:13; Sal. 110:4 com Heb. 5:6; 6:20 e 7:17-21).

4.    Cristo é “Deus conosco”, através de seu nascimento virginal (ver Isa. 7:13, 14 e Mat. 1:22,23)

5.         O Messias recebe tíulos divinos (ver Isaías 9:6,7), e com freqüência nos versículos neotestamentários que dizem respeito ao Pai, no A.T., são citados como alusórios ao Filho, no N.T.          (Ver João 8:24,56,58; Mat. 22:42-45 e Rom.10:13).

6.     O uso extremamente freqüênte do termo Se­nhor, para indicar Crísto, de tal modo que se torna parte mesmo de seu nome, inclui a idéia de divindade, e algumas vezes o vincula ao Yahweh do A.T., ainda que, com freqüência, não tenha esse elevadíssimo sentido nos evangelhos sinópticos. Em Col. 4:1 o termo “Senhor” expressa di­vindade, e, provavelmente, é uma alusão ao Se­nhor Jesus Cristo.

7.     O testemunho do proprio Cristo aparece nas Escrituras. Ele é o “Eu Sou” do A.T. (Ver João 8:24,56-58). Ele é o “Adonai” do A.T. (Ver Mat. 22:43-45). Ele é identificado com Deus Pai (ver Mat. 28:19; Mar. 14:62 e João 10:30). Ele exercia a principal prerrogativa de Deus (V e r Mar. 2:5-7; Luc. 7:48-50). Ele exerceu atribu­tos tidos como pertencentes exclusivamente a Deus, como a onipresença (ver Mat. 18:20), a onisciência (ver João 11:11-14 e Mar. 11:6-8), o domínio sobre a natureza, como poder criador (ver Luc. 9:16,17; João 2:9 e 10:28). Ele recebeu e aprovou a adoração dos homens à sua própria pes­soa (ver Mat. 14:33; 28:9 e João 20:28,29).

8.     As muitas saudações e doxologias paulinas dão a Cristo lugar de igualdade com Deus Pai, como fonte da graça e da paz, que nenhum mero homem poderia ocupar (Ver, por exemplo, Rom. 1:7; 16:27; 1 Cor. 1:3; Efés. 1:2 e todas as de­mais epístolas paulinas)

9.     Os escritores do N.T. conferem a Cristo títulos divinos. (Ver João 1:1; 20:28; Atos 20: 28; Rom. 1:4; 9:5; II Tes. 1:12; 1 Tim. 3:16; Heb. 1:8 e 1 João 5:20).

10.   Os escritores do N.T. atribuem qualida­des e perfeições divinas a Jesus Cristo. (Ver
Mat. 11:28; 18:20; 28:20; João 1:2; 2:23-25: 3: 13; 5:17; 21:17; Heb. 1:3,11,12 com Heb. 13:8 ; Apoc.1:8,17,18; 2:23; 11:17 e 22:13.

11.   Os escritores do NT. ensinam que a adoração é dada legitimamente a Cristo. (Ver Atos 7:59,66; 1 Cor. 1:2; II Cor. 13:14; Fil.2:9;Hebreus 1:6; Apoc. 1:6,7 e 6:12,13).

12.   A santidade, os poderes miraculosos e a ressurreição de Cristo são reputados como pro­vas de suas reivindicações de divindade. (Ver João 8:46; 20:31 e Rom. 1:4).

O  Espírito de Profecia e a Divindade de Cristo

Os escritos de Ellen G. White estão de ple­no acordo com os ensinamentos bíblicos, concernentes a ser Cristo verdadeiro homem everdadeiro Deus.

“A humanidade do Filho de Deus é tudo para nos. É a corrente áurea que nos liga a alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve­mos estudar. Cristo era um homem real”. The Youth’s Instructor, 13/10/1898

“Jesus tomou sobre si a humanidade para po­der atingir a humanidade; mas não podemos ex­plicar como a divindade se revestiu da humani­dade.” The Review and Herald, 1/10/1889.

“Despindo-se de Suas vestes régias e de Sua coroa real, Cristo vestiu Sua divindade com hu­manidade para que os seres humanos pudessem ser erguidos de sua degradação e colocados em posição vantajosa. Cristo não podia vir a este mun­do com a mesma glória que tinha nas cortes celestes. Os seres humanos pecadores não teriam podido suportar-lhe a presença. Encobriu Sua di­vindade com o traje da humanidade, mas não se separou da Sua divindade.” Idem, 15/6/1905

“Transformou-se a natureza humana do Filho de Maria em a natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas estavam misteriosamente combinadas em uma só pessoa, o homem Cristo Je­sus. Nele habitava corporalmente toda a pleni­tude da divindade. Quando Cristo foi crucifica­do, foi Sua natureza humana que morreu. A di­vindade não minguou nem morreu; isso seria impossível.” Citação do SDABC, vol. 5, p.1113.

NOTA:   Para elaborar este tema servimo-nos de várias fontes, mas especialmente anotações de au­la do Dr. Dederen. Os adventistas respondem a perguntas sobre Doutrina —    Divindade e Eterna Preexistência de Cristo e Esboço de Teologia Sistemática de A.B.Langston, págs. 221, 223.


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