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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - A DIVINDADE DE CRISTO


A  DIVINDADE DE CRISTO

Pedro Apolinário – Sermões Exaltando a Verdade – Casa Publicadora Brasileira – 1a. Edição
Professor de Grego e Exegese Bíblica do Seminário Latino Americano de Teologia – Eng. Coelho, S.P

A divindade de Cristo é o fundamento sobre o qual se assenta a Igre­ja. Faz parte do Credo fundamental da cristandade.
A Igreja Adventista, baseada na Bíblia, sempre considerou a Jesus co­mo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A posição da nossa Igreja é que Cristo é auto-existente, incríado, da mesma natureza e essência do Pai. Nossa convicção sobre a divindade de Cristo se encontra nas Crenças Fundamentais da Igreja, que afirma: “Jesus Cristo é verdadeiro Deus, sendo da mesma natureza e essência que o eterno Pai.”
Prezados irmãos, explicar a Trindade, a humanidade e a divindade de Cristo e o Espírito Santo, muitas vezes, está além da nossa compreensão. Trata-se evidentemente de verdades que transcendem o nosso limitado entendi­mento e lógica humanos. Essas realidades apenas serão alcançadas pela fé.

As Escolas de Antioquia e Alexandria
Houve duas escolas que se tornaram muito conhecidas quanto à hu­manidade e à divindade de Cristo. A de Antioquia, enfatizando a natureza humana de Jesus; e a de Alexandria, valorizando a Sua natureza divina.
A pessoa que mais se projetou nesta desavença teológica foi Ário. Ele defendia que Cristo foi criado pelo Pai para criar este mundo. Tão destacada influência exerceu no seu tempo (320 d.C.) que 80 por cento do mundo cristão cria no arianismo.
Os líderes eclesiásticos do seu tempo, percebendo a nefasta influência da sua heresia, convocaram o Concílio de Nicéia, em 325, no qual compareceram 318 bispos.
A figura que mais se destacou neste conclave religioso, combatendo as idéias de Ario e defendendo a divindade de Cristo, foi Atanásio, cujo credo formulado por ele é até hoje aceito e respeitado pelo cristianismo.
A Igreja Católica em muitos pontos de doutrinas se afastou da Bíblia, mas quanto à humanidade e à divindade de Cristo ela sempre ensinou a doutrina bíblica.
                                    As provas para a divindade de Cristo não se encontram em raciocí­nios ou divagações humanos, mas na infalível Palavra de Deus  —     as Escrituras Sagradas.
Dos movimentos religiosos atuais existe um, que tem dirigido as suas armas destruidoras contra a divindade de Cristo. Referimo-nos, evidendemente, às Testemunhas de Jeová. Trabalhos existem, preparados para combater este movimento religioso não cristão, como por exemplo os de Arnaldo Christianini, Azenilto Brito e Pedro Apolinário.

Provas Bíblicas da Divindade de Cristo
1ª.) Aceitação do título Filho de Deus pelo próprio Cristo. É usado 40 vezes na Bíblia. Filho de Deus é um idiomatismo hebraico, que sig­nifica divino. Os judeus para designar que a pessoa tinha um vício ou uma virtude eles denominavam filho desse vício ou dessa virtude, Os exemplos são muitos na Bíblia como filho da mentira = mentiroso; filho da luz iluminado; filho da paz pacífico; Filho de Deus divino; filho do homem = humano. A confirmação se encontra em João 19:7 quando os judeus disseram que Cristo deveria morrer porque a Si mesmo Se fez Filho de Deus. Cristo afirmou que Ele era divino.
2a.) Aplicação a Cristo de nomes e títulos que só se aplicam à divindade:
a) Emanuel  —    Deus conosco (Mateus 1:23).
b) O primeiro e o último (Apocalipse 1:17).
c) Alfa e Omega (Apocalipse 22:13).
d) Rei dos reis, Senhor dos senhores. O termo Senhor usado para Deus é também um título para Cristo.
3a.) Atribuição a Cristo de atributos que pertencem exclusivamente a Deus. Atributos são predicados, qualidades, sendo os quatro principais:
a) Onipotência. Mateus 28:18: “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra.”
b) Onisciência. Mateus 9:4: “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pen­samentos...
c) Onipresença. Mateus 18:20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome ali estou no meio deles.”
d) Imutabilidade. Hebreus 13:8: ‘Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.
4a.) A Bíblia também atribui a Cristo privilégios possuídos e exerci­dos unicamente por Deus.
a) Criador (João 1:3; Hebreus 1:2).
b) Poder para perdoar pecados (Marcos 2:5-12).
c) Autoridade para ressuscitar morros (João 11:43).
       5a.) Aplicação do nome Javé usado para Deus no Antigo Testamento, é aplicado a Cristo no Novo Testamento. Há vários exemplos, mas quero ci­tar apenas um. Javé do Salmo 45:6 e 7 é usado para Cristo em Hebreus 1:8.
 6a.) Cristo é citado sem pecado em toda a Sua vida terrestre. São muito conhecidas as expressões:
a) Santo (Lucas 1:35)
b) Incontaminado (1 Pedro 1:19)
c) Separado dos pecadores (Hebreus 7:26)
  7a.) Aceitou adoração que só pertence a Deus. Mateus 14:33: “E os que estavam no barco O adoraram.”
Como solucionaram este problema as Testemunhas de Jeová quando lhes apresentamos essa prova? Os próprios tradutores o contornaram da seguinte maneira: quando o verbo é usado para Deus, traduziram por ai/orar, quando aplicado a Cristo, eles o vertem para prestar homenagem.

Provas da Divindade no Evangelho de João

O objetivo principal de João ao escrever seu evangelho foi provar a divindade de Cristo.
Eis algumas provas:
a) A honra do Filho é a honra do Pai —     João 5:23.
b) Ver a Cristo é ver a Deus —     João 14:7-9.
c) Conhecer a Cristo é conhecer ao Pai —    João 14:7.
d) Crer em Jesus é crer em Deus —     João 5:19.
e) Cristo tem vida em Si mesmo como o Pai —     João 5:26.
As cinco passagens citadas provam a igualdade de Cristo com Deus o Pai. Pode-se acrescentar:
1. Ele conseguia ler o coração humano —     João 14:29.
2. Era infalível em Suas declarações —     João 8:46.
3. Era capaz de predizer o futuro —     João 14:29.
4. Tinha poder para transformar corações —    João 1:12. Esta verdade precisa ser bem guardada: Cristo era e é uma Pessoa,
mas com duas naturezas —     a humana e a divina. A natureza divina con­tinuou sendo igual à de Deus, mas na forma humana dependia do Pai e do Espírito Santo.
Às vezes, Cristo fala como homem, outras, como Deus.
a) João 14:28: “Se Me amásseis, alegrar-vos-íeis de que Eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que Eu.”
b) João 10:30: “Eu e o Pai somos um.”

Outras Provas da Divindade de Cristo na Bíblia
1. No Antigo Testamento
a) Isaías 7:14: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e Lhe chamará Emanuel”; Emanuel em hebraico significa Deus conosco.
b) Isaías 9:6: “Um menino nos nasceu... e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”
II.    No Novo Testamento.
Cristo é chamado de Deus sete vezes no Novo Testamento.
1ª.) João 1:1
2a.) João 20:28
3a.) Romanos 9:5
4a.) Tito 2:13
5a.) Hebreus 1:8
6a.) II Pedro 1:1
7a.) 1 João 5:20

A melhor prova da divindade de Cristo, em toda a Bíblia, é 1 João 5:20 onde Ele é chamado de verdadeiro Deus.
b) A glória de Cristo é prova inquestionável da Sua divindade. Em João 17:5 lemos: “E, agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que hou­vesse mundo.
Deus através do profeta Isaías (24:8) declara que a Sua glória Ele não a daria a outro. Se Cristo tem esta mesma glória é prova incontestável de que é Deus.
c) Paulo, em Colossenses 2:9, afirma: “Porquanto, nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.”

Ellen White e a Divindade de Cristo
Seus escritos estão repletos de afirmações claras, inequívocas e con­vincentes a respeito da divindade de nosso Salvador.
“A plenitude da divindade em Jesus Cristo tem sido apresentada entre nós com beleza e ternura.” — Review and Herald.
“Cristo era Deus essencialmente e no sentido mais alto. Ele estava com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre tudo, para todo o sempre. O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus existia desde a eternidade, uma pessoa distinta, mas um com o Pai.” — Review and HeraId  05/04/1896.

Jesus - O Deus Homem
1. Jesus era tão humano que era filho de mulher; foi tão divino que era o incomparável Filho de Deus.
2. Jesus foi tão humano que Se sujeitou ao batismo de arrependimento, ministrado por João; foi tão divino que nunca teve que Se arrepender.
3. Jesus foi tão humano que em tudo foi tentado; foi tão divino que em nada cedeu à tentação.
4. Jesus foi tão humano que teve fome; foi tão divino que pôde dizer: “Eu sou o Pão da Vida.”
5. Jesus foi tão humano que teve sede; foi tão divino que era a “Água da Vida”.
6. Jesus foi tão humano que pagou tributo; foi tão divino que era o Senhor do Reino Espiritual.
7. Jesus foi tão humano que sentiu cansaço; foi tão divino que lançou o convite de alívio aos cansados e oprimidos.
8. Jesus foi tão humano que chorou; foi tão divino que consolou o corações aflitos e angustiados.
9. Jesus foi tão humano que sentiu o peso da cruz; foi tão divino que a suportou com resignação, apesar de não ter a menor culpa.
10.            Jesus foi tão humano que morreu; foi tão divino que vence a morte.

                                               Conclusão
Jesus foi humano para levar os homens a Deus, e foi divino pa­ra trazer Deus aos homens.



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