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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - COMO TRABALHAR COM AS TESTEMUNHAS DE JEOVA


COMO TRABALHAR COM AS TESTEMUNHAS DE JEOVA

                 Por E. B. Price
                    Pastor da Divisão Australasiana

Faz exatamente seis anos que tive a alegria de ver a primeira família de Testemunhas de Je­ová, com quem trabalhei, deixar aquela seita e aceitar a mensagem do Advento. Embora esta fa­mília tivesse estado ligada às Testemunhas por mais de dezoito anos e ainda tenha parentes na­quela organização, é hoje uma família de leais adventistas do sétimo dia, e trabalham ativa­mente na difusão da mensagem para este tempo.
A partir dessa ocasião, tenho visto muitas outras excelentes famílias, quer membros daque­le movimento ou prestes a o serem, deixarem os ensinos das Testemunhas e se unirem a nós.
Muitos, sinceros pesquisadores da verdade, ao lhes serem apresentadas com simplicidade e clareza as verdades bíblicas que nós, como um povo, temos o privilégio de conhecer, alegre e prontamente aceitam nossa mensagem.
Estou convicto de que todos nós nos devería­mos interessar mais nos processos de enfrentar com eficiência os ensinos das Testemunhas de Je­ová, com a nossa maravilhosa mensagem, e se o fizermos veremos muitos mais aceitarem a luz do Evangelho.
Tratando com os membros desta igreja, deve­mos empregar gráficos e auxílios visu­ais. Costumam eles espiritualizar muito certos ensinos da Bíblia, por isso torna-se necessário ajudá-los a compreender como os textos simples das Escrituras devem ser tomados literalmente.
A apresentação da segunda vinda de Cristo, o milênio, a destruição dos ímpios, a Cidade Santa e a Nova Terra, em especial, precisam ser descritos visualmente para ajudá-los a formarem a concepção mental destas verdades.
Possuo diagramas que, pintei, os quais repu­to da mais mais alta valia; contudo uma disposição em fileira e em sequência de boas ilustrações, am­pliadas de nossas publicações, apresentando, pas­so por passo, desde os sinais dos últimos dias até a Nova Terra, pode ser usada com os melho­res resultados.
Selecione poucos textos simples  sobre cada assunto de seus estudos, E faça com que a pessoa os leia da própria Bíblia, e a se­guir ilustre visualmente, com gráficos e chapi­nhas luminosas o assunto apresentado. Esforce-se por ensinar de começo a fim com a maior cla­reza e a maior lógica possível, e verificará que as verdades se tornam poderosas sendo aclaradas desta maneira.  

Ao apresentar a distinção entre as leis mo­ral e cerimonial e seus aspectos, recorte de um papelão ou cartolina grossa, um simples rolo de­ tábuas de pedra para ilustrar com as leis es­critas por Moisés foram colocadas ao lado da ar­ca do concerto; ao passo que os mandamentos es­critos por Deus sobre pedras postos dentro da arca. Conceda que as pessoas manuseiem estes gráficos e ilustrações; isto tornará o as­sunto uma realidade para elas.
Muito se poderá dizer sobre como apresentar cada aspecto da verdade, mas neste artigo tra­tarei somente dos ensinos das Testemunhas sobre o segundo advento de Cristo e o Sábado. Pude ve­rificar, por experiência, que os seguintes meios são eficazes.

O Segundo Advento em 1914

Eis seis razões por que Cristo não Podia ter vindo em 1914, como pregam as Testemunhas de Jeová:
1. Todo o olho não o viu em 1914. (Apoc. 1: 7). Não pode ser isso um discernimento espiritual,  pois, "todas _as tribos da Terra" _não têm entendimento espiritual, e contudo elas, as tri­bos, O verão (S.Mat. 24:30).
           2. Os justos mortos não ressuscitaram_em 1914 (I Tes. 4:16).
           3. Os  justos vivos não foram tras1adados em 1914 (I Tes. 4:16).
4. Os ímpios não foram destruídos em 1914(II Tes. 2:8; S. Luc. 17:23-30).
5. O Serviço da comunhão não terminou em 1914 (I Cor. 11:26). As Testemunhas de Jeová denominam a Santa Ceia de Culto Memoria1 e o rea­lizam uma vez por ano por ocasião da Páscoa.
6. Cristo não tomou posse do seu reino em 1914 porque isso teria significado que sua obra mediadora, como sumo sacerdote, terminaria e então a partir desse tempo, ninguém mais podia ser salvo.  (Heb.7:24-26).

                           O Segundo Advento Ocorreu em l874


O ensino segundo o qual a vinda de Cristo ocorreu em 1914 é relativamente recente, pois desde o inicio do movimento a Torre de Vigia en­sinava que o segundo advento de Cristo ocorreu em 1874. Isto foi ensinado até 1917, embora es­ta data seja três anos posterior à do segundo advento segundo crêem agora.
Em 1917, a Torre de Vigia publicou uma obra póstuma de C.T.Russell, o fundador, intitulada: "O Mistério Terminado", série 7 de "Estudos nas Escrituras", na qual à página 167 aparece a ar­rojada declaração: "Por ocasião do Segundo Advento, em outubro de 1874". Um gráfico à página 60 do livro aponta o outono de 1874 como a oca­sião do segundo advento do Senhor, e a primave­ra de 1878 como o tempo da ressurreição. Há, ao todo, nove afirmações incisivas no livro indi­cando estas datas.
A pergunta que nenhum crente das Testemu­nhas de Jeová pode responder satisfatoriamente é esta: .por que a Torre de Vigia – se ela é o que pretende ser, o canal da Verdade nestes últimos dias - publicou um livro três anos depois da suposta vinda de Cristo em 1914, declarando que Ele veio em 1874?

          Engano na Data de 1914
A data de 1914 A.D. é apoiada num tempo pro­fético conhecido como "tempos dos gentios", pe­ríodo de 2.520 anos baseados em Dan. 4, quando Nabucodonosor perdeu a razão por um período de "sete tempos". Este tempo profético começou ­segundo eles - em 607 A.C. quando, pretendem, Zedequias, o último rei judeu, foi levado cati­vo pelo rei gentio Nabucodonosor. O fim dos "tempos dos gentios" ocorreu, então, em 1914 A.D., que deve ser o segundo advento de Cristo de acordo com o cálculo deles.

No entanto, ao examinarmos este ensino, verificaremos não só estar escrituristicamente er­rado, como também historicamente.
1. Daniel 4:25 declara limpidamente que os "sete tempos", períodos da insânia de Nabucodo­nosor, começaram quando ele foi segregado da com­panhia dos homens, passando a habitar como os a­nimais do campo. Este fato não ocorreu em tempo anterior, quando ele se achava no fastígio de suas conquistas.
2. Não há ligação alguma absolutamente en­tre Daniel 4 e os "tempos dos gentios" - expres­são primeiramente empregada na Bíblia por Jesus em S. Lucas 21:24 para descrever a destruição de Jerusalém, no ano 70 A.D. e seu , futuro subse­qüente.
   3. Quando Jesus falou dos "tempos dos gen­tios" - falou como estando no futuro, a partir da Sua época, e não recuando-os para 600 A.C.
4. A profecia dos "sete tempos" em Daniel 4 foi toda ela cumprida em Nabucodonosor (Dan. 4: 28 e 33). Não poderia ser cumprida mais de 2.500 anos depois.
5. O ponto de partida da profecia está er­rada em dezenove anos. Zedequias foi levado cativo no ano 586 A.C. e não em 607 A.C. como de­claram os livros das Testemunhas de Jeová, in­cluindo o recente “Do Paraíso Perdido ao Paraíso Reconquistado”, em inglês, pág. 103. Historiado­res antigos e as enciclopédias estabelecem a data de 586 A.C. contudo, uma versão discutível da Bíblia King James que traz datas, na margem, pu­blicada pela Torre de Vigia, estabelece a data de 588 A.C. para o capitulo 25 do Segundo Livro de Reis. O primeiro versículo deste é capítulo re­gistra o cerco final de Jerusalém, o qual demo­rou dois anos, de modo que isto também concorda com a data de 586 A.C. a data exata do cativei­ro de Zedequias. E esta discrepância de dezeno­ve anos conduziria à data de 1933 e não a 1914.
A maioria das Testemunhas de Jeová aceita esta fantasiosa interpretação profética sem uma cuidadosa investigação de sua veracidade, embo­ra seja ela a base de um de seus ensinos essên­ciais.



                 O Sábado de 7.000 Anos


Sustentam a teoria de que cada dia da Cri­ação era um período de 7.000 anos, o que quer dizer que hoje ainda estamos vivendo no sábado de 7.000 anos datando da criação. Desse modo en­sina-se que não é necessário guardar um sábado semanal de vinte e quatro horas. Assim as Tes­temunhas de Jeová não guardam um dia de repouso em nenhum dia da semana.

Estas nove seguintes razões são suficientes para demonstrar que esta esdrúxula teoria não pode ser sustentada pela Bíblia.
          1. Gênesis 1 declara que cada dia da Criação se compunha de "tarde e manhã".
2. Se cada dia tivesse a duração de 7.000 anos, o período de escuridão seria de 3.500 a­nos e nele toda a vegetação teria morrido.
3. A vegetação fora criada no dia anterior à criação do sol e não podia ter existido duran­te 7.000 anos sem a luz solar.
4. A maior parte das plantas e árvores de­pendem de insetos para sua polinização e ferti­lização; no entanto os insetos não foram cria­dos até o sexto dia, ou - segundo a absurda con­tagem das Testemunhas de Jeová - 21.000 anos de­pois.
5. Adão foi criado no sexto dia e, por con­seguinte teria mais de 7.000 anos de idade an­tes que visse a luz do primeiro sábado­
6. A Bíblia ensina que Deus falou e tudo veio imediatamente à existência. Gênesis 1 em­prega continuamente a expressão: "E disse Deus.... e assim se fez"; também "porque falou, e tu­do se fez; mandou, e logo tudo apareceu" (Salmo 33:9) .


     7. O quarto mandamento fala dos dias da cri­ação como sendo os mesmos que o sétimo; e o sábado baseia-se no ciclo semanal dias de vin­te e quatro horas.
8. A Bíblia sempre declara que Deus descan­sou no sétimo dia (Gên. 2: 1-3; Êx. 20:11; 31: 17; Heb. 4: 4) e em nenhuma vez se emprega os mo­dos descansando ou descansa, como seria o caso se o sábado tivesse 7.000 anos de duração.
9. Em nenhuma parte da Bíblia há menção de que um dia é igual a 7.000 anos. Esta suposição não passa de mera conveniência, fantasia sem ne­nhum apoio bíblico.
Embora, a princípio, outras diferenças dou­trinárias possam avultar no espírito das Teste­munhas, verifiquei que as duas doutrinas - a se­gunda vinda de Cristo e o sábado - formam as chaves mais fortes para abrir as fortalezas dos ensinos dos russelitas.
Deve ser também lembrado que o sistema de doutrinação empregado pelas Testemunhas de Jeo­vá revela recitação entusiasta, e por ela o in­teressado é levado de um estudo direto da Bíblia para um estudo das publicações e revistas da Torre de Vigia.
Durante um período de meses e mesmo de anos por vezes, estes ensinos são repetidos até que ocorrem no paciente uma - espécie de lavagem ce­rebral. O interessado não apenas aceita os ensinos, mas crê que são a verdade bíblica procedente diretamente da Torre de Vigia a qual se­ proclama ser o único canal da verdade bíblica nos últimos dias, o “servo fiel e prudente” de  Mateus 24:45.
Quando isto já ocorreu, então é necessário apresentar pacientemente a verdade bíblica também uma porção de vezes até que uma nova pers­pectiva possa ser apanhada pelo interessado e a multidão de ensinos errôneos comece a desfazer­-se.

Trabalhar com as Testemunhas de Jeová é in­teressante e desafiante, mas é compensador para aqueles que estiverem sob a influência destes ensinos serem trazidos ao pleno conhecimento da mensagem do Advento. Eles tornam-se ganhadores de almas zelosos e bem sucedidos.


Este artigo, que apareceu no Ministério Ad­ventista - Janeiro - Fevereiro de 1963, páginas 10 a 12 foi para aqui transcrito, porque estu­dando-o conclui que seria de muita utilidade tan­to no trato pessoal com as Testemunhas de Jeová, quanto no conhecimento de alguns aspectos fun­damentais de suas doutrinas não defensáveis pe­la Bíblia.

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