Relacionamento indispensável
“Amar é muito mais do que fazer algo por alguém. Amar faz alguém”
Augusto César Maia é psicólogo clínico em Campinas, SP.
A relação afetiva comprometida com o verdadeiro amor é a única maneira de dar sentido à
vida
O ser humano precisa sentir-se amado e valorizado como pessoa. Criados por
Deus, fomos feitos para nos relacionarmos com os que nos cercam. Todo o tempo,
estamos em contato com pessoas, culturas e maneiras de pensar diferentes da
nossa. O que torna possível que nos relacionemos uns com os Outros é o amor.
Nossa vida é apoiada por uma rede de amor. A
interdependência é uma característica básica do ser humano. Em 1a.
Coríntios 12:12, Deus nos diz que somos parte de um corpo. Não podemos viver
isolados desse corpo. Nossa vida
depende de outras vidas.
Mas nem toda dependência é
benéfica. Apenas a dependência do amor é que nos personaliza e dá sentido à
vida. É nesta dependência que se situa, mais profundamente, o relacionamento
humano. Deus nos deixa claro, em Colossenses 3:14, que para nos relacionarmos
de uma maneira saudável, devemos nos revestir de amor.
Amar é assumir responsabilidade por outra pessoa e
querer que ela cresça. Para que eu seja alguém, dependo de uma pessoa que me
ame. Amar é muito mais do que fazer algo por alguém. Amar faz alguém.
Para compreender melhor a dimensão do amor, abrace
alguma pessoa. Ao abraçar, estamos dando importância a essa pessoa, porque
para abraçar, primeiro teremos que nos abrir para ela. Agora podemos entender
melhor o amor. Amar é estar aberto ao outro. E a única alternativa possível de
religação com os semelhantes e com Deus.
O amor é educativo, pois ensina a amar aos outros.
Só o amor é capaz de manter equilíbrio e harmonia nas relações humanas. Do
contrário, elas se autodestroem. É pela falta de amor que as relações entram em
crise. Algo tão simples, como dar um abraço, torna-se cada dia mais difícil.
Há pessoas com tremenda
dificuldade em abraçar. Quantos filhos chegam ao consultório e se queixam de
que nunca receberam um abraço de seu pai ou de sua mãe! Quantas esposas
reclamam de que o marido é incapaz de dar um abraço carinhoso, destituído de
co-notação sexual! Uma ação tão simples,
mas os pais e esposos não conseguem executá-la!
“O amor se esfriará de quase todos” (Mar. 24:12), adverte-nos Jesus.
Quem ama Cuida — Um relacionamento destituído de
amor pode destruir-nos, por suprimir nossos anseios básicos e frustrar a nossa
natureza. Em nenhuma outra área, as deficiências humanas se manifestam mais
tragicamente do que no campo do relacionamento. Se existimos à medida em que
nos relacionamos, também, à medida em que o relacionamento falha, somos prejudicados.
Portanto, não é qualquer forma de amor que vale
a pena. Só uma é válida! Como identificá-la? Não temos
outra saída a não ser recorrer ao modelo do amor divino — Jesus. Ele
é o próprio amor.
Na história da Criação,
observamos que Deus, ao fazer todas as “coisas”, utilizou a palavra (Sal.
33:9). Mas, quando Deus criou o ser humano, fez diferente. Foi além da palavra.
Ele pegou o pó da terra, com as próprias mãos, e com carinho moldou o homem à
Sua imagem e semelhança. Soprou em seu nariz o fôlego de vida e fez o homem
alma vivente: proximidade, intimidade eterna. Assim que Deus queria que fosse o
relacionamento dEle com a humanidade e da humanidade entre si.
É assim que você se relaciona com o seu cônjuge,
com os filhos e amigos? Quando você vê sua esposa crescendo, dá incentivo?
Uma pessoa que consegue estabelecer relações
humanas saudáveis, é aquela que teve a felicidade de receber, no inicio da
vida, a quota de amor e segurança de que necessitava. Porém, o homem não é
capaz de dar o que não tem. “O amor vem de Deus”. Assim, é preciso receber o
Seu amor a cada dia, para poder refleti-lo aos outros. Abra o coração para dar
e receber o verdadeiro amor!
Sem comentários:
Enviar um comentário