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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

RELACIONAMENTOS NA IGREJA



Relacionamento é a chave para conquistar e manter ovelhas

  Gosto de lembrar o que me trouxe à Igreja   Adventista:     relacionamento.
Conheci pessoas que comunicaram uma vida e doutrina que me cativaram. A cidade tinha simpatia eles e cada dia o Senhor “acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos”. Atos 2:47. Depois de séculos de história, a marca cristã na conquista de pessoas ainda se estabelece pelos relacionamentos saudáveis desenvolvidos pelo amor, cooperação, simpatia, reconhecimento e gratidão.
 Porém, não basta conhecer e cativar: tomamo-nos responsáveis por aqueles que hoje fazem parte da família de  Deus. E, como somos, devemos estar atentos às nossas diferenças  individuais. Os filhos não são iguais. Cada um tem suas características próprias. Quando o pai trata os filhos de, acordo com as suas peculiaridades e expectativas, eles começam a perceber que nessa estrutura familiar ha espaço para todos.
O mesmo princípio aplica-se às igrejas. Quanto mais nos aproximamos de cada  pessoa e a respeitamos em suas características, considerando suas propostas com muita atenção, mais conseguiremos toca-la fazendo com que se sinta mais importante e motivada. É fundamental que a gente consiga tocar a essência dos seres humanos, a alma de cada pessoa, fazendo-a sentir a honestidade de nossos propósitos. É preciso cuidar de todos, sem privilégios e sem protecionismo,  sabendo que todos tem direito à igualdade.
Quando procuramos compreender real e profundamente nossos irmãos, abrimos as portas para soluções criativas e novas alternativas. Nossas diferenças não formam mais obstáculos para a comunicação e o progresso. Em outras palavras, há riqueza na diversidade, como diz a irmã White.
 As pessoas precisam sentir-se participantes especiais,saber que sua presença é notada e apreciada. Precisamos nos importar um com  os outros mostrando interesse real. Com certeza, pequenos gestos não nos custam nada, mas contribuem para melhorar a qualidade de vida de nossa família espiritual. Em nosso caminho, sempre encontraremos muitas pessoas agradecidas por um toque, uma oração uma palavra de confiança, estímulos que não se encontram em qualquer lugar. Valendo-me de um conceito prioritário da Qualidade Total, é muito importante conquistar, manter e garantir a satisfação do cliente. As organizações têm investido muito na proximidade com o cliente procurando conhecê-lo e, mais do que isso,  relacionar-se com ele. Também podemos dizer que é mais  produtivo investir na qualidade de vida integral dos  membros de nossa igreja do que apenas aumentar o número de freqüentadores dela. Isso requer uma melhoria contínua da saúde do corpo de Cristo, através de relacionamentos profundos. Infelizmente, dentro de nossa igreja encontramos diversas formas de decadência espiritual e emocional na vida de alguns membros que carecem de atenção e empatia.
E preciso estimular aquelas atitudes amorosas que vão fazer a diferença. Fico  feliz ao poder mencionar que alguns queridos pastores me telefonaram certificando-se de que não estou desgarrada.  Recebo muitos convites para participar em muitas outras congregações e, em decorrência, me ausento da igreja que freqüento. Há muitas maneiras de expressar interesse e consideração. Por exemplo, podemos aproveitar a riqueza de nossos periódicos e enviá-los em momentos-chave àqueles em quem o Espírito Santo está operando de alguma forma.
A Bíblia declara que Deus,_segundo a Sua riqueza, supre as nossas necessidades, mas creio que muitas delas são supridas através de nossa vida para abençoar os  irmãos.  Sempre será importante receber uma palavra de carinho e uma demonstração de interesse. Pequenos gestos no atendimento fazem fazem com que nos tornemos clientes em uma loja. Igualmente podemos dizer que cortesia presteza e simpatia farão alguém continuar na igreja e contar a outros como é bom estar ali.
 Alguns, porém, mais parecem órfãos do que filhos quando, na morte de um parente, aniversário, doença, desemprego ou nascimento, não conseguem contar com nossa empatia. É preciso valorizar nossos irmãos como pessoas especiais que são. Não defendo massagens no ego, mas gosto de me lembrar que foram relacionamentos saudáveis e amorosos que me trouxeram para a igreja, irmãos que se tornaram amigos, que me contabilizam como pessoa e não pelo dizimo que represento.  Eles me acolhem em suas casas compartilham suas mesas e participam das minhas vitórias. No caso de algumas pessoas, a doutrina bíblica é suficiente para mantê-las na igreja; a maioria, porém, necessita de estímulo extra produzido pelos relacionamentos fraternos.
Irmãos são a razão de ser da nossa igreja. Trata-los com indiferença seria um bom  começo para a nossa própria decadência. A base de nosso êxito consiste em amar os irmãos não só de palavras, mas de fato e de verdade. Encarar alguns irmãos como problema é o início da separação.
Muitas vezes, fazemos sucesso com novos irmãos, mas com o passar do tempo eles se tornam ‘prata da casa’ e acabam não recebendo a atenção necessária, e o resultado pode ser trágico.
Um princípio da Qualidade Total ensina que clientes insatisfeitos procuram melhores fornecedores.  Da mesma forma, alguns acabam buscando em outros locais aquilo que um dia haviam encontrado em nosso meio. E uma das ferramentas eficazes para garantir  a satisfação  do cliente é ouvi-lo conhecer suas expectativas e necessidades. Isso também é verdade em relação à igreja. Precisamos ouvir empáticamente. Necessitamos aprimorar nossa audição, ter força interior para ouvir e coragem  para admitir nossos erros e corrigir nossas falhas. Escutar nossos irmãos antes que outros ouvidos o façam. A base do nosso êxito consiste em amar os irmãos. As pessoas querem ser ouvidas e compreendidas. Os irmãos são o tesouro da igreja, devendo ser preservados como tais.
Creio que estas palavras do presidente americano George Bush em seu discurso de posse, são uma boa maneira de terminar este artigo: “Nas coisas cruciais, unidade; nas coisas importantes, diversidade; e, em todas as coisas, generosidade.”

Sandra  Camargo, consultora de Recursos  Humanos  e Qualidade; membro da Igreja  Adventista das Mangueiras, em Tatuí, SP


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