15/06/2005 - 10h11
Carne
vermelha aumenta risco de câncer no intestino, diz estudo
da BBC Brasil
Um estudo europeu, publicado na revista do Instituto
Internacional do Câncer, reforça a tese de que o consumo de carne vermelha
pode provocar câncer no intestino. Os alimentos incluem carnes como as de
boi, carneiro, porco e derivados como o bacon e o presunto.
O centro Investigação Prospectiva sobre o Câncer e a
Nutrição da Europa (Epic, na sigla em inglês) diz ter encontrado novas
provas de que a carne vermelha processada pode levar ao desenvolvimento da
doença.
"Já suspeitávamos há algum tempo que o consumo a
níveis elevados de carne vermelha e processada estava associado a câncer
nos intestinos. Agora, temos certeza de que há uma relação séria, já que
esse foi o maior estudo do gênero realizado na Europa", disse Sheila
Bingham, uma das autoras.
Os cientistas da instituição observaram os hábitos
alimentares de mais de 500 mil pessoas na Europa ao longo de dez anos.
A conclusão é que as que comem mais de duas porções de
80 gramas de carne por dia correm 35% mais riscos de desenvolver a doença
do que os que comem apenas uma (ou menos de uma) porção por semana.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia
recomendado um consumo maior de peixes e menor de carne.
Proteção
Os cientistas, no entanto, perceberam que os riscos de desenvolver
câncer no intestino são menores entre as pessoas que ingerem muitas fibras
por meio de alimentos como verduras, frutas e cereais.
A ingestão de peixe também é capaz de proteger as
pessoas do problema, mesmo que elas comam carne vermelha.
Apesar de o ser humano ingerir carne vermelha há
milhares de anos, o que os cientistas acreditam que ocorra nos tempos
atuais é que o consumo do alimento, juntamente com altos índices de
gorduras e carboidratos, esteja elevando os riscos de doenças como o câncer
de intestino.
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