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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A JUSTIÇA DOS ESCRIBAS E FARISEUS



A JUSTIÇA DOS ESCRIBAS E FARISEUS 

Mateus 5:20
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.

Se eu fosse judeu e ouvisse aquilo que Jesus estava a dizer dificilmente entenderia o Essas palavras. 

Ser fariseu naquela época era diferente da concepção que temos hoje, agora diríamos que ser fariseu ou escriba era ser hipocrita, mas no seu tempo eram vistos como o exemplo maior seguir é padrão a imitar.

Jesus surpreende com esta fasquia tão elevada "SE A VOSSA JUSTIÇA NÃO EXEDER A DOS ESCRIBAS E FARISEUS JAMAIS ENTRAREIS NO REINO DOS CÉUS "

O que é que Cristo quis dizer com isto?

Um dia Jesus tem uma conversa em particular com um fariseu, alguém que olhava para Jesus como um homem vindo de Deus, mas que vivia uma religião diferente dos padrões farisaicos.

Podíamos dizer que Nicodemos era um fariseu exemplar, mas que a sua conduta religiosa não o satisfazia, por mais que tentasse fazer o certo havia sempre alguma coisa que falhava. Nicodemos não estava satisfeito com a sua religião.

Nesse encontro, Jesus vai lhe dizer aquilo que ele não queria ouvir, mas que era fundamental para entrar no reino de Deus.

“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” ( Jo 3:3 ).

Nascer de novo era algo que Nicodemos  conhecia, mas não para um judeu, e sim para um gentio. Sendo ele Judeu era herdeiro por nascimento do reino de Deus.

Os gentios necessitavam do ritual do batismo para serem aceites no reino de Deus.

Jesus ao dizer isto a Nicodemos o fariseu, foi para lhe mostrar que o padrão de conduta que eles seguiam não era suficiente, mas sim enganador.

Um fariseu era alguém que levava a sua religião a sério, neste aspecto penso que Jesus nos quer dizer a nós hoje que também temos de levar a nossa religião a sério, ela tem de exceder a dos fariseus.

No entanto o fariseu vivia uma religião baseada no fazer, ele jejuava, devolvia o dízimo, não roubava, visitava os órfãos e viúvas, etc.

A fim de compensar as más ações, os escritos rabínicos prescreviam um sistema de justiça por obras, por meio do qual uma pessoa podia ganhar suficientes méritos para superar o balanço desfavorável de sua conta. Muitos fariseus criam que seu sistema de justiça por obras era um passaporte seguro para o céu; com este fim eram fariseus. 

Algumas vezes Jesus condenou esta atitude farisaica.

Mateus 23:27
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!

Deus não se deixa impressionar por feitos externos, para Ele o interior é que conta.

A verdadeira transformação acontece de dentro para fora e não de fora para dentro.

Jesus ilustrou esta realidade quando disse ainda aos FARISEUS: 
"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade" ( Mt 23:28 ).

Existe sem dúvida nenhuma uma grande diferença entre a verdadeira e a falsa justiça, ou seja entre a justiça requerida pelo homem e a justiça requerida por Deus. 

Temos um exemplo claro logo após a queda de Adão e Eva, quando eles se aperceberam que estavam nus, coseram para si folhas de figueira. 

Essas folhas eram uma obra humana feita para tapar a sua nudez, consequência do seu pecado. 

No entanto foi necessário a morte de um cordeiro pães Deus fazer umas vestes mais confortáveis, feitas de pele e não de folhas.

O mesmo se passou com Caím e Abel, ambos ofertaram um holocausto ao Senhor, Abel ofereceu um cordeiro, símbolo do redentor que vinha substituir o pecador, e Caím as frutas obra do trabalho humano mas que não satisfazia o requisito exigido pela transgressão do pecador.

 "Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus" ( Rm 10:3 ).

O que Paulo está a dizer aqui, é que nós homens procuramos um relacionamento mais puro e perfeito com Deus baseado numa justiça própria. 

Olhamos para o que somos, e achamos que com algum esforço e sacrifício podemos lá chegar, podemos com boas acções comprar um lugar no paraíso. 

Jesus disse a Nicodemos que ele tinha de nascer de novo, este novo nascimento dá-se com a morte do velho homem é o nascer do novo homem. 

Jesus ilustra essa mudança com o símbolo da Cruz, Ele diz: 
Mateus 16:24
24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.

Jesus teve de passar pela cruz, foi numa cruz que ele morreu, então o que Ele nos quer ensinar é que cada um de nós tem de crucificar o seu EU, não existe mérito em mim que seja suficiente para eu me salvar, não sãos os actos de justiça pessoais que me recomenda a Deus.
...aquele que está morto está justificado do pecado’ ( Rm 6:7 ).

Aquele que morreu em Cristo foi e está justificado pelo seu sacrifício. 

Visto então que as obras não servem para me tornar mais propício a Deus, então não há necessidade de as fazer? 
Efésios 2:10
10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

As boas obras vêm como consequência ou seja, primeiro tenho de aceitar Jesus minha justiça e realizar naturalmente as obras de uma vida transformada no senhor Jesus. 

Quando Jesus disse que: 
 "SE A VOSSA JUSTIÇA NÃO EXEDER A DOS ESCRIBAS E FARISEUS JAMAIS ENTRAREIS NO REINO DOS CÉUS " Ele queria dizer que o padrão seguido pelos FARISEUS estava errado, era um padrão humano, baseado na justiça própria.

Ora o cristão vive outro padrão, os méritos não estão em nós, humanos nem no que podemos fazer, os méritos estão em Cristo

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