AS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS - A TERCEIRA PALAVRA

 

"A Terceira Palavra de Jesus"

Foram várias as palavras que Jesus falou, momentos antes de falecer na Cruz. A terceira palavra do Mestre revela que a vida cristã não é somente ir à igreja, ler a Bíblia e orar. A vida cristã é, sobretudo, cumprir fielmente os deveres desta vida com a nossa família e com a nossa sociedade.

Cristo cumpriu o Seu papel de Filho neste mundo. Ele não se foi embora sem assegurar o futuro da Sua mãe. Ele não morreu sem antes ter a certeza de que alguém iria substituí-Lo nas Suas responsabilidades de filho.

O texto bíblico diz que "Jesus, vendo ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. E desde aquela hora o discípulo recebeu Maria em sua casa." É interessante notar que as duas únicas pessoas, mencionadas pelo nome na Bíblia, que acompanharam Jesus até o fim, foram a Sua mãe, uma mulher que viveu uma vida de comunhão extraordinária e maravilhosa com o Filho, e João, alguém que sem ter um vínculo familiar, desenvolveu também um companheirismo muito especial com Jesus.

Imaginemos um pouco a situação de Maria. Imaginemos aquela jovenzinha recebendo a visita do anjo anunciando-lhe que ficaria grávida, e que abrigaria no seu ventre o Salvador do mundo. Imaginemos também o seu desespero ao querer que o anjo entendesse que ela não conseguiria explicar ao mundo aquela gravidez estranha. As coisas naquele tempo eram como hoje. Se hoje alguém aparecesse a dizer que estava grávida do Espírito Santo, será que acreditaríamos!!

Mas Deus tem os Seus planos maravilhosos e eles, quase sempre, vão em sentido contrário a tudo aquilo que o homem pensa. Ninguém é capaz de deter as grandes obras de Deus.

Jesus cresceu sob o cuidado protetor da Sua mãe. Ela cuidou muito bem do seu Filho e deu o melhor que pôde na sua infância e juventude. Ela sabia que aquele Filho teria um fim triste, pois quando ela o levou ao templo pela primeira vez, Simão profetizou o Seu fim.

Imagine agora, Maria olhando para Jesus que estava preso à cruz junto daqueles dois ladrões. Aquelas mãos que a virgem Maria segurou, estavam agora pregadas na cruz do Calvário e o sangue pingava lentamente dos furos que os pregos fizeram. Aqueles pés que ela tantas vezes ensinou a andar nos caminhos de Deus, estavam agora pregados lá na cruz do Calvário. Aquela fronte que ela beijou carinhosamente tantas vezes, estava agora ali, torturada por uma coroa de espinhos. Ali estava a mãe acompanhando o seu filho até o fim.

Todos tinham abandonado o Senhor. Os seus discípulos tinham ido embora; a multidão zombava dEle, os soldados riam-se da situação, os sacerdotes acusavam-nO, mas a mãe permanecia perto da cruz.

Sem dúvida que o amor dos pais é um amor mal compreendido. Esse amor não espera rigorosamente nada. E porque talvez nada espera, nada cobra.

Ali, perto da cruz estava a mãe de Jesus. Do outro lado, o discípulo amado, o único que ficou perto de Jesus até o fim.

Já se perguntou por que João foi o único discípulo que não abandonou o seu Mestre? Jesus teve doze discípulos. Os doze mantiveram comunhão com Jesus, só que onze deles limitaram-se a uma comunhão quase formal: eram bons membros de igreja, viviam vidas maravilhosas de obediência, mas nada mais!

João era diferente. Ele saía da mediocridade, da monotonia, da rotina. João não se contentava em apenas ser um bom membro de igreja ou cumprir o mínimo indispensável. João ia além. Não ficava satisfeito se não encostasse a cabeça no coração de Jesus. Ele tentava viver uma experiência pessoal, especial, diferente com o Mestre.

E quando as provações chegaram, os onze bons membros de igreja foram-se embora. O único que permaneceu fiel até a morte foi o discípulo amado, aquele que saiu da rotina da vida.

E agora Jesus olha para João e Maria, e diz: "João, eis aí a tua mãe. Maria, eis aí o teu filho." Olhando para o interior do seu coração, Jesus quis dizer aos dois: “Quando Eu fechar os olhos Eu sei que tu irás cuidar da minha mãe.” Jesus ofereceu a João, o Seu lugar de filho.

Estimado ouvinte, este é o grande encargo de Jesus para nós hoje. "Filho, toma o meu lugar, fala as minhas palavras, realiza os meus atos, vive a minha vida."

Há um pintor que pintou o quadro de Maria, João e Cristo de uma maneira extraordinária. A cruz do Calvário ao fundo. Jesus agonizando, praticamente sem vida e as sombras da noite a tomarem conta do lugar. João, segura uma das mãos de Maria e na outra mão Maria guarda algo com muito cuidado. O pintor colocou na outra mão de Maria a coroa de espinhos que furou a fronte de Jesus. Aquele pintor deve ter imaginado aquele quadro, mas é justamente o que Jesus quer fazer por nós. Ele deixou-nos uma missão: cuidar de tanta gente desesperada que vive neste mundo. O cumprimento da missão tem resultados maravilhosos.

A morte de Cristo teve um grande propósito: proporcionar esperança ao desesperado, dizer a todos os que sofrem que nem tudo está perdido, que hoje é um novo dia para recomeçar, que hoje todos podem estender a mão a Jesus e segurar no Seu braço poderoso.

Portanto, o que falta menos para alcançarmos a felicidade é seguirmos o conselho que se encontra na Bíblia: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará”. Aceite Jesus como o seu Salvador agora e Ele tudo fará por si e pela sua família.

ORAÇÃO
Querido Pai, que cada ouvinte possa dizer-te: "Senhor, estou pronto a cumprir o plano de paz que tens para a minha vida". Obrigado por isso, Pai! Em nome de Jesus. Amém.

FONTE: Adaptação Mensagem Pr. Alejandro Bullon