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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

OS ESSÉNIOS NO TEMPO DE JESUS




Os Essênios estão ligados, em grande parte, às descobertas dos "manuscritos do Mar Morto" a partir de 1947. Mas antes que eles nos abrissem assim sua biblioteca, eram conhecidos por Josefo, Fílon de Alexandrina e Plínio, o Velho.

Sua história e sobretudo sua origem não estão ainda perfeita­mente esclarecidas. Parece certo, porém, que por ocasião da persegui­ção no tempo dos Macabeus, alguns descendentes da família de Sa­doc, os "filhos de Sadoc" refugiaram-se no deserto; após uma crise no seio do grupo, os tíbios voltam para casa, ao passo que os corajosos vão para Qumrã onde encontram os primeiros exilados da persegui­ção. Esta fusão de leigos exilados e de sacerdotes sadoquitas explica­ria bem sua organização, muito hierarquizada, que dá em todos os es­calões um lugar insubstituível aos sacerdotes; filhos de Sadoc.

Também certos pontos de sua vida não são claros: por muito tempo se pensou que eles não se casavam, mas encontrou-se um tra­tado do matrimônio e túmulos de mulheres . . . Viviam todos em Qum­rã ou em comunidades fechadas ou igualmente "no mundo"?

O que é certo em todo caso é seu apego, ainda mais escrupuloso que o dos fariseus, às regras de pureza e seu tradicionalismo absoluto em certos pontos: assim é que recusaram o calendário selêucida para voltar ao antigo (o que explica que não celebravam a páscoa na mes­ma data que o judaísmo oficial). Para serem puros, tomam diversos ba­nhos por dia e, sobretudo, renunciam a ir ao templo, por demais man­chado na sua opinião, depois que se alterou o calendário e que os su­mos sacerdotes não são mais sadoquitas. Preferem substituir os holocaustos pela santidade da sua vida, aguardando que Deus queira res­tabelecer o culto e o Templo na sua pureza original.

Consideram-se como o exército santo de Deus, que deverá com­bater na terra e aniquilar todos os ímpios no momento em que Deus lhes der o sinal; nesse momento, os anjos do céu também combaterão contra os demônios, num combate escatológico que garantirá a vitória final de Deus, o aniquilamento de todos os ímpios e o triunfo dos san­tos. Querem estar sempre ritualmente prontos para essa guerra santa, mas, ao contrário dos zelotas, recusam-se a iniciá-la enquanto Deus não lhes der o sinal.

Esses essênios são, como Josefo e Plínio nos descrevem, um grupo muito fechado, mas fascinante para os judeus que querem se dedicar totalmente a Deus. Qual foi seu impacto político sobre a socie­dade judaica do séc. I? Ignoramo-lo totalmente, exceto quanto à guer­ra de 66-70 na qual estão (a partir de que "sinal" de Deus?) ao lado dos zelotas. Desaparecerão na tormenta

 FONTE: CADERNOS BÍBÇLICOS 


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