"A Primeira Palavra de Jesus"
A primeira das sete últimas palavras que
Jesus proferiu na cruz do Calvário, foi: “Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem.” Imaginem comigo a cena: Três cruzes que se projetam
no horizonte. No meio está Jesus; do lado direito uma ladrão e do lado
esquerdo outro ladrão. Jesus morreu tal qual como viveu. Veio a este
mundo para resgatar pecadores. Viveu entre eles para poder alcançá-los,
perdoá-los e transformá-los. E quando chegou a hora de morrer, morreu
crucificado entre eles.
Quando uma pessoa está para morrer, todos
querem ouvir o que ele tem para dizer. Jesus pronunciou sete palavras. A
primeira, a quarta e a última palavras são orações que Ele dirige ao
Pai. Ele ora, mantendo a comunhão com Aquele de quem veio toda a Sua
força para poder viver uma vida vitoriosa nesta terra. Começou Seu
ministério em oração. E terminou o Seu ministério também em oração.
Por mais que pensemos, ninguém pode
sobreviver vitoriosamente nesta vida se não aprender a viver como Jesus
viveu. Dependendo constantemente do Pai, colocando a vida aos pés do
Pai, recebendo a força do Pai.
As vitórias de Jesus não aconteceram
porque Ele era Deus. Pelo contrário, Jesus aprendeu a viver uma vida
dependente do Pai. Aí estava o segredo da Sua vitória. E este é também o
segredo para ultrapassarmos as dificuldades que surgem a todo o
instante? Por que não aprendermos a depender do Pai como Jesus fazia?
Preso á cruz, o Mestre tinha uma coroa de
espinhos que lentamente se iam espetando no Seu rosto, mas isso não O
impedia de demonstrar o amor do Pai. As Suas mãos estavam presas à cruz;
não podiam mais curar pessoas, mas, mesmo ali, podia orar. Os Seus pés
não podiam mais andar em direcção do pecador, mas isso não O impedia de
orar. Os Seus discípulos tinham-nO abandonado e agora já não podia
ensinar-lhes mais. Mas isso não impedia Jesus de orar.
Estimado ouvinte, quando surgem
dificuldades na nossa vida, o primeiro pensamento que nos assalta é o
fato de que talvez Deus nos tenha abandonado. Talvez Deus tenha se
esquecido de nós. Jesus no meio do sofrimento, da dor, da agonia, da
morte, perseguido, insultado e a sangrar, não permitiu que nada O
impedisse de saber que o Seu Pai O amava e que, ainda assim, olhava para
Ele.
Sem amigos, abandonado pelos Seus
discípulos, odiado pela multidão, castigado pelos soldados, acusado
falsamente, crucificado injustamente, ferido, em agonia, Jesus disse:
Pai, eu não Te vejo; está tudo escuro, mas sei que estás presente. Sei
que estás aí. Somos capazes de fazer de acreditar como Jesus acreditou?
O mais extraordinário nas últimas palavras
de Jesus é que na hora da Sua agonia, Jesus clama ao Pai, mas não o faz
pedindo ajuda. Se algum de nós estivesse condenado à morte por alguma
enfermidade, com certeza que nos colocaríamos de joelhos para orar e
pedir a Deus a devolução da saúde, não acha?
Mas ali estava Jesus cravado numa cruz. A
Sua primeira palavra podia ter sido: "Pai, tira-me daqui, liberta-me,
acalma minha dor". Ou como Pedro quando estava a afundar-se: "Senhor,
salva-me". Mas na hora da agonia Jesus não orou por Ele, orou pelos
outros. E não foi pelos Seus amigos ou pelos Seus familiares ou pelos
bons cidadãos. Sabe por quem orou Jesus? Pelos Seus inimigos, por
aqueles que O esbofetearam, por aqueles que O pregaram, por aqueles que
cuspiram no Seu rosto, por aquele que colocou na Sua fronte a coroa de
espinhos. Jesus orou pelos Seus inimigos e pediu que o Pai lhes
perdoasse.
Na cruz do Calvário, Jesus viveu o que
pregou. No sermão do monte, Ele disse: "Perdoai os vossos inimigos". E
na cruz Ele viveu esta mensagem.
Pergunto: Seriamos nós capazes de orar
assim? Talvez pensemos que esta atitude é completamente absurda e sem
sentido, porém, quando perdoamos os nossos inimigos, eles poderão não
ganhar nada, mas nós expulsamos o veneno do mal. O veneno da mágoa não
perturba em nada os nossos inimigos, mas perturba e muito a nossa vida. O
nosso coração torna-se – muitas vezes, um depósito de lixo, porque a
mágoa, o ódio, o rancor e o ressentimento, são lixo. E quando
conseguimos olhar para os outros sem sentir mágoa, nem rancor, eis que
tudo se faz novo em nós. O maior beneficiado pelo perdão é a pessoa que
oferece o perdão, não a que o recebe.
Se você sentir que na cruz do Calvário
Jesus orou por si; se desejar reconhecer Jesus como o seu Salvador; se
quiser entregar-lhe a vida e aceitar a Palavra de Deus e o plano que
Deus tem para a sua vida; então é hora de lhe pedir perdão por toda uma
vida longe do Céu, e Ele ouvirá o seu pedido.
FONTE: Adaptação Mensagem Pr. Alejandro Bullon
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