A terra pertence a Deus: esse é um dogma essencial da fé de Israel. Deus
lhe deu o país de Canaã — que se chama Palestina ou País dos
filisteus desde a época helenística. Israel vai, pois, valorizar esta terra
e nós vamos estudar a economia da Palestina no séc. I da nossa era neste
capítulo; mas diversas festas e a instituição religiosa lhe recordarão que é
Deus quem permanece seu dono.
PANORAMA GEOGRÁFICO
A economia dum país depende muito da sua geografia. Recordemos
alguns dados bem conhecidos.
O país tem a forma dum trapézio, cujas bases medem 50 e 100 quilômetros,
para uma altura de 220 quilômetros. O Mediterrâneo o limita a oeste e o vale
do Jordão, muito apertado, a leste; esse rio, cujo nome significa sem dúvida o
descente, tem suas fontes nas faldas do Hermon; no lago Hulé, está a 68m
acima do nível do mar, uns quinze quilômetros abaixo, no lago de Tiberíades, já
está a 212 abaixo do nível do mar e se lança no mar Morto a 392m abaixo do
nível do mar. Entre o Mediterrâneo e o Jordão, uma cadeia de montanhas forma a
espinha dorsal do país: com 600 m de altitude em média, ela tem seus pontos
mais altos na Alta Galiléia e em Hebron (1000 m) e apresenta uma depressão na
fértil planície de Jezrael, a Meguido do AT (50 m). A leste do Jordão, sobe-se
mui rapidamente para o planalto da Transjordânia (a Peréia), que se eleva
entre 900 e 1200 m: a diferença de nível entre o Jordão e esse planalto é
comparável à que existe entre o Dedo de Deus (1320 m) e a cidade do Rio de
Janeiro!
O relevo, muito acidentado, é fator decisivo no regime das chuvas: a
Galiléia, encostada aos 2.800 m do Monte Hermon, recebe tanta água quanto as
cidades mais úmidas da Mantiqueira: 1.000 mm. A planície do Saron (abaixo do
Carmelo), a região montanhosa da Palestina central e a Transjordânia são
também tão regadas como a região do ABC paulista. Ao contrário, a depressão do
Jordão não recebe praticamente nada, tanto assim que na metade do seu
comprimento ela é desértica, exceto alguns oásis como Jericó e os espessos
bosques dos meandros do rio.
Infelizmente, as chuvas
caem praticamente todas entre novembro e março, e em pequena quantidade em
outubro e abril. O verão é totalmente seco. O relevo faz com que essa água escorra
imediatamente, quase sem penetrar no solo, bem pobre em argila, não
conseguindo conservá-la. Os produtos naturais do país são portanto árvores
de folhagem persistente que crescem sobretudo no inverno, ou plantas da estepe
que secam no verão. Mas o trabalho humano e a irrigação podem mudar muitas
coisas neste país de clima relativamente temperado; no tempo de Jesus,
conseguiu-se aclimatar espécies normalmente incompatíveis: a maçã que gosta de
clima fresco e a palmeira que exige o calor!
A AGRICULTURA
O trigo constitui a base da alimentação e é
cultivado um pouco por toda parte, embora cresça sobretudo na Galiléia; esta
produz bem mais do que consome; armazena grandes quantidades precavendo-se
contra a fome e ao mesmo tempo abastece a Judéia e Jerusalém, cujas
necessidades são enormes por causa do afluxo dos peregrinos durante as festas.
Só mesmo numa grande seca é que a Palestina se vê obrigada a importar trigo.
Josefo menciona uma penúria desse tipo em 21 a.C. e em 49 d.C. O trigo
produzido pode ser de diversas qualidades; ora, para o Templo (feixes das
primícias, pães da proposição ou ofertas espontâneas), não se aceita senão o
melhor, que se encontra em três cidades da Judéia: Micmas, Zanoah e Hafaraim;
tomar-se-ia também o trigo de Cafarnaum, se não tivesse que atravessar a
Samaria, tornando-se impuro por causa disso mesmo . . .
A cevada, segunda cultura no processo de rotação, tem a mesma
repartição que o trigo. Em caso de carestia, sua farinha substitui a do trigo
para a população; habitualmente, é a farinha dos mais pobres e serve para fazer
ração para o gado e as aves.
As figueiras são essenciais
para a alimentação; durante a fome de 49 d.C. importam-se figos de Chipre, ao
passo que normalmente produzem-se bastantes figos para exportar para Roma.
A oliveira é muito encontradiça em
toda a Palestina; diz um ditado que é mais fácil cultivar miríades de
oliveiras na Galiléia do que educar um filho na terra de Israel! A Judéia,
com o "monte das Oliveiras" não é menos rica. A produção de óleo é
aliás largamente superavitária e exporta-se óleo para o Egito e para a Síria.
Não sendo esse óleo de primeira qualidade (exceto o de Técoa), costuma-se
trazer óleo da Peréia para o Templo; mas como pelo caminho a mercadoria poderia
se manchar, transportam-se as azeitonas, que só são prensadas em Jerusalém!
A vinha brota por
toda parte na Judéia e deve ser de boa qualidade pois o Templo não tem
problema de abastecimento: lá o vinho serve para as libações (mas os sacerdotes
não devem beber na hora do serviço); ele é indispensável para a festa da
Páscoa, na qual quatro taças circulam durante a refeição (o vinho é cedido
gratuitamente aos que não teriam recursos para comprá-lo); por todo lado, o
vinho é a bebida costumeira de todo o Israel e certas marcas são exportadas
para longe.
Entre as outras frutas ou legumes, citam-se sobretudo
lentilhas, ervilhas, alface, chicória, agrião; há tal abundância de frutas e
de legumes de toda espécie, que se costuma dizer que o peregrino tem certeza de
encontrar tudo que precisa em Jerusalém. Plutarco afirma que todo dia chegam produtos
da Palestina à mesa do imperador; entre eles, há certamente romãs e tâmaras de
Jericó ou da Galiléia, produtos célebres no mundo inteiro. Há ainda as maçãs
da Galiléia e as nozes, os bombons da antiguidade.
Tudo isso dá a impressão de um país rico em árvores, entre as
quais encontram-se também outras espécies como o salgueiro, a acácia, o
loureiro, o cipreste, o pinheiro. A Palestina do séc. I é uma região bastante
coberta de matas (enquanto as cabras e os turcos não a depredaram). Antes de
começar o assédio de Jerusalém, Vespasiano teve que desmatar as cercanias da
cidade para poder enxergá-la bem.
Ano sabático — ano jubilar
A terra pertence a Deus, que a dá a todos os israelitas em
igual medida: esse é um dogma essencial da lei judaica. Mas em conseqüência
de transações, de venda ou endividamento, uns se tornavam grandes
proprietários, enquanto que outros se vendiam como escravos. Para reencontrar
o ideal de igualdade social, Israel inventou duas instituições: o ano
sabático e o ano jubilar.
O ano sabático acontece de
sete em sete anos (daí seu nome). Nesse ano, a terra deve repousar e ficar
inculta — os escravos israelitas são libertados e portanto suas dívidas
abandonadas (Ex 21,2-6; 23,10-11; Dt 15,1-18; Lv 25,2-7). Diversos testemunhos
nos mostram que essa lei foi efetivamente aplicada: 1 Mc 6,49.53; Josefo
aponta diversos anos sabáticos observados em 164-163 a.C, 38-37 a.C, 68-69
d.C. Os romanos conheciam essa prática, pois Tácito escreve: "Como a
preguiça tinha para eles seus atrativos, os judeus consagraram o sétimo ano a
não fazer nada" (Histórias, 5,4).
O ano do jubileu, de cinqüenta em cinqüenta anos, vai ainda mais longe: todas as terras
devem ser redistribuídas, cada qual obtendo de novo a posse do patrimônio que
tem de sua família e que poderia ter alienado (Lv 25,8-24). Parece que esta
lei nunca foi aplicada. Nascida do sonho de Ezequiel de um Israel perfeito,
permaneceu uma utopia. Mas não é papel da utopia propor-nos um ideal,
irrealizável talvez, advertindo-nos de que não se poderá repousar antes de
havê-lo atingido?1
1 Ver R. de VAUX, Les Institutions... I, pp.
264-270 ou J.-L. DECLAIS, "L'année du jubilé", em Une annêe sainte
pour notre temps, Chalet, 1 974, pp. 41-64.
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Encontram-se também algumas culturas mais especiais. Embora os
jardins sejam proibidos em Jerusalém, há entretanto um roseiral de onde se
extrai para venda o óleo ou essência de rosas. Plínio, o Velho, que escreve
por volta de 75 d.C, menciona as trufas da Judéia: os romanos as apreciam
tanto, que acabaram por aclimatá-las na Itália. O mesmo Plínio escreve: "De
todos os perfumes, o mais apreciado é o bálsamo, do qual a Judéia, sozinha
entre todas as terras, tem o privilégio . . . Os judeus não tiveram para com
ele consideração alguma, não mais que pela própria existência deles. Os romanos
tomaram sua defesa e houve luta por causa de um arbusto. Agora é o fisco que o
cultiva e ele jamais foi tão abundante. . . Nele se faz uma incisão; do entalhe
sai um líquido chamado opobálsamo . . . Na época em que Alexandre passou pela
Judéia, recolhiam-se sete medidas (3,25 litros cada uma) e ele valia então duas
vezes seu peso em prata. Hoje a sangria de uma única árvore produz mais. São
entalhadas três vezes em cada verão, e depois cortadas . . . Também os ramos
são vendidos: o produto do próprio corte e dos brotos rendeu 800 mil
sestércios, cinco anos após a conquista da Judéia. É o suco o que mais se
aprecia, depois a semente, depois a casca, depois a madeira. O suco é às vezes
falsificado com óleo tirado da semente ou com óleo de rosa, de alfena, conforme
aquilo de que se dispõe. Nenhuma fraude é mais freqüentemente atestada, pois o
produto é vendido à razão de mil denários o sestário (1/2 litro), ao passo que
no fisco custa 300 denários."(História natural XII, 54).
A pecuária é certamente o setor
mais deficitário da Palestina. Josefo fala sem dúvida do leite muito abundante
da Judéia-Samaria, o que supõe animais, mas de fato a estepe não produz senão
pouca forragem. Na criação dos rebanhos, numerosos na Judéia, o interesse está
somente nas ovelhas (para a reprodução) e nos cordeiros (necessários para o
culto); prefere-se importar de Moab os carneiros, que comem sem produzir.
Quanto aos bovinos, criados na planície de Saron, a política é a mesma:
matam-se os vitelos machos e importam-se bois da Transjordânia. Se não houvesse
a Samaria para atravessar, a Galiléia poderia também fornecer bovinos para o
Templo.
É o Templo o principal consumidor de carne, bem como as camadas
abastadas da população: parece que o povo miúdo só come carne na Páscoa ou por
ocasião dos sacrifícios de comunhão (Lv 3). Outro elemento importante para o
culto (já que muitos pobres não podem oferecer senão isto em sacrifício) são as
pombas: são pegas na rede nas árvores e culturas da montanha da Judéia.
Em resumo, a Palestina do séc. I é um país bastante rico no setor
agrícola, satisfazendo amplamente às suas necessidades, não obstante possuir
uma população relativamente densa para a época: 600 mil habitantes em 20 mil
km2.
A INDÚSTRIA
Em primeiro lugar vem a pesca, por causa de seu papel
na alimentação de cada dia. É intensa na costa mediterrânea, no Jordão e
sobretudo no lago de Tiberíades; há importantes estabelecimentos de preparo e
conserva: a cidade de Mágdala foi apelidada Tariches, palavra grega que
significa salga alusão ao ofício de seus 40 mil habitantes (conforme
Josefo que sempre aumenta as cifras!). D peixe, salgado ou defumado, é depois
comercializado em todo o país.
Quem fala em salga pensa em sal; ora as fontes antigas nada
dizem da sua produção. Pode-se no entanto ter por certo que ele era extraído
do mar Morto, chamado então mar do Sal, e do lago de Tiberíades.
A construção está em plena
atividade. A ampliação do Templo, depois seu arranjo e embelezamento duram de
20 a.C. até 64 d.C; no fim dos trabalhos, para não deixar no desemprego os 18
mil operários da obra, com seu trabalho são calçadas as ruas de Jerusalém.
Por volta de 20 d.C, Herodes Antipas constrói a cidade de
Tiberíades e fortifica Séforis e Júlias. Jerusalém cresce de tal modo que se
estende além das muralhas construídas por Herodes Magno: em 41 d.C. Agripa vai
proteger o novo bairro, ao norte, por um muro de 3500 metros de comprimento e
de 5,25 de espessura.
É preciso ainda continuar, manter e embelezar as numerosas
construções de Herodes Magno: Pilatos acrescenta um novo aqueduto a Jerusalém;
a rainha de Adiabene manda construir para si um magnífico túmulo ao norte da
cidade santa. Foram encontrados em Jerusalém esgotos, que têm certas
instalações notáveis (2m de altura, 80 cm de largura).
Fiação e tecelagem ocupam
uma mão-de-obra sobretudo feminina, mas também homens, os tecelões, que são
desprezados (porque são mentirosos ou porque executam um trabalho feminino?). A
Judéia trabalha sobretudo com a lã (aí os carneiros são numerosos), enquanto
que a Galiléia, atravessada por uma das rotas da Índia, especializou-se na seda
proveniente da China e no linho (produzido no local?). Cobertores, tapetes e
outros produtos são abundantes e se exportam para Roma. Tintura e pisoamento
(para impermeabilizar os tecidos) são muito bem representados em Jerusalém,
e os historiadores nos dizem que esta é a grande especialidade da
Síria-Palestina antiga. A tintura de púrpura, especialidade da cidade de Tiro,
é realizada a partir dum crustáceo, o múrice, que se pesca na costa
mediterrânea de Tiro a Jope: os judeus participam desta pesca.
A indústria do couro, alimentada sobretudo pelas peles das vítimas oferecidas no Templo, é
florescente: 18.000 cordeiros só para o rito pascal, dezenas de milhares de
sacrifícios de comunhão em cada festa, os sacrifícios de expiação particulares
(centenas por dia). A isso se acrescenta a pele dos animais abatidos para o
açougue. As peles são curtidas, e depois transformadas e exportadas.
A cerâmica, importante em
todos os tempos para o vasilhame e para guardar alimentos ou objetos preciosos
(os rolos de Qumrã, por exemplo), é próspera neste primeiro século. Duas
cidades da Galiléia, Kefar Hanania e Kefar Shilim, têm o monopólio da cerâmica
impermeável ao ar, ideal para conservar o óleo.
O betume, "substância
viscosa e colante que, em certa época do ano bóia sobre as águas de um lago da
Judéia chamado Asfáltico" (Plínio, His.
Nat. VII, 13,3) é cuidadosamente recolhido e exportado sobretudo para o Egito
onde "é utilizado não só para a calafetagem dos navios, mas também como
remédio: entra na composição de muitos produtos farmacêuticos" (Josefo,
Guerra judaica IV, 481).
Em Jerusalém concentra-se todo um artesanato de luxo, quer
para o Templo (perfumes), quer para os peregrinos que já naquele tempo
apreciavam os bibelôs-lembranças da Cidade Santa!
Como centro de peregrinação, Jerusalém conhece ainda outros
ofícios que são mais raros em outros lugares: padeiros, carregadores de água,
barbeiros e até mesmo um serviço de limpeza urbana, para manter a pureza nas
vizinhanças do Templo.
O COMÉRCIO
O comércio é sobretudo centrado no Templo que tem necessidades
enormes e recursos maiores ainda, graças à Didracma, o imposto cobrado de todos
os judeus, mesmo dos que moram fora da Palestina (cf. p. 21). Mas também os
diversos Herodes bem como os procuradores têm suas cortes faustosas e as
classes abastadas de Israel não fazem economia ...
O comércio interno entre particulares é muito
reduzido: a ele se prefere a troca no interior da aldeia, o que evita
deslocamentos e portanto taxas (cf. p. 26). Mas todos os excedentes da
produção vão para as cidades, sobretudo Jerusalém, cuja população supera os 50
mil habitantes em tempo ordinário e chega a 180 mil na ocasião das grandes
peregrinações. As mercadorias são transportadas em animais de carga, pois as
estradas não permitem, senão excepcionalmente, a passagem de carros. Para os
longos deslocamentos prefere-se o camelo, cuja carga útil é maior. Tem-se todo
interesse em não viajar sozinho, mas em se agrupar em caravanas, que oferecem
melhores garantias contra as agressões de bandidos de toda espécie. Existem sem
dúvida verdadeiras sociedades de transportes; isto é atestado no setor dos
transportes marítimos e fluviais em todo o império e em Palmira, onde uma
sociedade tinha escritórios em Babilônia.
O comércio externo é mais conhecido.
As importações se referem todas a produtos de luxo: em
primeiro lugar, os cedros do Líbano, por causa da nobreza da madeira e do comprimento
das traves que deles se pode tirar para o madeiramento dos palácios ... No
Templo utiliza-se o cedro, a figueira, a nogueira e o pinheiro como
combustível para os sacrifícios; a oliveira é banal demais para ser digna desse
serviço.
O Templo exige também incenso, que vem da Arábia, e parece
ser muito caro. É também na Arábia que se compram muitos aromas que servem aos
perfumistas, pedras preciosas, ouro ou mais simplesmente ferro, cobre (as
minas de Salomão, perto de Áqaba, ficam longe . . .).
Embora a Galiléia teça a seda, para o sumo sacerdote e a
aristocracia civil e religiosa, manda-se também vir o tecido diretamente da
Índia ou de Babilônia: escarlate, bisso, púrpura. Babilônia vende ainda
especiarias: informa-se por exemplo que uma caravana de 200 camelos levou
pimenta para Jerusalém.
Corinto envia seu célebre bronze para a confecção de uma
porta do Templo; talvez mande também seu mármore para os diversos palácios. Os
capitéis jônicos e Coríntios, bem como as numerosas esculturas da época fazem
supor pelo menos a presença de mestres vindos da Grécia.
As exportações, como vimos, consistem de alimentos, frutas,
óleo, vinho, peixe ou de produtos industriais correntes como peles, tecidos e
betume. Os perfumes parecem ter sido a única produção de luxo a ser exportada.
Esse comércio está nas mãos de grandes negociantes que têm
escritórios e depósitos em todo o império e que são um pouco de todas as
nacionalidades. É certo que entre eles há judeus que fazem questão, na velhice,
de se instalarem em Jerusalém, perto do Templo e do Céu, mas também da Corte e
dos seus prazeres . . . Esses negociantes são verdadeiros banqueiros, que
conhecem os cheques e os títulos ao portador e ao mesmo tempo são
especuladores: conhece-se um que compra a plantação ainda verde de um camponês
endividado. Graças aos produtos do solo e ao Templo que dá trabalho para boa
parte dos judeus, a Palestina deveria ser aquele país onde correm o leite e
o mel, onde as pessoas vivem felizes. Mas não é o que acontece; um rabino
da época declara: "As filhas de Israel são belas, pena que a pobreza as
torne feias!" Esta pobreza é tão célebre que ela se torna o tema predileto
das comédias pagãs da época . . . É que intervém dois elementos: o físico (cf.
p. 26) e a desigual repartição das riquezas (cf. p. 60).
FONTE: CADERNOS BÍBÇLICOS
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