É difícil apresentar, em si mesmas, as instituições religiosas de Israel,
pois é toda a existência judaica, econômica, social, política, que é marcada
pela religião. Assim, já vimos a importância econômica do Templo. Aqui
reuniremos simplesmente alguns dados conhecidos sobre o Templo, a sinagoga e as
festas.
O templo
O templo é sob todos os pontos de vista o centro de Israel. O primeiro
edifício foi construído por Salomão e destruído quando Jerusalém foi conquistada
em 587 por Nabucodonosor. O segundo Templo, reconstruído após a volta do Exílio
e inaugurado em 515, era muito mais modesto. Foi reedificado por Herodes em
bases completamente novas. Às vezes se designa a história judaica entre 538 a.C
e 70 d.C. pelo nome de período do segundo Templo.
O EDIFÍCIO
Ouçamos Josefo descrevendo-nos esse Templo de Herodes: "No
aspecto externo do edifício, nada foi descuidado para impressionar o espírito e
os olhos. Com efeito, como ele era recoberto de todos os lados por espessas
placas de ouro, desde o nascer do sol, refletia a luz com tal intensidade que
obrigava os que o olhavam a retirar os olhos como diante dos raios do sol. Para
os estrangeiros que chegavam, ele aparecia de longe como uma montanha nevada,
pois onde não era recoberto de ouro, o era do mármore mais branco. No alto,
era eriçado de pontas de ouro agudas para impedir os pássaros de pousar e de sujar
o teto" (Guerra Judaica V, 222-224).
É esta impressão de magnificência que nos dão todas as testemunhas
oculares. É verdade que o contemporâneo de Jesus devia ficar estupefato quando,
ao chegar ao topo duma colina, descobria a cidade, que tinha no meio uma torre
de 50 m de altura (o equivalente a um arranha-céu de quinze andares), plantada
num imenso terrapleno de 480m de comprimento por 300m de largura, que domina
boa parte da cidade e é rodeado por um muro que constitui uma verdadeira muralha.
Penetremos neste terrapleno: judeus e pagãos têm acesso a ele. Notam-se dois
imensos pórticos, sob os quais estão instalados os comerciantes de bois, de
carneiros, de pombas, de óleo e de farinha necessários para o culto,1 bem como os cambistas: a moeda oficial do
Templo é ainda, com efeito, a moeda cunhada no tempo de Alexandre Janeu
(103-76 a.C), do mesmo valor que a de Tiro (por isso chamam-na também de moeda
tíria). O centro do terrapleno é elevado em relação ao conjunto: estelas
escritas em grego e em latim proíbem a entrada a todo incircunciso, sob pena de
morte. Através de degraus, chega-se então ao terraço central sobre o qual está
construído o Templo. Nove portões, quatro ao norte, quatro ao sul e um a leste
lhe dão acesso; esses nove portões "eram, em toda a sua superfície,
recobertos de ouro e de prata, como o eram seus montantes e dintéis; mas um,
que estava do lado de fora do Santuário, feito de bronze de Corinto,
sobrepujava amplamente em valor os portões forrados com placas de ouro e de
prata. Cada portão tinha duas portas de trinta côvados de altura cada uma (=
1 5 m) e de quinze de largura" (Josefo, Guerra Judaica V,
201-202). Esta porta coríntia é sem dúvida a porta formosa de At
3,2. Então se atravessa o pátio das mulheres, depois o dos homens e o dos
sacerdotes, que rodeia o altar dos sacrifícios. Atrás deste altar, ergue-se o
Templo propriamente dito, que é uma espécie de cubo medindo 50 m de comprimento,
de largura e de altura. No interior, a sala chamada o Santo continha,
no centro, o altar dos perfumes, à esquerda, a mesa dos pães da proposição ou
da oferta, à direita, o candelabro de sete braços. O Santo dos santos é
inteiramente vazio (no Templo de Salomão, destruído em 587, ele continha a arca
da aliança); é fechado não por parede, mas por uma dupla cortina (o véu do
Templo); só o sumo sacerdote nele penetra, com grande temor uma vez por
ano, no dia da festa das Expiações: é o lugar da Presença do Senhor.
Certo número de edifícios estão pegados à parede do Templo:
sala do Sinédrio, depósitos de lenha, de vinho, de óleo destinados ao culto, sala
do Tesouro.
Fala-se também de outros elementos decorativos como cachos de
uva feitos de ouro, do tamanho de uma pessoa, sobre o frontão, e de numerosas
tapeçarias feitas de tecidos preciosos vindos dos mais longínquos países.
O CULTO
Quando Josefo fala de mármores resplandecentes, deve estar
embelezando um pouco, a não ser que os sacerdotes (os únicos que podem penetrar
nesta parte do Templo) limpem regularmente as paredes: com efeito, o altar é
uma séria fonte de poluição atmosférica! Nada tem a ver com os altares das
nossas igrejas: este altar quadrado, com 25 m de lado e 7,50 de altura ao qual
se tem acesso por uma escada, parece-se mais com um incinerador ou com um
forno crematório sem sistema de recuperação e de filtragem da fumaça, pois o
essencial do culto consiste em queimar animais inteiros (holocausto) ou ao
menos as vísceras e a gordura (sacrifícios pelo pecado e sacrifícios de comunhão).2 Somente as peles não são queimadas, mas
tornam-se propriedade dos sacerdotes. Para o fogo, utiliza-se madeira
relativamente preciosa, associada a incenso cujo perfume deve atenuar o odor de
carne carbonizada.
Todo dia imolam-se como "sacrifício perpétuo" de Israel a seu
Deus dois cordeiros de um ano: um de manhã e um à tarde. O imperador romano
também manda sacrificar (pagando ele próprio?) dois animais — quais não
sabemos — um por ele, o outro pelo império. Notemos de passagem uma diferença
enorme: ao passo que todos os outros povos do império devem imolar ao
imperador, aqui oferece-se por ele a Deus! Ignoramos o ritual exato
desses sacrifícios oficiais: se um só sacerdote, designado pela sorte, oficia,
é provável que os outros sacerdotes que estejam em serviço o assistam e que os
levitas músicos tenham que intervir.
Durante o resto do dia, sucedem-se os sacrifícios privados;
aqui também o número é desconhecido, mas devem ser numerosos, sobretudo no
período estivo (época das viagens) e principalmente no momento das grandes
romarias. Se Herodes decidiu ampliar o Templo em 20 a.C, foi com certeza por
razões políticas: deseja ser benquisto pelo povo. Mas os judeus não teriam
aceito tal decisão que certamente criou para eles muitos problemas de ordem
ritual e dificuldades para manter o culto, se isso não correspondesse a uma
necessidade real. At 21,26 leva a supor que é preciso marcar dia e hora para
oferecer um sacrifício; é verdade que At 20,16 sugere que Paulo chegou por ocasião
duma romaria, mas pode-se no entanto concluir daí que os sacerdotes não tinham
descanso!
O israelita que quer oferecer um sacrifício começa, entrando no Templo,
por comprar o animal ou os animais que quer oferecer, bem como a farinha e o
óleo necessários para praticamente todas as ofertas. Depois penetra no segundo
recinto e vai ao pátio de Israel. Apresenta-se a um sacerdote, reconhecível
por seu traje especial (vestes de linho branco). Este o conduz então, através
do pátio dos sacerdotes, que, nesta circunstância, um leigo pode atravessar,
até ao pé do altar. Se, no AT, era o próprio oferente que matava a vítima,
parece que no séc. I da nossa era essa função está entregue ao sacerdote,
exceto no rito do cordeiro pascal, imolado pelo chefe de família, pois é o povo
todo que, segundo Fílon, é elevado naquela tarde à dignidade sacerdotal.
Depois o animal é esfolado, retalhado e os pedaços são utilizados segundo as
prescrições da lei. Orações ou bênçãos acompanham esses ritos, mas elas nos
são desconhecidas. Uma mulher ou um incircunciso podem mandar oferecer
sacrifício, mas é-lhes proibido entrar no coração do Templo: não podem
acompanhar nem ajudar o sacerdote.
OS CÍRCULOS DE SANTIDADE
Até aqui falamos de locais bem determinados, de pátios (das
mulheres, dos israelitas . . .) ou de limites definidos. Essas delimitações se
baseiam, mais profundamente, na concepção judaica da santidade. Caricaturando
um pouco, poder-se-ia dizer que, para Israel, só Deus é o Santo, o Puro, o
Separado, o Perfeito; por natureza, o homem e a criação em geral são o profano,
o impuro, o banal, o imperfeito. Por simples proximidade ou contato, cada um é
capaz de comunicar uma parte do que ele é; assim é que a pessoa pode comunicar
sua impureza a seu semelhante, mas não sua santidade. Deus, ao contrário,
comunica sua santidade a tudo que dele se aproxima, uma santidade cada vez
mais difusa e fraca, quanto mais se afasta dele. Poder-se-ia representar isso
sob a forma de círculos concêntricos.
Prosélitos e tementes a Deus
Entre os judeus e os pagãos existe uma espécie de classe intermediária:
pagãos que se ligam, mais ou menos estreitamente, ao judaísmo.
Os prosélitos (o nome deriva de um termo grego que significa
aproximar-se) são pagãos que se converteram à fé judaica e aceitam todas as
suas práticas, sobretudo a circuncisão. Não são considerados como plenamente
judeus, mas são obrigados a observar o conjunto da Lei. Eram bastante
numerosos na Diáspora e certos rabinos, na época de Mateus, parecem
demonstrar muito zelo para fazer conversões (Mt 23,15); um dos Sete, em
Jerusalém, era prosélito (At 6,5).
Os tementes a Deus são também pagãos atraídos pela religião
judaica, mas recusam algumas de suas práticas, sobretudo a circuncisão.
Portanto, permanecem, legalmente, pagãos (cf. At 10,1-2).
No centro está o lugar
sagrado por excelência, o lugar onde Deus fez repousar sua glória (1 Rs 8,10):
o Santo dos santos. Vem depois o Santo: os sacerdotes aí podem
entrar. Em seguida, há o altar sobre o qual todos os sacrifícios são
oferecidos e o espaço entre o altar e o Santo, estritamente reservado aos
sacerdotes, depois o pátio dos sacerdotes, ao qual mesmo os sacerdotes
inaptos para o culto (os deficientes de todo tipo) têm acesso. Em quinto e
sexto lugar, vêm os homens adultos de Israel e depois as mulheres. Por
fim há os pagãos. Esses círculos também se inscrevem num contexto mais
amplo: ao redor do Templo, o espaço sagrado por excelência, há a cidade de
Jerusalém, depois o país de Israel e enfim o resto do universo.
Conforme seu estado, circunciso ou não, puro ou impuro, o ser
humano pode subir mais ou menos nestes "degraus" de santidade: enquanto
ele ficar nos limites que lhe são atribuídos, não há problema algum; mas se
ele os ultrapassa, sua impureza "profana" o lugar no qual ele entrou
indevidamente e rompe o equilíbrio desejado pelo Senhor. Assim também, quando
Jesus toca num leproso para o curar, pretende purificá-lo, dar-lhe sua
santidade, ao passo que para os judeus, não faz senão receber a impureza dele!
A sinagoga
O Templo é o lugar que polariza toda a vida religiosa,
política e econômica de Israel. Mas no quotidiano da vida, uma outra
instituição — a sinagoga — reveste-se de uma grande importância. Não há senão
um só Templo aonde se sobe em certas ocasiões (ao menos uma vez na vida quando
se mora longe da Palestina), mas até a menor aldeia tem sua sinagoga: é aqui,
afinal, que se forjam a mentalidade e a piedade do israelita.
Como o termo igreja, o termo sinagoga parece
abranger duas realidades: a reunião para a oração dos crentes e o edifício
material onde ela se realiza. At 16,13 sugere que o edifício é secundário em relação
à reunião.
A REUNIÃO
As origens desse tipo de reunião
só nos são conhecidas por fontes literárias especialmente obscuras neste
ponto. Parece certo que se deve buscar sua origem no tempo do Exílio em
Babilônia (587 a 538). Esse desastre nacional foi uma provação muito dolorosa
para a fé de Israel, provocando até mesmo a apostasia de certo número: a
destruição do Templo e a cessação do culto lhes pareciam a prova de que os
deuses babilônios eram mais fortes que o Deus de Israel. Mas outros judeus,
preparados pela pregação de Jeremias e sobretudo pela de Ezequiel que vive com
eles no exílio, descobrem um sentido para aquilo que estão vivendo: Deus não
abandona seu povo, quer purificá-lo. Se o culto oficial está suspenso, a
meditação sobre os fatos passados e presentes e a oração continuam possíveis.
Os fiéis começam então a se reunir como podem, para reavivar mutuamente sua fé.
Nisso certamente os sacerdotes têm um papel importante e, em troca, todo esse
esforço de reflexão contribui amplamente para a formação da "tradição
sacerdotal" e para a intensa atividade literária da época.3 Acontece que o povo se reúne, para esta
reflexão, perto da cidade onde está deportado, numa praia à beira do rio (SI
137,1).
O costume de fazer tais reuniões continua na Palestina após o
retorno? A primeira preocupação foi reconstruir o Templo e restaurar o culto.
Mas, na própria Palestina, esse movimento sinagogal parece desenvolver-se sob
o impulso de Esdras e de Neemias; a descrição apresentada em Ne 8 é um belo
exemplo de tal reunião. Por seu lado, os judeus que permaneceram em Babilônia e
os que se espalham através do mundo (Diáspora) sentem a necessidade de tais
reuniões, indispensáveis para manter sua fé no Senhor e para afirmar sua
consciência de pertencer ao povo eleito. O movimento se generaliza e, no séc. I
da nossa era, cada comunidade judaica tem a sua; cidades como Jerusalém ou
Antioquia possuem grande número (480 em Jerusalém, conforme a tradição
rabínica). Nesta época se acredita que esta instituição seja tão antiga quanto
o próprio povo (At 15,21).
O roteiro do culto está centrado na oração
e na meditação das Escrituras. Começa-se pela recitação do Shemá, o
Credo do povo de Israel, composto de três passagens bíblicas: Dt 6,4-9;
11,13-21; Nm 15,37-41. Afirma-se assim globalmente a unicidade de Deus e o
vínculo muito forte que o une a seu povo. Vem depois certo número de orações,
proclamadas pelo responsável pelo ofício, e às quais se associa o grupo dos
participantes por meio de "Améns". Elas se referem ao mesmo tempo às
necessidades da vida cotidiana e ao grande desejo do povo: a instauração da era
messiânica. O Talmude nos transmitiu a oração chamada Shemoné Esré ou Dezoito
bênçãos, mas ele gosta de codificar elementos que nem sempre estavam
codificados no séc. I: algumas dessas bênçãos são certamente posteriores à
ruína do Templo e as duas versões desta oração que se conhecem não são
idênticas; por isso, pode-se perguntar se no séc. I não se tem antes um esboço
de oração que um texto fixo.
A seguir faz-se a leitura da palavra de Deus. É sempre um texto da Torá (o
nosso Pentateuco). Não se trata de recitar o texto de cor (por receio de se
esquecer uma palavra do texto sagrado!): deve-se lê-lo, no texto hebraico. Mas
muitos judeus já não sabem mais esta língua: então o leitor pára depois de cada
versículo e um outro membro da comunidade o traduz para o aramaico. Essa
tradução é ás vezes literal, mas muitas vezes também é uma paráfrase que faz a
ligação com outras passagens bíblicas ou que introduz toda uma teologia: é o targum.4 Todo varão judeu adulto, isto é, com mais
de doze anos, pode ler a Torá. Sem dúvida, goza-se de certa liberdade na escolha
da passagem a ser lida, embora ao aproximarem-se as festas, procurem-se textos
que falem desta solenidade. A lista das perícopes para cada sábado só será
fixada bem mais tarde.
Vem depois a leitura duma passagem dos profetas, segundo os
mesmos princípios, mas com uma opção ainda mais ampla. Muitas vezes o texto
profético é escolhido em função da leitura da Torá, mas a codificação será mais
lenta ainda a se estabelecer. Antes ou depois desta leitura intervém a pregação
que todo judeu adulto pode fazer. Parece consistir muitas vezes numa paráfrase
explicativa do texto bíblico, constituída de muitas citações tomadas fora de
qualquer contexto e fora de qualquer consideração de ordem histórica. Esses comentários
são ao mesmo tempo uma exaltação e uma glorificação do Altíssimo, uma formação
teológica dada a todo o povo e um convite a viver segundo a Lei. Depois disso,
o ofício está terminado.
Já que esta ação litúrgica não comporta nenhum elemento sacrificai,
nela o sacerdote não tem nenhum papel determinado; apenas intervém para dar
uma bênção que tem lugar no fim da primeira parte e que normalmente lhe é
reservada. Se não há sacerdote, o presidente da assembléia o substitui.
Qualquer judeu pode ler
e fazer o comentário . . . mas nem todos o fazem! O humilde artesão ou o
camponês que labutou a semana inteira muitas vezes não tem a competência
necessária para falar e deve sentir-se feliz ao ceder seu lugar para alguém
mais competente (escriba) ou para algum personagem de passagem: talvez esse
hóspede terá uma explicação melhor ou uma apresentação diferente! Assim é que,
na prática, são os escribas e os fariseus que animam tais reuniões de oração.
Isto lhes faculta propagar suas idéias e aumentar sua influência sobre o povo.
Sem a sinagoga, jamais teriam o papel e o prestígio de que desfrutam.
Para celebrar a prece comum, é preciso haver ao menos um
total de dez homens adultos livres, senão ela não é celebrada. Aconteceu até
que essa prescrição valeu a libertação antecipada de um escravo judeu: sem ela
não se teria atingido o número mínimo!
OS EDIFÍCIOS
A sinagoga é geralmente um edifício retangular orientado para o Templo. O
essencial da mobília se compõe de um armário, no qual são cuidadosamente
conservados os rolos da Torá e dos profetas. Algumas sinagogas têm bancos de
pedra ao longo das paredes; parece que o povo senta no chão ou fica em pé. Mt
23,6 faz alusão a cadeiras reservadas a pessoas importantes, mas esse fato não
é atestado em outro lugar. As mulheres e as crianças ficam separadas dos homens
por simples balaustrada de madeira; em certos casos constrói-se uma tribuna
para as mulheres. As sinagogas dos séc. II e III da nossa era têm paredes
ricamente ornadas e o chão é enfeitado de mosaicos,5 mas não se sabe se era assim no séc. I.
Esse edifício é utilizado o mais possível e não só para o
ofício do sábado; torna-se bem depressa o lugar da educação das crianças e dos
jovens: em muitas aldeias, é aí que funciona a escola; nos centros mais
importantes, constroem-se salas de aula em torno da sala central. Em Jerusalém,
foram encontradas as ruínas da sinagoga dos alexandrinos, que servia para
acolher os peregrinos vindos a Jerusalém e incluía para tal finalidade uma hospedaria
e uma instalação de banhos. Mas ela é sempre a "casa do ensino".
A quem pertence o edifício? Habitualmente, ao que parece, à
comunidade local, cada um participando da construção e da manutenção. Mas
acontece que ele seja de propriedade de um indivíduo ou que, construído por
alguém, seja depois cedido à comunidade. Isto explica a diferença de dimensão
e de ornamentação nos edifícios.
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