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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

OS HERODIANOS E MOVIMENTOS BAPTISTAS NO TEMPO DE JESUS





Se os evangelhos não falam dos essênios, mencionam, ao con­trário, os herodianos (Mc 3,6 por exemplo), desconhecidos por outras fontes. É certo que Herodes Magno, depois Antipas na Galiléia e mais tarde os dois Agripas não puderam reinar sem contar com partidários e amigos que viviam provavelmente como seus príncipes, no estilo judeu na Palestina, mas à moda romana fora de lá, na corte e na vida particu­lar. Deviam estar muito atentos a tudo quanto pudesse ser (ou pare­cer) movimento messiânico que ameaçasse contestar seu poder.

OS MOVIMENTOS BATISTAS

No séc. I da nossa era devem ter existido, segundo se pensa, mo­vimentos de "despertar religioso". Desenvolveram-se entre o povo simples e assim quase não deixaram vestígios literários. Parece que se caracterizam pela vontade de propor a todos — e não mais a alguns — a salvação, mesmo aos pecadores e aos pagãos (cf. Lc 3,7-14). O ba­tismo, imersão na água, feita uma vez por todas (o que o distingue dos ritos de purificação de outras seitas) é um rito realizado em vista do perdão dos pecados.

Conhecem-se sobretudo dois grupos batistas: aquele que se reú­ne em torno de João apelidado o Batista e que durará bastante tempo (cf. At 18,25 e 19,1-5) para que os cristãos sejam obrigados a polemi­zar contra ele — e o grupo nascido em torno de Jesus que também ba­tiza (Jo 3,22; 4,1-2). Esse último grupo será evidentemente todo transfigurado pela pessoa de Jesus. A lado desses dois grupos orga­nizados, deviam multiplicar-se, no meio do povo, práticas batistas.

Ainda nos nossos dias, os mandeístas são os sobreviventes de tais grupos.
Esse movimento caracterizava-se também pela rejeição do Tem­plo e dos sacrifícios sangrentos. Até que ponto Jesus adotava essas idéias?

 FONTE: CADERNOS BÍBÇLICOS 

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