"A Segunda Palavra de Jesus"
Olhemos neste momento para a montanha
solitária onde estão cravadas três cruzes. Jesus está no meio. Ao Seu
lado estão dois ladrões. Mesmo já sem forças, o Mestre prega o seu
último sermão. O Seu púlpito é uma cruz. O Seu auditório são apenas duas
pessoas: dois homens que nunca quiseram saber nada do Salvador da
humanidade; dois ladrões que rejeitaram muitas vezes o apelo divino e
como consequência dos seus erros, estão ali, pendurados na cruz,
esperando a morte.
O primeiro ladrão olha para Jesus e diz:
"Se tu és o filho de Deus salva-te e salva-nos." Ele sente que precisa
de Jesus. Suspeita que Jesus pode fazer alguma coisa por ele. O problema
deste homem é que não sente necessidade espiritual; ele é consciente
apenas da sua necessidade física. No seu pensamento estar naquele lugar e
naquela posição era horrível. Daí ter suplicado a Jesus: "Tu tens
poder, tira-me daqui, livra-me." Ele não está preocupado em salvar-se.
Ele não quer saber nem lhe interessa as questões relacionadas com a vida
eterna. Não está consciente dos seus pecados, não se mostra
arrependido, e, portanto, não confessa. Somente pretende alívio da
difícil situação em que se encontra.
Este primeiro ladrão mostra-nos a
realidade de todos os tempos. Milhões e milhões de pessoas seguem a
Jesus simplesmente por interesses terrenos. Muitos não entendem quais as
verdadeiras motivações para seguir a Jesus.
E talvez a pergunta que se posso colocar
neste momento é esta: Qual é a sua motivação para seguir a Jesus? Tem um
problema maior do que as suas forças ou maior que o seu domínio?
Pense no raciocínio do primeiro homem na
cruz: "Se Tu és o filho de Deus, salva-me. Porque se Tu me salvares, se
me tirares da cruz, acreditarei que Tu és filho de Deus.”
Diria que este é o tipo de pessoas
sinceras mas que têm motivações erradas. Jesus é muito maior do que os
nossos problemas. Jesus não dará a salvação a ninguém por causa da cura
física ou da resolução de um problema. Jesus oferecerá a salvação apenas
e somente àquele que crê!
O outro ladrão estava igualmente a morrer,
pregado na cruz. Gostaria de se ver livre do seu problema, mas a sua
oração não é somente para sair da cruz. Ele entende que embora o seu
problema imediato era estar pregado a uma cruz, havia, no entanto, um
problema mais profundo: Ele percebe que no seu coração havia uma
natureza pecaminosa que o empurrara para o pecado. Ele não quis apenas
ser liberto da situação angustiante da cruz; mas pretendia ver-se livre
da situação miserável do pecado. Por isso, repreende o seu colega e
diz-lhe: “Este não fez mal nenhum. Nós, com justiça, padecemos porque
nós fizemos mal.”
Aqui está o primeiro passo que precisamos
dar se queremos resolver os nossos problemas: reconhecer a nossa
situação, reconhecer que o nosso problema não é apenas estar doente, mas
viver separado de Deus; reconhecer que o nosso problema não é apenas a
falta de emprego. O nosso verdadeiro problema é não ter dado a Jesus o
primeiro lugar na nossa vida.
O segundo ladrão percebeu a sua situação e
reconheceu o seu pecado. Ele não se escondeu, não se justificou, não
explicou nem argumentou, colocando a culpa nos outros. Ele, simplesmente
reconheceu que a sua vida estava cheia de erros porque nasceu e viveu
em pecado.
O ser humano do nosso tempo não aceita a
ideia de que nasceu em pecado e que carrega uma natureza que está
mergulhada em pecado. Quando peca, o homem tenta explicar, procura
defender-se; argumentar, em vez de reconhecer que vive em pecado.
Estimado leitor, o pecado não precisa de
explicação. Se queremos ser curados do pecado, precisamos de reconhecer a
nossa condição e a nossa limitação. De nada serve atirar a culpa para
cima dos outros. Enquanto tentarmos explicar, o que não tem explicação,
estaremos a ser como o primeiro ladrão na cruz.
Mais do que nunca precisamos de parar, reconhecer a nossa situação e clamar pedindo ajuda.
Há outro aspecto interessante deste
momento em que Jesus se encontra na cruz com estes dois ladrões. É o
momento do segundo ladrão reconhecer Jesus como Rei. Ele disse: "Senhor,
Lembra-te de mim quando entrares no Teu Reino."
Nestas palavras podemos compreender que
não basta aceitar Jesus como Salvador. É preciso também aceitá-Lo como
Rei, porque se nós O aceitarmos apenas como Salvador, estaremos a
aceitar unicamente o Seu perdão. E recebendo apenas o perdão,
continuaremos dominados pelo pecado.
Quando Jesus nos perdoa, não perdoa para
continuarmos debaixo da derrota. Quando Ele nos perdoa, também nos
transforma para vivermos uma vida de vitórias. Ele é soberano na nossa
vida, vitorioso na nossa própria experiência.
Hoje, o mundo cristão deseja simplesmente
um Salvador; as pessoas parecem não aceitar a Jesus como Rei. O mundo
cristão parece querer somente perdão; mas não está disposto a ajustar a
sua vida à vontade divina, não pretender ter Jesus como Rei e Senhor da
existência humana.
Enquanto esteve nesta Terra Jesus
cruzou-se com muita gente que O seguiu porque Ele curava e fazia
milagres. Muita gente seguiu Jesus por ser capaz de multiplicar pães e
peixes. Mas poucos o reconheceram como Rei e Senhor da Humanidade. Tão
poucos, que os mais próximos negaram e abandonaram o Mestre quando este
foi entregue para morrer na Cruz.
Por mais que desejemos viver muito tempo
nesta Terra, esta vida não é tudo. Será que já entendeu que os 80 ou
mais anos que viver nesta terra não serão tudo? Cristo está prestes a
voltar e quando Ele voltar virá para estabelecer o Seu Reino! Está você
pronto para se encontrar com o Seu Rei? Quais são as motivações que o
levam a seguir a Jesus?
Jesus pregou o Seu último sermão lá na
cruz e teve dois ouvintes. Um deles procurou Jesus apenas por motivos
egoístas e não conseguiu perceber a dimensão da bênção espiritual.
Fechou o seu coração e morreu sem esperança. O outro também queria ser
liberto da cruz, mas isso não era tudo. Compreendeu a sua condição de
miserável e clamou por perdão. Jesus não o tirou da cruz, não o libertou
da morte mas o ladrão morreu com esperança. E no Reino dos céus – um
dia, poderemos contemplar e conversar com este homem transformado.
Ao longo da história humana sempre houve
estes dois tipos de pessoas. Aqueles que dizem "sim" e aqueles que dizem
"não". Aqueles que conseguem perceber o verdadeiro Reino de Deus e
aqueles que simplesmente pensam resolver os seus problemas no imediato.
De que lado você se encontra? Quais são as
suas motivações? Um dia quando Jesus descer com o Seu Reino dos céus eu
quero conhecer o homem que Jesus transformou na cruz. E você?
ORAÇÃO
Querido Pai, louvado seja o Teu nome pela salvação. Cria em nós a consciência da nossa verdadeira necessidade e ajuda-nos a correr para os Teus braços em busca da solução real para os nossos problemas. Toca a vida de cada ouvinte para que esteja disposto a aceitar-Te. Em nome de Jesus. Amém
ORAÇÃO
Querido Pai, louvado seja o Teu nome pela salvação. Cria em nós a consciência da nossa verdadeira necessidade e ajuda-nos a correr para os Teus braços em busca da solução real para os nossos problemas. Toca a vida de cada ouvinte para que esteja disposto a aceitar-Te. Em nome de Jesus. Amém
FONTE: Adaptação Mensagem Pr. Alejandro Bullon
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