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sábado, 4 de janeiro de 2014

HOMILÉTICA - FORMAÇÃO PARA A IGREJA 2ª AULA



QUALIDADES DE UM BOM PREGADOR



INTRODUÇÃO:  Êxodo 18:21  e  Atos 6:3



 “Aquele que é chamado por Deus para proclamar o Evangelho deveria destacar-se como o homem mais importante na sua comunidade, e tudo quanto fizesse para Cristo e  para Igreja deveria manifestar-se na Sua pregação.”   

                                              (A Preparação de Sermões, pág. 15)





II. QUALIDADES ESSENCIAIS:



1.   Caráter -  O pregador deve ser dotado de qualidades morais de honestidade, critério e integridade, a fim de que suas palavras e ação mereçam crédito e possam comunicar com sinceridade ao auditório, a verdade, o bem e o belo.



a. O poder do orador, principalmente, está em ele ser aquilo que fala ou prega.



                              b.            Os seus ouvintes devem crer que ele crê naquilo que está falando.



                              c. Deve colocar o corpo, a alma, os bens e a reputação, no que fala.



2.   Satisfação - O púlpito deve ser um lugar de conforto, uma fonte de otimismo para os seus devotos. O homem do púlpito deve ter satisfação e sentir grande gozo em ser um porta-voz divino, a fim de que seus ouvintes sejam contagiados por este gozo.



3. Coragem - É uma qualificação indispensável para um bom pregador, pois um pregador tímido é semelhante a um médico tímido com o seu bisturi na mão.

                              a. Atos 4:13 e 29.



4. Saúde - Um pregador, além de excelentes condições espirituais, também deve ter boas condições físicas. Um pregador que está doente, os seus olhos não têm a luminosidade que comunica favoravelmente.

O homem deve ir ao púlpito descansado, com os nervos plenos de vida e todo o sangue pulsando nas veias.



 O que fazer antes do sermão:



a.       Evitar um trabalho pesado.

b.             Dormir bem, de preferência as 8 horas recomendadas.

c.             Comer moderadamente e comida leve, antes do sermão.

d.      Não gastar a sua vitalidade com conversas inúteis.

e.             Controle emocional.

f.              Concentração na mensagem.



5. Voz Adequada - Dentre os atributos do pregador, a voz ocupa lugar preponderante. O mais belo pensamento, a emoção ou o afeto mais sincero perde expressão se, para isto, o pregador ou a pessoa que fala não tem a voz adequada.



                              a.            A voz humana, como um instrumento de música, tem seus órgãos motores, órgãos de fonação articuladores e ressonadores que modificam e ampliam os sons emitidos.



                              b.            Além de alcançar a maior distância possível, o orador deve ter modulação, sonoridade e suavidade na voz, sem cansar e menos ainda, sem prejudicar seu órgão vocal.



                              c.            Ele precisa saber modular-lhe as condições de altura, volume ou intensidade, tempo ou velocidade, de acordo com o sentido e interpretação dos textos que contém as idéias e os sentimentos que cumpre externar de maneira singela ou displicente, apaixonada ou enfática.



                              d.            Daí a necessidade de todo aquele que se interessa pela pregação procurar o estudo da voz, mormente no que concerne à respiração e à dicção.



                              e.            A perfeita emissão da voz depende da boa respiração. Exercícios respiratórios são recomendáveis não só porque favorecem a voz, dando maior regularidade à expiração do ar pela boca, senão também porque provocam relaxamento muscular muito benéfico quando se trata de inibição ou do “medo oratório”.



                              f.             “Os ministros devem-se manter eretos, falar devagar, com firmeza e distintamente, inspirando profundamente o ar a cada sentença, e emitindo as palavras com o auxílio dos músculos abdominais... O peito tornar-se-á amplo, e... o orador raramente fica rouco, mesmo falando continuamente.” (Evangelismo, pág. 670)



                              g.            “Alguns destroem a impressão solene que possam haver causado no povo por elevarem a voz demasiado alto, proclamando a verdade com brados e gritos... Esse gritar, porém, que faz? Isto não dá ao povo nenhuma idéia mais exaltada da verdade, nem os impressiona mais profundamente. Causa apenas uma sensação de desagrado nos ouvintes e fatiga os órgãos vocais do orador.”  (Evangelismo, pág. 667)



                              h.            “Quando eu era mais moça, costumava falar demasiadamente alto. O Senhor mostrou-me que eu não poderia causar no povo a devida impressão elevando a voz a um tom fora do natural. Foi-me então apresentado Cristo e Sua maneira de falar; havia suave melodia em Sua voz. Esta, lenta e calma, chegava aos que O escutavam, e Suas palavras penetravam-lhes no coração, e eles podiam apanhar o que fora dito antes de ser proferida a sentença seguinte.”                 (Evangelismo, pág. 670)



II. OUTRAS QUALIFICAÇÕES:



1.   Boa Aparência - Vários são os fatores que concorrem para a boa aparência do orador. Dentre eles, notam-se: O aspecto físico, a postura, o andar, os gestos, a expressão fisionômica e a indumentária.



                              a.            A presença do orador deve revelar personalidade agradável, simpatia pessoal, educação e boa disposição.



                              b.            O andar deve ser pausado e elegante, sem afetação. Dele o orador se vale durante o discurso ou sermão para quebrar a possível monotonia, dando uns passos para os lados ao terminar certos períodos longos, ao mudar de voz em sua mensagem, etc. O exagero nesses movimentos torna-se, porém, condenável.



                              c.            A indumentária deve condizer com a hora, o local e a espécie de auditório. O traje cuidado e confortável, aliado ao bom aspecto físico do orador, garante a boa impressão que dele esperam colher os seus ouvintes.



                              d.            “Cumpre-nos apresentar propriedade no vestuário e na conduta... O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Nosso vestuário deve ser simples, de maneira que ao visitarmos os pobres, eles não fiquem embaraçados pelo contraste entre nossa aparência e a deles.” (Evangelismo, págs. 672,673)



                              e. Nossas palavras, atos, comportamento, vestuário, tudo, deve pregar. Não somente com as palavras devemos falar ao povo, mas tudo quanto diz respeito a nossa pessoa deve constituir para eles um sermão.”                                                                                      ( Evangelismo, pág. 671)

     

2.   Gesticulação Moderada:



                              a.            O dicionário define “gesto” como “movimento do corpo, principalmente dos membros ou da cabeça, feito com o fim de exprimir um pensamento, um sentimento, uma intenção”.



                              b.            A gesticulação é a moldura que aplica à manifestação oral, para se reforçarem períodos, sublinharem-se vocábulos, dando ao discurso maior expressividade.



                              c.            O termo “gesto” aplica-se não somente aos movimentos das mãos, mas também a todos os movimentos do corpo, que auxiliam na expressão do pensamento.



                              d.            É o gesto a própria palavra que se repete, ou se antecipa enfaticamente.



·        Há suavidade nas mãos colocadas em prece.

·              Há rancor nos dedos que se contraem.

·              Os braços abertos indicam acolhida.

·              O indicador que aponta, pode ser advertência.



                              e.            Os gestos devem ser espontâneos, naturais. Não devem ser “fabricados”. Provêm naturalmente do interior, da convicção, dos gestos atrai a atenção indevida ao pregador.



                              f.             Devem ser apropriados. Não devem ser exagerados. São usados para expressar-se melhor e não para exibição própria.



                              g.            A gesticulação não precisa e nem deve ser constante. No entanto, devemos lembrar que “um ser sem paixão, sem vida e sem expressão é como um candeeiro apagado; não produz fumaça, mas também não alumia”.                                             (A. C. Castells)



                              h.            Para desenvolver coordenadamente a gesticulação, o orador deve ler em voz alta algumas frases que tenham sentido, aplicando a cada uma delas os gestos que a significação e expressão indicam. Exemplos:



·        “Não há no mundo país mais belo do que o Brasil.”

·              “Apelo para os senhores em nome de Cristo que por nós morreu na cruz.”     

·        “Pára, meu irmão! Já fostes longe demais. É hora de voltar!”

·              “Arrependei-vos! e cada um de vós seja batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”



i. O que o pregador não deve fazer:

·        Não deve colocar as mãos ou a mão nos bolsos das calças ou paletó.

·              Não deve ficar o tempo todo com o dedo indicador em forma acusadora.

·              Não deve dar socos na mesa.

·              Não deve ficar abotoando e desabotoando o paletó.

·              Não deve ficar arrumando a gravata.

·        Não deve alisar os cabelos a todo instante.

·        Não deve brincar nervosamente com a gola do paletó.

·        Não deve ficar pondo e tirando o relógio.

·        Não jogar a Bíblia sobre o púlpito depois de lida.



                              j.             Finalmente, os gestos devem ser moderados, sóbrios, naturais, oportunos e elegantes, fazendo parte de um estado de expressão que parte do interior da alma.



CONCLUSÃO:



1. O pregador de êxito deve desenvolver qualificações positivas e essenciais que o habilitem a ser um verdadeiro porta-voz dos Céus.

2.   Caráter, satisfação, coragem, saúde, voz adequada, boa aparência e gesticulação moderna são atributos indispensáveis e que devem ser cultivados.

3.   Que cada pregador interesse-se mais no progresso das características que o farão arauto do evangelho.

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