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quinta-feira, 15 de maio de 2014

REVELAÇÕES DE DANIEL O CALENDÁRIO PROFÉYICO DE DEUS



A profecia das 2.300 “tardes e manhãs” (Dan. 8:14) é explicada em Daniel 9:21-27, e é, sem dúvida, a maior profecia de tempo da Bíblia.  Haviam  passado cerca de 11 anos desde que Daniel tivera a visão.  Fora-lhe declarado: “Tu, porém, cerra a visão, porque só daqui a muitos dias se cumprirá” (Dan. 8:26).  Mas Daniel ainda estava ansioso de compreender o que significava aquele longo período de tempo.  O cativeiro babilônico de 70 anos estava para acabar e o profeta estava muito desejoso de saber como e quando o seu povo seria liberto, e retornaria para Jerusalém.

Desde que ele tivera sua última visão (Dan. 8:14), muitas modificações tinham ocorrido.  Babilônia não existia mais como império mundial.  A Medo-Pérsia assumira a domínio do mundo, e Dario, o medo, reinava em Babilônia.  O que viria em seguida?  Que vai acontecer com o meu povo, com Jerusalém e com o Templo? 

1. Daniel examinava as Escrituras (Daniel 9:1-2).

“No ano primeiro de Dario (538 a.C.), filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.”
 
A vida de Daniel era atarefada, contudo ele tomava tempo para orar e estudar as Escrituras que estavam à sua disposição.  Levando ainda o fardo pelo bem de Israel, Daniel estudou de novo a profecia dos 70 anos de Jeremias (Jer. 25:11-12; 29:10).    A constante lembrança de que Jerusalém e o Templo estavam destruídos o entristecia.  Daniel sabia que o período dos 70 anos de cativeiro estava chegando rapidamente ao fim, e ele estava muito desejoso de saber como e quando o seu povo seria liberto. 
Grande parte de Daniel 9 consiste da oração de Daniel a Deus em favor de seu povo.  Ele suplicou que Deus os perdoasse, tivesse misericórdia deles e cumprisse Suas promessas a esse povo.
 
2.  Oração de Confissão (Daniel 9:3-19)
Daniel assumiu aqui o papel de um intercessor, identificando-se com o seu povo e representado-o diante de Deus.  “Temos pecado e cometido iniquidade, procedemos perversamente, e fomos rebeldes” (Dan. 9:5).  Daniel estava identificando-se com a condição do povo de Deus como um todo.  Foi isso que Cristo fez também por nós.
 
Depois de confessar suas próprias deficiências e os pecados de seu povo, Daniel passa a suplicar que Deus tenha misericórdia de Jerusalém, a cidade onde está o santuário, e do povo de Deus (Dan. 9:16-19).
 
3.  Deus atende imediatamente as orações. Daniel 9:20-23
“Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.  E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido.  No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra, e entende a visão.”
 
Daniel ficou tão impressionado com a rápida resposta de Deus que repetiu duas vezes: “estando eu ainda falando na oração”.  Que privilégio teve Daniel de ser chamado de “mui amado” de Deus!  Gabriel veio para explicar a visão que Daniel não havia entendido: “E a visão da tarde e da manhã, que foi dita é verdadeira . . . e espantei-me acerca acerca da visão, e não havia quem a entendesse” (Dan. 8:26-27).  “Quando Gabriel disse no verso 23 “toma pois bem sentido na palavra e entende a visão”, ele não usou a palavra geral chazon que se refere à visão como um todo, com aparece em Daniel 8:1 e 13 e em Daniel 9:21.  Ele usou o verbo mareh, que é usado especificamente para a visão das 2.300 tardes e manhãs, a única parte do capítulo 8 que Daniel não havia entendido.  No capítulo 8, Gabriel diz a Daniel especificamente que a visão, a mareh, dos 2.300 dias era “verdadeira” (Dan. 8:26), mas Daniel diz que não havia entendido aquela mareh (Dan. 9:27), isto é, a mareh sobre os 2.300 dias.”[1] 
 
4.  Que indicação foi dada sobre o fator do Tempo?  Daniel 9:24
 
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim ao pecado, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos.” 
 
“Esta é a prova mais clara do princípio dia/ano.  A ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém foi dada muitos séculos antes de Cristo.  Se forem tomadas como tempo literal, 70 semanas representam um ano e alguns meses, dificilmente um tempo suficiente para alcançar Jesus.  No entanto a aplicação do princípio dia/ano resolve o problema: cobre o período desde a reconstrução da cidade até o primeiro advento de Jesus.  Em resumo, Jesus prova a validade do princípio dia/ano.”[2]
 
A palavra hebraica traduzida por “determinadas” tem o sentido de “cortar” ou “destacar”.  Esta é sua única ocorrência na Bíblia.  O contexto denota que o período das 70 semanas devia ser destacado de algum período de tempo mais longo, obviamente os 2.300 anos de Daniel 8:14.  Sendo assim, as 70 semanas seriam a parte inicial dos 2.300 anos.  Se sabemos quando começa um desses períodos, sabemos quando começa o outro. 
 
Quando a profecia foi dada Jerusalém estava destruída, e o povo Judeu estava no cativeiro.  Deus separou para os judeus 70 semanas proféticas, isto é, 490 anos (70 x 7 = 490), e durante este tempo os Judeus deveriam retornar para sua terra e reconstruir Jerusalém.  "Setenta semanas estao determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade" (Dan. 9:24).
 
O que deveria ser realizado no período de 490 anos?  O verso 24 menciona seis propósitos.  Eles descrevem principalmente os resultados da vida e obra de Jesus aqui na Terra:
 - Para fazer cessar a transgressão.  A transgressão se refere ao rompimento da relação entre Deus e a humanidade.  Por Seu sacrifício na cruz, Jesus reatou o relacionamento interrompido e nos restaurou diante de Deus.
- Para dar fim aos pecados.  Gabriel aqui anuncia que o Messias cuidaria dos fracassos da humanidade.  Ele tomaria sobre Si mesmo os seus pecados e assim lhes daria um fim.
- Para expiar a iniquidade. Iniquidade é pecado como perversão do que é certo.  Pelo sacrifício expiatório na cruz, Jesus cuidou do pecado em todas as suas formas.
- Para trazer a justiça eterna.  Pela Queda, a humanidade se tornou injusta.  O Messias trará uma justiça de Deus que será eterna para os que dela se apropriarem pela fé.
- Para selar a visão e a profecia.  A idéia de selar aqui não tem o significado de “encerrar”, mas de “confirmar” ou “ratificar”.  O cumprimento das predições relacionadas com a primeira vinda do Messias no momento especificado pela profecia nos dá a garantia de que os outros aspectos da profecia, em especial os 2.300 anos, serão cumpridos com a mesma precisão.
- Para ungir o Santo dos Santos.  Os templos eram ungidos para inaugurar seus serviços (veja Êxo. 40:9).  A unção predita neste verso aponta para a inauguração do ministério sacerdotal de Jesus no Templo Celestial depois de Sua ascensão (Heb. 9:21).[3]
 
5. Quando devia começar esse período de tempo?  Daniel 9:25
 
“Sabe e entende: Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas(seriam 69 semanas ou 483 anos); as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos." 
 
O ponto de partida desta profecia é revelado na frase: “Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém . . .” (Dan. 9:25). 
“Várias datas foram dadas a este decreto: 538 a.C. (Ciro o Grande), 520 a.C. (Dario), e 457 a.C. (Artaxerxes I).  Vamos examinar brevemente estas três.  Para começar, suponha que alguém aceitasse a data de 538 a.C. como ponto de partida.  Desde a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém (538 a.C.) até o Messias, o Príncipe, Jesus, seriam 483 anos (estamos usando o princípio dia/ano, porque o texto requer isso).  A partir de 538 a.C., os 483 anos alcançam o quê?  55 a.C. – uma data que de forma alguma se ajusta ao tempo do ministério terrestre de Cristo.
 
“Tente 520 a.C.  Se este for o ponto de partida do decreto, e vamos 483 anos mais tarde, a que data chegaremos (37 a.C.), e por que essa data também é impossível? (também não corresponde ao tempo do ministério terrestre de Cristo).
“Mas se usarmos a data de 457 a.C., os números nos trazem diretamente ao tempo de Cristo (27 d.C.).  Esse decreto foi dado por Artaxerxes I, e fez provisões para a restauração da completa autoridade civil, judicial e religiosa dos Judeus em sua pátria (veja Esdras 7:7-8 e 11-28).”[4]  O único decreto que enviou os judeus de volta para Jerusalém foi emitido no sétimo ano de Artaxerxes (Esdras 7:7-8). 
 
Em Esdras 6:14 lemos que o Templo finalmente foi completado de acordo com o decreto de Ciro, de Dario e de Artaxerxes.  Sua referência aos três documentos pela palavra “decreto” no singular indica a unidade dos decretos.  Também chama a atenção para o terceiro, sem o qual os dois primeiros eram incompletos.  Pois foi esse terceiro decreto que deu a Jerusalém o seu renascimento legal.
 
6.  A primeira vinda do Messias é predita.  Daniel 9:25 
 
"Sabe e entende: Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém (457 a.C.), até ao Messias ( o Ungido), o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas (seriam 69 semanas ou 483 anos até o Messias); as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos." 
 
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Essa profecia aponta para a primeira vinda do Messias e o ano da Sua Unção.  Messias é uma palavra hebraica; em grego é Cristo e em português, Ungido.  Partindo de 457 a.C. os 483 anos nos levam ao ano 27 d.C.;[5] neste ano o Messias, o Cristo foi publicamente Ungido no Seu batismo ao descer sobre Ele o Espírito Santo em forma de uma pomba (Mat. 3:13-17).
 
7. Em que ano João Batista começou a batizar?  São Lucas 3:1, 3, 21, 22
 
"No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene. Sendo Sumo Sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João…no deserto. Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o batismo de arrependimento…E aconteceu que, ao ser o povo batizado, também o foi Jesus…e o Espírito Santo desceu sobre Ele…" 
 
O evangelho de Lucas diz que João Batista começou a batizar no 15º ano do reinado de Tibério César, e de acordo com os registros históricos, o 15º ano do reinado de Tibério César foi do outono do ano 27 d.C. ao outono de 28 d.C.;[6] neste ano Jesus foi batizado. 
Depois de ser batizado Jesus disse: "O tempo está cumprido" (São Marcos 1:15)  Paulo também disse: "Vindo a plenitude dos tempos Deus enviou o Seu Filho" (Gálatas 4:4)  De que tempo Jesus e Paulo estavam falando?  Certamente dos 483 anos (69 semanas proféticas) que se cumpriram com o batismo de Jesus, e da última das 70 semanas que completariam os 490 anos separados para os Judeus.

8. A Morte do Messias é predita em Daniel 9:26, 27

"Depois das sessenta e duas semanas (isto é, depois das sessenta e nove semanas, 7+62) será tirado o Messias (a profecia indica aqui a morte de Jesus), e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir (o exército romano), destruirá a cidade e o santuário (destruição de Jerusalém e do templo no ano 70 d.C.), e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações (as guerras constantes naquela região durariam até o fim).  E Ele (o Messias) firmará um concerto com muitos por uma semana (a última das 70 semanas, 27 d.C. a 34 d.C.); e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares (é anunciado aqui o ano da morte de Jesus; na metade da última semana, ano 31 d.C.); e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação (guerras e assolações em Jerusalém, preditas até a consumação dos séculos); e o que está determinado será derramado sobre o assolador (o assolador foi, primeiro Roma Imperial, e depois Roma Papal).”

A profecia diz claramente que o Messias morreria, ou faria cessar o sacrifício, na metade da última semana (27 d.C. a 34 d.C.).  A metade de uma semana de 7 anos são exatamente três anos e meio; esse foi o período do ministério terrestre de Jesus que terminou com Sua morte no ano 31 d.C.

A profecia precisa ser confirmada pela História, e o registro histórico confirma que Pilatos era de fato, no ano 31 d.C., o procurador romano na Judéia.  Pilatos foi nomeado procurador romano da Judéia por Tibério Cesar, e governou durante dez anos, de 26 d.C. a 36 d.C.[7]

Mesmo que não existisse uma profecia indicando o ano da morte de Jesus, poderíamos entender, unicamente pela informação histórica, mencionada em Lucas 3:1, que Jesus morreu entre 26 e 36 d.C., porque foi durante a gestão de Pilatos (26 - 36 d.C.); Herodes (Antipas 4 a.C. – 39 d.C.); Filipe (4 a.C. – 33/34 d.C.); e o sacerdócio de Anás (6 –14 d.C.) e Caifás (18 - 36 d.C.).  Esta combinação de datas indica a veracidade da profecia. 

A profecia, porém, existe e é bastante específica quando diz que Jesus faria cessar o sacrifício na metade da última semana; isso ocorreu no ano 31 d.C.; neste ano Jesus, o Verdadeiro Cordeiro de Deus, morreu na Cruz; o Véu do Templo rasgou-se de cima em baixo (Mat.27:50-51); e cessaram os sacrifícios. 

Restavam ainda 3 anos e meio para se completarem os 490 anos separados para a nação escolhida de Deus. Isto nos leva ao ano 34 d.C., o ano do apedrejamento de Estevão e a conversão de Saulo (Atos 7). Após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus o evangelho continuou sendo pregado em Jerusalém e em toda a Judéia e Samaria (Atos 1:8), até o ano de 34 d.C.; a partir desta data o evangelho passou a ser anunciado aos gentios; Saulo o perseguidor, tornou-se Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

Terminados os 490 anos os Judeus deixaram de ser o Povo Escolhido de Deus.  Individualmente, qualquer judeu, ou gentio, pode se salvar: “para que todo aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16); a propósito, Paulo fala de uma grande conversão que haverás entre os judeus antes da volta de Jesus (Ler Rom. 11). 

9.  O ano 1.844 é uma data profética no Calendário de Deus. Daniel 8:14 

"Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado." 


Dos 2.300 anos já estudamos 490, restam ainda 1810 (2.300 - 490 = 1810).  Partindo do ano 34 d.C. os 1.810 anos restantes se estendem até o ano 1.844 d.C. (34 + 1.810 = 1.844). (veja o gráfico)  Outra forma simples de fazer a conta é subtraindo os 457 anos que transcorreram  na era a.C. dos 2.300 anos, e o resultado será 1.843 (2.300 – 457 = 1.843).  Como não existe o ano zero temos que acrescentar um ano aos anos de nossa era, e assim chegamos a 1.844.

Por que esta profecia é tão importante?  Porque ela predisse com séculos de antecedência os principais acontecimentos do plano da salvação:
 
·         A primeira Vinda do Messias
·         O ano do Batismo de Jesus (27 d.C.)
·         O ano da Morte de Jesus (31 d.C.)
·         O início do Tempo dos Gentios, isto é, o ano em que o evangelho começaria a ser anunciado aos gentios, (34 d.C.)
·         O ano em que começaria o Juízo Celestial (Apoc. 14:6-7), a vindicação do Caráter de Deus, e a restauração da Verdade lançada por terra (1.844 d.C.)
·         1.844 aponta para a passagem de Jesus do Santo para o Santíssimo do Santuário Celestial, Sua entronização como Juiz ao receber das mãos do Pai o Livro selado com Sete Selos e iniciar o Juízo (Daniel 7:13, 9, 10; Apoc. 5:5-7)
 
Em Amós 3:7 lemos: “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”  O caráter de Deus é íntegro, honesto e transparente.  Ele não faria nada em segredo, principalmente em se tratando do Juízo Investigativo que envolve todos os seres humanos, desde Adão e Eva até os nossos dias. 
Deus tomou providências para que em 1.844, no mesmo ano em que começaria o Juízo no Céu, essa mesma mensagem solene de advertência fosse anunciada a todas as nações, tribos e línguas da terra.  Em 1.844 Deus iniciou aqui na terra um Movimento Profético Mundial, cuja missão é anunciar ao mundo as Três Mensagens Angélicas de Apocalipse 14:6-12.  Esse movimento recebeu o nome de Igreja Adventista do Sétimo Dia.  A mensagem do primeiro anjo fala especificamente do início do Juízo Investigativo:
 
“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno (um evangelho completo) para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz (um movimento cuja voz forte seria ouvida em todo o mundo): Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a Hora do Seu Juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc.14:6-7). 
 
A primeira mensagem angélica anuncia ao mundo um Evangelho Eterno, um evangelho que mostra Jesus como “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, mas também como o supremo Juiz do Tribunal Celestial.  Disse um dos anciãos para João:
“Não chores eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o Livro e desatar os seus Sete Selos . . . E veio e tomou o Livro da dextra do que estava assentado no trono” (Apoc. 5:5, 7).  O Evangelho Eterno é o evangelho completo porque revela Jesus como Salvador e Juiz, é uma combinação de misericórdia e justiça.  Paulo chama o Tribunal Celestial de o Tribunal de Cristo:
“Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (II Cor. 5:10).
João também fala que, o Pai embora esteja assentado no trono, sendo portanto o Juiz do Universo, a ninguém julga porque Ele foi o primeiro a ser acusado por Satanás nas cortes celestiais.  Jesus veio ao mundo, morreu e ressuscitou para ser ao mesmo tempo Salvador e Juiz.
“E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o Juízo . . . e deu-Lhe o poder de exercer o Juízo porque é o Filho do Homem” (João 5:22, 27).
 
No Tribunal de Cristo a norma do julgamento é a Santa Lei de Deus, os Dez Mandamentos (Êxo. 20:3-17).  A primeira mensagem angélica também chama a atenção do mundo todo para o fato de que Deus é o Criador dos Céus e da Terra.  A Igreja Adventista do Sétimo Dia é o maior Movimento Criacionista do mundo.  “Adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc. 14:7).  Esta é uma mensagem criacionista que anuncia a veracidade do relato da Semana da Criação de Gênesis 1 e 2, e anuncia também o Sábado, o Sétimo Dia da semana, como sendo o Santo Dia do Senhor o memorial da criação.  Só existe uma maneira de adorar a Deus como Criador dos Céus e da Terra, isto é, guardando o Santo Sábado.  O quarto mandamento da Lei de Deus diz:
 
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.  Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.  Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seus dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxo. 20:8-11). 
 
A Revolução Francesa, (1792 - 1804), permanece, ainda, como um monumento aos horrores que o ateísmo produz em oposição a Deus.  “A disseminação mundial dos mesmos ensinamentos que resultou na Revolução Fancesa, está tentando envolver o mundo todo numa luta semelhante àquela que convulsionou a França.”[8]  A Revolução Francesa fundamentou o caminho para o desenvolvimento das filosofias satânicas do Evolucionismo, Espiritualismo e Marxismo no século XIX, um esforço satânico no intuito de tentar anular o poder das Três Mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12.
 
O Comunismo: nega a existência de um Juízo Final, negando a existência de Deus.  Karl Marx recebeu seu doutorado da Universidade de Jena em 1.841.  Em 1842 tornou-se um editor da Reinische Zeitung em Cologne, e em 1848 Karl Marx escreveu o Communist Manifest.  Em 1917 a Revolução Russa implantou o maior sistema ateu já conhecido na história do mundo.  A filosofia Comunista teve sua origem nos escritos de Platão,  A República (300 a.C.). 
 
O Evolucionismo: o principal objetivo do Evolucionismo, é isentar o homem de sua responsabilidade para com o Criador, e deste modo, o Juízo se torna irrelevante.   De Dezembro de 1831 a Outubro de 1836 Charles Darwin viajou no H.M.S. Beagle como naturalista, estabelecendo assim o fundamento para o seu tratado sobre a evolução, Origens das Espécies, publicado em 1859.
 
O Espiritismo: afirma que os seres humanos são semi-deuses; que “cada mente julgará a si mesma.”[9]  A imortalidade da alma e a teoria das reencarnações falam contra a relevância do Juízo.  O Espiritismo moderno começou na casa das irmãs Fox, Rochester, N.Y., em 1848.
 
Não foi mera coincidência que o Espiritismo moderno, o Marxismo, e o Evolucionismo, vieram à tona todos na mesma época!  Por que razão Satanás ergueria esses monumentos do ateísmo, exatamente neste tempo, se não fosse para minar e bloquear a proclamação das Três Mensagens Angélicas?
 
A doutrina da Criação torna relevante a doutrina do Juízo Investigativo, no sentido de que temos um senso de nossa origem; somos seres responsáveis aos olhos do Criador, e a Ele prestaremos contas. 
 
10.  O Juízo dos Vivos e o Selamento Apoc. 7:2-3; 13:16-17
“E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o Selo do Deus Vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.”
 
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.”
 
“No tempo indicado para o Juízo – o final dos 2.300 dias, em 1.844 – iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos pecados.  Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos àquele perscrutador escrutínio . . .  O Juízo ora se realiza no Santuário Celestial.  Há muitos anos esta obra está em andamento.  Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos.”[10]
O Juízo Investigativo começou com os mortos em 1.844, e breve passará para os casos dos vivos.  Quando será o Julgamento dos Vivos?  É bastante coerente e bíblico entendermos que o período do Selamento dos vivos mencionado em Apoc. 7:2-3 e Apoc. 13:16-7, seja também o tempo do Juízo dos vivos.  Selamento e Julgamento são uma só coisa; ambos definem o destino eterno de cada um.
 
Apocalipse fala claramente de dois selos: o Selo do Deus Vivo (Apoc. 7:2-3), e o Selo da Besta (Apoc.13:16-18).  Os que forem selados pelo Selo do Deus Vivo não mais se perderão, estarão selados para a vida eterna, e os que forem selados pelo selo da besta estarão perdidos.  Os salvos refletem o santo caráter de Jesus e nos perdidos revela-se o caráter ímpio de Satanás.  
 
A profecia de Apocalipse 7:2-3 aponta para o Selamento do povo de Deus.  Quem são eles?
·         Aqueles que Santificam o Sábado 
“Quem quer que obedeça ao quarto mandamento, verificará que está traçada uma linha divisória entre ele e o mundo.  O sábado é uma prova, não uma exigência humana, mas a prova de Deus.  É aquilo que distinguirá os que servem a Deus dos que O não servem; e em torno deste ponto sobrevirá o derradeiro e grande conflito da luta entre a verdade e o erro.”[11]
 
“O sinal, ou Selo de Deus é revelado na observância do Sábado do Sétimo Dia – o memorial divino da criação. . .   (Exo. 31:12-13)  O sábado é aí apresentado como um sinal entre Deus e Seu povo.  A marca da besta é o oposto disso – a observância do primeiro dia da semana.  Essa marca distingue dos que reconhecem a supremacia da autoridade papal, os que aceitam a autoridade de Deus.”[12]
 
·         Aqueles que Desenvolveram o Santo Caráter de Jesus
“Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o Selo do Deus Vivo.  Aqueles cujas mãos não são limpas, cujo coração não é puro, não terá o Selo do Deus Vivo.  Os que planejam pecado e o praticam, serão omitidos. . .   O homem é pesado na balança e achado em falta quando está vivendo na prática de qualquer pecado conhecido.”[13]
 
“O Selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. . .  A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o Selo de Deus.”[14]
 
“Nenhum de nós jamais receberá o Selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. . .  O Selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros.  Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo.  Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso.  Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus – candidatos para o Céu.”[15]
 
“Que estais fazendo, irmãos, na grande obra de preparação?  Os que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta.  Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte o Selo de Deus.  Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.”[16]
 
11. Termina o Juízo Investigativo – Fechamento da Porta da Graça Apoc. 8:1-5
“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quasi por meia hora . . .  E veio outro anjo (isto é, não um dos sete anjos que tinha as sete trombetas, este é o Anjo do Concerto, o próprio Jesus)[17], e pos-se junto ao altar (altar de incenso do Santuário Celestial), tendo um incensário de ouro (o incensário de ouro ficava no santíssimo entre os querubins); e foi-Lhe dado muito incenso, para o por com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono (momentos finais de intercessão).  E o fumo do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do Anjo até diante de Deus.  E o Anjo (Jesus) tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra (fim da intercessão); e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos (Satanás tem completo domínio sobre os que não se arrependeram).”
 
Joseph J. Battistone, autor da Lição da Escola Sabatina do segundo trimestre de 1989 declara: “Quando Ele atirar o Seu incensário à Terra, cessará o ministério intercessor de Cristo.  Terminará o tempo da graça, e haverá trovões, vozes, relâmpagos e um grande terremoto.”[18]
 
À Ellen G. White foram reveladas as cenas de tensão no Céu justo antes do fechamento da porta da graça.  São cenas de um Céu que está tenso e emudecido, porque a areia do tempo está se escoando rapidamente através da ampulheta da graça.  O Sétimo Selo revela exatamente esses últimos minutos de graça que precedem o fechamento da porta da graça; as cenas finais do ministério de Jesus no Santuário Celestial.
 
“Servos de Deus, dotados de poder do alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu.  Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que preciosos eram retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas . . . Foi-me indicado o tempo em que a mensagem do terceiro anjo estava a finalizar-se.  O poder de Deus havia repousado sobre Seu povo; tinham cumprido a sua obra, e estavam preparados para a hora de prova que diante deles estava.  Tinham recebido a Chuva Serôdia, ou o refrigério pela presença do Senhor, e se reanimara o vívido testemunho.  A última grande advertência tinha soado por toda parte e havia instigado e enraivecido os habitantes da terra que não quiseram receber a mensagem.
 
Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu.  Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados.  Então vi Jesus, que havia estado a ministrar diante da Arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário.  Levantou as mãos e com grande voz disse: ‘Está Feito.’  E toda a hoste angélica tirou suas coroas quando Jesus fez a solene declaração: ‘Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se’  (Apoc. 22:11).  Cada caso fora decidido para vida ou para morte.  Enquanto Jesus estivera ministrando no Santuário, o Juízo estivera em andamento pelos justos mortos, e a seguir pelos justos vivos.
 
“Retirando-Se Jesus do lugar Santíssimo, ouvi o tilintar das campainhas sobre as Suas vestes; e, ao sair Ele, uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da Terra.  Não havia então mediador entre o homem culpado e Deus . . .  Enquanto Jesus permancera entre Deus e o homem culposo, achava-se o povo sob repressão; quando porém, Ele saiu de entre o homem e o Pai, essa restrição foi removida, e Satanás teve completo domínio sobre os que afinal se não arrependeram. . .
 
“Naquele tempo terrível, depois de finalizada a mediação de Jesus, os santos estavam a viver à vista de um Deus santo, sem intercessor.  Cada caso estava decidido, cada jóia contada.  Jesus demorou um momento no compartimento exterior do Santuário Celestial, e os pecados que tinham sido confessados enquanto Ele esteve no lugar Santíssimo, foram colocados sobre Satanás, o originador do pecado . . .  Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes.”[19]  Jesus Se prepara para voltar!  Aleluia!
 






[1] Gerhard Pfandl, Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre, 2004, 127.


[2] Ibidem.


[3] Gerhard Pfandl, Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre, 2004, 129.


[4] Gerhard Pfandl, Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre, 2004, 131.

O primeiro decreto foi emitido em 538 ou 537 a.C. por Ciro o Grande.  Esse decreto permitia o restabelecimento dos exilados Judeus e lhes dava o direito de construir o Templo de Jerusalém.  Cerca de 50.000 exilados voltaram dentro de um ano após a emissão o decreto.  Eles enfrentaram a oposição dos vizinhos e a construção do Templo foi adiada (ver Esdras 1:2-4).

O Segundo decreto foi emitido pouco depois entre 520 ou 519 a.C., durante o reinado de Dario I.  Ele não tomou nenhuma providência para a restauração do Estado como unidade completa.

O terceiro decreto foi emitido por Artaxerxes I, em 458/457 a.C.  Este decreto foi superior aos dois primeiro pois providenciou a restauração completa da autoridade civil, judicial e religiosa (Esdras 7:11-28).


[5] Ao fazer esse cálculo, 483 – 457 = 26 é bom lembrar que na passagem da era a.C. para d.C. pulamos do ano 01 antes Cristo para o ano 01 depois de Cristo, porque não existe o ano 0 (zero).  Por isso temos que acrescentar um ano aos anos da nossa era, ficando, portanto, o batismo de Jesus no ano 27 d.C.; e a última das setenta semanas seria então do ano 27 d.C. a 34 d.C.


[6] Seventh Day Adventist Bible Commentary, vol. 5, 243-247.


[7] John Stott, A Cruz de Cristo, 42.


[8] Ellen G. White, Educação, 228.


[9] Ibidem, 227-228.


[10] Ellen G. White, O Grande Conflito, 486, 490.


[11] Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, 180.


[12] Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 3, 232.


[13] Ellen G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 445, 440.


[14] Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, 67, 65.


[15] Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, 69, 71.


[16] Ibidem, 70-71.


[17] Jesus é o Anjo do Concerto que está diante do Pai como nosso Intercessor:

“O patriarca discerniu então o caráter de seu antagonista.  Soube que estivera em conflito com um Mensageiro Celestial, e por isto foi que seu esforço quase sobre-humano não ganhara a vitória.  Era Cristo, o ‘Anjo do Concerto’ que Se havia revelado a Jacó.” Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, 197. 

“Entre os querubins havia um incensário de ouro; e, subindo a Jesus as orações dos santos, oferecidas pela fé, e apresentando-as Ele ao Seu Pai, uma nuvem de fragrância subia do incenso, assemelhando-se a fumo das mais lindas cores.” Ellen G. White, Primeiros Escritos, 252.

 


[18] Joseph J. Battistone, Lição da Escola Sabatina, 1ª parte, 2º trimentre, 1989, 120.


[19] Ellen G. White, Primeiros Escritos, 279, 280, 281.

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