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quarta-feira, 14 de maio de 2014

DECRETO PARA EDIFICAR E RESTAURAR JERUSALÉM



Decreto
Preciso de algo que comprove que o decreto para a restauração e re­construção de Jerusalém foi promulgado no ano 457 a.c., no reinado de Ar­taxerxes longímano, conforme Esdras 6:14 e 7:1. E. A. F.
 
Com relação ao ano 457 a.c., damos a seguinte explicação: 1. Os  três decretos que tratam da repatriação dos judeus
são registrados no livro de Esdras: o primeiro. no primeiro ano de Ciro, cerca de 537 a.c. (Esd. 1:1-4); o segundo, no reinado de Dario I, logo depois de 520 a.c. (Esd. 6: 1-12); o terceiro, no sétimo ano de Artaxerxes, em 458/457 a.c. (Esd. 7:1-26).
2. Os decretos de Ciro e de Dario não fizeram qualquer provisão real para a restauração do Estado civil como unidade completa. O decreto do sétimo ano de Artaxerxes foi o primei­ro a dar plena autonomia ao Estado judeu, sujeita à supervisão do Império Persa.
3. Um tablete cuneiforme de Ur dos Caldeus menciona uma data no ano da morte de Xerxes, o que se harmoniza com um dos papiros descobertos em Elefantina, no Egito. Isso colo­ca a ascensão de Artaxerxes ao poder em dezembro de 465 a.c. Esse ano é citado na nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém (da Igreja Católica) sobre Esdras 4:7, como o início do reinado de Artaxerxes L
4. Assim, de acordo com a contagem dos judeus, o "início do reinado': ou "ano de ascensão" desse rei, ocorreria de dezembro de 465 ao seguinte ano judaico, no outono de 464 a.c. Uma vez que seu "primeiro ano" (seu primeiro ano do calendário completo) seria a partir do outono de 464 até o outono de 463 a. c., o sétimo se estenderia do outono de 458 ao outono de 457 a.c.
5. As especificações do decreto não foram levadas a cabo até que Esdras retomasse de Babilônia, o que ocorreu no fim do verão de 458 a.c. ou início do outono de 457 a.c.
6. O ano 457 a.c., o sétimo de Artaxerxes, é uma das datas mais bem estabelecidas na História antiga. Consta dos comen­tários de margem do capítulo 7 de Esdras na maioria das Bí­blias Oxford, sendo essa data apontada para o referido evento pela cronologia de Ussher.
7. No Hemisfério Norte, onde ficavam Judá e Babilônia, as estações do ano são diferentes no calendário. O outono de lá coincide com a nossa primavera, e o verão de lá corresponde ao nosso inverno, e vice-versa.
8. Antes do advento do Império Romano, nenhum povo antigo iniciava o ano em 1 Q de janeiro, como fazemos hoje. Nos tempos de Daniel, o reino de Judá iniciava o ano civil no outo­no, mais ou menos na época em que as chuvas temporãs come­çavam a cobrir de verde o solo amarelado pela seca do verão. Quando comparados com os anos da atualidade, ou seja, anos relacionados com janeiro-janeiro, os anos da Antigüidade começavam em um ano e terminavam em outro. É por essa ra­zão que eles são freqüentemente identificados por dois núme­ros, separados por barra. Por exemplo: 458/457; 605/604, etc.
9. Quando um rei morria, o "primeiro ano" de seu sucessor não era contado a partir do dia imediatamente seguinte ao da morte do rei anterior, e sim, a partir do dia seguinte do Ano Novo (no outono). O período decorrido nesse intervalo era conhecido corno "início do reinado~ ou "ano da ascensão~ e não recebia numeração na seqüência cronológica do reinado.
10. O ano dos babilônios começava na primavera e termi­nava na primavera. diferente do ano judaico: outono-outono.
- Paulo Roberto Pinheiro, editor da Revista do Ancião.     

 

Referências:

I. Comenrdrio B,bUcoAdvenrí,ro (espanhol), voI. 4, pág. 853.

2. C. Mervyn MaxwelI, Uma NowJ Ero Segundo o, ProfeckJs de Doniel, pág~ 48 e 49. 3. A Bíblio de Jerusoltm.

4. Henry Feyerabend. Daniel Verso por Verso, pág. 161.

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