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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NAAMÃ O LEPROSO


II Reis 5:1-19

Diz-nos o texto bíblico que havia um homem chefe dos exércitos do rei da Síria que tinha dado ao seu rei inúmeras vitorias ao seu país, mas apesar da sua importância era um homem condenado a morte, ele sofria de uma doença que era incurável (a Lepra).

É curioso que em Israel quem possuísse esta doença era completamente posto de lado, era rejeitado quer fosse pobre ou rico, sacerdote ou rei.

Ao contrário vemos que apesar desta doença ele era reconhecido ainda como um grande homem dentro da sua nação.

Naquela altura em Israel havia a noção que quem tivesse uma doença como a lepra tinha sido automaticamente um castigo de Deus, e por isso se Deus que é Deus já deu o veredicto quem sou eu para me compadecer dessa pessoa.

Claro que este é um pensamento errado e que distorce completamente a visão que qualquer pessoa pode dar de Deus.

O povo Judeu naquela altura devia ter a noção exacta que aquela doença não era um castigo de Deus mas uma consequência do pecado, ou melhor devia ter a noção absoluta que o causador daquilo era satanás o inimigo de Deus e dos homens.

Se o povo tivesse essa noção, se a sua teologia fosse assim interpretada o povo de Israel teria uma outra atitude com o próximo, não rejeitaria ninguém mas estaria a altura de se compadecer com os que sofressem e por sua vez estaria a dar o testemunho verdadeiro de um Deus de amor.

Muitas vezes pergunto-me a mim próprio se a igreja hoje não recebe grandes lições do amor de Deus de pessoas que pouco o conhecem,

Ainda esta semana tive a oportunidade de cumprimentar uma pessoa que é amiga de uma irmã da igreja de tomar que me foi apresentada por esta mesma irmã, e ao falar com esta senhora em poucos minutos soube que ela trabalha para a comunidade de uma maneira que nenhum de nós o faz.

Ela dizia que ia a biblioteca buscar livros para depois levar a alguns idosos e que servia de voluntária na ajuda a esses idosos naquilo que eles precisassem.

Nós que falamos do amor muitas vezes somos ultrapassados por aqueles que pouco falam mas que muito fazem, acreditem que é um ponto que me tem levado a meditar muito, e coloca-me a mim próprio algumas perguntas.

Mas o texto diz-nos que na casa deste homem havia uma escrava Israelita. Posso vos dizer queridos amigos e irmãos que esta moça demonstrou uma maturidade espiritual que esta para alem daquela que muitas vezes nós temos.

Nada nos é dito sobre esta moça a não ser que era israelita e que numa das invasões Sírias a terra de Israel levaram-na prisioneira. Não se sabe a idade dela, nem quem eram os seus pais.

Simplesmente o relato bíblico nos relata um desabafo desta moça, diz-nos o texto que ela perante a situação do seu Senhor disse:- “ Oxalá que o meu senhor estivesse diante o profeta que esta em Samaria: ele o restauraria da lepra.”

A pouco disse-vos que ela tinha uma grande maturidade espiritual e agora vou explicar porque penso isso, reparem: ela era uma escrava tinha sido levada do seu lar, não sabia da sua família, não estava no seu país onde podia adorar o seu Deus em liberdade, ainda por cima estava a viver na casa do homem responsável pela sua escravatura. Qual era o sentimento que vocês teriam? Talvez o que nos passasse pela cabeça era quero lá saber ele que morra pois bem merece, de certeza que foi castigo por todo o mal que faz ao povo de Deus.

Mas ao contrário esta moça agiu diferente, deu provas que conhecia verdadeiramente o seu Deus, que sabia que ele através do profeta Eliseu podia restaurar a saúde física ao seu senhor.

Ela sabia que o seu Deus a amava, assim como ao seu senhor, ela era daquelas pessoas que confiava no poder de Deus, ela sabia que apesar de escrava Deus estava com ela, ela sabia que a sua situação podia até ser pior, era uma daquelas pessoas que via o lado positivo daquilo que lhe acontecia em vez do lado negativo, ela via sempre um copo meio cheio em vez de um copo meio vazio, e isto levou esta moça mesmo na adversidade dar testemunho do seu Deus, e do amor do seu Deus por qualquer ser humano.

Não sei se aqui nesta sala hoje está alguém que esta a viver uma situação complicada, que as coisas não estão a correr da melhor maneira, que não vêm solução para o seu problema, podemos reagir de duas maneiras, mandar tudo pelo ar, ou então se aproximar de Deus e ter a atitude que teve esta pequena judia, mesmo sabendo que não vivia como desejava ela acreditava que Deus estava com ela e que aprendera a dar graças a Deus pelo senhor e a senhora que tinham a ver o aspecto positivo da sua situação e não somente o aspecto negativo.

O relato bíblico continua nos dizendo, que Naamã foi ter com o seu rei e este por sua vez manda uma carta de recomendação ao rei de Israel para que Naamã seja bem recebido e atendido.

Quando o rei leu a carta e se apercebeu do problema quase desesperou, “ Sou eu Deus para matar ou vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? ”

Aquele rei em vez de ter visto uma oportunidade para demonstrar o poder do seu Deus e para testemunhar daquilo que o Deus de Israel podia fazer por aquele homem, sentiu-se desesperado e não só desesperado mas viu naquela carta quase como um decreto de batalha.

Antes de ter havido um rei em Israel Deus tinha dado ordens expressas sobre os deveres do rei que fosse escolhido para comandar o seu povo

O desejo de Deus era que não houvesse rei, que o povo pudesse contar com o próprio Deus como sendo o seu eterno rei, aquele que lhes daria a vitória em qualquer situação. Aquele que lhes supriria as dificuldades. Mas como Deus já sabia que isso não ia acontecer ele já tinha previsto algumas directrizes para que o futuro rei de Israel ou os futuros reis pudessem seguir, podemos encontrar isso em Deuteronômio 17:14-20.

Aquilo que o rei devia ter consciência quando ocupava o trono de Israel era se ele estava ali era porque Deus o tinha permitido e depois ele devia ser o responsável por trazer o povo ao seu Deus visto que tinha de estar em constante  meditar na palavra de Deus.

Mas ao contrário daquilo que Deus pretendia de um rei de Israel neste caso do rei Jorão, este temeu aquela carta pensando que o rei Sírio buscava arranjar motivo para guerrear contra ele. E esqueceu-se de Deus e de que em Israel havia um profeta de Deus que podia actuar e resolver o problema.  

Imaginam como se deveria ter sentido Naamã quando viu o rei de Israel reagir daquela maneira? Viu este rasgar as suas vestes, sem dar importância aquilo que ele viera ali fazer.

Que contraste tão grande entre aquela moça Israelita e este rei, logicamente o rei devia ter provas não só de quem era Deus, pois numa batalha contra os moabitas, Deus não só tinha suprido a água para as tropas como tinha dado a vitória nessa batalha.

Mas que Deus iria actuar com aquele homem. Enquanto que aquela moça Israelita conhecia a Deus, o rei estava bem longe dele. Pode-se mesmo dizer que ela via a vida com olhos espirituais enquanto que o rei a via racionalmente.

Curar este homem da lepra? Como é possível? Tantos leprosos há em Israel haveria Deus de se importar logo com este? Ainda por cima era de outro povo.

Muitas vezes é assim que vemos também, acredito irmãos que o que acontece na maior parte das vezes é que perante situações em que podemos dar testemunho fiel do nosso Deus, sentimo-nos impotentes para demostrar o que Deus pode fazer por aquela pessoa.

No outro dia fui visitar um doente ao hospital, um senhor dos seus 55 anos, com um grave problema de saúde o qual estava quase como morto na cama do hospital, poucas pessoas diziam que ele recuperaria, pensou-se mesmo que era só uma questão de dias, os filhos vieram no ver toda a família pensava que a morte era certa, a sua esposa já me tinha dito que ele lhe tinha dito que iria à igreja se ficasse novamente restabelecido foi então que  tive a oportunidade de orar com este senhor embora ele não tenha provavelmente escutado a oração, e com a sua esposa, e falando com Deus disse para ele curar aquele senhor. E depois da oração disse pessoalmente à esposa que ele iria recuperar e que em breve iria ficar bom, não exteriorizei nenhuma duvida muito embora cá dentro ainda estivesse um pouco reticente que ele iria melhorar.

Numa segunda vez que fui lá fiquei mais desencorajado pois ele ainda estava pior, mas de novo disse á esposa que ele iria ficar bom, felizmente ele começou a recuperar e hoje está em casa,

Acredito que ele ficou curado não porque eu disse que ele ficaria, mas porque acreditava que Deus podia fazer o milagre, a minha pouca fé ainda vacilou, mas guardei-a só para mim, ao passo que diante aquela esposa não vacilei.

Deus curou, e acredito que Deus pode fazer muito mais por aqueles que nos rodeiam, e só não faz porque muitas vezes temos medo de mostrar que o nosso Deus pode fazer o milagre.

O nosso receio é que Deus actue diferente e depois somos nós que ficamos mal vistos, experimentem e verão os resultados. Eu também vi aquele senhor mais para lá do que para cá, porquê arriscar? Podia dizer eu e a minha esposa vamos estar a orar por ele, era tão mais fácil, mas se é para glorificar Deus então o problema deixa de ser meu e passa a ser d’Ele também. 
   
Posso vos dizer que já não é a primeira vez que isto me acontece e que Deus responde conforme o pedido. Façamos como aquela moça que não teve qualquer dúvida que o seu senhor perante o profeta de Deus seria restaurado.

Foi então que Eliseu sabendo desta história manda uma mensagem ao rei ele diz:- “ Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel”

Eliseu estava como a dizer ao rei, foi pena tu não teres agido diferente, foi pena que a oportunidade que tiveste, não a aproveitas-te para honrar a Deus, para testemunhar dele, mando-o cá porque por meio de mim o profeta de Deus ele reconhecerá que existe um Deus poderoso em Israel.

Quantas vezes perdemos oportunidades quando Deus nos chama para o representar, para ser um exemplo, para dar testemunho.

O texto bíblico continua nos dizendo que Naamã dirigiu-se ao profeta, mas Eliseu ao contrário do que se previa mandou um servo a Naamã com a ordem para ele se banhar no rio Jordão sete vezes e seria curado.

O texto bíblico também nos diz que Naamã se sentiu indignado, Naamã pensava que o profeta sairia ao seu encontro e que invocaria o seu Deus e ao passar a mão ele seria curado. Isto foi o que Naamã pensou, mas as coisas não lhe estavam a correr de feição.

Primeiro desloca-se centenas de quilómetros, depois é mal recebido pelo rei de Israel, e de seguida acontece o mesmo com um profetazinho que nem se quer apresentar, era quase como uma questão de honra, porquê me banhar neste rio, não tenho eu melhores rios lá em Damasco, vamos embora.

Nunca vos aconteceu algo parecido, já alguma vez foram ao médico e ao chegar lá encaram com um médico mal disposto, que olha para nós e não sabendo o que fazer connosco nos envia a outro e quando pensamos que o outro vai resolver o problema envia o recado e o receituário com os medicamentos sem mesmo ter olhado para nós. Qual é o nosso estado de espirito? Aceitamos bem, ou a nossa vontade é sair dali para fora e mandar vir contudo e com todos?

Pois é na nossa vida espiritual pode se passar a mesma coisa, a nossa vida ás vezes não vai bem, se calhar existe alguém como dizia a pouco que não esta bem, a sua vida está cheia de problemas, achegamo-nos a alguém que nós pensamos que nos vai ajudar e descobrimos que ela não se importa nem um pouco com o nosso problema e que se descarta deixando como possível solução a leitura da palavra de Deus, depois de alguma leitura acabamos por perceber que o que Deus nos pede para sermos libertos do nosso problema é difícil de realizar, é loucura aos olhos humanos, ainda por cima ele nem está visível para confirmar se o que li é mesmo o que está correcto, o que apetece é deitar tudo para o alto e desistir.

Foi isto que Naamã pensou para quê continuar?

Sabem, acredito que Naamã era um homem abençoado por Deus primeiro diz-nos que em sua casa ele tinha uma moça Israelita que mostrou ser uma serva fiel, agora vemos novamente rodeado de servos que não o serviam porque eram obrigados mas porque gostavam dele e foram estes servos que com conselhos sábios o levaram a reflectir e a aceitar aquilo que o profeta de Deus lhe tinha mandado fazer. Se o profeta te tivesse mandado fazer alguma coisa difícil não o terias feito? porque não mergulhar no rio que é algo tão simples. Não custa experimenta.

Queridos irmãos, se Deus nos está a pedir alguma coisa agora na nossa vida porque não aceitar, será que é assim tão difícil de fazer, será que temos algum pecado que nos é difícil de deixar, ou será que Deus já nos deu resposta ao nosso problema e nós não queremos aceitar porque não era a resposta que queríamos ouvir, queridos amigos e irmãos a resposta ao problema estava na decisão de Naamã, assim hoje a resolução de algum problema que tenhamos está na nossa decisão, se fizermos o que Deus pede o problema pode estar resolvido se não fizermos podemos estar condenados como Naamã estava.

Foi então que Naamã desceu ao rio banhou-se e ficou curado, veio então à presença de Eliseu e ali ele reconheceu que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus “ V 15 ”

Ele ainda quis recompensar Eliseu com alguns bens, mas Eliseu quis mostrar que a sua cura foi um presente de Deus e que nenhum dinheiro deste mundo podia pagar isso.

Acreditem irmãos que quando depositamos a nossa vida nas mãos de Deus ele vai ajudar-nos a resolver a nossa vida, e nós vamos ficar a ganhar com isso pois a nossa confiança em Deus se fortalece e ficamos mais próximo D’ele. 

Diz-nos o relato bíblico que antes de ir para o seu País Naamã confessou que iria sacrificar ao Deus único e verdadeiro, mas colocou uma pergunta a Eliseu, (V 18) e Eliseu simplesmente respondeu (V19).

Que diriam vocês se tivessem no lugar de Eliseu? , sabem a vida cristã é uma caminhada com Deus Naamã tinha dado um passo mas ainda faltava dar muitos passos ainda estava a dar os primeiros passos, não era Eliseu que ia dizer a Naamã o que ia ou não fazer, essa pergunta ele teria de fazer a Deus e era Deus que lhe teria de responder.

Talvez na nossa vida ainda estejamos a ver como Naamã, como passar aquele outro problema, acreditemos sempre que Deus dará a sua resposta em tempo oportuno, cuidado quando condenamos os nossos irmãos por esta ou aquela situação, não somos juizes e por outro lado podemos estar a interferir na caminhada que esse irmão possa estar a fazer com Deus.

Possamos ser representantes de Deus dando o exemplo como o fez aquela Jovem Israelita, 


FIM

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4 comentários:

  1. UMA MENSAGEM TREMENDA E ABENÇOADORA, QUE DEUS CONTINUE USANDO O SEU SERVO COM UNÇÃO PODER E GRAÇA DIVINA!!

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  2. PUDE APRENDER MUITO COM ESSA MENSAGEM DEUS CONTINUE A LHE USAR COM MUITO MAS SABEDORIA DIVINA

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  3. Uma mensagem tremenda e que possamos meditar nessa mensagem.

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