Evidência para a Ressurreição como um evento
histórico
Tem havido um ressurgimento de interesse
recentemente no problema de ciência bíblica e a busca pela verdade -
especialmente pela mídia. Talvez você notou alguns desses documentários: .
The
Ancient Secrets of the Bible (Serie de televisão -
apesar de ser vista de uma perspectiva materialista, dá um tratamento justo aos
temas)
Eyewitness
to Jesus (Documentário da TLC)
Talvez a maioria dos crentes nunca notou
isto, mas artigos como estes continuam gerando interesse nos meios de
comunicação porque o silencioso mundo secular mundial parace surpreso ao ver
que a ciência moderna comprova os relatos bíblicos ao invés de refutá-los. De
fato, eu creio que a ciência moderna apóia a história de Jesus mais do que nunca.
Há muitas, muitas críticas da Bíblia, mas
há muitas e muitas respostas por estudiosos da Bíblia - extenso para colocar
aqui.
Nós podemos, no entanto, ter uma idéia
melhor do debate repassando algumas críticas populares dos relatos do
Evangelho, particularmente a ressurreição e contestá-las.
O mito de Jesus
Crítica: A historicidade de Jesus não é apoiada pela ciência moderna.
Esta questão foi feita por Gordon Stein, em
julho/agosto de 1982 no The American
Rationalist, sobre a maioria dos artigos do livro de Josh McDowell, Evidence that Demands a Verdict.
Rationalist, sobre a maioria dos artigos do livro de Josh McDowell, Evidence that Demands a Verdict.
Ainda que agradecendo as citações do livro,
Stein critica McDowell por falta de precisão científica, inclusive até ao ponto
de atacar a sua honestidade.
Resposta: O problema da ciência bíblica está longe de terminar.
Parece que esta questão sobre "o
erudito pensamento moderno" será apoiado pelos estudiosos modernos e não
se faria ataques ad homenim. Mas se
alguém perguntar o que creêm os modernos estudiosso bíblicos, o resultado será
totalmente diferente. Como nos diz William Craig:
"Tão completa foi a reviravolta
durante a segunda metade deste século sobre a ressurreição de Jesus que não é
exagero falar de uma inversão da ciência neste problema, tanto que aqueles que
negam a hsitoricidade de Jesus tem agora que ficar na defensiva...todos os
estudiosos do NT estão de acordo que os Evangelhos foram redigidos e
desenvolvidos na época da primeira geração, durante a vida das testemunhas
oculares. De fato, um novo movimento significante da ciência bíblica defende
eficazmente que alguns dos Evangelhos foram escritos nos anos 50 d.C."
The Historicity of the
Empty Tomb of Jesus, Dr. William Craig, Leadership University archives (leitura desta semana)
O próprio Stein escreveu, "nós sempre
devemos guardar uma mente aberta sobre qualquer novo fenômeno natural. Dizer
meramente que 'é impossível, portanto não existe', é um erro. Melhor seria
dizer 'é improvável este fato, mas me mostre a evidência para ele.' Seria
arrogante pensar que o homem sabe tudo sobre o Universo e a Terra." Gordon
Stein em What is Rationalism?, 1985.
"Não será a história do fundador do
cristianismo um produto da aflição, da imaginação e da esperança humana -um
mito comparável às lendas de Krishna, Osíris, Átis, Adônis [Dionísio], e Mitra?
No primeiro século, negar a existência de Jesus, não parece ter ocorrido nem
mesmo aos mais severos opontentes do novo credo, judeus ou pagãos".
Will Durant, A História da Civilização, vol.III - César e Cristo.
O mito da ressurreição
Crítica: a resurreição de Jesus foi somente um "mito"...
Críticos dos relatos bíblicos dizem que
houve um lento, gradual desenvolvimento legendário das idéias que não existiam
originalmente mas que foram criadas prosteriormente para apoior os eventos da
ressurreição.
Um exemplo deste tipo de crítica é uma
mostra de Joachim Jeremias que em 1 Coríntios 15:3-5 Paulo está citando uma
notícia que ele recebeu e está repassando aos novos convertidos.
[Um debate detalhado deste assunto pode ser
encontrado aqui]
Resposta:
Os textos bíblicos e a evidência interior indicam
que não houve tempo suficiente entre os relatos orais e escritos para permitir
um desenvolvimento legendário. Veja esta citação da ressurreição de Paulo:
1 Cor. 15:3-5:
"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo
morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi
ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, e
depois aos doze;"
|
1 Coríntios 15:3-5 mostra uma tradição
muito antiga para o relato. Segundo Gl. 1:18, Paulo estava em Jerusalém três
anos depois de sua conversão. Paulo se converteu em 33 a.D. pois o relato das
testemunhas oculares deve estar dentro dos 5 anos da morte de Jesus. Craig
delara:
"Assim, é errôneo afirmar que estes
eventos foram legendários. Podemos tentar explicá-los com alucinações se
desejarmos, mas não podemos negar que eles ocorreram. A informação que Paulo dá
mostra que em várias ocasiões pessoas em diferentes lugares viram a Jesus
ressucitado."
Há duas razões porque o Dr. Craig crê que a
história da ressurreição não pode ser negada:
1.
A história da ressurreição é a
parte de uma história de paixão que existiu antes de Marcos escrever seu evangelho
e Marcos o usou como fonte.
2.
A história é simples e falta as
características de desenvolvimento legendário.
Craig cita como evidência os evangelhos
apócrifos do segundo século que contêm motivos teológicos imaginários e
fictícios.
"...para estas histórias
serem legendárias, seria necessário muito tempo para a evolução e
desenvolvimento das tradições..."
(William Craig, Contemporary
Scholarship and the Historical Evidence for the Resurrection of Jesus Christ) |
Crítica:
O Novo Testamento mostra que a Ressurreição não pode ser exata e não é apoiada por
evidências. Milagres não acontecem.
Resposta:
Os judeus falharam
em desacreditar os realtos sobre o
corpo de Jesus.
Se o relato do enterro é exata, então o
lugar onde foi coloado é conhecido tanto por judeus quanto por cristãos.
Nesse caso, é uma mesma inferência dizer
que a tumba estava vazia. Se Jesus não ressucitou e o lugar não era conhecido,
as autoridades judias rapidamente teriam exposto essa fraude. O modo mais
rápido de contornar isso era produzir o corpo de Jesus.
O relato em Mt. 28 demonstra como os
seguidores de Jesus, os guardas romanos e os líderes judeus, presuporam que o
corpo de Jesus estava ausente da tumba.
Mt. 28:11-15 Ora, enquanto elas iam, eis que alguns da guarda
foram à cidade, e contaram aos principais sacerdotes tudo quanto havia
acontecido.
E congregados eles com os anciãos e tendo consultado entre si, deram muito dinheiro aos soldados, e ordenaram-lhes que dissessem: Vieram de noite os seus discípulos e, estando nós dormindo, furtaram-no. E, se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o persuadiremos, e vos livraremos de cuidado. Então eles, tendo recebido o dinheiro, fizeram como foram instruídos. E essa história tem-se divulgado entre os judeus até o dia de hoje. |
Crítica:
Jesus não morreu na cruz, mas foi colocado vivo na
tumba, onde ele escapou para convencer os discípulos que havia ressucitado.
Esta teoria de morte aparente foi
abandonada no Iluminismo e pelos racionalistas alemães do século dezenove,
inclusive foi abraçada pelo pai da teologia moderna, F. D. E. Schleiermacher.
Resposta:
Seria quase impossível para Jesus ter sobrevivido a
sua tortura e crucificação e para não ser levado morto para o sepulcro.
Esta idéia não pode reconciliar-se com as
histórias dos seguidores de Jesus que o adoraram como o Conquistador da Morte.
Um Jesus semi-morto, necessitando de cuidados médicos, não despertaria tal
reação aos discípulos. É igulamente improvável que Jesus pudesse ter força para
se desenfaixar, retirar a pedra da entrada e escapar dos guardas romanos sem
fazer nenhum som.
Em todo caso, ele não poderia enganar aos
discípulos que criam que Ele realmente ressucitara dos mortos, sobretudo depois
do interrogatório por Tomé, se ele realmente tinha morrido e ressucitado.
Unma variação desta teoria também é chamada
"teoria do desmaio", onde Jesus perdeu a consciência ao invés de
morrer.
A Bíblia dá evidência que faz a perda de
consciência insustentável, devido ao detalhe envolto no enterro contidas nos
quatro Evangelhos:
John 19:40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em
panos de linho com as especiarias, como os judeus costumavam fazer na
preparação para a sepultura.
|
É impossível que a preparação do corpo, tão
importante na cultura judaica, poderia acontecer se Jesus estivesse vivo sem
que seus amigos notassem.
Crítica:
Os discípulos
projetaram alucinações de Jesus depois de sua morte, referindo-se
erradamente acerca da sua ressurreição.
Craig contesta esta crítica:
A teoria de alucinação se tornou popular
durante o 19º século e foi até a metade do século 20. Há no entanto, de novo,
bons pontos para rejeitar essa hipótese:
É implausível pensar em semelhante cadeia
de alucinações, sobretudo entre tantas pessoas envolvidas.
As alucinações são normalmente associadas
com enfermidade mental ou drogas; mas no caso dos discípulos, sua preparação
psico-biológica está em ordem. Os discípulos não esperavam ver Jesus vivo de
novo; tudo o que eles esperavam era se encontrarem com Ele no Reino de Deus.
Não há como imaginar por alucinação que Ele ressucitou. Além disso, a
freqüência e variedade de circuntâncias desmetem a teoria de alucinação: Jesus
não foi visto uma vez, mas muitas vezes; não por uma pessoa, mas várias; não
por indivíduos, mas por grupos; não há um lugar ou circunstância, mas muitos;
não por crentes, mas por cépticos e incrédulos também. A teoria da alucinação
não pode se sustentar frente a tal diversidade verossímil.
As alucinações não haviam levado a crença
na ressurreição de Jesus, uma idéia que era contra o pensamento judeu.
Como projeções de nossa mente, as
alucinações não podem conter nada na mente. Mas nós temos visto que a
resurreição de Jesus diferiu da concepção judia de duas maneiras. Dado o modo
de pensar judeu dos discípulos, se alucinassem, teriam uma visão de Jesus
glorificado no seio de Abraão onde Israel permaneceria íntegro até a
ressurreição. Assim, as alucinações não dariam confiança na ressurreição de
Jesus.
Crítica:
A história da ressurreição é incoerente e cheia de
contradições.
Respuesta:
A história é internamente, historicamente e
bibliograficamente consistente.
O testemunho de Paulo confirma o fato da
tumba vazia conforme o texto de Paulo em 1Co. 15.4. A expressão de Paulo
"que foi ressuscitado" seguindo a frase "que foi sepultado"
implica uma tumba vazia. Um judeu do primeiro século não poderia pensar de
outra maneira.
A frase "ao terceiro dia"
provavelmente aponta para a tumba vazia. Resumindo, o ponto é que desde então
ninguém na verdade testemunhou a ressurreição de Jesus, como os cristãos vieram
a datar isto de "ao terceiro dia"? A resposta mais provável é que
eles assim fizeram porque este foi o dia da descoberta que a tumba estava vazia
por algumas seguidoras.
Isto leva a outro ponto: a tumba foi
descoberta vazia pelas mulheres. De novo, mostra Craig:
"Para entender este ponto temos que
lembrar dois fatos sobre o papel das mulheres na sociedade judia.
A mulher ocupava uma classe inferior no
meio judeu. Isto é evidente em expressões rabínicas como 'antes as palavras da
lei serem queimadas que entregues às mulheres' e 'felizes das crianças que são
homens mas infelicidade das crianças que são mulheres'.
O testemunho de mulheres era considerado
tão sem valor que não lhes perimitiam sequer servir como testemunhas num
tribunal. À luz destes fatos, como é importante saber que as mulheres foram as
descobridoras da tumba vazia. O fato que mulheres cujo testemunho era sem
valor, em lugar dos homens, foram as enviadas da notícia da tumba vazia é
verossímil para o fato que, goste ou não, elas foram as descobridoras da tumba
vazia e os Evangelhos registram isso."
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