6 A Essência do Cristianismo
Uma senhora
parou seu carro no sinal vermelho.
Quando o sinal ficou verde, ela
continuou parada. O sinal mudou várias
vezes, mas ela continuou esperando. Finalmente, o guarda de trânsito caminhou
até o carro e perguntou-lhe educadamente: Moça, não temos nenhuma cor que a
senhora goste?
Muitos também
estão à procura de alguma cor. Alguns seguem o arco iris em busca do pote de
ouro; outros estão empolgados pelas cores da vida noturna; há aqueles que
buscam a fama na esperança de encontrar a realização nos aplausos da multidão;
alguns buscam satisfação nas profundezas do seu interior e meditam horas a fio;
e outros, com boa razão, tentam tudo isso e dizem: “Nenhuma dessas cores me
satisfaz.”
De fato, só
existe um meio de atrair homens e mulheres para uma vida melhor. Jesus disse:
“E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim.” São João (NT)
12:32.
Não existe
maior poder de atração em todo o Universo do que Jesus, o crucificado.
Infelizmente, alguns cristãos têm feito a sua vida parecer amarga, cinzenta,
triste e incolor. Aqueles que olham para eles, dizem: “Eu já sou infeliz o
bastante. Não preciso disso.”
A garotinha
Márcia e seu vizinho Joel estavam brincando de desenhar no quintal. Ficaram
ocupados durante alguns minutos com os lápis de cor quando Márcia olhou para o
desenho de Joel.
— Que desenho mais bobo!
— Não é bobo, não.
Em seguida,
Joel baixou a voz e perguntou:
— Por que o achou bobo?
— Isso ai não é uma igreja com pessoas orando? —
perguntou a Márcia.
— É —
respondeu o menino.
— Então por que você desenhou um sorriso em todas
as pessoas? Todo mundo sabe que as pessoas são tristes na igreja!
— São mesmo?
—
São, sim. Eu ri na igreja do Pedrinho
uma vez e gritaram comigo. Acho que Deus
não gosta que as pessoas riam na casa dEle.
E quando você fala com Ele, deve abaixar a cabeça e ficar muito triste.
Sem dúvida, muitas pessoas têm a
noção de que Deus não quer que você sorria;
que a felicidade é totalmente proibida e que ser um cristão significa
estar sentenciado a uma vida de muita tristeza.
Por outro lado, nem todos os cristãos representam
mal seu Senhor.
Não existe maior poder de
atração em todo o Universo do que Jesus, o crucificado.
O professor Josh Mc Dowell nos diz que,
em sua juventude, resistiu durante anos aos apelos do Senhor. Mas uma coisa
sempre o perturbava: os cristãos que conhecia eram “irritantemente” felizes.
Tal felicidade não é sequer sonhada por alguém disposto a desistir assim que as
coisas ficam difíceis. O crente pela metade é infeliz. E ele quem acha o
caminho difícil e restritivo; o cristão dividido é que tenta escurecer suas
cores e turvar sua lealdade na esperança de que ninguém saiba de que lado ele
está.
O apóstolo Paulo enumera o fruto do Espírito, as qualidades da verdadeira
vida cristã: “Mas o fruto do espírito
é: “amor, alegria, paz, paciência,
benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas (NT) 5:22 e 23.
Todos
querem essas qualidades, mas onde encontra-las? Elas são uma dádiva do Espírito Santo aos
cristãos genuínos. Isso quer dizer que
um compromisso com Cristo provocará mudanças. A experiência cristã do novo nascimento é de fato genuína quando faz
diferença na pessoa e em seu estilo de vida.
O apóstolo São Pedro fez alguns comentários
apropriados: “O enfeite delas não seja o
exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de
vestidos:
Mas... no incorruptível trajo de
uru espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” 1 São Pedro (NT)
3: 3 e 4.
Os diamantes
podem ser comprados e vendidos, mas a beleza do caráter, o adorno interior, não
tem preço. É com o artificialismo que São Pedro está preocupado. Por que o
cristão
se tomaria
artificial se Deus tem dado tanta beleza natural para cultivar?
A conversão verdadeira, inevitavelmente, transformará o modo da pessoa
viver. Não só fará diferença em seu comportamento, mas também fará diferença em
sua postura interior. Dificilmente suas escolhas serão as mesmas de
A experiência cristã do novo nascimento é
de fato genuína quando faz diferença na
pessoa e em seu estilo de vida.
antigamente. Ela não norteará sua
vida em motivos egoístas mas um discernimento cristão.
O apóstolo Paulo rios dá um princípio geral
bastante útil: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa faina, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”
Filipenses (NT) 4:8. Aquilo que você pensa determina a sua ação.
O novo nascimento altera nossa forma de viver.
Costumes deturpados darão lugar a hábitos saudáveis, provocando um adequado
equilíbrio entre corpo. mente e espírito. Haverá uni novo critério relativo à
alimentação, à prática de exercícios, à regularidade no sono. Evitaremos
qualquer coisa que ameace destruir a saúde. A verdadeira conversão levará a
significativas mudanças. O amor se reflete na prática, na ação. Tudo o que é
feito com amor não é um peso. Deus não nos pedirá para desistirmos de nada que
nos faça bem.
Adoramos um
Deus exuberante no uso de cores e desenhos. Veja o pôr-do-sol. É original cada
tarde. Observe os pássaros com as cores brilhando àluz do Sol. Note as árvores
com suas folhas balançando e enfeitando os campos.
Deus não nos pedirá para desistirmos de nada que nos
faça bem.
Sem dúvida, o
Criador ama a cor e o brilho, a textura e o desenho. Não temos nada a temer. E
Ele quem dá vida a toda a criação. Ele espalha cores por todas as estações do
ano. Este é o Deus que adoramos. Ele não tem nenhuma cor que você goste?
Ele nunca lhe
pede demais. Pede apenas uma pequena parte das riquezas que Ele colocou à sua
disposição. O Salvador lhe pedirá que
professe sua lealdade publicamente, entrando nas águas e sendo batizado da
mesma forma que Ele. Você abriria mão do privilégio de se unir publicamente
Àquele que morreu por você?
“E, sendo
Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os céus, e viu o
espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele.” São Mateus (NT) 3:16.
Jesus saiu das
águas com as roupas respingando e ajoelhou-Se humildemente na margem do Jordão.
Então o
Deus do Céu quebrou o silêncio de
séculos, e falou: “Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo.” São Mateus 3:17. Jesus foi ao rio Jordão para
ser batizado. Ele saiu da água; o Seu batismo foi por imersão. Ele não se satisfaria com um pouco de água
derramada sobre Ele. Lemos que Filipe batizou o etíope do mesmo modo que Jesus
foi batizado. “E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse
o eunuco: Eis aqui água; que impede que
eu seja batizado? E disse Filipe: é licito, se crês de todo o coração. E,
respondendo ele, disse: creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou
parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e
não o viu mais o eunuco: e, Jubiloso, continuou o seu caminho.” Atos 8:36-39
Note estas
palavras: “Eis aqui água”, “desceram à água”, “saíram da água”. Isso é imersão! E o que foi necessário antes desse homem ser
batizado? Crer. O que isso nos diz sobre
o batismo de bebês? Um bebê pode crer? Uma criança, sim, mas não um bebê. Ele
ainda nem sequer sabe quem é Jesus.
“Ou não sabeis
que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?
De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida.” ? Romanos 6:3 e 4
Pode qualquer
método de batismo, a não ser o de imersão, representar adequadamente a morte, o
enterro, e a ressurreição do nosso Senhor? Que privilégio estar unido com nosso
Senhor numa cerimônia tão significativa! Agora é o melhor momento para você
decidir seguir o Senhor nesse rito sagrado.
O apóstolo São
João, que vivia mais próximo do Senhor, descreveu os acontecimentos da última
noite do Salvador com os discípulos antes da crucificação! Ele deve ter
descrito aquelas cenas com detalhes. repetidas vezes, aos primeiros cristãos.
Ele contou como Jesus repartiu com eles o pão que representava o Seu corpo que,
horas depois, seria partido por nos. Contou também como distribuiu entre eles,
o puro suco de uva não fermentado, representando o sangue com o qual Ele
compraria o direito de nos perdoar. Os discípulos não tinham entendido muito
bem essas coisas naquele momento. Mais tarde, porém, esses símbolos passaram a
ter um profundo significado para eles. “Fazei isto em memória de mim”, disse
Ele. Os primeiros cristãos valorizavam tanto o privilégio do serviço da
comunhão que fizeram dela, parte de suas reuniões.
Aconteceu uma
coisa memorável nessa noite de quintafeira que deixou uma cicatriz no coração
de João. Ele não podia contá-la com a costumeira facilidade. Era costume o
anfitrião prover um criado para lavar a poeira dos pés dos hóspedes.
Mas naquela noite de Páscoa um
criado. De repente. chegou o momento desagradável. Cada um dos discípulos teve
a convicção de que deveria realizar a tarefa, mas respondeu cm seu intimo:
“Não, eu não! Talvez outro. Eu é que não vou fazer esse serviço humilhante!” E,
enquanto eles hesitavam, o próprio ninguém se lembrou de conseguir
E, enquanto eles hesitavam, o próprio Jesus, pegou
uma toalha, ajoelhou-Se e começou a lavar os pés deles.
Jesus, o Senhor do Céu e da
Terra. pegou urna toalha, ajoelhou-Se e começou a lavar os pés deles.
Eles ficaram
arrasados pelo sentimento de culpa. Jesus, o Senhor, estava fazendo o que eles
deveriam fazer, mas tiveram orgulho demais. Isso deixou urna cicatriz em cada
coração.
Jon Dybdahl,
escrevendo para a revista Insight, conta como ele e sua esposa chegaram à
Tailândia há alguns anos como jovens missionários. Uma das primeiras coisas que
Jon aprendeu relacionava-se com a etiqueta em relação aos pés. Na Tailândia,
não se balança os pés nem se aponta para nada com os pés. Seu hábito de cruzar
as pernas com o sapato tamanho 42 balançando no espaço, foi considerado
terrivelmente rude. Ele percebeu o quanto a sua atitude era grave, quando foi
advertido no tribunal para manter os dois pés no chão durante a audiência. Essa
aversão por pés entrava em todas as conversas. Qualquer menção ao pé, ou mesmo
à canela, era tabu.
Com o passar
do tempo, Jon estava ansioso para falar às pessoas sobre a cruz do Calvário,
mas a história não funcionou como ele esperava. Para pessoas que crêem na
reencarnação com múltiplas mortes e nascimentos, o que poderia haver de tão
especial na morte e ressurreição de Cristo? Sem dúvida, Ele deveria ter feito
coisas horríveis em uma outra vida para sofrer uma morte tão horrível.
Como se pode
explicar a cruz a um budista? Então um amigo, budista devoto, veio visitar
Jon. Ele disse que um conhecido seu, um
monge budista, estava construindo um salão das religiões do mundo em seu
mosteiro e gostada de saber se Jon podia ir visitá-lo e sugerir cenas
apropriadas e passagens para representar a religião cristã. Jon concordou em ir.
No dia
marcado, ele pegou sua motocicleta e orou por sabedoria, Jon e o monge
visitaram alegremente todos os edifícios e setores. Chegando ao salão das
religiões do mundo, Jon admirou os murais já completos, e aí assentaram-se.
O monge expressou suas próprias idéias:
— Professor, o que o senhor julga ser a essência
do cristianismo?
Jon mencionou
ao monge São João 13. Encontrou a passagem para ele em sua Bíblia e,
lentamente, a leu na linguagem thai como Jesus lavou os pés dos discípulos. O
monge nada disse enquanto ele lia, mas Jon podia sentir uma estranha e incrível
quietude e poder. Quando terminou, o monge olhou para cima com grande
incredulidade e perguntou:
— Você quer
dizer que o fundador da sua religião lavou os pés dos seus alunos?
A testa do
monge enrugou de choque e deslumbramento. Ele ficou sem palavras e Jon também.
A expressão no rosto do monge tornou-se muito reverente. Jesus, o fundador do cristianismo, tinha de
fato tocado e lavado os pés sujos de pescadores!
Jesus lavou os
pés de homens que não estavam dispostos a lavar os pés de seu Senhor. O amor deles por Jesus tinha sido grande o
bastante para falarem a respeito, para fazerem promessas de que até morreriam
por Ele, mas não passava de palavras.
Com a culpa atravessando o coração, eles tiveram uma imagem clara do que
Jesus vinha tentando ensinar-lhes todo o tempo: o amor é algo que se pratica.
As cerimônias
não salvam. Não há nada na água, no pão
ou no vinho que possa mudar as pessoas.
O batismo e a Santa Cela são a expressão pública do relacionamento que
já existe com Jesus. Você não quer desenvolver um relacionamento com
Cristo? O batismo é a confirmação desse
relacionamento. Você aceitaria ser batizado do mesmo modo como Jesus foi
batizado? Pense e ore sobre essa
importante decisão.
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