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domingo, 25 de outubro de 2015

SÉRIE ESTÁ ESCRITO - 4 O Milagre do Novo Nascimento



       4 O Milagre do Novo Nascimento

Nicodemos, quando foi até Jesus numa noite, não estava esperando nenhum milagre. Não estava procurando a razão do cristianismo. Ele pensou que estava fazendo tudo certo.  Afinal era membro do Sinédrio, o conselho que regia os judeus.
Ele desconhecia qualquer  necessidade em particular, mas foi  atraído pela simplicidade, pela lógica e novidade dos ensinamentos de Jesus. Ele contava com uma estimulante discussão de questões teológicas. Mas Jesus, desde o inicio, colocou o dedo na verdadeira necessidade do seu visitante:  Jesus respondeu. e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”  São João (NT) 3:3.
E Nicodemos quis saber: “Como pode um homem nascer de novo?” Jesus não respondeu necessariamente qual era o novo nascimento nem disse em que lugar isso deveria ocorrer. “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.”  São João 3:7 e 8.
O   novo nascimento é igual ao vento. Jesus disse que não podemos vê-lo, mas seus resultados são bem evidentes. “Ninguém vê a mão que levanta o seu fardo, ou observa a luz que desce lá do alto. As bênçãos vêm quando, pela fé, as almas se rendem a Deus. Ai, esse poder que nenhum olho humano pode ver cria um novo ser á imagem de Deus.” É algo que não podemos conseguir por nós mesmos. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.”  São João 1:12 e 13. O nascer de novo não é algo que vem através da força ou do planejamento. E um milagre. Nós só podemos permiti-lo. Ele jamais acontece contra a nossa vontade, mas somente com o nosso consentimento.
O   apóstolo Pedro fala a respeito de nascer de novo. Ele disse:  “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.”  1 São Pedro (N’I) 1:23.  O nascer de  novo é estimulado.  Pedro disse, pela Palavra de Deus.  Ele é trazido pelo mesmo poder criador que ordenou que os céus existissem.  O nascer de novo é inquestionavelmente um milagre.  Um milagre do poder criador.  Isso nos leva a fazer algumas

O novo nascimento é igual ao vento.
Não podemos vê-lo, mas seus resultados são bem evidentes.

perguntas: Que espécie de vento é esse que nem mesmo move uma folha? Que tipo de novo nascimento é esse? O que realmente acontece quando o homem experimenta a obra da recriação?
O   apóstolo Paulo escreveu: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”  II Coríntios (NT) 5:17. Como podemos dizer que a experiência do novo nascimento não envolve um milagre? Por que tentamos fazer por nós mesmos o que apenas Deus pode fazer?
Milhões de pessoas crêem que temos de nos aperfeiçoar sozinhos antes de chegarmos ao Salvador —  ficarmos puros e livres de todos os hábitos ruins. Fazermos alguma coisa para nos purificar. Talvez darmos urna grande contribuição. Esta é a noção que muitas pessoas têm: a necessidade de se lazer um milagre sozinho antes de pedir a Deus para operar esse milagre. É um pouco estranho, não é? É o mesmo que querer ficar totalmente limpo antes de tomar banho. O problema com todos esses esforços e auto-aprimoramentos é que Deus diz que são inúteis. Vamos incluir mais uma passagem:  “Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jeremias (VT) 13:23. Quanto às tentativas de nos tornarmos bons, elas também não são bem-sucedidas.
O profeta Isaias declara: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia” Isaías (VT) 64:6. Não existe um meio de nos limpar sozinhos. Tentar agir assim traz o mesmo resultado que espargir água de rosas sobre o câncer. Ainda assim, muitos perguntam:  “O que devo fazer para ser salvo?”
Essa pergunta insinua que existe algo a ser feito Para persuadirmos a Deus a nos salvar. A pergunta sugere que se fizermos certas coisas para Deus, coisas específicas, grandes e suficientes, Ele nos salvará. Será que Jesus precisa ser persuadido a nos salvar, se Ele já nos deu Sua própria vida?
Por outro lado, as coisas que um cristal nascido de novo faz não serão diferentes das que fazia antes de nascer de novo? Eis a questão: O milagre do novo nascimento transforma por completo o comportamento do homem: mas as boas coisas que ele faz agora serão tão naturais quanto as coisas ruins que costumava fazer antes. As coisas boas que ele faz não são unia tentativa de merecer a salvação, mas uma resposta natural ao Salvador que ele conheceu.
Pedro e João estavam a caminho da reunião de oração um dia, quando um mendigo aleijado lhes pediu uma esmola. Pedro respondeu: “Prata e ouro eu não tenho, mas o que eu tenho lhe dou. Em nome de Jesus Cristo de Nazaré, levante-se e ande.”  O homem andou. Você pode imaginar a agitação que isso criou entre o povo.   Maravilharam-se de o nome de Jesus, mesmo sem a Sua presença física, possuir tal poder.

Será que Jesus precisa ser persuadido a nos salvar, se Ele já nos deu Sua própria vida?

E Pedro e João foram postos na cadeia. Lembre-se que Pedro, João e os demais discípulos haviam abandonado Jesus na noite anterior à crucificação. Pedro chegou a negá-Lo. Mas as coisas haviam mudado. E quando compareceu perante as autoridades no dia seguinte, Pedro, sem nenhum sinal de medo, os acusou como responsáveis pela morte do Filho de Deus. As autoridades pediram a Pedro e João somente uma coisa: Que se calassem a respeito de Jesus.
—       Calarmos a respeito de Jesus? —      responderam.  “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram:
Julgai vós se é Justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus: Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.”   Atos (NT) 4:19 e 20.
Não conseguiam deixar de falar sobre Ele. Pedro e João tornaram-se corajosos. Eles haviam experimentado um milagre. Tinham nascido de novo. E agora só estavam fazendo tudo aquilo naturalmente.
Mas, como pode unia pessoa nascer de novo? Como é que ocorre uma verdadeira conversão? Isso não pode ser explicado. É um milagre que ocorre dentro de nós, mas sempre com nossa permissão. Deus não nos força nem nos programa como se fôssemos robôs. Em vez disso, Deus chama, convida e espera a resposta.
Não há duas conversões exatamente iguais. Há semelhanças, e o essencial em toda conversão genuína é olhar para Jesus. Existem decisões a serem tomadas, atitudes a serem mudadas, prioridades revertidas: existe amor, confiança e dedicação: tristeza pelo pecado e arrependimento, que significa dar meia-volta. Existe confissão e perdão. Existe unia vida nova, um novo estilo de vida e um relacionamento incrivelmente feliz com o Senhor Jesus Cristo, um relacionamento com possibilidades ilimitadas.
Pedro, por exemplo, passou boa parte dos três anos e meio com Jesus. Mas ele tinha nascido de novo? Ele era tão seguro de si mesmo, tão impulsivo e desastrado. Ai, veio aquela terrível noite de sexta-feira, quando tudo saiu errado. Pedro gabou-se de estar pronto para morrer por seu Senhor e parece que Jesus não Se agradou quando ele usou a espada. Ele também ficou um pouco descontente com Jesus por não ter feito um milagre para livrar-Se dos soldados.
Frustrada e confusa, a sua fé, de repente, tremeu.  Pedro havia negado até mesmo conhecer o seu Senhor. Então Jesus olhou para Pedro. E aquele olhar não foi a condenação de Pedro, embora ele a merecesse. Foi um olhar de amor e de perdão e foi o bastante.  O coração de Pedro ficou esmagado e derretido ao mesmo tempo. Ele se afastou da multidão, e tratou de voltar correndo para o Getsêmani, o lugar em que Jesus

O novo nascimento é uma experiência que acontece no coração de cada pessoa.

suportou toda dor sozinho. Na terra ainda úmida das lágrimas do Salvador, Pedro chorou em desabafo e se tomou um novo homem.
Com João, a mudança da conversão foi mais gradual.  Com Tomé, o momento da nova vida deve ter vindo quando ele caiu aos pés do Senhor ressurreto e disse: “Meu Senhor e meu Deus.”
Lembra-se de Zaqueu?  Imagine a surpresa dele quando Jesus lhe disse que iria a sua casa naquele mesmo dia. O novo nascimento deve ter começado naquele momento com fé, culpa e arrependimento, tudo misturado em sua mente de uma só vez. Mas note o que aconteceu. Como coletor de impostos, ele havia prejudicado muitas pessoas.  Isso precisava ser corrigido e ele queria corrigir. O que ocorreu foi uma conversão, uma mudança, um novo nascimento, sem dúvida. Você concorda?  O novo nascimento é uma experiência diferente para cada individuo;  mas em toda conversão autêntica, é preciso estar disposto a dizer:  “Eu sou culpado.”
Essa era uma barreira que os fariseus tinham orgulho demais para transpor. Por isso, Jesus não pôde ajudá-los. Eram orgulhosos demais para se arrependerem. Existem aqueles que dizem:  Crê no Senhor Jesus e serás salvo. Mas Paulo estava falando de uma crença concernente apenas a informação?  É suficiente crer que Jesus existe, que é o Filho de Deus?  Ora, Satanás e seus anjos rebeldes crêem nisso e tal crença os salvou?    Não.  Uma crença assim também não nos salva.  Jesus morreu em nosso lugar e tem que haver uma aceitação pessoal desse sacrifício. Temos que ter fé nisso.
Crer.  A fé que salva tem que ser mais do que informação.  Tem que incluir compromisso.  É verdade que nascer de novo não é algo que fazemos, mas é no amor que está a ação. Durante todo o caminho haverá decisões a serem tomadas.  Deus não fará isso por nós, haverá passos a serem dados quando entregarmos a vida ao Salvador.  Mas tais decisões não são crédito em nossa conta espiritual.
Agora, uma palavra a mais sobre confissão. I São João (NT) 1:9:  “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” A confissão, se for genuína, tem que vir do fundo do coração. Será sem sentido se vier cheia de desculpas e de explicações. Tem que vir do arrependimento verdadeiro e profundo, que somente Deus pode dar. Esse tipo de confissão tem que ser algo mais que “acho que falhei”. Mas, o perdão é obtido por nossa confissão?  Não.  O perdão jamais é concedido por mérito, jamais é merecido. Não podemos consegui-lo pela extensão, pelos detalhes ou pela beleza da nossa confissão.  O perdão é um dom além da nossa capacidade de entender.  Seu preço é maior que o Universo, pois custou a vida e o sangue do Filho de Deus. Talvez exista alguém dizendo: “Não há esperança para mim. Fiz uma
confusão tão grande da minha vida que Deus não vai me querer agora. Acho que... fui longe demais.”

A confissão genuína nasce no fundo do coração.
Ela é um produto do verdadeiro arrependimento.

Veja o que Deus disse ao profeta: “Vinde então, e argüi­-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tomarão brancos como a neve: ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.”  Isaías (VT) 1:18. Você ainda acha que Ele não o perdoará? Acha que foi longe demais? Quem quer que seja, onde quer que esteja, o que quer que tenha feito, sua culpa pode ser curada. Não importa há quanto tempo essa culpa o venha perseguindo, torturando e esmagando. Você pode levá-la ao Salvador agora mesmo e livrar-se dela.
Quanto tempo leva para se nascer de novo?  Somente o tempo que se leva para decidir. O  Dr. Paul Tournier, o famoso psiquiatra suíço, ficou órfão cedo em sua vida.  Na época de estudante, ele ficou muito apegado a um professor grego que o tratava com grande consideração. O professor não era um homem religioso, mas era um bom homem. Anos mais tarde, o Dr. Tournier, depois de ter se tornado cristão, completou o seu primeiro manuscrito de um livro sobre a vida cristã e quis que alguém o lesse de modo crítico. Assim, lembrou-se de seu velho professor. A visão do professor já não era tão boa quanto antes e ele pediu a seu antigo aluno que lesse o primeiro capítulo em voz alta. Quando terminou, o Dr.Tournier ergueu a cabeça para ouvir alguma critica. O professor então pediu:
— Paul, continue.
Ele leu mais um capítulo e a resposta foi a mesma. Ele leu o terceiro capítulo e o professor disse suavemente:
— Paul, precisamos orar juntos.
Começaram a orar, mas o Dr. Tournier mal podia disfarçar sua surpresa ante aquela reação inesperada. Quando terminaram de orar, Paul exclamou:
— Eu não sabia que o senhor era cristão.
— Sim, eu sou.
— Mas, quando o senhor se tornou cristão?
— Neste exato momento.

Tome também a sua decisão. Aceite a Jesus agora mesmo!

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