5 Por que Tantas Religiões?
Por que
existem tantas religiões? Como podemos encontrar a religião certa? Alguém já
pensou procurá-la nas páginas amarelas
da lista telefônica? Recorremos à lista para muitas coisas, mas essa resposta
não encontraremos lá. Nosso objetivo é a verdade. A verdade não está à venda.
Em certas páginas amarelas podemos encontrar colunas e colunas de igrejas, mas
como alguém poderá escolher acertadamente em meio a tantas opções?
Você teria
coragem de fechar os olhos e correr o dedo por uma página e escolher por acaso
aquela igreja onde seu dedo parasse? Certamente, ficaria confuso, porque a
questão parece ir muito além das páginas amarelas. Estamos vivendo em uma época
de mudanças radicais. As igrejas, por sua vez, na tentativa de mostrar
interesse pelo povo, envolvem-se com a ação social, a política, a guerra e a
pobreza. Enquanto isso, o Evangelho de Cristo tem sido colocado de lado.
O que tem ocorrido nos últimos tempos é uma
deterioração dos valores morais. Cercados pelas dúvidas, há os que pensam em se
desligar das igrejas, por considerá-las desnecessárias. E quanto aos caminhos
diferentes, inovadores, será que são guias seguros na procura da verdade? Por
causa disso tudo, muitas ovelhas desgarradas (como define o Evangelho) estão voltando
ao rebanho. E muitas ainda permanecem em dúvida. Você pode ser uma dessas
pessoas. A dúvida pode estar atravessada em seu caminho.
Se seu desejo é
exclusivamente encontrar a verdade sem subterfúgios, você não irá à procura de
uma igreja pela altura de suas torres, pela riqueza de seus altares ou pela
elegância de seus adeptos. Existem milhões e milhões de pessoas que se
proclamam cristãs. Elas acreditam no cristianismo, opondo-se ao hinduísmo,
budismo, islamismo ou judaísmo. Mas, além do vago rótulo de cristãs, não há
mais semelhanças.
Cristãos e
igrejas cristãs parecem ir à procura de todo o tipo de variedades. Você está procurando uma organização grande, com muitos
milhões de adeptos, ou um pequeno e discreto grupo? Uma Igreja antiga ou uma
igreja nova? Alguns escolhem uma igreja apenas porque ela está ali na esquina.
Outros consideram a amizade multo importante. Há os que são atraídos pela
música de um grande órgão ou pelo canto de um coral, ou procuram um pastor
simpático e carismático. Poucos, muito poucos, dão qualquer importância, ou
qualquer prioridade, à verdade.
A verdade é o
fator mais importante. Deus coloca a verdade à nossa frente. Vamos ver o que
Ele diz através do profeta Isaías (VT) 8:20. “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão
a alva.” Sem a luz que brilha da Palavra
de Deus, não chegaremos ao pleno conhecimento da verdade.
A Bíblia dá
uma resposta muito clara e compreensível:
“E viu-se um grande sinal no céu:
uma mulher vestida do sol,, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de
doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e
gritava com ânsias de dar à luz.” Apocalipse (NT) 12:1 e 2
A mulher, na
profecia bíblica, significa Igreja. Deus usa com freqüência o símbolo de uma
mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura e bonita representa a
verdadeira Igreja. E uma mulher prostituta representa uma igreja falsa. Tendo
isso em mente, entenderemos a profecia. Quando algumas pessoas lêem o livro do
Apocalipse, exclamam:
Que coisa
horrível! O capitulo 17 fala sobre
prostituta!
Sem a luz que brilha da Palavra de Deus, não chegaremos ao pleno
conhecimento da verdade.
E bom,
entretanto, que você compreenda bem a linguagem bíblica e saiba que o profeta
não está se referindo à impureza física.
Na verdade, “a mulher vestida de púrpura e de escarlata” (Apocalipse:
17:4) representa uma Igreja falsa, infiel ao Senhor. Não se esqueça de que o Novo Testamento fala
também da Igreja como a noiva de Jesus.
A Igreja ai é, também, simbolizada por uma mulher e Cristo é seu
noivo. O caráter da mulher, no
Apocalipse, simboliza a Igreja verdadeira e a igreja falsa.
Continuando a
leitura de Apocalipse (NT) 12:3 e 4, João descreve: “E viu-se outro sinal no
céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre as suas cabeças, sete diademas. E a sua cauda levou após si a
terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou
diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe
tragasse o filho.”
O dragão é
inquestionavelmente Satanás, o anjo caído que levou um terço dos anjos com ele
na rebelião. O dragão estava diante da mulher, ou da Igreja, para devorar Seu
filho tão logo Ele nascesse. Vamos recordar que Satanás, através de Herodes, o
governador romano, tentou destruir a Cristo decretando que todas as crianças do
sexo masculino encontradas em Belém fossem mortas. Mas Satanás não foi
bem-sucedido.
Vejamos o versículo 5: “E deu à luz um filho, um varão que há de reger
todas as nações, com vara de ferro; e o
seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.” Jesus está a salvo, ao lado do Pai. Mas
Satanás não desistiu.
Durante toda a Idade Média, por quase 13 séculos, a Igreja teve que
permanecercom seu e pequeno núcleo de fiéis escondido.
Após fracassar
na tentativa de destruir Jesus, voltou sua atenção para a mulher, a Igreja, e
determinou destruir Seu povo. Isso é o que está retratado com clareza nas
Escrituras.
O versículo 6
esclarece que “a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por
Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”. A Igreja, atacada por Satanás, passou
momentos terríveis. O período de perseguição durou 1.260 dias proféticos. cada
dia simbolizando um ano literal. A Igreja fugiu para o deserto porque ela
precisava de segurança contra a incansável perseguição, que começou logo depois
da morte dos apóstolos e iria aumentar no domínio de Justiniano I, no ano 527
da nossa era.
Justiniano
oprimiu a verdadeira Igreja - a primitiva -
retirando toda a proteção dos que chamava de dissidentes. Os cristãos passaram
a ser perseguidos pelo simples crime de permanecerem leais à Palavra de Deus.
Essa opressão atingiu sua incontrolável fúria no ano 538. Esse número somado a
1.260 nos leva a 1798. Após quase 13 séculos no deserto, Deus impediu que Sua
Igreja fosse extinta. Agora observe o que diz o versículo 14: “E foram dadas à mulher duas asas de grande
águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um
tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.” Tempo, tempos, e metade de um tempo
representam o mesmo período de 1.260 anos.
De acordo com
o versículo 16, “a terra ajudou a mulher”. Nas montanhas, nos lugares mais
afastados, a mulher (a Igreja) se protegeu contra os ataques de Satanás e assim
sobreviveu. Logo em seguida, a vemos vitoriosa. E ela permanece assim até o
final dos tempos. E chegamos ao versículo 17 do capítulo 12: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi
fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e
têm o testemunho de Jesus Cristo.”
Vamos
relembrar o que estudamos até aqui. São João, o revelador, viu uma bonita mulher representando a igreja verdadeira
de Jesus Cristo, em pé nos céus. Estava grávida, esperando um filho. Uma coroa
de 12 estrelas adornava-lhe a cabeça. A Igreja, como se vê, com a coroação de
glória dos 12 apóstolos, encontra-se sobre a lua, que não tem luz própria e
apenas brilha com luz emprestada. Esse foi o principio da era cristã. A lua
simboliza as sombras e cerimônias do Velho Testamento, que passaram para sempre
com o sacrifício de Cristo.
A mulher
vestida com o fulgor do sol, ou seja, com o brilho do Evangelho, projetou-se
para o futuro. Seu filho foi perseguido pelo dragão, e permanece finalmente a
salvo no Céu. A Igreja tomou-se o alvo da perseguição por 1.260 anos. Apesar de
toda esta fúria destrutiva, ela está viva em nossos dias, consolidada na fé de
Jesus e nos mandamentos de Deus.
Durante nosso
estudo, quando utilizamos a palavra Igreja, não pensamos em nenhuma denominação
religiosa. No Novo Testamento, o termo Igreja significa a sociedade religiosa
fundada por Jesus Cristo. Seus adeptos
são, portanto, os escolhidos de Deus. E muito confortante saber disso, você não
acha?
E quanto à
predição? Ela se cumpriu? Perfeitamente. Uma tremenda avalanche de perseguição
foi desencadeada contra os seguidores de Cristo. Começou com Nero, mais ou
menos na época do martírio de Paulo. Os cristãos foram falsamente acusados dos
mais hediondos crimes, inclusive de calamidades naturais e terremotos. Muitos
foram atirados às feras ou levados às fogueiras, sendo alguns até crucificados.
Mas não ficou
só nisso. A perseguição continuou. Entretanto, os cristãos permaneceram Banes.
Os que deram a vida à causa de Cristo foram substituídos por outros igualmente
leais. Satanás viu que não poderia destruir a Igreja pela violência e resolveu
tramar outros métodos: agir em silêncio e trabalhar dentro da Igreja. Como lobo
vestido com pele de cordeiro, sua tática colocou a Igreja em tremendo perigo. A
concessão tornou-se uma arma mais eficiente do que a morte.
A Igreja, com
a pretensão de ser popular, cortejou o mundo. Pagãos em grande número trouxeram
seus ídolos. superstições e cerimônias. A popular igreja visível estava agora
corrompida. Não podia mais ser representada pela mulher bonita e pura de que
nos fala Apocalipse 12. O pequeno
núcleo de cristãos que se mantivera firme, seguindo a Cristo e aos apóstolos,
jamais poderia aceitar a heresia e a corrupção. Só lhe restava uma opção:
esconder-se, fugir para o deserto, como estava predito.
Durante toda a
Idade Média, por quase 13 séculos, a Igreja teve que permanecer com seu pequeno
núcleo de fiéis escondido. Somente Deus sabe quantos foram martirizados
naqueles anos terríveis. A perseguição já não vinha de fora. Eram cristãos
perseguindo outros cristãos. Foram praticadas as maiores atrocidades em nome da
religião. Parece que não existe algo tão terrível como o terror praticado em
nome de Deus. Mas através de toda a Idade Média a luz da fé e da esperança
jamais se apagou.
As ameaças, os
riscos e a própria morte não foram
suficientes para apagar a chama viva da verdade conforme a experiência vivida
pelos valdenses em 1655.
Somente Deus sabe quantos foram martirizados naqueles anos Terríveis.
Eles estavam reunidos na “Chiesa
de la Tanna”, a Igreja da Terra, onde por muitos anos cantaram, oraram e
compartilharam
seu testemunho destemido. Um dia,
porém, 250 deles surpreendidos naquela caverna. Os soldados
fizeram uma fogueira na
única entrada existente. Enquanto
o oxigênio era consumido, eles cantavam louvores a Deus até terminar o fôlego,
até a hora da morte. John Milton, o poeta cego, autor do célebre poema “Paraíso
Perdido”, impressionado com o martírio sofrido por esses heróis, escreveu:
“Vingai, ó Senhor, Teus
santos trucidados, cujos ossos jazem espalhados pela fria montanha alpina,
aqueles que mantiveram Tua verdade pura, quando nossos pais adoravam pilares e
pedras.”
Mas a tocha da
verdade nunca foi totalmente extinta e,
em 1798. chegou ao fim o período
dos 1.260 anos. Na maior parte da Europa, a perseguição havia cessado 25 anos
antes. Jesus havia dito que, “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne se salvaria”. O Movimento da Reforma havia cumprido seu papel. Os
tradutores da Bíblia tinham concluído seu trabalho. As impressoras estavam
publicando as Escrituras para serem espalhadas pelo mundo e se tomar disponível
para todos.
A Igreja
primitiva, a verdadeira Igreja, a mulher de que nos fala Apocalipse 12, nasceu
no inicio da era
Ninguém pode dizer que sua Igreja e a única que será salva no final, porque
Deus salva pessoas, e não Igrejas.
cristã e representa a fé
inabalável de Jesus Cristo em toda a sua pureza. Ela prossegue através dos
séculos.
É como se ela tivesse entrado no túnel
para atravessar os séculos. Procurou esconder-se. Desapareceu durante um
período de 1.260 anos, tal como previa o Apocalipse, e saiu do túnel em 1798,
com os estigmas e as marcas de seu longo sofrimento, mas como guardiã da
verdade, ainda resplandecendo a pureza da fé recebida de Jesus e dos apóstolos.
Você já
imaginou quanta confusão causaria se desse túnel não saísse uma única e
verdadeira Igreja, mas 212 ramificações da fé cristã, com diferentes
denominações, credos e “ismos”, uma contra a outra na maioria das vezes?
Certamente você diria, com justa razão, que alguma coisa aconteceu no túnel do
deserto. Mas as verdades de Deus, fielmente seguidas. apesar de toda a
perseguição, devem ter voltado também do deserto.
Não há dúvida
de que a Igreja verdadeira sobreviveu em seu longo afastamento. Mas como
podemos saber qual a verdadeira Igreja hoje, em meio a tantas denominações?
Como iremos
distinguir a verdadeira da falsa?
Acreditamos que devemos avaliar a Igreja como Deus o faz. Ele mede uma
Igreja por sua reação à verdade. E Ele nos mede do mesmo modo. Ninguém pode
dizer que sua Igreja é a única que será salva no final, porque Deus salva as
pessoas, individualmente, e não as Igrejas. Portanto, meça a sua Igreja pelo
que ela ensina como verdade.
Voltando a
Apocalipse 12:17, Satanás ficou bravo com a Igreja e foi fazer guerra ao resto
de sua semente, ao resto da Igreja nos últimos dias, aos que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Como se vê, com
clareza, Satanás foi fazer guerra contra o resto da Igreja, não com a Igreja
primitiva, nem da Idade Média, mas com a Igreja do tempo do fim, o resto de sua
semente, os que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
Como a Igreja
no final dos tempos manterá a verdade? A Igreja manterá a verdade guardando os
mandamentos de Deus, Inclusive o sábado, e mantendo o testemunho da fé. E
preciso não esquecer que as marcas distintas da verdade saíram imaculadas do
túnel do deserto e aguardam a volta de Jesus. Deus preocupa-se tanto com Seu
povo que o último livro da Bíblia - o Apocalipse - traça
claramente Sua verdade desde o inicio da Igreja cristã, nos dias de Cristo, até
os nossos dias, e nos dá a certeza de que não pode haver confusão nem
mal-entendidos em nossa busca da verdade.
Se amamos
verdadeiramente Jesus, devemos nos lembrar que Sua promessa é enviar o Seu
Santo Espírito para iluminar o caminho da verdade. Basta escolhermos ser
conduzidos por Ele, basta sermos sensíveis ao som de Sua voz dizendo:
“Segue-me”.
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