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domingo, 25 de outubro de 2015

ESTUDOS BÍBLICOS - Como identificar um profeta




Como identificar um profeta

Saiba a diferença entre o falso e o verdadeiro.


“O fim vem aí, de novo!” Dizia a charge num jornal, chaman­do a atenção, pela fina ironia, ao focalizar um dos temas mais in­trigantes do momento: as profecias sobre o fim do mundo.
Sem sombra de dúvida, a idéia do fim de todas as coisas tem estado presente ao longo dos séculos; mas, agora, com a proximi­dade da virada do milênio, ela vem crescendo como nunca, cau­sando apreensão, histeria e medo cm muitas pessoas.
À medida que os ponteiros do relógio iniciam a contagem re­gressiva rumo a 2000, também multiplicam-se as seitas catastrofís­tas pelo mundo afora, turbinadas pela expectativa nervosa de um juízo final que se aproxima. Nesse cenário, surgem às centenas, indivíduos proclamando-se portadores de grandes revelações pa­ra a humanidade, intitulando-se profetas.

O   SENHOR DO FUTURO


A Bíblia mostra que, no início, havia uma comunicação direta entre Deus e o homem. Como resultado, tudo estava às claras e não existia o mínimo sentimento de preocupação ou medo. Mas, infeliz­mente, o pecado rompeu essa relação dc amor e trouxe, como uma de suas conseqüências, o medo quanto ao futuro. Nessa condição, alienados de Deus, os seres humanos criaram meios para tentar des­vendar o futuro (astrologia, quiromancia, necromancia, etc).
Babilônia, o primeiro império mundial, ao que tudo indica foi o berço dessas milhares de práticas chamadas divinatórias. No en­tanto, lembra o escritor Fernando Chaij, “os antigos sábios de Babi­lônia tiveram que reconhecer sua total incapacidade de ler o futu­ro, admitindo que tal prerrogativa é exclusiva de Deus”, “A coisa que o rei exige é difícil, e ninguém há que revelar diante do rei, se­não os deuses, e estes não moram com os homens” (Daniel 2:11).

Dois GRANDES RISCOS


E maravilhoso saber que sendo Deus o único que pode decifrar o futuro, Ele se alegra em compartilhar esse conhecimento com os fléis: “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primei­ro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” (Amós 3:7).
Mas, ao mesmo tempo em que a Bíblia afirma que Deus utili­za os profetas como porta vozes para as Suas mensagens, ela alerta para o perigo dos falsos profetas: “Assim como, no meio do po­vo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres  (II Pedro 2:1).
Descrevendo os últimos dias que precedem a Sua Segunda Vinda,Jesus destacou como característica marcante os “muitos fal­sos profetas” que “enganarão a muitos” (Mateus 24:11). Ele adver­te que esses enganos serão tão bem enquadrados ‘para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24:24).
Esses textos mostram que é preciso cuidado, cautela, ao se de­parar com alguém que se intitula profeta e se arroga o poder ou capacidade de desvendar o futuro. Nesse caso, o risco é duplo: re­jeitar o genuíno e acolher o falso.
Tendo em vista isso, o apóstolo Paulo recomenda equilíbrio: “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias, julgai to­das as coisas, retende o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:19-21, grifo acrescentado).

PROVA DOS NOVE


Existe uma série de  critérios estabelecidos na Bíblia que de­vem ser aplicados a cada caso.Vamos apresentar alguns deles para que o leitor, quando confrontado com algum “candidato a profe­ta”, possa tirar suas conclusões com equilíbrio e respaldo bíblico:

(1) O encargo profético vem de Deus, é Ele quem escolhe e separa alguém para função. Os profetas nunca atuaram por iniciativa própria:  “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espí­rito Santo” (II Pedro 1:21).
          (2) A mensagem apresentada pelo profeta tem que estar em perfeita harmonia com a Bíblia: “À lei e ao teste­munho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20). Isso significa que, se um pretenso profeta fala al­go que não corresponde ao texto bíblico, devemos descartá-lo. Fiquemos com a Bíblia!
(3) As predições devem se comprovar verdadeiras; “Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profeti­zou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, a falou o tal profeta: não tenhas temor dele” (Deuteronômio 18:2 1 e 22).
Isso implica em 100% de acerto o que, por exemplo, não acon­tece com o famoso astrólogo Nostradamus. Como lembra o escritor Marc Calvin, em 1564 ele predisse que Carlos IX, rei da França, viveria 91 anos; o rei morreu jovem, aos 24 anos de idade. Ele tam­bem previu, para agosto de 1987, o inicio da 3a. Guerra Mundial. “ Isso não aconteceu; ou, se aconteceu”, diz Calvin com uma pitada de ironia. “nossos jornais eTVs foram muito incompetentes ...”
(4)  O Profeta verdadeiro reconhece a encarnação de Cristo: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espíri­to que não confessa a Jesus não procede de Deus” (1 João 4:2 e 3).
As implicações desse texto são profundas. Elas vão além de uma mera aceitação do fato de que Jesus Cristo viveu sobre a Ter­ra e, certamente, fogem a idéia de que Ele foi “um espírito evolui­do”. A Bíblia mostra que “o Verbo Se fez carne e habitou entre nos, cheio de graça e de verdade” (João 1:14); Ele é, também, Aquele “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miqueias 5:2).
(5) A vida do profeta  deve  ser digna da função: A Bíblia de­clara que a profecia vem através de “homens santos de Deus” (II Pedro 1:2 l ). Segundo Jesus, podemos distinguir os falsos profetas através da sua conduta: “Pelos seus frutos os conhecereis. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a arvore má produzir frutos bons. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16,18-20).
Essa orientação e fundamental ao se avaliar a reivindicação do pro­feta. Em primeiro lugar, antes da sua pretensão e do caráter da sua men­sagem, vem a sua vida: o que ele é. Embora seja um ser humano imper­feito (Tiago 5:17), a sua vida deve, ao máximo possível, ser caracterizada pelo fruto do Espírito e não pelas obras da carne (ver GaIatas 5:19-23).

CONCLUSÃO


O clima de fim do milênio está propicio para o surgimento de todo tipo de proposta religiosa e elas são inúmeras. Há muitos espertalhões faturando em cima da credulidade alheia (é o caso do ‘irmão David”, um americano que se instalou em Jerusalém e está vendendo a 5 dólares “lugares para que os peregrinos assis­tam à Segunda Vinda do Messias”). Por isso, mais do que nunca, e preciso submeter esses profetas modernos ao crivo bíblico para não incorrerem erro,. Vale aqui a seguinte orientação: “Ponham à prova tudo o que for dito, para terem a certeza de que é verdade, e se for, então aceitem” (I Tessalonicenses 5:2 1, Bíblia Viva).

Perguntas sobre o Dom de Profecia


1. De que maneiras  Deus  Se revela aos seres humanos?
“Certamente, o SENHOR DEUS não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os  profetas” (Amôs 3:7).

2. Como Deus comunica aos profetas a Sua vontade?
“Então disse: Ouvi, agora, as Minhas palavras; se entre vós há profeta, Eu, o SENHOR, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos” (Números 12:8).

3. Quais as duas características que os fiéis do tempo do fim possuem?
“Irou-se o dragão contra a. mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus; e se põe em pé sobre a areia do mar” (Apocalipse l:17).

4. O que é o  ‘testemunho de Jesus’?
“Prostrei-me ante os  seus  pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças Isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantém o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da pro­fecia” (Apocalipse 19:10).

5. Encontramos o Dom de  Profecia entre os dons que Jesus concede a Igreja?
“Por isso diz: Quando Ele subiu as alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. E Ele mes­mo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos Santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varo­nilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor  por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela artimanha com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 8: 11-18).

6. Usará Deus novamente o Dom de Profecia?
“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do Meu Espírito sobre toda a carne; vossos fi­lhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os Meus ser­vos e sobre as Minhas servas derramarei do Meu Espírito naqueles dias,  e profetizarão” (Atos 2:17).

7. Que promessa Deus faz àqueles que confiam nos profetas enviados por Ele?
“Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem eles, pôs-se Josafá em pé e dis­se: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (II Crônicas 20:20).



Sinais dos Tempos   set-out/99

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