Como lidar com o sentimento de culpa?
Conheça uma boa indicação
para viver em paz com a consciência.
por Wilson de Almeida
Todos somos culpados, ate que se prove o
contrário. Esse é o modo habitual como nossa consciência costuma nos tratar. E
haja senso de culpa!
E a Palavra de Deus reforça ainda mais
essa condenação: “Não há justo, nenhum sequer!” Se ela parasse ai, não haveria
qualquer esperança. Mas, graças a Deus por Cristo Jesus, nosso Senhor.., já
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Romanos 7:25 e 8:1).
Por sua morte e ressurreição, nos atraiu para nos fazer morrer juntamente com
Ele na cruz e também com Ele ressuscitar para uma nova vida, livre da condenação da culpa que
pesava sobre toda a raça humana desde a queda de Adão e Eva.
Pesquisadores na área do comportamento
humano fazem distinção entre o que chamam de falsa e verdadeira culpa. A
primeira pode ser definida como um sentimento doentio, causado por emoções descontroladas
e auto-estima baixa. Muitas vezes tem sua origem na infância, em razão de um
comportamento exigente dos pais, ou da imposição de conceitos errados acerca
de prazer e felicidade.
A critica sistemática, ainda que
travestida como ‘construtiva’, sempre traz consigo um estado de humilhação para
quem a sofre. É outro fator que produz complexo de culpa.
A verdadeira culpa é um sinal de alerta,
a partir da tomada de consciência de nossos erros.Teólogos afirmam que toda a
culpa sugerida pelo julgamento humano é falsa quando não atestada completamente
pelo julgamento de Dcus.
No
campo espiritual há quem se sinta culpado até mesmo pela falta de fé. É um
problema que resulta de entendimento equivocado acerca de fé e da maneira como
alcançá-la. O fracasso na tentativa de obedecer à vontade de Deus por meio do
esforço próprio é outro motivo para o complexo de culpa. Como se trata de uma
impossibilidade, a autocondenação se torna um fardo insuportável.
A
culpa é um sentimento universal do qual ninguém está isento. E ela pode gerar
duas reações opostas: quando reprimida, produz revolta, medo, ira,
agressividade e angústia; se reconhecida de maneira consciente, leva ao
arrependimento, ao perdão divino e à paz.
A
religião moralista apresenta um Deus irado e ameaçador, pronto a castigar
todos os pecadores impenitentes com o fogo do inferno. Em todas as comunidades
cristãs existe esse tipo de religião que cultiva a culpa doentia. A graça
divina, porém. rompe essa falsa moralidade, conduzindo ao arrependimento e,
através dele, à libertação do pecado.
Para
qualquer espécie de culpa a solução definitiva encontra-se na Palavra de Deus:
“Conhecereis a Verdade e ela vos libertará” (João 8:32). Essa “Verdade” é
perfeitamente identificada com a pessoa de Cristo: Eu sou o Caminho, a Verdade
e a Vida’(João 14:3).
A
existência de um sentimento de condenacão - seja ele motivado por uma situação
real ou imaginária - deve nos levar a uma reflexão interior, permitindo que o
Espírito Santo tenha a oportunidade de realizar sua obra em nosso coração
eliminando o fardo da culpa. A ação divina produz um reconhecimento do pecado e
gera arrependimento, condição essencial para a libertação plena.
Consultórios
de psiquiatras e psicólogos lotados de gente desesperada, cheia de remorso e
autocondenação, atestam as falhas na pregação do verdadeiro evangelho de
Jesus Cristo. Claro que um bom número de terapeutas cristãos têm contri buido
positivamente para ajudar pessoas a recuperar a auto-estima, mas é lamentável
que a pregação da Palavra de Deus venha sendo usada muito mais para condenar do
que para promover libertação por meio do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo” (João 1:29).
O
Espírito de religiosidade, que procede de uma religião formalista e cheia de
regrinhas criadas por homens nada tem a fazer com a verdadeira conversão, por
isso não gera de modo algum a vida plena que Jesus promete mediante o novo
nascimento.
A
solução para o conflito interior criado por esse tipo de religiosidade é
arrependimento e confissão diretamente a Deus. Ele é um Pai amoroso e cheio de
miscricórdia, sempre disposto “a nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
a injustiça” (1 João 1:9).
Para
isso, é necessário deixar a posição de soberba e incredulidade e pedir a Deus
um coração novo. Há uma linda promessa divina esperando que você tome posse
dela: “Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de
vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ezequiel 36:26).
Ore
a Deus, pedindo-Lhe esse novo coração - Ele está ansioso para conceder a você
essa graça e libertá-lo do peso do pecado. ‘Se o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” (João 8:36).
Muitos
pensam que primeiro têm de consertar tudo o que há de errado em sua vida para
depois ir ‘a Deus’. Não há maior engano. Ele e especialista em perdoar os
maiores pecadores. Quando Deus tomou a forma de homem
e viveu entre nós, Sua principal missão foi “buscar e salvar o perdido” (Lucas
19:11)).
E
a mais fantástica notícia em relação ao perdão divino é que não se exige
qualquer tipo de pagamento de nossa parte. A noção de que tudo tem um preço a
ser pago está muito arraigada no ser humano. Do ponto de vista universal, essa
idéia não está absolutamente incorreta, pois todas as coisas realmente têm um
preço. Só que foi Deus quem pagou o altíssimo custo da culpa que pesava sobre o
ser humano. O próprio Jesus o avaliou: “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não
pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Isaías.
conhecido também como o profeta evangélico, predisse a
missão do Filho de Deus: “Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades,
e as nossas dores levou sobre Si; e nós O reputavamos por ferido de Deus, e oprimido.
Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas
pisaduras fomos sarados” (lsaías 53:4 e 5).
O
conhecido rei Davi, mesmo tendo cometido muitos pecados, foi chamado o “homem
segundo o coração de Deus” - Era humilde e reconhecia sua dependência divina.
Quando errava, arrependia-se genuintanente e se humilhava perante o Senhor.
Um
exemplo do tipo de arrependimento sincero de Davi está registrado no salmo 51.
Ele inicia sua oração clamando: “Compadece-Te de mim, ó Deus, segundo a Tua
benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga minhas
transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu
pecado.... Cria em mim. ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um
espírito inabalável” (Salmo 51:1,2 e 10).
A
graça divina remove a culpa e o resultado dela, a condenação. O apóstolo Paulo
afirma, em Romanos 8:1 que “já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus”.
Abra
o coração para Jesus e conte-Lhe acerca de tudo o que tem afligido sua vida,
principalmente sobre as tentações e culpas. Diga-Lhe que precisa de ajuda e o
Espírito Santo o capacitará para receber perdão completo.
Perguntas
sobre o complexo de culpa
1.
Através, de quem, temos o perdão?
“Ele nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho
do Seu amor, no qual temos a redenção dos pecados” (Colossenses 1:13 –14).
Só
pelo sangue de Jesus podemos alcnçar o perdão.
2.
Qual a minha parte em obter o perdão?
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele “é fiel e
Justo paraa nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1a.
Jo. 1:9).
3. O que mais é necessário para receber o perdão de Deus?
“Deixe o perverso o seu caminho, e o
iníquo, os seus pensamentos; converta-se
ao Senhor, que Se compadecerá dele, e
vo1te-se para nosso Deus, porque é rico
em perdoar” (Isaias 55:7)
4. Quão importante é o arrependimento?
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem
cancelados os vossos pecados” (Atos
3:19).
O
verdadeiro arrependimento produs mudança de vida.
5.
Quão pronto está Deus em aceitar pessoas
que já erraram na vida?
“Pois, para com as suas iniqüidades ,
usarei de misericórdia e de seus pecados jamais Me lembrarei” (Hebreus
8:12).
6.
Que amáveis palavras Deus dirige aos atribulados por algum complexo de culpa?
“Desfaço as tuas transgressões como a
névoa e os teus pecados, como a
nuvem; torna-te para Mim, porque Eu te remi” (Isaias 44:4).
7. Qual o resultado de uma vida de
harmonia com Deus?
“Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é
perdoada, cujo pecado é coberto.” (Salmo 32: 1).
8. Como posso proceder, com aqueles que
erram?
“Antes, sede uns para com os outros benignos,
compassivos , perdoando-vos uns aos outros como também Deus, em Cristo, vos
perdoou” (Efésios 4:32).
9. Qual a amplitude da salvação que
Jesus me oferece ?
“Se, pois, o filho vos libertar, então sereis livres” (.João 8:36).
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