2 Onde Está Deus Quando Ocorrem as Tragédias?
Tragédias! Elas são
indescritíveis. Não têm hora para chegar, não pedem licença e interrompem os
sonhos, no início. Ou na melhor parte deles.
Elas não têm a cortesia de esperar os sonhos terminarem.
A tragédia, em geral,
parece acontecer só com as outras pessoas.
Mas quando ocorre conosco, uma
insistente pergunta . Por quê?
Onde está Deus quando a
tragédia ataca? Ele sabe onde estamos e
o que está acontecendo conosco? Ele vê
quando estamos sofrendo ? Ele realmente
Se importa? Se sim, por que não vem nos
socorrer?
Jamais entenderemos os problemas; jamais compreenderemos os incêndios, as
inundações, os terremotos e todas as desgraças, enquanto não buscarmos
desvendar o que se passa por trás de tudo isso. Não há meio de entendermos o
sofrimento, enquanto não entendermos a Deus.
Precisamos realmente entender o dilema divino. Deus não queria brinquedos para manipular e
controlar. Ele não criou robôs. O
Criador não tencionou formar pessoas movidas a bateria. Ele queda gente de
verdade a quem pudesse amar e de quem pudesse ser amado. Queda que fossem
livres para escolher. Vamos ler o que se encontra em Josué (VI) 24:15. “Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais:
se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou os deuses
dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor.” Essa foi a liberdade de
escolha que Deus deu aos anjos e a todos
os seres criados. E quando Deus fez isso, Ele correu um tremendo risco: alguém.
em algum lugar, poderia escolher se rebelar.
E foi exatamente o que aconteceu.
Não há meio de entendermos o sofrimento,
enquanto não entendermos a Deus.
O profeta
Isaias escreveu a esse respeito: Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha
da alva! como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu
dizias no teu coração: Eu
subirei ao céu, acima das
estrelas de Deus exaltarei meu trono, e no monte da congregação me
assentarei, da
banda dos lados do norte. Subirei
acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.’ Isaías (VT)
14:12 a 14. Lúcifer era o filho da alva! Era o anjo mais elevado do Céu, aquele
que ficava junto ao trono! Mas, ele
ficou orgulhoso e quis ocupar o lugar de Deus!
Aprendemos mais sobre esse
assunto no livro do profeta Ezequiel. “Tu eras querubim ungido para proteger. e
te estabeleci: no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas
andavas. Perfeito eras nos teus caminhos. desde o dia em que foste criado, até
que se achou iniqüidade em ti.... Elevou-se o teu coração por causa da tua
formosura, corrompeste a tua sabedoria por cansa do teu resplendor: por terra
te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.” Ezequiel (VI) 28:14,
15 e 17.
Que lindo anjo
Lúcifer deve ter sido! Mas o coração dele se exaltou por causa da sua beleza.
Ele corrompeu sua sabedoria por causa de seu resplendor. Há pessoas que dizem
que Deus é o responsável pelo mal por ter criado Lúcifer. Afirmam que Deus
criou o diabo. Mas isso é realmente verdade? Não! O que a Bíblia nos revela é
que ele era perfeito nos seus caminhos desde o dia em que foi criado.
Portanto Deus o criou perfeito. mas deu-lhe o poder e a liberdade de escolha,
da mesma maneira como faz conosco.
Ao exercer a sua liberdade de
escolha, Lúcifer transformou-se
num diabo. Diante disso, o que Deus faria? Observe o dilema divino: Deus
poderia ter impedido a rebelião, deixando de criar pessoas. Ele poderia ter
preenchido o Universo com sóis, galáxias e planetas, deixando-os desabitados.
Deus, no entanto, preferiu criar as pessoas porque só elas podem amar.
Depois da rebelião de
Lúcifer que pôs fim à harmonia perfeita do Universo, ainda restaram várias
opções. Deus poderia ter optado por
forçar Seus súditos ou poderia descarta-los, jogando-os fora — como se faz com
brinquedos quebrados. Caso Deus tivesse
agido dessa maneira, não teria sido compreendido. Se Ele realmente tivesse
procedido assim, provaria apenas que, de fato, queria robôs e não pessoas que
pudessem exercer a liberdade de escolha.
Deus poderia explicar as razões pelas quais expulsou os anjos rebeldes
do céu: mas explicar a natureza do pecado estaria além da compreensão de seres
que nunca tinham presenciado o pecado.
Talvez Deus
pudesse simplesmente ignorar a rebelião:
mas se tivesse agido assim, o resultado seria o caos. A rebelião poderia
se alastrar e o Universo inteiro cairia. Só havia um jeito, apenas uma maneira
seguira de que ser permitido ao pecado demonstrar seu verdadeiro caráter. E isso levaria tempo, muito tempo. Implicaria
em milhares de anos de sofrimento, guerras, catástrofes, inveja, ódio e
violência. Tudo isso causado pelo anjo
rebelde. Seria necessário tempo suficiente para que seres humanos, anjos e
habitantes de outros mundos lidar com a rebelião. Teria outros mundos vissem a verdadeira face
do pecado. Deus, então, poderia
finalmente destruir o pecado sem nenhuma voz de reprovação.
O pecado será destruído um dia. A segurança do Universo exige isso.
O pecado será destruído um
dia. A segurança do Universo exige
isso. Mas Deus não tornará essa decisão
extrema se não tiver a aprovação de todos os seres inteligentes. Entretanto, a
rebelião demandou urna ação imediata da parte de Deus. E o resultado foi uma
guerra no céu.
“E houve
batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhava
o dragão e os seus anjos: Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou
nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo:
ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”
Apocalipse (NT) 12:7 a 9.
Guerra no céu!
Miguel (outro nome para Jesus) e Seus anjos lutaram contra o dragão (antes
Lúcifer, agora Satanás) e seus anjos. E Satanás e seus adeptos foram expulsos
do céu. A rebelião de Lúcifer havia
trazido urna assustadora nota de discórdia à harmonia perfeita do céu. A ameaça
de ela se espalhar pelo Universo era real. Uma decisão devia ser tomada.
A despeito de
saber do risco que envolveria o nosso planeta, o plano da criação seria
mantido? Os seres humanos, como todas as
demais criaturas, seriam criados com poder e liberdade de escolha. E quando o
plano da criação deste mundo foi executado, como Deus se sentiu? Deus estava tranqüilo, porque sabia
exatamente o que fazer , caso Adão e Eva aceitassem a rebelião proposta por
Satanás. Deus enfrentaria não com força
nem com armas, mas com urna cruz. A
Trindade havia concordado que, se os seres humanos se juntassem à conspiração,
Deus o Filho, (a segunda pessoa da Trindade) viria à Terra para morrer em lugar
do homem. Mesmo tendo descansado
naquele primeiro sábado, Ele já possuía o Calvário em Seu coração.
“E adoraram-na
todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no
livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Apocalipse 13:8.
Que declaração! Ela nos conta uma tremenda história. O Cordeiro (Jesus) estava pronto para morrer
desde a fundação do mundo. Esta seria a
arma com a qual Deus combateria o pecado:
O Cordeiro morto numa cruz. E com
essa arma, Ele seria vencedor. E
agora, o que faria Satanás? Abandonaria
sua guerra contra Deus? Não, claro que não.
Ainda assim, é
impossível entender as tragédias se não atentarmos para esse conflito cósmico
que está em andamento. O sofrimento será
sempre um mistério, até que compreendamos o que
está acontecendo nos bastidores. Somos afligidos pela triste tendência humana
de creditarmos a nós mesmos todos os sucessos e as coisas boas da vida, e de
culparmos a Deus por todas as desgraças e tragédias.
É impossível
entender as tragédias se não atentarmos para esse conflito cósmico que está em
andamento.
A Bíblia nos relata a interessante experiência de Jó. Ao lê-la, nós nos tornamos
participantes dos acontecimentos que estão por trás das cenas. Somos informados
que ocorreu urna conversa entre Deus e Satanás. Deus expressou plena confiança
na lealdade de Seu servo Jó. Satanás,
por sua vez, declarou que Jó servia a Deus somente por ser favorecido. Com isso, Deus deu permissão para que Satanás
fizesse o que bem entendesse, desde que não tocasse em Jó pessoalmente.
Apesar de tudo
o que sobreveio a Jó, ele manteve a sua total confiança em Deus. Então Satanás disse que não seria assim, se
tivesse permissão para atingir a pessoa de dó. Deus permitiu a Satanás
prosseguir, desde que poupasse a vida de dó. Ai vieram as chagas ... e corno
doíam! E os que se diziam amigos,
sentaram-se e olharam para ele durante sete dias sem dizer uma só palavra. Que tortura! E quando abriram a boca,
disseram a Jó que ele deveria ser um terrível pecador para merecer tamanho
castigo. Eles pensaram que Deus estava
provocando tudo isso. E, afinal de contas, era Deus o responsável
ou não? Muitas pessoas ficam confusas
nesse ponto. Jó (VT) 1:11 e 12, afirma:
“Mas estende a Tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não
blasfema de Ti na Tua face! E disse o
Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto
tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.”
Deus deu a
Satanás permissão para destruir os bens de Jó, mas ele não devia estender a mão
em sua pessoa. Jó ainda confiava em Deus, e assim Satanás voltou à presença do
Senhor e falou: “Estende, porém, a Tua
mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e veras se não blasfema de Ti na Tua face!
E disse o Senhor a Satanás: Eis
que ele está ria tua mão; poupa, porém, a sua vida. Então saiu Satanás da presença do Senhor, e
feriu a Jó duma chaga maligna, desde a planta do pé até o alto da cabeça.” Jó
2:5 a 7.
É Satanás quem
se delicia em sair e levar sofrimento e desgraça aos seres humanos. Não é Deus, mas sim o impiedoso e cruel
inimigo de Deus! A exemplo do que fez no
passado, Jesus gostada de andar pelos caminhos e vilas, pelos hospitais e
clinicas e não deixar nenhum doente. Ele
gostada de mandar cada paciente para casa perfeitamente curado. Ele gostada de impedir que os carros
colidissem, gostada de impedir que os aviões caíssem e que os acidentes
ocorressem. Ele gostada de impedir os
terremotos, as inundações e os incêndios.
Mas se Deus realmente gostaria de impedir que todas essas coisas
acontecessem, por que não o faz? Por que
Ele não se apresenta e acaba com o sofrimento?
Estada lhe faltando poder?
Deus não pode fazer alguma coisa pelos nossos
problemas, além de expressar Sua simpatia?
Seria justo mencionar falta de poder para Aquele que falou e tudo se
fez? Não, não há falta de poder. Seria então ausência de amor? Mas se fosse falta de amor, Deus entregada
Seu Filho para morrer em nosso lugar?
Dificilmente. Mas então qual é o
problema? Se Ele é poderoso o
suficiente e ama o bastante, por que deixa todas as tragédias acontecerem? Deus age assim porque
é sábio. Se Deus fosse enfrentar a
rebelião dessa maneira, isso faria somente com que ela se alastrasse ainda
mais.
É Satanás quem se delicia em sair e levar sofrimento
e desgraça aos seres humanos.
Se Deus fosse
fazer o que gostaria, se curasse toda a doença e impedisse todas as armas de
dispararem e todos os acidentes de acontecerem, se fizesse o possível para
tornar a vida suave para nós, jamais entenderíamos o quanto o pecado é cruel,
impiedoso e mortífero. No entanto, o maior de todos os mistérios é a razão pela
qual o Inocente deve sofrer com o culpado.
Mas a
discussão entre Deus e Satanás não terminou.
É
impossível compreender as lágrimas e
o
sofrimento a não ser que entendamos
o
conflito que está caminhando rumo à
solução
final.
E até que
termine, muitas coisas ruins acontecerão a todos. E se Deus protegesse e curasse Seus filhos, e
respondesse a todas as orações como gostaria de fazer, deixando a tragédia cair
somente sobre aqueles que rejeitam a Sua graça, Satanás O acusaria de ser
injusto. E mais, ele afirmaria que
servimos a Deus por causa de Seus favores especiais.
É impossível
compreender as lágrimas e o sofrimento a não ser que entendamos o conflito que
está caminhando ritmo à solução final. É um conflito a ser decidido entre Deus
e Satanás, entre o bem e o mal. Você e eu estamos envolvidos nessa questão.
Anjos do bem e do mal estão batalhando por nossa lealdade. Se nossos olhos se
abrissem para o mundo invisível, veríamos como essas batalhas são ferozes.
Um dia, multo
breve, Deus explicará os estranhos mistérios da vida. E nós entenderemos e
aprovaremos o modo como Ele conduziu as coisas.
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