3 A
Estratégia da Rebelião
Na
primavera de 1943, o oficial comandante de um destróier japonês subiu a bordo
do navio de combate Musashi, identificou-se e pediu uma audiência com o almirante Yamamoto. O
imediato olhou para ele como se o pedido não fizesse o menor sentido. Houve um
silêncio embaraçoso.
Finalmente o imediato pediu que o oficial o acompanhasse. Ele o
conduziu por um labirinto de corredores e escadas até os aposentos do oficial da armada. Só então o
visitante percebeu que havia algo de errado, tragicamente errado. Dentro da cabine suavemente iluminada do
almirante Yamamoto havia uma mesa comprida e sobre ela sete esquifes cobertos
de incenso. O almirante Yamamoto, comandante supremo da marinha japonesa,
estava morto. O almirante, alguns dias
antes, havia decidido visitar as instalações japonesas nas Ilhas Salomão. Ele
planejou a viagem cuidadosamente e um itinerário detalhado, em código, foi
enviado por rádio para cada base japonesa para que pudessem se preparar e
acompanhar o almirante em sua visita.
Sem que o alto comando em
Tóquio soubesse, os americanos tinham decifrado o código japonês. Eles estavam
na escuta e anotaram os detalhes do itinerário. Alguém. comentando o incidente,
conta o que aconteceu: ‘Naquela ocasião, em um dia de abril, um jovem piloto de
caça chamado Tom Lanphier entrou em seu P-238, ligou os motores, e se dirigiu
até a movimentada pista de Guadalcanal. Durante várias horas, sua esquadrilha
voou de norte a oeste, vasculhando os céus em busca de algum sinal do vôo de Yamamoto,
e perto da Ilha Bougainville eles avistaram seus aviões. Aceleradores e hélices foram ajustados,
botões das metralhadoras ativados, e os caças americanos ficaram prontos para
disparar.
Lanphier começou a disparar suas balas no espectro que ia crescendo na mira de sua metralhadora. E para o
excelente piloto japonês veio a agonia de um avião não respondendo mais ao
controle. A asa direita se soltou, e um vidro frontal despedaçou-se pouco antes
da escuridão total. O comandante supremo da marinha japonesa estava morto. Por
quê? Porque os planos e a estratégia dos japoneses não eram mais segredo!
A queda do homem de sua
elevada posição foi a maior tragédia que este planeta já conheceu.
Você sabia que
possui ao seu alcance um documento que contém os detalhes da estratégia de uma
rebelião na qual você também está envolvido?
O terceiro
capítulo de Gênesis é muito mais do que um breve relato da queda do homem, é a
revelação dessa estratégia. Olhando-se atentamente você poderá entender
facilmente a estratégia usada no Éden;
ela permanece a mesma desde aquele tempo até agora. E é importante que
todos nós saibamos que essa estratégia ainda é usada hoje.
O plano tão
engenhosamente concebido não foi produto da mente humana. Ele foi concebido por
uma mente incrivelmente inteligente, a mente de um anjo rebelde. Esse plano foi
tão eficaz naquele primeiro encontro com a raça humana que nunca foi mudado! A
queda do homem de sua elevada posição foi a maior tragédia que este planeta já
conheceu. Mas o instigador da tragédia espertamente a desmereceu,
ridicularizou-a, ao ponto de impressionar a mente de milhões, convencendo-os de
que aquilo que aconteceu no Éden não passou de um mito e que a queda do homem
foi uma piada. “O Jardim do Éden? Onde Eva comeu a maçã?” E em seguida um sorriso sarcástico. Quem acredita nisso? Milhões jamais leram a história. Eles se surpreenderiam ao saber que
não há qualquer menção de maçã na
Bíblia, no livro de Gênesis.
Jamais passou
pela mente dessas pessoas que os problemas que enfrentamos começaram com uma
escolha deliberada por parte de duas pessoas reais em um jardim igualmente real
que poderia ser chamado de paraíso. O instigador da rebelião não quer que a
queda do homem se pareça realmente com uma queda. Se você duvida do sucesso da
propaganda, considere isto: quase todas as escolas ensinam, como fato
estabelecido, que o homem evoluiu sempre, desde o princípio, no obscuro
passado. Segundo elas, o homem jamais caiu. Você entende? Não existe lugar na teoria da evolução para a queda do
homem. E é claro, se o homem jamais caiu, ele não precisa de um salvador. Ele
pode se arranjar muito bem sozinho.
A experiência
do Éden, em algumas versões da propaganda do anjo rebelde, é admitida
livremente como fato. Mas é louvada como a corajosa quebra de todas as
restrições por parte do homem, como se fosse a sua declaração de independência.
Um triunfo em lugar de uma tragédia. Seja qual for o raciocínio, a expulsão de
nossos primeiros pais geralmente é vista como uma coisa muito, muito trivial.
Precisamos examinar o terceiro capítulo de Gênesis mais profundamente.
Precisamos descobrir o que realmente aconteceu. Só assim entenderemos o seu
significado. Mas primeiro precisamos do apoio de dois versículos do segundo
capitulo de Gênesis.
Não existe lugar na teoria da
evolução para a queda o homem.
“E ordenou o
Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente;
mas da árvore da Ciência do Bem e do Mal, dela não comerás; porque no dia em
que dela comeres, certamente morrerás.” Gênesis 2:16 e 17. Muitas pessoas acham
que Deus estava sendo uru pouco exigente. injusto, em punir nossos primeiros
pais e por conseqüência em nos punir também, por uma ofensa tão trivial como comer uma frutinha. Foi mesmo trivial?
Se Adão e Eva
estivessem sem comida, com fome, a tentação de desobedecer a Deus poderia ter
sido forte. Mas por todo o jardim havia árvores carregadas com frutos
deliciosos. Apenas uma árvore estava proibida. Eles tinham liberdade para comer
de todas as outras. Mas por que Deus proibiu que comessem do fruto de uma
determinada árvore? Seria venenoso? Não. Deus não faz fruto venenoso. A
restrição foi feita porque havia uma razão importante. Deus queda que eles vivessem para sempre. Mas não concederia a
imortalidade ao homem e à mulher até que tivesse certeza de que lhes poderia
ser confiada a vida eterna. Do contrário, se Adão e Eva decidissem se rebelar,
Deus teria uma raça de imortais rebeldes nas mãos.
Teria que
haver um teste. Era preciso que houvesse alguma regra que pudesse ser quebrada.
algum mandamento que pudesse ser desobedecido. Teria que haver uma escolha. Uma
decisão entre o certo e o errado. Sem essa escolha, a obediência deles não
significada nada. Seriam robôs!
Muitos crêem
que Adão e Eva foram criados imortais, e que nós temos uma alma que não morre.
Mas Deus disse claramente a Adão que a morte seria o resultado da
desobediência. E Deus iria dizer isso a ele, se o tivesse criado imortal? Teria
dito Isso se fosse impossível para ele morrer?
Comer um
“frutinho” parece uma pequena ofensa, mas a restrição também é pequena. Isso
torna o desrespeito a ela tão monstruoso quanto inescusável. Deus deu tantas
coisas a eles e lhes pediu tão pouco...
E eles desobedeceram. Que tipo de lealdade é essa? E tem mais. Eva não
poderia acreditar ria serpente sem primeiro duvidar de Deus. Ela comeu o fruto
somente quando concluiu que Deus havia mentido e estava tentando esconder
alguma coisa dela, conforme a semente havia declarado. Adão não foi enganado.
Quando Eva lhe ofereceu o fruto, ele percebeu imediatamente o que havia se
passado. Ele sabia que Eva deveria morrer. E, às pressas, decidiu comer e
morrer com ela.
A Bíblia
descreve o que aconteceu. Gênesis (VI) 3:1 a 6:
“Ora, a serpente era mais astuta
que todas as alimárias do campo que o Senhor Unha feito. E esta disse à mulher:
É assim que Deus disse: Não
comereis de toda a árvore do Jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das
árvores do jardim comeremos; mas do fruto da árvore que está no meio do Jardim,
disse Deus: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a
serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia
em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal. E yendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e árvore
desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a
seu marido, e ele comeu com ela.”
Esses seis
versículos são um documento onde a estratégia do anjo caído se toma óbvia. A
estratégia, o método de agir, a filosofia, a estrutura básica de sua
propaganda, tudo aparece de forma muito clara. O modo como ele atuou no passado
é o modo como atua hoje. Nada mudou. E note que
Satanás não
queda que sua verdadeira identidade fosse conhecida. Ele usou um disfarce. Ele
usou o método da personificação. Será que ele ainda opera desse modo? “E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II
Coríntios (N’I) 11:14. Ele utiliza o disfarce, o médium a personificação.
Quanto mais a verdade se misturar com o erro, mais
atraente e perigosa é para suas vitimas.
Ele usou um
fenômeno mediúnico para atrair a atenção da sua vítima. A serpente, no Jardim do Éden, era sem dúvida
um lindo animal. Mas a semente não sabia falar, nem se comunicar. Foi isso que atraiu Eva: uma semente falante.
Satanás
utiliza o mesmo método sobrenatural hoje com infinitas variações. E assim que milhões são atraídos ao
espiritismo e ao ocultismo. Você encontrará o mundo espírita divulgado nas
principais revistas e livros nas bancas de jornais e livrarias. Satanás,
falando através da serpente, não perdeu tempo em incutir dúvida na mente de
Eva. Dúvida sobre a credibilidade da
palavra de Deus. Observe o modo cinco
como ele disse: “Deus não disse que você morreria se comesse deste fruto? Deus sabe que não, Ele sabe que você não
morrerá. Ele sabe que se você comer
deste fruto, você será igual a Ele. Satanás
foi ao ponto de contradizer diretamente a palavra de Deus. Deus disse:
“Se comer do fruto você morrerá.
Satanás disse: “Você não vai
morrer”.
Satanás não
diz a verdade. Cristo afirmou: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o principio, e não
se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” São João (N’T) 8:44. Portanto, o anjo caído é um mentiroso. Ele
usa meias verdades.
As palavras de Deus foram uma advertência feita com
amor sobre qual seria o resultado da desobediência.
Quanto mais a
verdade se misturar com o erro, mais atraente e perigosa é para suas vitimas.
Havia uma insinuação de que Deus estava escondendo alguma coisa de nossos
primeiros pais, algo que Ele não queria que soubessem. Deus realmente não
queria que eles soubessem o que é ser assombrado pela culpa, ao ponto de não
poderem dormir. Ele não queria que
soubessem o que significa morrer. Ele não queria que soubessem o que é ver um
filho amado tirar a vida do próprio irmão.
Ele queria evitar esse conhecimento dedes e de nós.
Isso é
tirania? Ou é amor? O que você acha? As palavras que Deus disse a Adão,
registradas em Gênesis 2:17, não foram um ultimato arbitrário. Não foram uma
ameaça.
Deus não disse: “Adão, não se
atreva a comer do fruto daquela árvore. Se comer, Eu mato você.” As palavras de
Deus foram uma advertência feita com amor sobre qual seria o resultado da
desobediência. A morte não se segue à desobediência porque a advertência foi
feita. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isto também ceifará.” Gálatas (NT) 6:7. O que o homem semear, isso ele
ceifará — essa é uma lei da vida que funciona com precisão matemática. “Porque
o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos (NT)
6:23.
Lúcifer, no
início de sua rebelião, sabia que o salário do pecado é a morte. Ele foi
devidamente alertado para onde seus passos o estavam levando. Mas recusou-se a
voltar. Agora. ele sabe que um dia terá que morrer.. Ele decidiu que, se tem
que morrer, vai levar quantos puder consigo! Como ele se propõe a conseguir
isso? Existem dois elementos-chave em sua estratégia, em sua filosofia, em sua
propaganda.
O primeiro
deles é: “Certamente não morrereis. Você não pode morrer. Deus fez você com uma
alma imortal. A morte é impossível.”
Imagine o que o diabo pode fazer com essa filosofia, pois se o homem não
morre quando morre, deve ser possível se comunicar com ele. Deve ser possível
voltar à vida. Se não há morte, então
podemos viver como bem quisermos, e nada nos acontecerá. Podemos rir das advertências de Deus.
Para onde isso
nos conduz? Se homens e mulheres não
podem morrer, se eles são imortais, então terão que viver para sempre em algum
lugar. Assim, o anjo caído inventou um inferno de fogo eterno onde um Deus
vingativo poderia se deliciar em ver o povo sofrer nas chamas que nunca acabam.
Que insulto para o caráter de Deus! Que
mentira!
Milhões
acreditam sinceramente nisso. Somente
Deus sabe quantos se afastaram de todas as religiões por não conseguirem
aceitar tamanha tortura de um Deus de amor.
Mas a Bíblia nada diz sobre tal lugar de tortura sem fim. Essa é uma invenção do anjo caído.
O segundo elemento-chave na estratégia do
inimigo aparece em sua promessa mentirosa: “Sereis como Deus.” Hoje somos
bombardeados com essa filosofia. “Há uma fagulha de divindade dentro de você”,
dizem. “Você deve trazê-la para fora. Você é um pequeno Deus.” Essa fala tem
milhares de variações. O que isso quer dizer? “Vá sozinho, seja independente.
Você não precisa de Deus.” Foi assim que começou a controvérsia neste planeta.
O tema foi a autoridade de Deus, Seu trono, Sua lei e Seu caráter. O alvo principal da ira do inimigo foi o
Filho de Deus, Seu posto e poder como Criador. O alvo da rebelião, no passado e
agora, é o controle da incute dos homens, seu culto, seja por opção ou pela força. Você entende agora um pouco
melhor a tragédia do Éden?
Satanás tinha
vencido a primeira etapa da luta. Ele havia persuadido nossos primeiros pais a
se venderem à escravidão, que sem a intervenção divina, não poderia ser
interrompida. Mas a intervenção divina viria. Encontramos no mesmo capitulo de
Gênesis a promessa de um Salvador: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente: esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar.” Gênesis 3:15. Estas palavras, ditas a Satanás na audiência de
Adão e Eva, eram um mistério para ele. O que poderiam significar? Quem ferirá a
sua cabeça? O que Deus iria fazer? Ele iria
prover uma saída para o casal? Certamente Deus não iria se importunar com o
povo deste minúsculo planeta. Provavelmente Ele iria expulsá-los e esquecê-los.
Certamente o Filho de Deus não iria descer do Céu para desafiar o seu poder
sobre a raça humana.
O coração
egoísta de Lúcifer não poderia entender o amor. Ninguém estava mais inquieto
sobre o que Deus iria fazer do que o culpado autor da rebelião. Não é de
admirar que alma noite escura, muitos séculos depois, ele tremeu quando viu a luz brilhante sobre Belém e
ouviu o cântico dos anjos.
Você não
gostaria de agradecer a Deus por nos deixar saber do que se trata o conflito,
bem como a estratégia do inimigo para que possamos escapar de seus enganos?
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